Segundo especialista, é necessário criar
uma carteira de investimentos variada para obter bons resultados no futuro
Com
a Reforma da Previdência, que estabeleceu novas regras para a aposentaria, os
brasileiros vêm buscando cada vez mais alternativas que lhes proporcione uma
vida confortável na terceira idade. Perto ou longe de se aposentar, as opções
para rentabilizar o dinheiro são muitas. Para te ajudar a montar uma carteira
de investimentos que atenda às suas expectativas futuras, o professor de
finanças do ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br), Pedro Salanek, listou cinco dicas para
quem está ingressando agora no mercado de investimentos.
1
– Planejamento
Para
ter geração de renda no futuro, é preciso se planejar no presente. Para
começar, o especialista indica pensar em quanto de renda você quer ter durante
a aposentadoria para, a partir disso, buscar aplicações financeiras que
rentabilizem seu dinheiro. “É preciso alinhar o momento que você ganha com o
momento que você gasta”, aponta Salanek. “Como você sempre vai estar
consumindo, uma parte da sua renda precisa ser direcionada para o consumo no
presente e uma parte para o consumo no futuro, que é a famosa poupança, ou
seja, uma reserva para compor a aposentadoria”, detalha ele.
Neste
caso, o perfil e as necessidades de cada pessoa vão apontar o percentual de
dinheiro que será poupado: se você conseguir economizar 50% do seu salário,
ótimo. Caso suas condições atuais te permitam poupar apenas de 10% ao mês,
também está tudo bem, o importante é buscar alternativas de investimento que
estejam alinhadas às suas necessidades.
2
– Variar os investimentos
Talvez
você já tenha ouvido o ditado: “a gente nunca deve colocar todos os ovos na
mesma cesta”. É exatamente sobre isso que se baseia a elaboração da carteira de
investimentos. O professor de finanças aconselha a não acreditar em apenas um
tipo de investimento, mas sim buscar compor um cenário ideal de rentabilização,
mesclando investimentos de baixo, médio e alto risco. “Na hora de elaborar o
planejamento financeiro, é preciso analisar todas as características de risco
envolvidas”, comenta. “Como estamos falando em aposentadoria, a tendência é que
a maior parte deste capital seja direcionado para os investimentos de baixo e
médio risco e uma pequena parcela aos de alto risco”, completa o especialista.
3
– Não ter medo
Quando
o brasileiro fala em guardar dinheiro, ele pensa muito mais na segurança de ter
esse dinheiro reservado do que no ganho em si. Isso explica porque vemos muitas
pessoas deixando o dinheiro apenas na poupança, uma aplicação que proporciona
bastante segurança, entretanto baixíssima rentabilidade. Para o especialista, o
que deve ser considerado é o quanto você consegue guardar relacionado a sua
expectativa de quanto quer ter no futuro. “É necessário que as pessoas pensem
qual o seu apetite ao risco, quem topa correr mais riscos mostra que é um
investidor mais preocupado com rentabilidade”, aponta.
4
– Aplicações de baixo e médio risco
O
tesouro direto é uma alternativa bastante conhecida e recomendada, pois traz
percentuais interessantes a médio e longo prazo, com rentabilidade superior à
poupança e baixo índice de risco. Além disso, é um investimento fácil de ser
feito, pois não requer alto nível de conhecimento em finanças. “O Tesouro Direito
é uma ótima opção para quem ainda tem medo de arriscar, mas quer começar a
investir”, diz Salanek. “Lembrando que aplicações em imóveis a longo prazo
também podem ser interessantes”, complementa.
5
– Aplicações de alto risco
O
mercado de ações, por exemplo, é uma alternativa de alto risco interessante
para quem quer começar a investir agora, com cotas mensais baixas, e gerar um
bom retorno no futuro. “Lembrando que para investir nesse mercado é preciso
estar bem assessorado, já que além dos investimentos contínuos é preciso ter um
conhecimento prévio para avaliar o momento que você deve sair de uma aplicação
e migrar para outra”, aconselha o professor.
Neste
caso, ter ou não esse conhecimento é uma das características que devem ser
avaliadas na hora de montar a carteira de investimentos. “Um fato interessante
é que o mercado de risco moderado e agressivo vem ganhando cada vez mais
adeptos. Dois indicadores mostram isso de forma muito clara: o alto número de
brasileiros que investem em bolsas de valores e a pontuação da Bovespa, que
ultrapassou os 100 mil pontos”, completa Salanek.
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