Brasileiras ainda desconhecem fatores de
risco e sinais de tumores que podem afetar o colo de útero, ovário, vagina,
vulva e endométrio
"O
diagnóstico precoce pode salvar vidas, mas muitas mulheres ainda veem esse
assunto como um tabu e por isso acabam não levando suas queixas para os
consultórios", explica Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro
Paulista de Oncologia (CPO), unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas.
Para
a especialista Juliana Omineli, da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico,
unidade no RJ do Grupo Oncoclínicas, a falta de conhecimento faz com que sinais
iniciais da doença sejam ignorados, constribuindo para indentificação tardia do
câncer em órgãos femininos. "
Confira
abaixo algumas informações essenciais sobre os diferentes cânceres
ginecológicos:
Fique atenta aos sinais
Os
sintomas do câncer de ovário são discretos e demoram a se manifestar. Por isso,
na maioria dos casos, é diagnosticado tardiamente, quando a doença já se espalhou
pelo aparelho reprodutor, dificultando o tratamento. Quando aparentes, pode
ocorrer um aumento do volume abdominal, aumento na vontade de urinar,
alterações no ciclo menstrual, dor durante a relação sexual, entre outros.
"Muitos sintomas, quando aparentes, são parecidos com os desconfortos do
dia a dia da mulher e, na maioria dos casos, são deixados de lado. Caso perceba
qualquer alteração, é recomendado que a mulher procure um especialista"
afirma a Dra. Michelle Samora.
Mioma e o anticoncepcional
Também
ao contrário do que muitas mulheres imaginam, o mioma não é maligno e o uso de
contraceptivos é benéfico à saúde do útero. "O mioma é um tumor benigno
que pode surgir no útero e não aumenta o risco de câncer. Além disso, o uso de
anticoncepcional diminui o risco deste tipo de câncer. Aliás, o que diminui o
risco de câncer de endométrio são dieta e exercícios físicos, uso de
anticoncepcional e amamentação", destaca a Dra Juliana Omineli.
Hereditariedade
Apenas
10% dos tumores ovarianos são decorrentes da predisposição genética hereditára
– causados por uma mutação em certos genes, herdada de pai ou mãe, que pode
aumentar o risco de surgimento do tumor. "Em situações especiais, quando
avó e mãe apresentaram tumores de ovário é possível realizar exames específicos
de análise genética", pontua Dra. Michelle Samora. Caso seja comprovado a
suspeita, é possível indicar medidas como a cirurgia preventiva de retirada dos
ovários, mas, ainda assim, esta é uma decisão que deve ser tomada de forma
conjunta por paciente e médico.
Vacina do HPV e preservativo como forma de proteção
O
HPV é o principal fator relacionado ao câncer do colo uterino, de vagina e de
vulva. "Quando tomamos conhecimento do agente causador do câncer do colo
de útero, os dados são alarmantes, pois 90% das mulheres acometidas com câncer
de colo do útero têm o vírus HPV", finaliza Dra. Michelle Samora,
oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.
Tipos de câncer de útero
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