Benignos
ou malignos, essas são as diferenças mais importantes entre eles. Mas, como é
possível saber a diferença?
Cientificamente,
a principal diferença é que o
fibroadenoma é maciço e o cisto é oco, e nesta parte pode ter líquido, ar,
sangue, pus e outros fluidos, dando a sensação de ser mole ao toque. Mas, a
ansiedade pelo diagnóstico não consegue equilibrar o que é científico ou não e
logo que se detecta um nódulo na mama, o pensamento tende a ser de que é algo
muito ruim.
Chamados
de nódulos benignos, os fibroadenomas são boa parte dos casos frequentes de
consultório, explica o ginecologista e mastologista, Dr. Rogério Fenile. “É
muito mais comum em adolescentes e mulheres até os 30 anos. Em geral tendem a
ser pequenos e indolores”, explica o médico.
Esse
tipo de nódulo, assim como os demais, pode ser sentido no autoexame como uma
bolinha que se movimenta com facilidade na pele ao ser pressionada. “Mesmo não
apresentando riscos graves à saúde, é necessário acompanhamento para tratamento
e prevenção”, alerta o mastologista.
Além
do fibroadenoma, existem os cistos mamários benignos, em que a mulher pode ou
não apresentar dor. É muito comum em mulheres entre 35 e 50 anos, em função das
variações hormonais ao longo da vida . Podem ser simples, quando não oferecem
risco, ou complexos, que podem ser o ponto de partida para uma doença mais
grave.
Vale
lembrar que os cistos podem se formar dentro de qualquer tecido do corpo,
dependendo da região terá uma substância diferente dentro. As duas formas de
diferenciação são os que possuem células dentro e outro que não possui. “Se não
houver a presença de células e não causar desconforto no paciente, não precisa
ser retirado, mas deve ser acompanhado”, afirma.
De
acordo com o ginecologista, caso o nódulo seja complexo, a remoção é indicada
para evitar a chance de que se transforme em algo maligno. Dr. Rogério também
alerta para que independente da idade da paciente e da textura do nódulo ao
toque, o indicado é sempre ir a um mastologista para que seja feita a avaliação
correta e sejam solicitados os exames necessários. “O autoexame ainda é um
grande aliado do diagnóstico precoce para os casos de câncer de mama. Mas
somente o médico é que saberá a diferença entre os nódulos e se necessita de
mais investigação”, conclui.
Dr.
Rogério Fenile - Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Disciplina de
Mastologia do Departamento de Ginecologia da UNIFESP e membro titular da
Sociedade Brasileira de Mastologia. É especialista em cirurgia de
reconstrução mamária, com mais de 20 anos de experiência médica. Para saber
mais sobre o seu trabalho, acesse www.drrogeriofenile.com.br ou @drrogeriofenile nas redes
sociais.
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