Especialista fala sobre como é importante
aumentar a produtividade e pensar diferente, mas alerta para as visões falsas e
românticas sobre a liberdade no trabalho
Ser
livre é pedir demissão amanhã mesmo, não ter horário para trabalhar e ainda
viajar o mundo? Não é bem assim. Às vezes, parece que alguém criou a ideia de
que a verdadeira liberdade é vivida pelos influenciadores com fotos perfeitas
no Instagram. O criador do Movimento Freesider, Fagner Borges, autor do livro
“A Jornada da Liberdade”, explica que é possível passar a “trabalhar por conta”
e escolher o próprio horário, mas é preciso se livrar de alguns mitos. “Existem
algumas mentiras que impedem as pessoas de tomarem uma atitude para conquistar
a liberdade e também existem mitos perigosos sobre o que significa ser livre”,
conta.
O
que Fagner Borges ensina é que existem dois pensamentos errados: acreditar que
o mais certo e seguro é ter um emprego fixo, e acreditar que para ter total liberdade
é preciso ter milhões na conta bancária e sair viajando o mundo. “É possível
trabalhar, ganhar dinheiro e ainda aproveitar a vida sem sofrer com a síndrome
do Instagram perfeito, mas para isso você precisa se preparar”, explica. Para
deixar mais claro, o especialista rompe alguns mitos sobre a liberdade.
Mito 1: Ser livre é não fazer nada
Engana-se
quem acha que pessoas livres não trabalham nunca ou são “preguiçosas”. O que
Fagner explica é que as pessoas bem sucedidas sabem trabalhar com inteligência
e produtividade. “O ideal é que você tenha menos horas de trabalho para poder
ganhar mais na sua vida, e isso é uma boa notícia: você não precisa ser
bilionário para se sentir livre”, explica. Por isso o importante é se livrar
das distrações na hora do trabalho e aprender a delegar aquilo que não for
necessário, por exemplo. “Repare que, quando você realmente precisa sair mais
cedo, você faz em muito menos tempo um trabalho que geralmente demora o dia
todo”, provoca.
Mito 2: Quem não viaja o mundo não é livre
Segundo
Fagner, ser um Freesider – ou seja, ter liberdade de tempo, mobilidade e
dinheiro – não significa necessariamente viver na estrada. “Nem todo mundo
precisa ostentar o Instagram perfeito com fotos de viagens para se dizer
livre”, conta. O especialista cita o caso mais comum entre os alunos do seu
curso: são aqueles que encontraram nesse estilo de vida a melhor forma de criar
os filhos e ter tempo para eles.
Mito 3: Quem não tem trabalho fixo tem menos segurança
Uma
das maiores mentiras que nos contaram foi a de que ter um trabalho fixo é mais
seguro do que “trabalhar por conta”. O criador do Movimento Freesider explica
que, por mais que existam algumas seguranças institucionais, o empregado é como
uma empresa que tem apenas um cliente. “Se você tem inúmeros clientes e ganha
pelos resultados que gera, você se torna uma empresa mais valiosa, e se um dos
clientes decide ‘te demitir’, você tem outros dando suporte e não se torna um
desempregado do dia para a noite”, completa.
Mito 4: Só por ser “chefe” já é possível ter liberdade
Outro
erro que as pessoas cometem é achar que, ao ter uma empresa e funcionários, já
se conquistou a liberdade. Segundo o especialista, o grande segredo para ter
liberdade é mudar a forma de encarar o trabalho. “Se você continua sem saber
delegar tarefas e com o mindset de que dinheiro requer trabalho em excesso,
você provavelmente vai continuar preso a uma rotina que não foi você quem
definiu”, conta, alertando que não é simples mudar esse pensamento.
Mito 5: Só quem tem sorte consegue liberdade
Por
fim, Fagner destaca que encontrar liberdade de tempo, mobilidade e dinheiro, é
algo que não tem a ver com sorte. “É uma questão de se desvencilhar do medo”,
explica. Ele ensina que não ter sucesso ou não alcançar a vida que se deseja
está relacionado às escolhas feitas e não ao azar ou à falta de inteligência,
como muitos julgam. “E as escolhas que fazemos são influenciadas pelas emoções
e crenças que carregamos, como o medo que fomos ensinados a ter”, completa. Por
isso, é fundamental buscar o autoconhecimento para vencer esse sentimento. “Não
podemos ser medrosos que aceitam o mínimo que a vida nos dá”, conclui.
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