Desidratação é um dos fatores que mais comprometem a
saúde dos rins
No
Dia Mundial do Rim, 8 de março, vale lembrar da importância desse órgão que é tão
necessário para a nossa saúde. Um dos fatores que mais comprometem a saúde dos
rins, é o surgimento dos cálculos renais. Por isso prevenção é a melhor
indicação.
É um
quadro agudo que surge geralmente pelo acúmulo de cristais a partir de
substâncias presentes na urina. Eles são formados por ácido úrico, oxalato,
cálcio e cistina. "Estas substâncias se depositam nos rins ou no canal
urinário em formato de pedras e podem provocar dores intensas, e obstruções no
sistema urinário, gerando riscos e graves complicações", explica o médico
nefrologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), José Gastão Rocha de
Carvalho.
Os
cálculos, conhecidos popularmente como pedras nos rins, afetam aproximadamente
5% das mulheres e 12% dos homens. De acordo com o médico, a maior incidência em
homens ainda não tem uma causa definida. Os sintomas podem variar- desde o
aumento da frequência para ir ao banheiro, pequenos desconfortos para urinar,
até dores localizadas. “A dor tem variações conforme a localização do cálculo”,
explica o nefrologista.
De
acordo com o médico, é necessário também ficar atento a outros sintomas. “Se a
urina está escura e com sangue, se há dor, ânsia, vômito, febre ou fraqueza é
recomendado procurar um nefrologista ou urologista para investigar o caso”.
"Casos que apresentam febre são mais preocupantes", complementa o
especialista.
Tomar água é a melhor dica
A
hidratação é a principal maneira de se proteger. “A situação é frequente em
pessoas que vivem em ambientes com temperatura elevada, ambiente seco, ar
condicionado, e quando a ingestão de líquido é insuficiente”, explica o médico.
A
água no organismo faz com que a urina seja diluída, reduzindo a concentração de
cristais e facilitando o trabalho dos rins na hora de eliminar nutrientes que
não são mais necessários para o organismo. Porém, o médico orienta para outros
fatores dietéticos que podem contribuir com o problema, como a ingestão
excessiva de sal, proteína animal, açúcares refinados, alimentos que contenham
quantidades elevadas de sódio, cálcio e ricos em oxalatos, como suco de
laranja, maçã, alguns tipos de verduras e refrigerantes colados. “Estes
produtos devem ser moderadamente consumidos”, alerta o especialista.
Os
casos de cálculos renais também estão associados a fatores genéticos e doenças
como – diabetes, obesidade, hipertensão, gota, doença e insuficiência renal
crônica. “Das associações mais preocupantes é a possível relação com doenças do
coração, principalmente em mulheres”, afirma o médico.
Diagnóstico e tratamento
O
médico pode solicitar um exame de sangue e urina ao paciente para diagnosticar.
“Os exames de imagens mais úteis para descobrir o cálculo são a
ultrassonografia e a tomografia”, explica o nefrologista. Se o paciente sentir
cólica renal deve procurar um hospital, onde os médicos aplicam soro e
medicamentos para aliviar a dor. Em 90% as pedras são liberadas de forma
espontânea. Em casos mais graves, quando há dor e infecção urinária, mas o
cálculo não sai de forma natural é necessário retirá-lo por meio de cirurgia,
ou por outros métodos menos invasivos.
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