Ao longo de
2016, 57 bilhões de reais passarão rapidamente pelo bolso de 48,3 milhões de
brasileiros. Gente simples, que passará a viver com um salário mínimo
reajustado para R$ 880,00, que pingará todos os meses, até o 13o em
dezembro.
São 48,3
milhões de brasileiros. Sendo 22,5 milhões, aposentados e pensionistas; 13,5
milhões empregados com carteira assinada; 8,2 milhões são trabalhadores por
conta própria e 3,99 milhões de empregados domésticos.
Uma alquimia
estimulada pelo novo salário mínimo de R$ 880,00 vai se transformar em tijolo,
cimento, refrigerantes, cerveja, roupa, material escolar, churrascos,
prestações de móveis, de carros, bicicletas, motos.
Será uma
explosão rápida de consumo, que se repetirá mês a mês, nas proximidades das
datas de pagamento. Porque esse povo consome pressionado pela necessidade
imediata e pela ausência de crédito.
Mas ao
respondermos com produtos ajustados aos seus bolsos, teremos condições de criar
uma nova tendência que atrairá também para as mesmas mercadorias e serviços a
atenção consumista de vastos setores de clientes preocupados em gastar de
maneira ajustada à crise.
A onda de
consumo que o novo salário mínimo criará poderá ser aproveitada se as redes,
magazines, lojas de rua e comércio em geral souberem restabelecer alianças com
esses bolsos rápidos no consumo.
Como?
Fazendo o
óbvio, desde que a humanidade inventou o comércio. Tratar muito bem cada
cliente que se aproximar de sua loja. Reconhecendo neles e nelas, independente
da roupa que vestem, do cheiro que trazem das periferias, do jeito de falar e
de se ex[eressar, a aliança que salvará sua empresa dessa crise, que será, como
as demais, passageira.
Mas somente
para os empresários e gestores de redes que souberem se aliar com quem está,
mês a mês, com o bolso reforçado por uma graninha extra.
Dá tempo de
aproveitar a onda do novo salário mínimo. Com investimentos baixíssimos em
treinamento, em mudanças de atitudes, em ajustar suas equipes (provavelmente
reduzidas) para pescar essa clientela que sairá às ruas a partir do quinto dia
útil de fevereiro, disposta a gastar na sua loja.
Se precisar
de ajuda rápida, não se acanhe. Fale com a gente.
Celso Amâncio - presidente da Agência
Consumidor Popular, é especialista em concessão de crédito para o consumidor
popular. Foi diretor de crédito da Casas Bahia, de 1976 a 2005, durante a
expansão da rede de 13 lojas para 500 lojas; 90% da expansão da rede foi
garantida, nesse período, com a concessão do crédito e pela fiança emocional,
desenvolvida por Celso Amâncio; desenvolveu a metodologia com a garantia da
inadimplência sustentável; sua experiência como diretor de crédito da Casas
Bahia foi aproveitada negociando a aprovação do Banco Carrefour pelo Banco
Central do Brasil. No Banco Carrefour acumulou a presidência e o cargo C&O
dos serviços financeiros no Brasil.
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