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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

As mulheres contra o Diabetes tipo 2


As doenças cardiovasculares são uma das complicações mais comuns que afetam as mulheres diabéticas

A prevalência de diabetes no mundo está crescendo em um ritmo acelerado, e mesmo sem existir uma tendência por gênero, as mulheres são as mais afetadas pelo impacto e complicações associadas a esta doença. 1

Uma das complicações mais comuns do diabetes são as doenças cardiovasculares. Para se ter ideia, a incidência de doença arterial coronariana (DAC) em mulheres diabéticas é quase três vezes maior em relação às não diabéticas e duas vezes maior se comparado com os homens diabéticos.
O risco de infarto do miocárdio, por exemplo, é duas vezes maior em mulheres com diabetes, em relação às não diabéticas da mesma faixa etária.

A professora e endocrinologista do Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (SEMPR), Rosângela Réa, afirma que o maior risco em mulheres com diabetes pode ser explicado justamente pelas comorbidades, inclusive a idade mais avançada. “O papel da menopausa não está bem claro, mas a incidência do infarto do miocárdio aumenta dramaticamente na fase pós-menopausa”, explica.

Além disso, segundo ela, as mulheres com diabetes têm mais chances de apresentarem doença cardiovascular fatal do que mulheres sem diabetes e com doença coronariana2.
A especialista explica ainda que o diabetes parece exercer um efeito adverso maior nas mulheres, principalmente porque os fatores de risco cardiovascular diferem entre os dois gêneros.

O diabetes tipo 2, que compreende a 90% das cerca de 370 milhões de pessoas com a doença em todo o mundo, está em franca expansão, muito devido ao estilo de vida contemporâneo, com hábitos inadequados de alimentação e sedentarismo.

A principal maneira de reduzir os riscos associados à doença é manter os níveis de glicose controlados. Para isso, é importante manter um nível de atividade física adequado e seguir a dieta e o esquema de tratamento farmacológico indicado pelo médico.

A Federação Internacional de Diabetes recomenda que os níveis de glicose no sangue de um paciente com diabetes tipo 2 se encontrem entre 70-130mg/dl antes de cada refeição, e que estes níveis não sejam maiores que 180mg/dl duas horas após a ingestão de alimentos.

Atualmente os médicos contam com diversas alternativas de tratamento para ajudar seus pacientes a reduzir e controlar seus níveis de glicose da maneira mais simples. Uma destas opções são os inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2, por suas siglas em inglês).

A canagliflozina pertence a esta categoria de tratamentos, e oferece um controle glicêmico melhorado, além de reduzir o peso corporal e a pressão arterial sistólica. Estes benefícios, como um todo, ajudam os pacientes a controlar sua diabetes e a reduzir o impacto negativo das complicações da doença. 
 
Referências
1.Centros para el Control y la Prevención de Enfermedades. Diabetes en mujeres. Disponível em http://www.cdc.gov/diabetes/spanish/risk/gender/women.html

2.Daniels, LB, Grady D, Mosca L. Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes.
2013; 6: 164-170

3. Rich-Edwards JW, Manson JE, Hennekens CH, Buring JE. N Engl J Med. 1995;332(26):1758.


 

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