Em reunião do
Copom, Banco Central decide por manter a Selic em 2%, o que pode desestimular o
investidor da renda fixa
Em uma nova reunião do Comitê de Política Monetária
(Copom), do Banco Central, decidiu manter a taxa Selic em 2% ao ano, a mais
baixa desde 1999, quando o governo federal fez uma política de controle de
inflação. A decisão está alinhada à política monetária adotada por diversos
países para incentivar a economia frente à crise gerada pelo coronavírus. A
manutenção da taxa em 2%, e a sua provável manutenção nos próximos meses, tem sido
um motivo de preocupação para o investidor brasileiro acostumado aos ganhos
exorbitantes da renda fixa, que já chegou a dois dígitos anuais.
Agora, o investidor brasileiro procura alternativas
para aumentar os rendimentos, direcionando os aportes para a composição de uma
carteira de ativos variável, cujo potencial de rentabilidade é maior no atual
cenário de juros baixos. Na prática, esse movimento já vem acontecendo,
como mostra o crescimento da modalidade de empréstimos de pessoa física para
pessoa jurídica, ou peer to peer lending (P2P), que já soma mais de 50 mil
pessoas cadastradas nas plataformas brasileiras.
De acordo com Gabriel Nascimento, sócio-fundador da
Ulend, os números da
plataforma crescem de forma acelerada, especialmente nos últimos meses. “A
baixa história da Selic não deixa alternativa: ou o investidor diversifica seu
capital em renda variável ou perde dinheiro. A boa notícia é que existem opções
concretas com excelentes potenciais de retorno, como os ativos que oferecemos
na Ulend. Vale ressaltar ainda o papel dessa decisão e, consequentemente, do
peer to peer lending nesse cenário de retomada. O dinheiro na renda fixa fica
parado. Esse capital em ativos como os nossos é uma injeção na economia real,
na geração de emprego e no restabelecimento da economia”, acredita.
Crescimento em meio à crise
A plataforma Ulend registrou crescimento de 77,89%
no terceiro trimestre de 2020, além de um aumento de 85% no número de
investidores cadastrados em comparação ao mesmo período do ano passado. Vale
destacar ainda o crescimento de 21% em solicitações de empréstimo se comparado
ao ano anterior e de 40% no valor bruto solicitado pelas empresas, que foi de
mais de do que no segundo trimestre. A empresa conecta pessoas interessadas em
emprestar dinheiro como forma de investimento a empresas que precisam de
capital.
A razão desse crescimento em um cenário de juros
baixos, é a existência de um modelo de negócio mais atrativo para todos os
envolvidos. Na ponta das empresas, as taxas de juros para empréstimos podem
chegar a ser até 50% menores do que as cobradas em bancos. Já para os
investidores, há alternativas de investimento com rendimentos de até 30% ao
ano, o que envolve inclusive empréstimos com garantia de retorno.
ULend
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