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quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Dia Mundial do Solo: um lembrete para manter o fracking distante


A data foi estabelecida para informar sobre a importância da  preservação do solo


O Dia Mundial do Solo foi criado para fazer as pessoas refletirem sobre o modo como tratam a terra
Nesta quarta-feira (5) é comemorado Dia Mundial do Solo. A data, comemorada desde 2002, foi criada pela Sociedade Internacional da Ciência do Solo (IUSS) e tem como objetivo conscientizar os cidadãos de todo o mundo sobre a importância do bom uso da terra na configuração de uma sociedade justa, sustentável e inclusiva.

Atividades que dependem da utilização do solo são agentes importantes na movimentação econômica do país. Só no ano passado, o setor da agricultura e pecuária teve participação de 23% no Produto Interno Bruto (PIB) do País — de acordo com dados calculados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Números como esse demonstram como o trato com a terra deve ser feito de maneira consciente, assim permitindo que o solo siga produtivo e não perca suas características.

“Com as viagens feitas durante as ações da Campanha Não Fracking Brasil passamos à sociedade o ideal de conservar a terra da melhor forma possível. E uma das chaves para manter o terreno fértil e produtivo é manter o desenvolvimento do fracking bem longe dessas regiões das quais pretendem realizar as explorações de forma não convencional”, diz Suelita Röcker, coordenadora de Comunidades da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).

A exemplo de outros países da América do Sul, como a Argentina, o solo brasileiro está ameaçado pela prática do fraturamento hidráulico. Método totalmente nocivo ao solo, que não só contamina a água com substâncias químicas pesadas, mas afeta lençóis freáticos da região e aquíferos, consequentemente, desertificando o solo graças à elevação do metano à superfície. 

O resultado da prática do fracking já é sentido por muitos agricultores argentinos que cada vez produzem menos, além de serem obrigados a disputar espaço com grandes empresas. “O fracking é um competidor letal para a produção da fruticultura e agricultura argentina. Enquanto as petroleiras ganham incentivos fiscais, os produtores agrícolas estão abandonados à própria sorte”, comenta o coordenador da Campanha Não Fracking Argentina, Ignacio Zavaleta.

“É importante ressaltar que, antes de tudo, o Dia Mundial do Solo tem como objetivo trazer uma reflexão sobre o relacionamento da população com um meio de produção vital para existência humana – que deu todo seu espaço para que os seres humanos utilizassem a terra para desenvolver suas atividades. Por isso, a necessidade de conservar aquilo que representa a vida e deixar de lado o que simboliza a destruição: o fracking” finaliza Suelita. 





Equipe de Comunicação da Fundação Internacional Arayara e da Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida (COESUS).
Email : paulinne@naofrackingbrasil.com.br



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