Atualmente,
segundo dados do INCA, o câncer de pele é os mais prevalentes entre a população
brasileira, correspondendo a 30% de todos os diagnósticos de tumores malignos
Em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer
de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos
identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está
diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do
sol. O sol durante o inverno, apesar de parecer mais "fraco",
continua emitindo radiação, que possui um efeito cumulativo na pele.
De acordo com Dr. Bernardo Garicochea, oncologista
e especialista em genética da unidade do Grupo Oncoclínicas em São Paulo - Centro
Paulista de Oncologia (CPO) -, é importante a avaliação frequente de um
dermatologista para acompanhamento das lesões cutâneas. "As alterações a
serem avaliadas como suspeitas são o que qualificamos como 'ABCD'- Assimetria,
Bordas irregulares, Cor e Diâmetro. A análise da mudança nas características
destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce".
Evitar a exposição excessiva e constante aos raios
solares sem a proteção adequada é a melhor medida – e isso vale desde a
infância. Vale lembrar que, mesmo áreas não expostas diretamente ao sol e menos
visíveis – como o couro cabeludo - podem apresentar manchas suspeitas.
Imunoterapia e o melanoma
O melanoma é o tipo de câncer que apresenta o maior
número de mutações genéticas no DNA do tumor. Essas mutações
podem confundir o sistema imunológico do paciente e dificultar a ação de
terapias tradicionais. Por isso, a imunoterapia é uma das grandes
aliadas no tratamento da doença.
"A Imunoterapia é o tratamento que promove a
estimulação do sistema imunológico por meio do uso de substâncias modificadoras
da resposta biológica. Em resumo, trata-se de um grupo de drogas que, ao invés
de mirar o câncer, ajuda as nossas defesas a detectá-lo e agredi-lo",
explica o Dr. Bernardo.De acordo com ele, 3% dos melanomas são hereditários. O
especialista do Grupo Oncoclínicas indica alguns pontos de atenção que podem
indicar propensão à doença:
- Pessoas que possuem uma grande quantidade de pintas escuras espalhadas pelo corpo;
- Incidência de melanoma em algum parente muito jovem (menos de 35 anos);
- Mais de dois casos de melanoma na família (em qualquer idade).
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