Índice de mortes
de gestantes cresceu em 2016. Estados do Norte são os que apresentam os piores
índices
Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam aumento
da mortalidade materna. Após anos de queda, em 2016 os índices voltaram a subir
e se distanciaram ainda mais da meta acordada, pelo Brasil com a ONU, que era
de 35 mortes por 100 mil nascidos vivos, para 2015.
E mais
longe ainda do limite tido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde,
OMS, de 20 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. A situação no Estado de São
Paulo também não é diferente, são observadas 47 mortes maternas para cada 100
mil nascidos vivos.
Novos dados
Ontem foram
divulgados dados do MS que são preocupantes. Em 2015, o País registrou 62
mortes por 100 mil nascidos vivos. Já em 2016, foram mais de 64 óbitos de
gestantes por 100 mil.
“A grande
maioria das mortes maternas poderia ser evitada, se tivéssemos condição para
fazer o diagnóstico rápido, além de investimento na qualificação contínua de
recursos humanos.”, afirma Rossana Pulcineli Francisco, presidente da SOGESP
(Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo).
Segundo
ela, as principais causas das mortes de gestante são hipertensão, hemorragia e
infecção pós-parto e outro fato muito importante é a falta de infraestrutura
para atendimento adequado destas mulheres.
Os números
agora divulgados apontam que a situação é pior em estados do Norte do Brasil,
onde os óbitos aumentaram 11%. Amapá e Maranhão apresentam as taxas mais
elevadas de mortalidade.
O Ministério da Saúde alega que o maior obstáculo
para a queda no número de óbitos é a falta de leitos obstétricos, mas ressalta
que muitos dos leitos destinados às gestantes são ocupados por mulheres que
fizeram abortos inseguros. Por ano, são 220 mil internações sendo esta a
terceira causa de mortes de gestantes.
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