No
próximo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, vale lembrar que
ainda falta muito para que elas
sejam vistas com a merecida igualdade. Claro que houve substancial melhora, mas
parte do mercado ainda enxerga a profissional com muitas restrições,
principalmente aquelas que já são mães e querem ter outros filhos.
Enquanto
a consciência coletiva é moldada, de forma lenta, a mulher pode encontrar em si
mesma a solução. A resposta pode estar no autoconhecimento. É sempre possível agregar
os desafios pessoais ao profissional e ser multitarefa, mas convém lembrar que
ter a habilidade de fazer múltiplas atividades, simultaneamente, não significa
excelência. Sob este aspecto é preciso muito treinamento, autoconfiança, e
compartilhamento de responsabilidades, afinal, as tarefas familiares não são
obrigações exclusivas delas.
Não
acredito também ser humanamente possível dar conta de tudo e penso que é
preciso abrir mão de algumas coisas para poder ser feliz. Reservar um tempinho
até mesmo para não fazer nada é importante para poder dar conta daquilo que se
escolheu para cada fase da vida e daquilo que considera importante para o
crescimento e realização pessoal
Como
um aparte necessário, cito dados da Pesquisa Nacional por Amostras de
Domicílios Contínua (Pnad), de 2016, que revela que enquanto 89,8% das mulheres
realizavam atividades domésticas, esta proporção era de 71,9% entre os homens.
O tempo dedicado a esses serviços também mostrou diferença entre os sexos. A
média de horas dedicadas ao serviço doméstico no Brasil era de 16,7 horas por
semana, mas as mulheres trabalhavam o dobro do que os homens em casa, 20,9
horas semanais, em média, contra apenas 11,1 horas para os homens.
Na
minha atuação como coach
de vida e carreira, proponho sempre uma reflexão sobre o que se deseja
alcançar, as técnicas necessárias e a colaboração possível para este objetivo.
É preciso conhecer e respeitar cada fase, sem estabelecer metas intangíveis. A
chave é escolher o que almeja que seja feito por você mesma e delegar o
restante, por pelo menos uma parte do tempo. Dividindo a vida em fatias, é
possível aproveitar o sabor de todas as partes que realmente importam. Escolher
do que abrir mão é tão importante quanto escolher o que priorizar.
Seja
qual for a opção, o fato é que a mulher vem conquistando um lugar que sempre
pertenceu a ela. Mesmo que o desafio seja grande, o empoderamento será permanente.
Léo Alves - empresário, coach de vida e carreira e
autor do livro Abismo – Quando o Fim se mostra recomeço.
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