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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Agosto dourado estimula o aleitamento materno


 
Oncologista alerta que amamentar protege contra o câncer


Agosto é considerado o mês de conscientização sobre o aleitamento materno e a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde instituíram a semana de 1 a 7 de agosto como a Semana Mundial da Amamentação. O objetivo é incentivar o aleitamento materno e a criação de bancos de leite para melhorar a qualidade de vida de crianças.
 
Em todo o mundo, apenas 38% das crianças são amamentadas.  No Brasil, 41%. Conforme a Organização Mundial da Saúde, a meta global a ser atingida até 2025 é de que pelo menos 50% dos bebês recebam o aleitamento materno até o sexto mês de vida. Um dos avanços, desde o ano passado, para alcançar esta meta, foi a lei sancionada pelo Congresso Nacional, que institui o mês de agosto como o “Mês do Aleitamento Materno”, que passa a ser chamado de “ Agosto Dourado”. 

Segundo Hélio Pinczowsky, oncologista do Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, maior centro privado do país na assistência oncológica, com 10 mil atendimentos por mês, estudo publicado sobre mulheres da Comunidade Europeia, sugere que parte do aumento da incidência de câncer de mama se deve a queda na amamentação.

“As evidências de associação da amamentação com proteção, em todas as idades, para o câncer de mama são bastante consistentes. Os pesquisadores também têm sugerido uma relação de redução da incidência de câncer de ovário e endométrio com a prática da amamentação devido a redução da exposição de níveis elevados hormonais que estão ausentes durante a amamentação”, explica o oncologista do Hemomed. 

O médico acrescenta que a amamentação reduz os tumores nos bebês por reduzir o risco de obesidade e consequentemente tumores relacionados a esta situação como câncer de endométrio, mama na pré e pós menopausa, esôfago, cólon e pâncreas.  Além disso, o leite materno fortalece a imunidade, diminui os riscos de alergias e combate a anemia, sendo fator importante na diminuição da mortalidade infantil.

Outro item bem influente é o tempo que as mães amamentam os filhos. A cada cinco meses de amamentação, o risco de a mãe desenvolver câncer de mama diminui em 2%. Estudos demonstraram que quanto maior o tempo de duração da amamentação maior o fator de proteção que essa prática representa para a saúde da mulher, sendo que o tempo mínimo de amamentação acumulada seria de 12 meses.


Câncer de mama é o de maior incidência nas mulheres 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por 25% dos casos novos a cada ano.

No Hemomed Instituto de Oncologia e Hematologia, o câncer de mama é o de maior incidência nas mulheres com 300 pacientes em tratamento quimioterápico e hormonioterápico.


  Foto: divulgação


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