Segundo a Dra. Mariana Rosário, membro da
Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP),
mulheres de todas as idades, gêneros e opções sexuais – héteros, lésbicas,
bissexuais, trans – devem carregar consigo preservativos e exigir o uso deles
nas relações sexuais. Assim como o “Não é não!” é uma campanha de sucesso, o
uso do preservativo deve virar uma regra – e não exceção
No
Carnaval de 2018, a campanha “Não é não” ganhou força e mulheres de todo o
Brasil uniram-se contra o assédio sexual. Elas foram apoiadas pela imprensa,
por artistas e por homens que, indignados com o comportamento de uma minoria,
apoiaram o direito de todas se divertirem livremente, sem serem incomodadas.
Para
a Dra. Mariana Rosário, obstetra e mastologista, membro da Sociedade Brasileira
de Mastologia (SBM) e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de
São Paulo (SOGESP), titulada em Mastologia pelo IEO – Instituto Europeu de
Oncologia, de Milão, Itália, está na hora de surgir uma campanha forte como
esta, mas, com foco no uso do preservativo para combate às DST´s – Doenças
Sexualmente Transmissíveis e HIV. “Sabemos que a mulher é peça-chave no combate
à disseminação das doenças sexualmente transmissíveis. É um público que
precisamos conscientizar, que precisa ter voz e força para dizer ‘não’ ao
parceiro que insistir em abrir mão do uso do preservativo. A camisinha
realmente protege de muitas doenças e é acessível, os postos de saúde têm o
preservativo distribuído gratuitamente e, no Carnaval, há uma distribuição
ainda maior. Não há desculpa para não praticar sexo seguro”, diz a médica.
Dra.
Mariana Rosário explica que, sem proteção, homens e mulheres, independentemente
do gênero ou da opção sexual, estão extremamente expostos a doenças. “Sífilis,
gonorreia, HPV, Hepatite, Herpes, HIV, são tantas as possibilidades que não dá
para nem começar o ato sem camisinha! É inadmissível! Não adianta correr ao
consultório médico depois, porque muitas dessas doenças têm longo tratamento e
podem cronificar, deixando sequelas para toda a vida”, orienta a especialista.
Lésbicas também precisam de proteção
Dra.
Mariana diz que as lésbicas também fazem parte do grupo de risco. “Recebo
pacientes, em consultório, que acreditam que, por serem lésbicas e só se relacionarem
com outras mulheres, estão livres de contrair DST´s e HIV. Estão enganadas: é
preciso usar preservativo no sexo oral feminino e também na penetração com
acessórios eróticos. Todo o cuidado com nosso corpo é pouco, ainda que o sexo
não seja praticado numa relação heterossexual”, alerta.
Mariana
lamenta que haja poucas campanhas realmente fortes, que atinjam as mulheres,
para que elas exijam o uso de preservativo pelos parceiros e parceiras – e
também façam sua parte, claro. “Eu adoraria ver a sociedade toda engajada em
uma grande campanha, envolvendo todas as faixas etárias, para que os índices
alarmantes de contaminação por HIV fossem erradicados”, pondera.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, em seu Boletim Epidemiológico (que pode ser
acessado pelo seguinte link: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2018/boletim-epidemiologico-hivaids-2018), de 2007 até junho de 2018, foram
notificados 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 117.415 (47,4%)
na região Sudeste, 50.890 (20,5%) na região Sul, 42.215 (17,0%) na região
Nordeste, 19.781 (8,0%) na região Norte e 17.494 (7,1%) na região Centro-Oeste.
No ano de 2017, foram 42.420 casos de infecção pelo HIV, sendo 4.306 (10,2%)
casos na região Norte, 9.706 (22,9%) casos na região Nordeste, 16.859 (39,7%) na região Sudeste, 8.064 (19,0%) na
região Sul e 3.485 (8,2%) na região Centro-Oeste.
Dra. Mariana
Rosario - Formada pela
Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), em 2006, a Dra. Mariana
Rosario possui os títulos de especialista em Ginecologia, Obstetrícia e
Mastologia pela AMB – Associação Médica Brasileira, e estágio em Mastologia
pelo IEO – Instituto Europeu de Oncologia, de Milão, Itália, um dos mais
renomados do mundo. É membro da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e da
Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) e
especialista em Longevidade pela ABMAE – Associação Brasileira de Medicina
Antienvelhecimento. É médica cadastrada para trabalhar com implantes hormonais
pela ELMECO, do professor Elcimar Coutinho, um dos maiores especialistas no
assunto. Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP:
127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.
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