Entenda como funciona
a pílula no organismo
Em situações emergenciais, quando
ocorre uma relação sexual desprotegida, como quando a camisinha estoura ou
é esquecida, assim como também esquecer de ingerir a pílula
anticoncepcional, uma maneira de evitar a gravidez indesejada é a
anticoncepção de emergência, popularmente chamada de “pílula do dia
seguinte”.
Porém, muitas dúvidas cercam o uso do medicamento. Por
isso, o ginecologista e obstetra de São Paulo, Dr. Gustavo de Paula Pereira,
comentou alguns mitos e verdades sobre esse assunto. Confira:
1. O uso de antibióticos corta o
efeito da pílula do dia seguinte.
EM PARTE.
Alguns medicamentos, tais como alguns
antibióticos, podem reduzir a eficácia dos anticoncepcionais, logo a pílula do
dia seguinte também pode ser afetada pelo uso de outras medicações.
2. Devo parar com o anticoncepcional
se tomar a pílula do dia seguinte.
MITO.
Se a mulher já faz uso regular do
anticoncepcional e tomou a pílula do dia seguinte, deve continuar a cartela em
uso e contatar o seu médico para que ele avalie a necessidade de interrupção ou
não do anticoncepcional.
3. Se tomar a pílula muitas
vezes em um curto período de tempo, o medicamento não faz mais efeito.
MITO.
Entretanto, ela não deve ser usada
como método anticoncepcional de rotina, apenas em situações emergenciais, pois
pode causar efeitos colaterais, como irregularidade menstrual, náuseas, dores abdominais
e cefaleia.
4. A pílula pode atrasar a
menstruação.
VERDADE.
A menstruação pode ocorrer até 10 dias
antes ou depois da data esperada, após o uso da contracepção de emergência.
Porém, geralmente ocorre em até 3 dias da data esperada; caso não ocorra a
menstruação nesse período, deve-se realizar um teste de gravidez.
5. Quanto mais tarde tomar a pílula,
mais chances tenho de engravidar.
VERDADE.
A anticoncepção de emergência deve ser
usada o mais cedo possível após uma relação sexual desprotegida. Sua eficácia
vai diminuindo progressivamente à medida que o tempo passa, após 72 horas da
relação sexual, seu efeito já deixa de ser satisfatório.
6. A pílula do dia seguinte é
abortiva.
MITO.
Os estudos mostram que a medicação age
antes da ocorrência da gravidez, logo não aborta. “Se a fecundação ainda não
aconteceu, o medicamento vai dificultar o encontro do espermatozoide com o
óvulo. Se ocorrer gestação, sua tomada não causará danos para o embrião”,
finaliza Dr. Gustavo.
Dr. Gustavo
de Paula Pereira -
médico Tocoginecologista; Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Estadual de Campinas - FCM/UNICAMP. Fez residência
Médica em Tocoginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
Estadual de Campinas - FCM/UNICAMP. Tem especialização em Ultrassonografia em
Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
Estadual de Campinas - FCM/UNICAMP; Mestrado em Ciências na área de Obstetrícia
e Ginecologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - FMUSP.
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