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Se o
tutor não tomar as medidas necessárias, ao invés de a viagem ser prazerosa, os
animais podem ficar estressados e desconfortáveis; confira dicas do adestrador
e especialista em comportamento animal Cleber Santos
No Brasil, são cerca de 130 milhões de pets, com o
país em quarto lugar no ranking de população de animais no mundo. O que fazer
com os bichinhos na hora de viajar? Nem sempre é possível conseguir um local
confiável para hospedar o pet, por isso, cresce a cada ano o número de tutores
que levam seus bichinhos de estimação para viajar junto com eles, mesmo quando
os destinos exigem viagens longas.
De acordo com Cleber Santos, que é especialista em
comportamento animal, adestrador e proprietário da ComportPet, nem todos os cães e gatos reagem
bem à sua primeira viagem de avião e, alguns pontos são importantes para que o
passeio seja tranquilo para o animal. "É possível sim planejar uma viagem
longa e, ao mesmo tempo, ter a companhia de seu pet. Hoje algumas companhias
aéreas inclusive já permitem que os animais de estimação mesmo os de médio ou
grande porte, viajem junto com os donos na cabine. As companhias têm se
aperfeiçoado no serviço para pets por conta da alta procura", avalia
Cleber.
Abaixo, ele lista as principais medidas para
garantir a segurança do pet no avião:
Vacinas em dia
Manter a vacinação do animal em dia é essencial em
qualquer ocasião e época do ano, porém, durante as viagens, os cuidados nesse
sentido devem ser ainda maiores. "O percurso, ou até mesmo o contato com o
ar de outro país/cidade, pode ocasionar alguma reação diferente no animal, por
isso não se deve deixar esse ponto de lado", explica Cleber.
Local adequado para o pet
Dependendo do tamanho e do peso do animal, dependendo
da companhia aérea, ele terá que viajar no compartimento de bagagem. A forma
mais procurada é a opção da cabine junto ao dono, em que o animal viaja dentro
da caixa de transporte. Mas nem sempre é possível escolher o local que o pet
irá ocupar. "Aconselho que o dono faça uma pesquisa com antecedência,
entre em contato com a companhia aérea, informe-se sobre cada detalhe e se
planeje de acordo, para que não tenha surpresas", recomenda.
Passagem do animal
Algumas companhias aéreas não aceitam determinadas
raças e, por isso, não se pode deixar a reserva da passagem do pet para a
última hora. "Geralmente, são pedidas informações como: peso do animal,
raça, idade, peso da gaiola, entre outras. Em alguns casos, só é permitido no
máximo dois animais por voo", esclarece o especialista.
De olho na quarentena
Algumas viagens exigem que o pet passe por uma
quarenta supervisionada por veterinários, com o intuito de que ele não
transporte nenhuma doença para o local de destino, principalmente se for uma
viagem internacional. "Existe um setor específico em que o animal deve
ficar dois ou três dias antes da data de embarque. Não se esqueça de levar o
atestado do veterinário no dia da avaliação", diz Cleber.
Acostume seu pet com a caixa
Uma
das primeiras coisas que é preciso saber é que o animal vai passar algumas
horas dentro da caixa, independentemente se for despachado ou viajar ao lado do
tutor. Se ele não está acostumado com isso, é importante treinar o bichinho com
antecedência. "Recomendo colocar o cachorro ou o gato para ficar por
alguns minutos por dia na caixa, e ir aumentando o período gradativamente.
Assim, na hora da viagem, o animal ficará menos estressado. Esse treino pode
ser feito pelo tutor ou por um especialista em comportamento animal",
finaliza.
Cleber Santos -
Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos,
quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou
para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de
todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios
e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos,
Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet,
centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de
hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias
alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do
Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de
pets de famosos, entre eles o DJ Alok
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