As Doenças Sexualmente Transmissíveis, ou DSTs, são
aquelas enfermidades contraídas durante a relação sexual, na maioria das vezes
sem proteção.
As DSTs
podem ser causadas por micro-organismos diferentes e são divididas em três
grupos: bacterianas, como a sífilis, gonorreia e a clamídia; virais, como
herpes, HPV e o HIV; e parasitárias, como a tricomoníase.
Todas elas
oferecem algum risco para a saúde das pessoas. Se não forem tratadas, algumas
podem progredir e levar a complicações, como é o caso da sífilis. “Essa DST
pode causar problemas cardiológicos e neurológicos. A clamídia e a gonorreia
causam inflamação nas trompas e a paciente corre o risco não conseguir
engravidar. O HPV propicia o aparecimento do câncer do colo do útero, de vulva,
de vagina e de ânus. O herpes, caracterizada por pequenas lesões na pele, caso
passe para o recém-nascido através da mãe provoca doenças graves e, muitas
vezes, fatais”, explica Adriana Campaner, membro da Comissão Científica de
Ginecologia da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo
(SOGESP).
As DSTs
apresentam grupos de sintomas diferentes. O primeiro grupo tipifica-se pela
presença de úlcera genital, que pode ser dolorosa ou não, secretante ou
não e variar de tamanho. O segundo engloba a presença de bolinhas, lesões ou
verrugas na genitália. Essas lesões podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos
variados. Em relação ao terceiro grupo de sintoma, ele se caracteriza pela
presença de corrimento. Algumas doenças transmissíveis causam secreções que
variam na sua coloração, aspecto e cheiro, provocando ardência, dor e coceira
na paciente.
“Muitas
pacientes são assintomáticas. Isso é muito perigoso porque se a paciente não
sabe que tem a doença, ela pode transmiti-la para o parceiro e não irá procurar
o médico”, frisa a médica.
O
tratamento das DSTs é feito com base no tipo de agente causador da doença. As
bacterianas e aquelas causadas por parasitas são tratáveis com antibióticos. No
caso das enfermidades causadas por vírus, não existe remédio porque ele só é
eliminado do organismo pelo sistema imunológico do paciente. Nesse caso, é
necessário medicamentos antivirais para controlar as crises advindas da
enfermidade.
Para
prevenir as DSTs é preciso conhecer o parceiro e orientar às pessoas que tenham
à orientação sexual de qualidade, que explique a importância do sexo seguro.
Também é importante informar à população que existem vacinas contra algumas
dessas doenças, como o HPV e as hepatites B e C.
Outra forma
é prevenir as complicações. Se a paciente procurar o médico assim que surgirem
os primeiros sintomas, o diagnóstico será precoce e o tratamento será iniciado
ainda nos primeiros estágios da doença, garantindo maior eficiência.
A médica destaca que as DSTs atingem pessoas de
diferentes níveis econômicos, sexos e idade, apesar de ser mais comum em
pacientes com menos de 30 anos. “Os jovens, na maioria das vezes, ainda estão
na busca de um par fixo, então acabam trocando de parceiros frequentemente.
Além disso, eles não usam preservativo em todas as relações sexuais e ficam
expostos às doenças”, finaliza Campaner.
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