Além disso, 29% dos participantes do levantamento
realizado pelo Opinion Box mencionaram conhecer alguém que já praticou aborto
A legalização do aborto é um
dos temas mais polêmicos da atualidade no Brasil e no mundo. São diversos os
pontos de vista e argumentações relacionadas ao assunto. Por isso, o Opinion
Box (www.opinionbox.com),
empresa pioneira em soluções digitais para pesquisas de mercado e de opinião,
resolveu abordar a questão em uma pesquisa exclusiva.
1814
internautas brasileiros de ambos os sexos, todas as faixas etárias, classes
sociais e regiões do país, foram entrevistados. Considerado crime contra a vida
pela legislação brasileira, o aborto só é permitido em situações específicas no
país: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez, quando a
gestação é resultado de um estupro ou se o embrião for identificado como
anencéfalo (sem formação do cérebro e cerebelo). Diante disso, a primeira
pergunta feita pela pesquisa realizada pelo Opinion Box foi sobre o
conhecimento das pessoas a respeito da atual legislação. Quando questionados
sobre o assunto, 34% afirmaram não ter conhecimento da lei sobre aborto no
Brasil. O número é um pouco menor entre mulheres (32%) do que entre homens
(37%). Analisando os dados por classe social, a diferença fica um pouco mais
evidente: na classe AB, 71% têm conhecimento sobre a lei, na classe C são 67%,
enquanto nas classes DE o índice cai para 60%.
As
pessoas também foram questionadas se conheciam alguém que já havia feito um aborto
clandestino. 29% afirmam conhecer pessoas que fizeram abortos ilegais. Em 3%
das respostas, foi a própria respondente ou a parceira do entrevistado quem
passou pelo aborto.
Para
ampliar a discussão sobre a legalização do aborto no Brasil, a pesquisa
questionou os respondentes quanto às situações em que a interrupção da gravidez
poderia ser legalizada no Brasil. Entre os favoráveis ao aborto, o estupro foi
a causa apontada por mais entrevistados: 91%. Em seguida vieram riscos de vida
para a mãe (85%), fetos anencéfalos (82%), e outros casos de má-formação grave
(74%). O diagnóstico de microcefalia, problema que teve muitos casos
identificados no Brasil no último ano, foi indicado por 29% dos respondentes.
Com menor aceitação vieram as hipóteses de quando a mãe não tem condições
financeiras para criar o filho (16%), gravidez indesejada (6%) e caso os pais
sejam menores de idade (3%). Outros 2% afirmaram outros motivos, como sistema
nervoso ainda não formado no feto, mãe com HIV e até Síndrome de Down detectada
no bebê.
A
pesquisa do Opinion Box também questionou os internautas brasileiros quanto ao
que eles acham que aconteceria se o aborto fosse legalizado. 62% acreditam que
o número de abortos aumentaria no país, sendo que 44% acham que aumentaria muito.
15% acreditam, por outro lado, que o número poderia cair. Os 23% restantes
acham que os abortos realizados, legal ou ilegalmente, se manteriam na mesma
quantidade.
Por
fim, como o debate político tem batido bastante de frente com a questão da
legalização do aborto, os entrevistados foram questionados se a posição de um
político em relação ao aborto influencia os respondentes na hora de votar. Dos
1814 entrevistados, 51% disseram que sim. Outros 24% são indiferentes à questão
e os 25% restantes afirmaram que não.
Para
finalizar, o Opinion Box perguntou aos participantes da pesquisa o que as
pessoas acham que deveria ser realizado pelo SUS em um cenário hipotético de
legalização do aborto. 45% dos entrevistados acreditam que deveriam ser
mantidos apenas os procedimentos que já são realizados atualmente; 25%
acreditam que todos os casos deveriam ser atendidos pelo SUS; 20% julgam que
nenhum procedimento deveria ser realizado, enquanto outros 10% não souberam ou
preferiram não opinar.
A margem de erro da pesquisa
é de 2,3 pp e o intervalo de confiança é de 95%.
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