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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Como pais separados devem agir na educação escolar?



Em se tratando das atividades escolares, é importante que os pais tentem esquecer-se de suas diferenças e ajam apenas como pais, em parceria,  sem desautorizar um ao outro. Desta maneira, a criança ficará muito mais segura na escola e terá um desempenho adequado


Pais separados continuam sendo pais. A afirmação é ainda mais precisa quando se trata do papel do ex-casal nas atividades escolares dos filhos. “Quando se trata da educação formal, é importante que pai e mãe tentem colocar suas diferenças como casal separado de lado e pensem apenas como pai e mãe daquela criança. Eles precisam criar uma parceria entre si e com a escola para que a criança tenha um desempenho adequado e se sinta segura no ambiente escolar”, aconselha Katarina Bergami, Pedagoga, Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro de Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos quatro meses aos dez anos de idade.

Katarina diz que é muito comum presenciar pais separados usando o ambiente escolar como forma de desautorizar um ao outro. “É um erro. A criança passa a obter benefício próprio, manipulando os pais, inconscientemente, para conseguir o que deseja, já que eles mesmos começaram o jogo de ‘se ela (ou ele) não deixa, eu deixo’. Os conflitos surgem a todo o momento e o relacionamento vira uma guerra”, alerta a educadora.

Por esse motivo, Katarina diz que os pais precisam abrir o diálogo e decidir, juntos, o que é melhor para a educação dos filhos, sendo parceiros neste processo. “Das atividades anuais da criança até como o estudo será conduzido, tudo é possível de ser combinado e executado sem brigas. Se não for possível um diálogo sozinhos, convém pedir ajuda à Coordenação Pedagógica da escola, que pode auxiliar os pais no entendimento. O que não pode haver é uma disputa de poder envolvendo a criança, seus horários, atividades e a forma como ela será educada, porque então haverá uma baita confusão na cabeça dela”, orienta.

Finalizando, Katarina diz que, por sua experiência, pais separados que decidem organizar a vida escolar dos filhos juntos percebem uma performance muito melhor das crianças, mais calma e segurança também. “Isso fica muito claro porque as crianças sentem mais harmonia e ficam mais seguras. Ninguém gosta de ser objeto de disputa ou viver sob tensão ou sem saber se obedece o pai ou a mãe. É preciso que ambos sejam escutados e respeitados, da mesma maneira”, finaliza a especialista.






Katarina Bergami - mestra em Psicopedagogia pela Leibniz Universität Hannover - School of Education e atua como Coordenadora Educacional da Faces Bilíngue, escola situada no bairro de Higienópolis, em São Paulo, que há quase 20 anos educa crianças dos quatro meses aos dez anos.





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