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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Pacientes com câncer e vítimas de trauma são principais afetados pela baixa nos estoques dos bancos de sangue

No Hospital São Marcelino Champagnat, referência em atendimentos
de alta complexidade, são utilizadas cerca de 200 bolsas de sangue por mês

Envato

Apenas 1,4% da população brasileira é doadora; hospitais precisam manter níveis de hemocomponentes para cirurgias, tratamentos de hemofilia e transplantes

 

No Brasil, 14 a cada mil habitantes doam sangue, conforme dados do Ministério da Saúde, o que equivale a 1,4% da população. São pouco mais de 3 milhões de doações anuais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mantendo o país dentro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta que entre 1% e 3% da população de cada país seja doadora de sangue. Mesmo assim, o Ministério da Saúde destaca a importância de ampliar o número de doadores para assegurar a regularidade dos estoques.

Hemocomponentes são amplamente utilizados em hospitais para cirurgias, tratamentos de hemofilia, pacientes com câncer e transplantes. A farmacêutica Luciana Castro Fassina, de 54 anos, foi diagnosticada com linfoma em agosto e precisou ficar internada por 70 dias, período em que recebeu 10 bolsas de sangue, com o apoio de familiares e amigos que participaram de campanhas de doação. “As bolsas de sangue salvaram minha vida. Hoje, faço quimioterapia e estou me recuperando. Acredito que o pior já passou”, relata Luciana. 

O hematologista do Hospital São Marcelino Champagnat e do Instituto de Oncologia (IOP), Fernando Michielin, acompanhou a farmacêutica durante a internação. “O suporte transfusional é essencial em tratamentos de câncer, auxiliando na correção de distúrbios de coagulação, na transfusão de plaquetas e no restabelecimento do fluxo de glóbulos vermelhos e oxigênio para órgãos e tecidos”, explica o médico. “Esse tipo de suporte é crucial na fase em que a medula óssea tem seu funcionamento inibido, levando a uma redução importante de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas”, completa.


Agências transfusionais

Hospitais geralmente contam com um banco de sangue de referência, responsável pela gestão centralizada dos estoques com base no consumo de hemocomponentes de cada instituição cliente. Além do estoque central, há estoques em todas as agências transfusionais dentro dos hospitais, com níveis mínimos de cada hemocomponente para garantir a segurança no atendimento aos pacientes.

No Hospital São Marcelino Champagnat, são utilizadas cerca de 200 bolsas de sangue por mês. Já no Hospital Universitário Cajuru, especializado em traumas e com atendimento 100% SUS, essa média  dobra, chegando a 410 bolsas mensais. “Em casos de traumas graves, é fundamental termos acesso a bolsas de sangue para realizar o que chamamos de transfusão maciça, cujo objetivo é restaurar o volume sanguíneo circulante”, explica o coordenador médico do Pronto-Socorro do Hospital Universitário Cajuru, Thiago Cassi Bobato.

 


Hospital São Marcelino Champagnat

Hospital Universitário Cajuru


Governo ouve população sobre possibilidade de incorporar à rede pública a vacina que imuniza bebês, ainda no ventre materno, contra o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causa de bronquiolite em crianças pequenas¹

 

Ministério da Saúde avalia a inclusão no Calendário Nacional de Vacinação da Gestante do imunizante Abrysvo, da Pfizer2, já disponível na rede privada

 

Está em vigor, até 9 de dezembro, a consulta pública para conhecer a opinião da sociedade sobre a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) da vacina Abrysvo2, desenvolvida pela Pfizer e aprovada em abril deste ano no Brasil para a prevenção de doença respiratória provocada pelo vírus sincicial respiratório (VSR)3, principal causa de infecções respiratórias graves em crianças pequenas1. 

Neste momento, por meio da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), o Ministério da Saúde avalia a possibilidade de incluir Abrysvo no Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), com aplicação de dose única entre as semanas 32 e 36 da gestação3, de modo que os bebês já nasçam com resposta imune ao VSR. A vacina também está disponível nos centros e clínicas de vacinação particulares do País, para mulheres que se enquadrem na indicação aprovada no Brasil (24 a 36 semanas de gestação) e idosos. 

Neste ano, considerando informações disponíveis até 7 de novembro, dados das autoridades de saúde apontam que o VSR se mantém como a causa mais frequente de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, detectado em 36% dos diagnósticos com resultado positivo para algum vírus respiratório4. 

A forte presença do VSR no cenário epidemiológico brasileiro reforça os dados da literatura médica sobre o tema. Nos menores de 2 anos de idade, o VSR é responsável por até 40% das pneumonias e 75% dos quadros de bronquiolite – uma inflamação aguda das ramificações que conduzem o ar para dentro dos pulmões, podendo causar quadros graves, que demandam internação5. 

Globalmente, infecções por VSR também constituem uma das principais causas de morte em bebês¹. Altamente contagioso, o VSR está associado a surtos em ambientes hospitalares, sobretudo em unidades neonatais, com elevada morbimortalidade6. Estima-se que o VSR seja responsável por 66 mil a 199 mil mortes por ano em menores de 5 anos no mundo¹. 

“Nesse cenário difícil, a chegada de Abrysvo representa um grande marco, tanto para o Brasil como para o mundo, reforçando o compromisso da Pfizer de inovar para oferecer soluções eficazes e seguras que respondam aos grandes desafios de saúde do nosso tempo”, diz a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

 

Segurança e eficácia

A aprovação regulatória de Abrysvo no Brasil foi baseada em resultados que demonstraram a eficácia e a segurança da vacina durante os estudos realizados em seu programa de desenvolvimento clínico. No estudo de fase 3 para a indicação materno-fetal, a vacina se mostrou capaz de prevenir 82% das formas graves de doenças respiratórias causadas pelo VSR em crianças de até 3 meses de idade, porcentagem que se mantém elevada, em 69%, para bebês até os 6 meses7. 

Mais de 7 mil gestantes participaram do estudo, envolvendo 18 centros de pesquisa, sendo quatro deles localizados no Brasil: dois no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e um no interior de São Paulo. “Quando a mãe recebe a vacina, os anticorpos produzidos por ela atravessam a placenta, fortalecendo o organismo do bebê, cujo sistema imunológico ainda está em desenvolvimento”, explica a diretora médica da Pfizer. 

“O desenvolvimento de vacinas para gestantes é considerado prioritário pela Organização Mundial de Saúde, podendo reduzir as taxas de mortalidade infantil, aliviar a sobrecarga hospitalar e evitar o forte impacto das doenças para as famílias”, complementa Adriana.

 

Acesso

Na América Latina, tanto Argentina quanto Uruguai já dispõem de Abrysvo em suas redes públicas de saúde. Neste mês, a Pfizer anunciou a assinatura de um acordo internacional com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para que a vacina seja oferecida a Estados membros da entidade por meio de seu Fundo Rotativo para Acesso a Vacinas8. 

“Estamos orgulhosos de ver um assunto tão importante, como o enfrentamento do VSR, ocupar o centro das discussões de saúde pública no Brasil. Continuaremos a fazer todos os esforços para que Abrysvo possa chegar ao maior número possível de pessoas elegíveis em nosso País, para que possamos aumentar a proteção contra esse vírus tão desafiador”, diz a diretora de Primary Care da Pfizer Brasil, Camila Alves. 

Abrysvo é a única vacina aprovada no Brasil com indicação para os dois grupos populacionais mais vulneráveis às infecções provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR): bebês (a partir da imunização de suas mães, durante a gestação) e idosos. A vacina também está licenciada nos Estados Unidos e na Europa, tanto para gestantes quanto para idosos, bem como em outros países e regiões. 

 

Consulta pública e participação popular

A consulta pública é um mecanismo de participação social, de caráter consultivo, que busca promover o diálogo entre a administração pública e os cidadãos. É realizada com prazo definido e, no âmbito da saúde, oferece a qualquer pessoa a oportunidade de opinar sobre as decisões relacionadas ao setor, podendo ampliar a voz da população nos processos de incorporação e oferta de medicamentos e vacinas pelo SUS, por exemplo. 

Para participar de uma consulta pública sobre a incorporação de novas tecnologias ao SUS, é preciso preencher um formulário na página da Conitec dentro do site do Ministério da Saúde. No caso de Abrysvo, a consulta pública é a de número 95/2024, disponível por meio do seguinte link: Governo Federal - Participa + Brasil - Consulta Pública Conitec/SECTICS nº 95/2024 - Vacina VSR A e B (recombinante) para a prevenção de DTRI e de DTRI grave causada por VSR em bebês por imunização ativa em gestantes

 



Referências

1. MUNRO, ALASDAIR P.S.A,B; MARTINÓN-TORRES, FEDERICOC, D,E; DRYSDALE, SIMON B.F,G; FAUST, SAUL N.A,B. The disease burden of respiratory syncytial virus in Infants. Current Opinion in Infectious Diseases 36(5):p 379-384, October 2023.

2. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do complexo econômico-industrial da saúde, seção 1. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: consulta-publica-sectics-ms-no-95-de-13-de-novembro-de-2024

3. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Anvisa registra vacina para prevenção de bronquiolite em bebês. Acesso em setembro de 2024. Disponível em: Anvisa registra vacina para prevenção de bronquiolite em bebês — Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa (www.gov.br)

4. FRIOCRUZ. Infogripe (7/11/2024). Infogripe indica aumento de casos graves por rinovírus em crianças e adolescentes. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: InfoGripe indica aumento de casos graves por rinovírus em crianças e adolescentes

5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), 2017. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: Diretrizes_manejo_infeccao_causada_VSR2017.pdf

6. FIOCRUZ. Prevenção de Infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em Unidades Neonatais e na Comunidade. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: Prevenção de Infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em Unidades Neonatais e na Comunidade

7. KAMPMANN B, MADHI SA, MUNJAL I, et al. Bivalent prefusion F vaccine in pregnancy to prevent RSV illness in infants. N Engl J Med 2023;388:1451-1464.

8. PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION. PAHO to facilitate access to maternal vaccines to protect babies in the Americas from respiratory syncytial virus. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: PAHO to facilitate access to maternal vaccines to protect babies in the Americas from respiratory syncytial virus - PAHO/WHO | Pan American Health Organization

9. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Consultas Públicas. Acesso realizado em novembro de 2024. Disponível em: www.gov.br/conitec/pt-br/assuntos/participacao-social/consultas-publicas


Coalizão Vozes do Advocacy e Associação dos Diabéticos de Santa Bárbara D’Oeste promovem capacitação em diabetes para profissionais de saúde do Hospital Samaritano

A Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade em parceria com a Associação de Santa Bárbara D’Oeste promovem o Projeto Educar para Salvar, para os profissionais de saúde do Hospital Samaritano. A iniciativa visa capacitar os colaboradores em diabetes, no dia 22 de novembro, às 8h, na Associação Comercial e Industrial de Santa Bárbara D’Oeste, localizado na Rua Duque de Caxias, 490, no Centro – Santa Bárbara D’Oeste/SP.

A última Pesquisa Vigitel constatou que 12% da população da cidade de São Paulo têm diabetes. A Secretaria de Saúde publicou que em 2023, houve 17.857 atendimentos ambulatoriais e hospitalares a pessoas com diabetes. Esse número tem crescido nos últimos três anos. Em 2021, os atendimentos somavam 43.106, um crescimento de 20,9% em relação aos 35.627 atendimentos realizados em 2020. Em 2022, foram registrados 50.191 atendimentos, o que representa um crescimento de 16,4% em relação ao ano anterior. O cenário de gastos relacionados com a condição no Brasil chegou a 42,9 bilhões de dólares em 2021*.

Uma complicação importante foi diagnosticada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular no ano passado. Embora o crescimento de amputações realizadas entre 2012 e 2022 esteja estabilizado no país, em São Paulo houve um aumento expressivo de 4.025 de 2012 para 6.990 em 2022, boa parte devido ao diabetes mal controlado.

De acordo com o Antonio Lrite de Moraes Neto, Presidente da Associação dos Diabéticos de Santa Bárbara D’Oeste, “precisamos trabalhar continuamente com a atualização do conhecimento dos profissionais de saúde, para que possam transmitir as informações corretas e dar o suporte necessário a fim de que as pessoas realizem o autocuidado de forma eficiente. Dessa forma, a população com a condição apresentará menos internações, hospitalizações, complicações e ganhará mais qualidade de vida.

Nesta edição, o projeto conta com o apoio da empresa Roche.


Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 25 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

Mais informações podem ser acessadas nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

 

Referências:

*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

** Custos atribuíveis à obesidade, hipertensão e diabetes no Sistema Único de Saúde, Brasil, 2018: https://scielosp.org/article/rpsp/2020.v44/e32/#:~:text=Os%20custos%20diretos%20atribu%C3%ADveis%20a,e%20medicamentos%20(tabela%202).

 

Comprimido para dor de cabeça pode poluir meio ambiente

Os medicamentos têm um alto potencial poluente
quando entram em contato com o meio ambiente
 
Envato

Lixo comum e lixo reciclável não são adequados para descartar medicamentos que já não estão sendo usados


O tratamento acabou, a dor foi embora, o prazo venceu e aqueles comprimidos ou as doses no copinho já não são necessários. E agora, o que fazer com os remédios que já não estão sendo utilizados? A lata de lixo comum, orgânico, não é um bom destino para eles, mas o contêiner de recicláveis tampouco pode ser usado.

De acordo com a professora do curso de Farmácia da Universidade Positivo (UP) Ligia Burci, qualquer medicamento é um composto químico e, por isso, não pode ser descartado no lixo comum. “Os medicamentos são enquadrados na categoria de lixo químico, classificação tipo B. Isso acontece porque sua formulação é química e, dessa forma, tem um potencial poluente quando entra em contato com o meio ambiente”, explica. Solo, água e ar podem sofrer impactos significativos, às vezes advindos de um único comprimido que não foi descartado corretamente.

E o estrago pode ser ainda maior dependendo de onde vai parar esse medicamento. “Por exemplo, no caso de uma plantação, quem se alimentar daquela planta pode sofrer algum dano causado por ela. Ou, se houver um manancial, animais que bebem daquela água ingerem compostos tóxicos para sua saúde.” Em tempos de mudanças climáticas e ameaças provenientes do uso indiscriminado de agrotóxicos, jogar fora os remédios que já não servem para nada pode acabar contribuindo para o cenário de caos que o planeta vem tentando evitar ao longo dos últimos anos.

Mas, se o lixo comum não é o destino correto, o reciclável é igualmente problemático. Quando se fala em lixo reciclável, existe uma grande quantidade de pessoas que trabalham com esse tipo de material, que recolhem e separam esse lixo. “Então, existe aí uma chance de que um medicamento descartado no lixo reciclável acabe sendo utilizado por pessoas que não têm conhecimento de como usá-lo. Isso pode gerar intoxicações, seja porque aquela pessoa não precisa daquele medicamento, seja porque o medicamento está estragado, de alguma forma”, detalha Ligia.


Postos de coleta

Muitas farmácias disponibilizam pontos de coleta de medicamentos vencidos ou que não têm serventia. Essa é a única maneira segura e correta de descartar esses remédios. Dali, eles são reencaminhados à indústria para que tenham uma destinação adequada. “A indústria farmacêutica tem uma forte política de logística reversa porque já se entende há muitos anos que é responsabilidade dela promover a destinação correta dos produtos que ela mesma coloca no mercado”, pontua.

Liberados para descarte na lata de recicláveis, apenas as caixas e bulas que vêm com os fármacos. Mas atenção: também não devem ser descartadas ali as embalagens primárias dos comprimidos - os chamados “blisters”. Por estar em contato direto com os comprimidos, o blister também só pode ser jogado fora nos pontos de coleta disponibilizados nas farmácias.




Universidade Positivo
up.edu.br/


Conheça os perigos das receitas caseiras para clarear os dentes disponíveis nas redes sociais

Divulgação PróRir
Especialista esclarece quais os tratamentos eficientes e seguros para o tratamento dos dentes amarelados

 

A internet disponibiliza muitos conteúdos úteis, mas também é um ambiente em que se pode publicar informações sem fonte segura. Por isso, quem deseja fazer um clareamento dental, por exemplo, precisa estar atento aos perigos das receitas caseiras compartilhadas nas redes sociais. “Tratam-se de vídeos curtos com receitas que não só não fazem efeito, como ainda podem causar vários danos à saúde bucal. Muitas vezes, na tentativa de resolver um problema, o resultado é que a pessoa desenvolve algo mais grave”, alerta Thais Morais, implantodontista da PróRir, rede de clínicas odontológicas.

Entre os problemas causados pelas receitas caseiras que prometem clarear os dentes destacam-se: o falso potencial clareador, o enfraquecimento do esmalte do dente, a hipersensibilidade, a exposição da raiz e o surgimento de manchas, que podem até ser irreversíveis. Agora a Dra.Thais explica quais são os tratamentos realmente eficazes e seguros para garantir um sorriso branco e saudável.


Clareamento dental - Ele está entre as opções mais buscadas para resolver esse tipo de problema. Pode ser realizado de maneira convencional, quando o dentista aplica substâncias que removem a camada mais externa dos dentes, ou com laser, em que os compostos químicos utilizados para a realização do branqueamento são ativados por luz. “Em ambos os casos, cabe ao paciente seguir os protocolos de manutenção para prolongar o efeito do branqueamento”, explica a dentista.


Resinas compostas - São utilizadas para restaurações em dentes com cárie ou amarelados, cobrindo a superfície dental. “Um ponto importante em relação à resina é que, se o paciente não mudar os hábitos, aumentando os seus cuidados em relação aos dentes, o material pode adquirir manchas ao longo do tempo”, esclarece a Dra. Thais.

Após fazer o tratamento mais apropriado, o paciente precisa adotar uma série de cuidados para garantir que os dentes fiquem brancos por um longo tempo. “Eu destaco fazer uma boa higienização diária com o uso de fio dental, evitar alimentos pigmentados e fumar. Cuidado também com o uso de certas medicações, como os antibióticos, que podem causar manchas nos dentes, e, principalmente, manter consultas regulares no dentista para limpezas e check-ups”, finaliza a especialista da PróRir. 



PróRir
Mais informações em PróRir


Diabetes e neuropatia: Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para evitar complicações graves

Condição que provoca dores incapacitantes e, em casos extremos, pode levar à amputação, pode ser tratada com alternativas inovadoras, como a estimulação medular, segundo neurocirurgião da Unicamp especialista em dor crônica

 

A conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do Diabetes Mellitus (DM) é fundamental para combater uma das condições crônicas mais prevalentes no mundo. O controle adequado dos níveis de glicose é essencial para evitar complicações graves, como as neuropatias diabéticas, reforçando a necessidade de atenção contínua à saúde.

As neuropatias em decorrência da doença, que afeta 10,2% da população brasileira, de acordo com o último Vigitel¹ (sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, desenvolvido pelo Ministério da Saúde do Brasil), costumam ser subdiagnosticadas e subtratadas. Elas se caracterizam pela disfunção nos nervos, com danos a um único nervo periférico ou a um grupo deles, como mãos e pés.

O neurocirurgião funcional especialista em dor crônica e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dr. Marcelo Valadares, explica que a neuropatia periférica diabética é o tipo mais comum de complicação nos nervos causado pelo diabetes. “A condição afeta os nervos de forma ampla, simétrica (igual dos dois lados), principalmente nas extremidades do corpo, e vai se agravando com o tempo. Em muitos casos, pode permanecer assintomática por anos”, afirma.

A forma aguda ou crônica é conhecida como neuropatia periférica diabética dolorosa, com dores na área afetada que piora em repouso e durante o sono, mas melhora com a atividade física. “Pode se tornar uma dor incapacitante e afetar negativamente a rotina, o sono e o humor do indivíduo. O tratamento é individualizado e é comum que o paciente experimente diversas opções que não produzem o efeito desejado enquanto convive com as dores”, complementa.

Quando a sensação de dor e tato é afetada, ocorre perda de sensibilidade nas extremidades, tornando-as mais vulneráveis a feridas e úlceras. “A falta de sensibilidade faz com que pequenos ferimentos passem despercebidos e evoluam para infecções graves, que podem exigir amputação nos casos mais severos. Por isso, a conscientização é essencial para evitar esses desfechos”, alerta o especialista.

No Brasil, o diabetes é o principal responsável por amputações não traumáticas de pernas, pés e dedos dos pés, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Tratamentos podem gerenciar a dor

Uma vez estabelecida, a complicação é irreversível. Os tratamentos disponíveis² têm como objetivo retardar a progressão dos sintomas e evitar a perda de qualidade de vida do indivíduo.

O controle do diabetes é um passo necessário para frear os sintomas. Em alguns casos, é preciso adicionar um tratamento restaurador, que inclui fisioterapia e vitaminas que fortalecem e protegem os nervos.

Pacientes com dores neuropáticas severas frequentemente necessitam de tratamentos com medicamentos controlados, cuja eficácia no alívio da dor crônica é amplamente comprovada por estudos e ensaios clínicos. Entre as opções recomendadas estão alguns tipos de antidepressivos, como os tricíclicos e os duais, além de anticonvulsivantes e da pregabalina, que atuam diretamente nos mecanismos nervosos envolvidos, ajudando a modular e reduzir os sinais de dor.

De forma complementar ou quando os tratamentos convencionais não proporcionam alívio satisfatório, a estimulação da medula espinhal pode ser recomendada. A implantação de um pequeno dispositivo envia impulsos elétricos para os nervos ao longo da medula espinhal, que interrompem os sinais de dor entre a medula e o cérebro. “Há pacientes que voltam a ter uma vida ativa e plena, e é fundamental continuar o tratamento para o diabetes mellitus”, explica o Dr. Marcelo.

 

Dr. Marcelo Valadares - médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor. O especialista também é fundador e diretor do Grupo de Tratamento de Dor de Campinas, que possui uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos. No setor público, recriou a divisão de Neurocirurgia Funcional da Unicamp, dando início à esperada cirurgia DBS (Deep Brain Stimulation – Estimulação Cerebral Profunda) naquela instituição. Estabeleceu linhas de pesquisa e abriu o Ambulatório de Atenção à Dor afiliado à Neurologia.  



www.marcelovaladares.com.br
Instagram: @drmarcelovaladares
Facebook: facebook.com/drmarcelovaladares



Fontes:

¹ - https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigitel/vigitel-brasil-2023-vigilancia-de-fatores-de-risco-e-protecao-para-doencas-cronicas-por-inquerito-telefonico/view

² - https://diretriz.diabetes.org.br/prevencao-diagnostico-e-tratamento-da-neuropatia-periferica-diabetica/#ref4

 

Zumbido pode ser um dos principais sinais da Doença de Menière

Pouco abordado, o distúrbio pode levar à perda progressiva e permanente de audição; vertigem e ouvido tampado também são alguns dos sinais 

 

Zumbido, sensação de ouvido tampado (plenitude aural), crises de vertigem e, em alguns casos, perda auditiva. Muitas pessoas podem sofrer por anos com esses sintomas, sem saber que por trás deles pode estar uma doença pouco conhecida, mas impactante: a Doença de Menière. “Essa [doença] é uma das causas mais comuns de labirintopatia. É uma patologia degenerativa crônica da orelha interna e apresenta os sintomas clássicos de crises vertiginosas, perda auditiva sensorioneural flutuante, zumbido e plenitude aural”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Pedro Felipe Vicente. 

Ele detalha que, quando os sintomas não têm uma causa definida, os médicos classificam o quadro como Doença de Menière. Esse distúrbio ocorre quando há um desequilíbrio dentro da orelha interna, um órgão complexo, delicado e sensível por natureza. “Acredita-se que seja consequência de um excesso de líquido dentro da orelha, chamado de Hidropisia Endolinfática. Porém, essa explicação somente não é suficiente, pois diversos estudos mostram a presença da Hidropisia, sem o desenvolvimento dos sintomas”, afirma o médico. Entre os fatores que podem contribuir para a doença estão as infecções virais, desordens dietéticas, genéticas, vasculares, autoimunes e alterações metabólicas. 

O zumbido é um dos principais sintomas do distúrbio e ocorre com a grande maioria dos pacientes, embora, em alguns casos, ele esteja ausente. A perda auditiva também pode ser um sinal impactante da doença, e pode ser progressiva e permanente. “É de extrema importância que as pessoas que apresentem esses sintomas procurem um otorrinolaringologista para que este profissional realize o diagnóstico correto. Por mais que ainda não tenhamos a cura, podemos, por meio de medicamentos e procedimentos cirúrgicos, estabilizar a doença e diminuir, significativamente, os episódios de crise”, finaliza o especialista.

 

Sedentarismo aumenta o risco de diabetes

A Sociedade Brasileira de Diabetes alerta sobre a importância de incluir na rotina algum tipo de atividade física para auxiliar no controle da glicemia
 

O sedentarismo é uma das causas principais de inúmeras doenças, entre as quais a hipertensão arterial e o diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a prática de exercícios é essencial para o controle da glicemia, principalmente para quem tem diabetes tipo 2, que é o mais comum, afetando de 90% a 95% dos 20 milhões de brasileiros que têm a condição. Isso porque o excesso de peso, em especial a gordura abdominal, é uma das principais causas do descontrole da glicemia. Por isso, a SBD recomenda que todos pratiquem atividades físicas regularmente. 

Segundo a médica Dhiãnah Santini, coordenadora do Departamento de Educação em Diabetes e Campanhas da SBD, durante uma atividade ou exercício físico, ocorre o aumento da captação da glicose no músculo em contração, elevando o número de receptores que utilizam a glicose no sangue como fonte de energia no músculo. “Isso evita o acúmulo de glicose, contribuindo para o controle da glicemia e evitando o ganho de peso”, explica. 

A médica lembra que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define atividade física como qualquer movimento corporal que requeira gasto de energia, incluindo atividades realizadas no trabalho, tarefas domésticas, viagens e lazer. Já o exercício é uma subcategoria da atividade física, sendo planejado, estruturado e repetitivo, com o objetivo de melhorar ou manter um ou mais componentes do condicionamento físico. “A prática de exercícios moderados ou intensos trazem inúmeros benefícios para a saúde, especialmente para pessoas com diabetes.” 

A SBD recomenda exercícios de baixa e média intensidade para iniciantes, como caminhada, corrida, pedalada e natação, com uma frequência de cinco a sete vezes por semana. Os exercícios anaeróbicos, como musculação e alguns esportes de luta, levam ao ganho de massa muscular, aumentando a queima de glicose e melhorando a sensibilidade à insulina. 

“É importante ressaltar que a atividade física pode elevar a glicemia em casos de maior intensidade devido à ação dos hormônios contrarreguladores da insulina”, diz dra. Dhiãnah. Por isso, é fundamental que as pessoas com diabetes busquem orientação de profissionais especializados para prevenir esse aumento e garantir a segurança durante a prática de exercícios.

Como forma de ajudar quem está buscando a inclusão de atividades físicas em sua rotina, a SBD disponibiliza em seu site o “Guia Prático sobre Exercícios para Pessoas com Diabetes tipo 2”. De fácil compreensão o material pode ser acessado no site da SDB (Link).


Rinite gustativa: o nariz que "escorre" na hora da refeição

Mais comum em idosos, esse tipo de reação está vinculado a alterações no sistema nervoso durante a alimentação; médico do Hospital Paulista explica as razões e como tratar do problema com pequenas mudanças de hábito 


Imagine que você está em uma refeição agradável, quando, de repente, começa a sentir o nariz escorrendo de forma intensa, obrigando-o a interromper a comida para assoar o nariz. Esse incômodo pode ser um sinal de rinite gustativa, uma condição que faz com que o corpo reaja com coriza excessiva ao comer alimentos muito quentes ou muito frios. 

Embora pareça algo simples, esse problema pode afetar a qualidade de vida de quem sofre com ele, causando constrangimento e limitações, especialmente durante refeições em público ou com a família. 

A rinite gustativa é um tipo de rinite que ocorre durante a alimentação e não tem relação com alergias, mas sim com a temperatura dos alimentos. "É uma resposta exagerada do corpo a estímulos térmicos, como comida muito quente ou muito fria", explica o Dr. Gilberto Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista. 

A condição é mais comum em idosos e ocorre devido a uma desregulação no sistema nervoso, que controla as funções corporais, como a produção de secreção nasal.


Sintomas
 

O principal sintoma da rinite gustativa é a coriza (secreção nasal) que surge durante a alimentação. "A pessoa começa a sentir o nariz escorrendo, o que pode interromper a refeição e causar constrangimento, principalmente em público", explica o Dr. Gilberto. 

Em casos mais raros, podem ocorrer espirros ou obstrução nasal, mas o sintoma predominante é a coriza. Fora da alimentação, o nariz geralmente se comporta de maneira normal, o que a diferencia da rinite alérgica, cujos sinais são contínuos.


“Gatilhos”

Embora não haja um alimento específico que cause a rinite gustativa, fatores como a temperatura e alimentos picantes ou ácidos podem agravar os sintomas. "Alimentos muito quentes ou frios são os maiores vilões, assim como pimentas, limão e frutas ácidas, que estimulam mais o sistema nervoso e podem intensificar a coriza", alerta o especialista. 

Além disso, o estresse pode piorar os sintomas, já que ele afeta o equilíbrio entre o sistema nervoso simpático e parassimpático. "Situações sociais, como refeições em grupo, podem aumentar a intensidade da coriza, gerando desconforto adicional", acrescenta o médico.

 

Tratamento 

Embora não exista uma cura definitiva para a rinite gustativa, ela pode ser controlada com algumas mudanças simples no estilo de vida e, em casos mais graves, com medicação. Dr. Gilberto recomenda evitar alimentos com temperaturas extremas, bem como substâncias que possam irritar o nariz, como pimentas e frutas cítricas.

Abaixo seguem as principais dicas que o especialista recomenda para controlar a rinite gustativa: 

- Evite alimentos muito quentes ou muito frios. Alimentos em temperatura extrema são os principais responsáveis pela coriza.

- Limite o consumo de alimentos picantes e ácidos. Pimentas, limão, abacaxi e laranja podem agravar os sintomas.

- Prefira refeições em ambientes tranquilos. O estresse pode intensificar os sintomas, então procure comer em momentos de relaxamento.

- Considere o uso de medicamentos. Em casos mais intensos, um médico pode prescrever medicamentos para ajudar a controlar os sintomas.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia



Dengue: conheça as estratégias do SUS para controlar focos em SP

UBS Jardim Nakamura, na zona Sul, é uma das unidades que se destacam na busca por inovações para enfrentar esse desafio de saúde pública


O Brasil registrou 6,5 milhões de casos de dengue desde o começo do ano, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Isso representa um aumento de 400% em comparação com o ano de 2023. Mais de 2 milhões desses casos e quase 2 mil óbitos ocorreram em São Paulo, aponta o Painel de Monitoramento da Dengue da Secretaria de Saúde do Estado.

Embora em 2024 o pico de casos tenha ocorrido entre os meses de abril e maio, e os números recentes tenham apresentado queda, há a possibilidade de que a incidência da infecção volte a aumentar a partir de dezembro.

Nesse cenário, o Sistema Único de Saúde (SUS), por intermédio das equipes de Vigilância e com o apoio do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS), segue intensificando ações preventivas para a população. Profissionais como agentes comunitários de saúde (ACS), agentes de promoção ambiental (APA), enfermeiros, auxiliares de enfermagem e médicos se mantém na linha de frente, orientando e realizando intervenções com as comunidades.

“As Unidades Básicas de Saúde (UBS) e suas equipes atuam tanto no atendimento nas próprias unidades como nas visitas domiciliares. Quando necessário, realizam também bloqueios e varreduras nas áreas mais afetadas. O PAVS, por meio dos APAs, auxilia ainda em atividades educativas, como rodas de conversa, palestras, jogos e apresentações teatrais para a conscientização”, afirma Bruno Saito, gestor ambiental do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim".

Entre janeiro e outubro de 2024, as unidades gerenciadas pelo CEJAM, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS-SP), registraram mais de 62 mil pacientes com diagnóstico positivo para dengue.

“Após o atendimento médico e a confirmação por meio de teste, anunciamos ao Sistema de Informações de Agravos de Notificação, a partir do preenchimento de uma ficha, que é encaminhada para a Unidade de Vigilância em Saúde (UVIS) regional dentro de um prazo de 24 horas. Essa, por sua vez, pode determinar a realização de um bloqueio na área residencial do paciente, para evitar transmissão, a depender do caso”, complementa Dion Carvalho, supervisor de vigilância da organização.

O bloqueio abrange um raio de 150 metros ao redor da casa do paciente, incluindo imóveis residenciais, comerciais e terrenos. “Normalmente, a equipe se dirige ao endereço e realiza visitas a todos os imóveis nesse raio. Verificamos calhas, ralos, caixas d’água, recipientes de água para animais, quintais, entre outros locais, em busca de criadouros e larvas do mosquito transmissor da dengue”, detalha Michele Assunção, também gestora ambiental do CEJAM.  

As ações de bloqueio visam controlar o avanço da doença e reforçar a importância da prevenção, especialmente em áreas onde os surtos têm sido mais severos.


Tecnologia para enfrentar esse velho inimigo

Na zona Sul de São Paulo, a UBS Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM em conjunto com a SMS-SP, está adotando uma nova ferramenta digital para reforçar a prevenção da dengue: um mapa interativo. A partir da plataforma My Maps, a equipe consegue acompanhar em tempo real os locais de risco no território da unidade.

O projeto, que foi iniciado em 2023, sinaliza pontos críticos, áreas de difícil acesso e locais onde há resistência às orientações, por exemplo. 

“Percebemos a necessidade de monitorar os pontos de risco com mais precisão e criar estratégias para reduzir os casos, que estavam atingindo altos níveis. Foi assim que começamos a desenvolver o mapa, e esse trabalho vem dando muito certo”, destaca Alexandre Neves, APA da unidade e idealizador da iniciativa.

A ferramenta tem sido utilizada pelas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF), que, com os dados do mapa, conseguem ser mais assertivos. “Com o uso da plataforma, observamos uma redução de casos nas áreas mapeadas e uma conscientização maior dos usuários sobre o descarte adequado de objetos que acumulam água”, acrescenta.

Mesmo que o uso da metodologia esteja inicialmente concentrado na UBS Jardim Nakamura, a ideia é expandir o projeto para outras unidades, ampliando o impacto positivo no combate à dengue. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial


Aparelho fixo x alinhadores transparentes: qual a melhor opção para você?

Saiba como as vantagens dos alinhadores transparentes podem tornar seu tratamento ortodôntico mais prático e confortável

 

Realizar um tratamento ortodôntico pode melhorar a saúde, a autoestima e a qualidade de vida do paciente, e com a chegada de novas opções de tratamento, é comum surgir a dúvida de que tipo de aparelho escolher.  

Entre as alternativas mais populares estão o aparelho fixo convencional e os alinhadores transparentes, cada um com suas características específicas. Embora a escolha de tratamento deva ser avaliada individualmente pelo dentista, que é essencial para identificar a melhor opção para cada paciente, vamos explorar a seguir como os alinhadores transparentes, com suas vantagens como conforto, estética e praticidade, podem ser uma opção atrativa para muitos.


Estética 

Esse é um dos principais pontos de diferença entre eles. Enquanto os aparelhos convencionais são feitos de fios e bráquetes metálicos, visíveis ao sorrir ou falar, os alinhadores são feitos de material transparente, tornando-os imperceptíveis e ideais para quem deseja corrigir os dentes sem comprometer a aparência estética durante o tratamento.


Conforto

Os alinhadores transparentes são confeccionados com material resistente e tecnológico, e se ajustam de modo mais confortável aos dentes. Isso evita machucados na gengiva e bochechas, responsáveis pela sensação de desconforto muitas vezes associada aos aparelhos de metal. 

Alinhadores como os da ClearCorrect são fabricados individualmente para cada paciente, com base em moldes digitais dos dentes, o que permite um encaixe preciso e uma experiência mais tranquila ao usá-los. A moldagem digital, conhecida como escaneamento, também dispensa o uso de materiais e técnicas consideradas desconfortáveis. 

Para a dentista especialista em Ortodontia da ClearCorrect, Fernanda Santini, o conforto em todas as etapas é um dos principais pontos na hora de escolher os alinhadores para realizar o tratamento. “A comodidade que o alinhador transparente traz é, sem dúvidas, um dos grandes diferenciais na hora de escolher o tratamento. Hoje, temos uma vida muito agitada, de muita correria. Usar um aparelho removível, que não machuca, facilita a alimentação e a higiene e ainda diminui a quantidade necessária de consultas pode ser uma grande vantagem”, explica.


Praticidade 

Outro benefício dos alinhadores transparentes é justamente a praticidade que oferecem na hora de comer e escovar os dentes. Diferente dos aparelhos fixos, eles podem ser removidos durante as refeições e no momento da higiene bucal, trazendo facilidade nestes dois momentos.


Plano de tratamento personalizado

A especialista da ClearCorrect também conta que os alinhadores transparentes são 100% personalizados de acordo com o plano de tratamento estabelecido pelo dentista, caso a caso. Usando tecnologia digital, é possível criar um planejamento detalhado para movimentar gradualmente os dentes para a posição correta, usando a força de modo inteligente e pouco a pouco, sem a necessidade de apertar os fios de metal. 


Casos tratáveis 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os alinhadores transparentes podem ser usados não apenas para tratar casos simples, mas, também, casos complexos.  



ClearCorrect
www.clearcorrect.com.br

 

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul orienta sobre a prevenção e tratamento da otite infantil

Canva
Otite é uma das infecções mais comuns na infância


A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) alerta os pais para a importância de prevenir e tratar a otite, infecção que afeta mais de 80% das crianças ao menos uma vez nos primeiros anos de vida. A otite média aguda, a mais comum entre crianças, pode causar sintomas como dores intensas de ouvido, febre, perda de apetite, irritabilidade e dificuldade para dormir. Se não tratada corretamente, a infecção pode evoluir para problemas graves, como a perda auditiva.

O otorrinolaringologista pediátrico, Dr. José Faibes Lubianca Neto explica que existem três tipos principais de otite: a otite média aguda, que causa dor e febre, a otite média com efusão, também conhecida como "otite silenciosa", que reduz a audição, e a otite média crônica supurativa, que gera secreção e envolve, muitas vezes, a perfuração do tímpano. Segundo ele, a identificação precoce dos sintomas é fundamental para o tratamento adequado.

“A otite média aguda é a mais comum e se caracteriza por dor e febre. Já a otite média com efusão é silenciosa, muitas vezes sendo percebida pelos pais pela dificuldade auditiva das crianças. Na otite média crônica supurativa, a secreção constante é o principal sintoma”, explica Dr. Lubianca Neto.

Para o tratamento, em casos de otite média aguda, o uso de analgésicos isolados pode ser indicado, especialmente em crianças maiores de dois anos que não apresentam secreção no ouvido. Em bebês menores de seis meses, o uso de antibióticos é sempre necessário, enquanto nas crianças entre seis meses e dois anos o tratamento é recomendado em casos graves.

“Para os casos mais severos e prolongados, existe a possibilidade de intervenções como a inserção de tubos de ventilação, que ajudam a prevenir a recorrência da infecção e a perda auditiva associada”, afirma o médico.

A prevenção da otite também é um aspecto importante. Entre as recomendações gerais para isso estão evitar a exposição ao fumo passivo, garantir a amamentação exclusiva até os seis meses, vacinas (como a pneumocócica), uso de chupetas exclusivamente para dormir e o tratamento adequado de infecções respiratórias superiores.

 



Marcelo Matusiak

Terapia à base de luz reduz dor associada à neuropatia diabética periférica, comprova estudo

Equipamento emissor de luz infravermelha monocromática
de 890 nanômetros usado no estudo
fotos: Daniella Silva Oggiam

Trabalho conduzido na Unifesp envolveu 144 pacientes com diabetes, que foram tratados com luz infravermelha monocromática associada à fisioterapia

 

Associar o uso da luz infravermelha monocromática à fisioterapia convencional é uma alternativa promissora para tratar a neuropatia diabética periférica, uma das complicações mais frequentes, insidiosas e incapacitantes do diabetes e que provoca lesões nos nervos periféricos, especialmente os das pernas e pés. Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“O problema, que está relacionado principalmente com a duração do diabetes e o controle inadequado da glicemia, e geralmente ocorre entre cinco e dez anos após o diagnóstico da doença, se manifesta de várias formas, em especial por meio da dor neuropática, que é lancinante e pode ser acompanhada por sensações de queimação, formigamento, agulhamento e dormência”, conta Denise Miyuki Kusahara, enfermeira que participou do estudo. “Esses sintomas tendem a se intensificar em repouso e durante o sono, prejudicando muito a qualidade de vida dessas pessoas”, acrescenta.

O tratamento farmacológico é o mais comum nesse caso, no entanto, outras possibilidades terapêuticas podem ajudar a aliviar o desconforto sem provocar os efeitos colaterais dos medicamentos, que envolvem boca seca, hipotensão postural e retenção urinária. “Assim, devido à magnitude desse quadro na vida e na funcionalidade dos indivíduos com diabetes, resolvemos estudar a fotobiomodulação como uma alternativa para combater a dor provocada por ele”, explica.

Um grupo de 144 pacientes com neuropatia diabética periférica atendido na rede de atenção básica à saúde do município de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, participou da pesquisa, que teve apoio da FAPESP e foi publicada no periódico Pain Management Nursing. Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles foi tratado com aplicação de luz infravermelha monocromática de 890 nanômetros associada à fisioterapia envolvendo eletroterapia e cinesioterapia (terapia que usa movimentos para tratar o corpo). O outro foi usado como controle, recebendo o mesmo protocolo de fisioterapia, mas sem a aplicação da luz.

Os dois grupos realizaram 18 sessões de tratamento e foram acompanhados por dez semanas. A avaliação da dor ocorreu em quatro momentos, utilizando instrumentos e escalas validadas para esse fim. “Os resultados das avaliações feitas 30 dias após o término da intervenção e seis semanas depois mostraram que os voluntários submetidos à aplicação da luz e à fisioterapia apresentaram diminuição nos níveis de dor e melhora na qualidade do sono, especialmente no caso de pessoas com dor intensa”, afirma Kusahara.

Segundo a pesquisadora, a probabilidade de os participantes submetidos ao tratamento apresentarem dor moderada a intensa foi 21 vezes menor do que no grupo de pessoas que não receberam a intervenção com luz.

Os autores acreditam que o tratamento já pode começar a ser utilizado nos pacientes com o problema. A terapia pode ser aplicada em vários contextos clínicos, incluindo clínicas ambulatoriais, consultórios de atenção primária e centros especializados no manejo da dor. Entretanto, o profissional que realizará o procedimento precisa se tornar proficiente no uso de dispositivos de luz infravermelha monocromática de 890 nm, principalmente no que se refere à configuração do equipamento, aplicação correta da terapia com luz e ajuste dos parâmetros, como duração e intensidade, com base nas necessidades do paciente.

“Além disso, para que os efeitos esperados sejam alcançados de maneira segura, é essencial que seja feita a adesão aos protocolos e a monitorização atenta de potenciais efeitos colaterais”, alerta a pesquisadora.

O artigo Effects of Monochromatic Infrared Light on Painful Diabetic Polyneuropathy: Randomized Controlled Trial pode ser lido em: www.painmanagementnursing.org/article/S1524-9042(24)00251-0/abstract.

 


Thais Szegö
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/terapia-a-base-de-luz-reduz-dor-associada-a-neuropatia-diabetica-periferica-comprova-estudo/53334

 

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