Assunto
é tema do I Simpósio de Dor no Idoso, promovido em 04 de agosto pela Sociedade
Brasileira para o Estudo da Dor – SBED, em São Paulo
O
envelhecimento da população está diretamente ligado ao aumento de doenças e
incapacidades que, em muitos casos, podem estar relacionadas à dor. Apesar
disso, ao contrário do que se propaga no imaginário popular, não é normal
idosos sentirem dores. Para debater essa e outras questões relacionadas ao
tema, a Sociedade Brasileira para o
Estudo da Dor – SBED promove em 04 de agosto, em São Paulo, o I Simpósio de Dor no Idoso.
Com caráter multidisciplinar, o evento é voltado a todos os profissionais da área da saúde interessados em se especializar no assunto e tem o objetivo de desmitificar a associação entre dor e velhice, de forma a preparar melhor pessoas que atuam junto à população idosa para atende-los de forma mais assertiva e qualificada.
Com caráter multidisciplinar, o evento é voltado a todos os profissionais da área da saúde interessados em se especializar no assunto e tem o objetivo de desmitificar a associação entre dor e velhice, de forma a preparar melhor pessoas que atuam junto à população idosa para atende-los de forma mais assertiva e qualificada.
Segundo a Dra. Karol Thé, geriatra e coordenadora do evento e do Comitê de Dor no Idoso da SBED, além do tabu entre velhice e dor, existe um grande desafio para os profissionais, cuidadores e familiares de pessoas idosas com demência ou comprometimento cognitivo, que é compreender suas sensações dolorosas, especialmente quando há prejuízo de linguagem ou memória.
“O método padrão-ouro de avaliar a dor de uma pessoa, da criança maior ao idoso, é através do autorrelato. O idoso com comprometimento cognitivo grave, em que o prejuízo de linguagem já está muito comprometido pela evolução da doença, terá dificuldade de expressar suas experiências dolorosas. Isso não significa que ele sinta menos dor”, alerta a especialista.
A geriatra alerta que é preciso haver atenção às mudanças de comportamento que podem auxiliar no diagnóstico. Para isso, ela lembra que a Sociedade Americana de Geriatria indica seis dimensões que podem indicar que o idoso com déficit cognitivo está sentindo dor. São elas:
- Mudanças na expressão facial
- Verbalizações ou vocalizações
- Movimentos corporais
- Mudanças na interação interpessoal
- Mudanças nas atividades rotineiras
- Mudança no estado mental
Dra. Karol
reforça ainda que, mesmo os idosos que não tenham comprometimento cognitivo
podem deixar de relatar o sintoma de dor por medo de se tornar um peso para a
família, ou de realizar exames ou de descobrir uma doença potencialmente grave.
Além disso, podem ocorrer crenças culturais, religiosas, receio de efeitos
adversos das medicações, ou mesmo por acreditarem ser normal sentir dor ao
chegar nessa fase da vida.
“Quando não há avaliação e tratamento adequados, os idosos sofrem consequências psicossociais, como depressão, ansiedade, piora cognitiva, isolamento social e redução das atividades de vida diárias e físicas. Por isso, indicamos que a família fique atenta e procure sempre a orientação de um médico”, finaliza a especialista.
“Quando não há avaliação e tratamento adequados, os idosos sofrem consequências psicossociais, como depressão, ansiedade, piora cognitiva, isolamento social e redução das atividades de vida diárias e físicas. Por isso, indicamos que a família fique atenta e procure sempre a orientação de um médico”, finaliza a especialista.
Para participar do I Simpósio de Dor no Idoso da SBED e manter atualizado sobre essa discussão, basta se inscrever no site da Sociedade. O evento acontece no dia 04 de agosto, das 8 às 17 horas, no Hospital Moriah, em São Paulo.
Sobre a SBED
A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor - SBED foi fundada por iniciativa de um grupo de médicos que participou do 1º Simpósio Brasileiro de Tratamento da Dor, realizado em São Paulo, em 1982. Em agosto de 1984, durante o Congresso Mundial da Dor, que aconteceu em Seattle, nos Estados Unidos, a SBED foi reconhecida como Capítulo Brasileiro (IASP Brazilian Chapter) da Sociedade Internacional para o Estudo da Dor – International Association for the Study of Pain- IASP.
A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor - SBED foi fundada por iniciativa de um grupo de médicos que participou do 1º Simpósio Brasileiro de Tratamento da Dor, realizado em São Paulo, em 1982. Em agosto de 1984, durante o Congresso Mundial da Dor, que aconteceu em Seattle, nos Estados Unidos, a SBED foi reconhecida como Capítulo Brasileiro (IASP Brazilian Chapter) da Sociedade Internacional para o Estudo da Dor – International Association for the Study of Pain- IASP.
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