Mercado brasileiro de educação estrangeira cresceu
23% em 2017 e alcançou a marca inédita de 302 mil estudantes
A expectativa é que o setor continue em crescimento. O especialista em educação Márcio Dornellas enfatiza que o intercâmbio pode trazer resultados permanentes para o estudante e refletir no mercado de trabalho. "Ter esta experiência fora do país, saindo da zona de conforto, pode se tornar um benefício a longo prazo. Muitas empresas dão preferência aos candidatos que tiveram esta oportunidade. Não somente pela habilidade subentendida com outro idioma, mas pelo contato com outras culturas e o desenvolvimento da autoconfiança", associa o educador que tem mais de duas décadas de experiência.
O levantamento mostrou ainda que o investimento para um curso no exterior aumentou 12%, atingindo a média de USD 9.989. Os cursos de idiomas ainda são os mais procurados, principalmente o inglês, mas o que surpreendeu é que a procura por mestrado e doutorado surgiram entre os dez mais requisitados, mesmo com a queda de investimento público.
De acordo com Dornellas, ser fluente em outro idioma ainda é visto como um diferencial no currículo, por isso vale a pena investir. Em um ranking de 70 países, organizado pela EF Education First, empresa de educação internacional especializada em intercâmbio, o Brasil ocupa a 41ª colocação em nível de inglês.
"O domínio de outra língua é requisito fundamental para alguns postos de trabalho. Quem tem este diferencial pode conquistar cargos altos e em renomadas empresas. As organizações projetam neste perfil várias possibilidades de interação e negócios, principalmente com outros países", ressalta.
Uma pesquisa do site de empregos Catho revelou que a diferença salarial entre um profissional com e sem domínio do idioma pode chegar a 70%. Quando o assunto é o espanhol, chega a 40%.
INTERNACIONALIZAÇÃO DE CARREIRAS
Trabalhar no exterior também é um desejo do brasileiro. Estados Unidos, Canadá e Portugal são os destinos mais desejados. Para o jornalista brasileiro, Rodrigo Lins, que ganhou o sonhado 'Green Card', a internacionalização de carreiras é uma forma de 'entrar pela porta da frente' nos Estados Unidos com reconhecimento do mérito intelectual do profissional. Os vistos Eb-1 A, Eb-2 e O garantem possibilidades imigratórias para profissionais brasileiros que queiram levar suas carreiras para os Estados Unidos como especialistas em diferentes áreas.
O jornalista brasileiro escreveu um livro para contar sua experiência e consolidar uma espécie de 'manual de internacionalização de carreiras profissionais para os EUA'. O livro explica desde os principais tipos de visto imigrantes e não imigrantes, até metodologias para aplicação e tramitação do processo.
Se você deseja internacionalizar sua carreira, atenção aos tópicos a seguir:
- Especialize-se o máximo que puder em sua área de atuação, seu currículo é seu cartão de visita. Seus diferenciais intelectuais poderão ser determinantes para sua estadia profissional em outro país;
- Domine outros idiomas. Esta exigência é quase obrigatória. Alguns profissionais estão indo muito além do inglês e espanhol, e procurando dominar novos idiomas, como o mandarim, por exemplo;
- Antes de escolher para qual país deseja migrar sua carreira, informe-se sobre o mercado e a oferta de vagas em sua área;
- Tenha apoio profissional. Cada país possui sua política imigratória e para que você se adeque a todas as condições legais, o apoio jurídico é fundamental;
- Por fim, mas não menos importante, o psicológico também
precisa de preparo. Mudar de país, se afastar dos ciclos sociais, viver uma em
uma imersão cultural diferente da sua, além de fatores externos como adaptação
a um novo clima, devem ser considerados.
Rodrigo Lins - jornalista, CEO da empresa Multinacional Onevox
Creative Solutions, mestre em comunicação e escritor. Teve a carreira
profissional considerada extraordinária pelo Governo americano e reside nos
Estados Unidos. Está no Brasil para lançamento do seu livro:
"Internacionalize-se com parâmetros para trabalhar legalmente nos
EUA".
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