Moxabustão é uma
técnica que utiliza apenas calor com os mesmos benefícios das agulhadas
O bebê costuma se posicionar de cabeça para baixo -
posição cefálica - entre as 32ª e 34ª semanas da gestação. Porém, existem casos
em que ele não se posiciona corretamente, mantendo-se sentado - posição pélvica
-, dificultando ou impossibilitando o parto normal, uma preocupação para a
gestante e equipe medica. Nesse caso, o que fazer?
Durante muito tempo temeu-se fazer acupuntura em
mulheres grávidas por conta das agulhas. Existia um tabu em relação à técnica,
gerado pela falta de informação. Hoje a realidade é bem diferente, este tipo de
terapia e seus efeitos positivos estão cada vez acessíveis ao público, com
comprovação científica e clínica em todo o mundo.
Segundo a fisioterapeuta e acupunturista,
Alessandra Sônego, especializada em Saúde da Mulher pelo HC-FMUSP, para ajudar
o bebê a virar, a acupuntura dispõe de uma técnica chamada Moxabustão ou apenas
Moxa, que segue os mesmos princípios das agulhas, mas não as utiliza.
“Essa técnica não faz uso de agulhas, e sim de um
bastão da erva Artemisia vulgaris, compactada, que é queimada e transfere o
calor acima de um ponto específico de acupuntura. A combustão da Artemísia tem
a propriedade de aquecer profundamente, estimulando, removendo e desobstruindo
os bloqueios e restabelecendo o fluxo saudável, segura para a gestante e para o
bebê. Com essa estimulação, ele é encaminhando para a posição cefálica e para
um parto normal”, explica.
O tratamento visa resultados rápidos, se realizado
de duas a três vezes por semana, em pontos específicos, localizados
principalmente nos pés (B67), pernas e na região da cabeça, para potencializar
o resultado.
Ainda, segundo a especialista, o bastão da
Moxabustão pode ser encontrado facilmente na internet, e infelizmente se for
usado de forma incorreta, a terapia pode ter efeitos negativos. “Por exemplo, o
bebê pode se mover ainda que o esperado na região pélvica e manter-se em uma
posição inadequada para o parto normal. Por isso, procure sempre um profissional
capacitado para a realização de qualquer técnica ou tratamento de saúde”,
defende Alessandra.
Alessandra
Sônego - Fisioterapeuta especializada em Saúde da
Mulher pelo HC-FMUSP, atuante na clínica Athali Fisioterapia Pélvica Funcional,
na área de reabilitação dos músculos do assoalho pélvico e obstetrícia.
Especialista em acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa pela FACEI (2011).
Site: https://www.athalifisioterapia.com
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