O verão é amado pela maior
parte das pessoas. É uma época que remete à diversão e a saúde. Entretanto,
isso vem com o preço de cuidar bem do seu organismo, que justamente por conta
do calor excessivo dessa estação, sofre muito stress.
As altas temperaturas e dias
mais longos apresentam um desafio de equilíbrio para o corpo, que se mantém
geralmente em temperatura interna de 36ºC, mas confronta temperaturas mais
altas do lado exterior. Essa condição torna difícil manter a metabolismo ideal,
já que o corpo concentra grande parte da energia ganha na manutenção da
temperatura. É por isso que muitas vezes se sente menos fome, mais sede,
cansaço, e um leve mal estar. Além de se suar muito mais.
A transpiração resfria o corpo
super aquecido, mas leva com ela água e sais minerais muito mais rápido do que
o normal, e do que normalmente é ingerido. Isso nos leva ao primeiro aspecto a
ser observado na alimentação de verão: a hidratação. Muitos acreditam que há
uma quantidade fixa de água, suco, chá e outras bebidas que se deve tomar, mas
não é bem assim. Para saber a quantidade de líquidos que você deve ingerir por
dia, faça a seguinte conta: 35ml x o seu peso. Do valor final, no mínimo 50%
deve ser consumido em água e outros líquidos saudáveis, como água de coco e
sucos naturais.
Resolvida a hidratação, a
alimentação deve, também, se focar no frescor e na leveza. Outro foco de mal
estar é causado pela perda de energia ao se digerir comidas muito gordurosas. O
corpo já está focado em se manter em temperatura ideal, lembra? Logo, a melhor
alimentação é a que se baseia em “comida de verdade”. No verão, faz muita diferença
comer frutas, verduras, legumes, carnes magras (de boi, de frango, de peixe),
ovo e oleaginosas. Mas, é preciso se atentar que comida de verdade não tem
rótulo, não é industrializada.
Alimentos que contenham sódio
em excesso, como os embutidos, biscoitos, barrinha de cereais cheias de
açúcares, refrigerantes, sucos de caixinhas, temperos artificiais e frituras,
não fazem bem. Eles demoram para ser digeridos e prejudicam a saúde a curto e a
longo prazo. Bebida alcoólica em excesso também faz mal para o corpo, já que
ela causa desidratação.
Um aspecto importante da
alimentação, no verão, é a da comida do dia a dia. O famoso arroz e feijão deve
ser avaliado de maneira individual. Se você está acima do peso, por exemplo, o
ideal seria aproveitar essa época para substituir algumas vezes por semana o
arroz e feijão por vegetais, pois a quantidade de carboidratos que eles contêm
são menores, e isso facilita a perda de peso. Entretanto, substituir de vez em
quando não significa deixar de comer. Estar bem alimentado é muito
importante. Uma alimentação ideal para o cotidiano da época seria baseada em
três refeições diárias.
Pela manhã é bom tomar um suco
detox à base de folhas, frutas e gengibre, que é antifungico, antibactericida e
antioxidante. Além disso, ovos para o café da manhã são uma ótima fonte
proteica, e sustentam muito. Eles também ajudam a tirar a ansiedade no final do
dia por doce. Um fato curioso é que não se deve tirar a gema do ovo. Ela não
aumenta o colesterol, como dizem, e é o único alimento que se compara com o
leite materno.
No horário do almoço, o ideal
é consumir vegetais e uma porção de carne, de frango ou peixe. Se você procura
perder peso, consuma o arroz integral e feijão em dias intercalados. À tarde,
frutas e oleaginosas são ótimas opções para um lanche. À noite, o ideal é
tentar sempre repetir o almoço, sem trocar a refeição por lanches.
Ter hábitos alimentares
adequados é o mínimo que podemos fazer para ajudar o organismo a se manter bem,
equilibrado e saudável nessas épocas quentes.
Além disso, é importante fazer
com que as três refeições diárias tenham variação de alimentos para que o
funcionamento do organismo não fique comprometido. Comer coisas mais frescas e
leves não significa deixar de comer, significa comer melhor.
Patrícia
Palandi - nutricionista e escreve em colaboração com o
Let’s Wok, o primeiro restaurante com um conceito de fast food saudável.
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