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quinta-feira, 27 de junho de 2019

A perigosa relação entre metas e remuneração



Quando falamos sobre ligar metas à remuneração (geralmente bônus) de maneira direta, nos referimos à insistência de algumas empresas em associar o batimento de metas à remuneração de maneira matemática. Por exemplo: Roberto é gestor de marketing da e tinha como meta elevar o market share da empresa a 35% (a partir dos atuais 30%). No fim do ano, apurou-se que a participação da empresa no mercado era de 34%, ou seja, Roberto bateu 80% da sua meta.

O RH, então, pegou os 80%, comparou-os com a tabela de PLR e percebeu que a regra é que, quando um funcionário bate 80% da meta, ele ganha dois salários mensais de bônus. Nosso objetivo com esse artigo é mostrar diversos exemplos práticos que ilustram como é complexa e pouco produtiva essa prática. Não faz sentido associar diretamente metas e remuneração porque, nem sempre, meta é sinônimo de performance. Um exemplo que temos usado muito: Hermes e Renato são vendedores e, ambos, como metas de vender R$ 100 mil. Ao fim do ano, Hermes e Renato apuram suas vendas do ano e fecham suas metas com R$ 90 mil em vendas, ou seja, batem 90% de suas metas.

Faz sentido que ganhem a mesma coisa? Agora vamos adicionar um grau de complexidade à decisão: Hermes cobre o setor de construção civil, e Renato, o de agronegócio. Em 2016, aproximadamente cinco mil construtoras e incorporadoras fecharam suas portas em meio à grave crise impulsionada por desemprego e juros altíssimos. No mesmo ano, o setor de agronegócio passou bem pela crise: o real desvalorizado tornou os produtos agrícolas brasileiros mais baratos no mercado estrangeiro, o que potencializou as exportações aos países desenvolvidos. Dado esse cenário, Hermes teve um ano dificílimo e, mesmo assim, bateu 90% da sua meta. Virou incontáveis noites, procurou novos clientes no interior do Brasil. Renato, por sua vez, teve um ano bastante típico: vendeu para sua carteira tradicional de clientes, sem grandes acrobacias.

E agora, faz sentido que ganhem a mesma coisa? Mais do que isso: se pagarmos a mesma coisa aos dois, estamos sendo meritocráticos? Meu ponto aqui é que tentar medir performance com base em uma simples continha matemática, raramente, produz resultados justos. O “modelo matemático” de performance é daqueles multivariados, impossíveis de se prever. Ademais, avaliar performance é o trabalho do gestor de pessoas. Se você concordou comigo que o exemplo anterior, do Hermes e do Renato, é longe do trivial, você também concorda que se queremos ligar diretamente % de batimento de metas e remuneração teremos que ser muito mais precisos na “contratação” das metas. Talvez, se tivéssemos previsto que o ano do Hermes seria muito mais difícil do que o ano do Renato, poderíamos ter dado ao primeiro uma meta mais baixa, para tornar a conta mais justa.

Assim, Hermes com a sua meta de vender R$ 60 mil e Renato com a sua meta de R$ 100 mil estariam jogando um jogo justo e equilibrado. E como podemos chegar a essa conta? Para esse caso, a empresa pode contratar uma consultoria econômica e pedir a ela que faça projeções sobre as perspectivas de cada setor (crescimento, margens de lucro entre outros indicadores para o ano) e, a partir deles, ser feita uma estimativa. A empresa deve fazer uma série de reuniões e validações das metas contratadas, e melhor ainda, criar uma área interna de “performance”, cuja principal responsabilidade será ter certeza de que todos possuam metas “justas”, que levem em conta todas as nuances de cada função. Assim, com as metas corretas, minimizamos a chance de termos um bônus relacionado às metas injusto.

E se, no meio do ano, o Presidente do Brasil cai de amores com o setor de construção civil e outorga uma nova Medida Provisória que diz que todas as construtoras e incorporadoras não precisarão pagar mais impostos e que, além disso, receberão empréstimos a custo zero do BNDES? Renato, que tinha uma meta de R$ 60 mil, agora pode ser agraciado com um segundo semestre excelente. Se ele vender R$ 80 mil com uma meta de R$ 60 mil, vai ter batido 133% da sua meta, e vai ganhar sem dúvida um bônus mais agressivo do que Hermes. Isso é meritocrático?

Hermes receberá um bônus em função da média ponderada do seu atingimento de metas na área antiga, que contará por oito meses e alguns dias, e da área nova, que contará por três meses e alguns dias. Uma simples equação:% de atingimento do ano = (% de atingimento da função antiga x fator de ponderação i) + (% de atingimento da função nova x fator de ponderação ii). Fator de ponderação i e ii = dias corridos na função i e ii / 365. Aí o Hermes se informa dessa conta e fica um pouco preocupado: ele estava trabalhando em um negócio enorme com a construtora Tabajara, e estava marcado para sair depois de 25 dias da sua troca de função. Hermes apresentou o novo vendedor, Dimas, que o substituirá, ao pessoal da Tabajara, e Dimas ficará apenas imbuído de assinar na linha pontilhada. Ou seja, a % do atingimento das metas de Hermes na semana de sua troca não refletirá o importante trabalho que ele fez com no grande negócio.

Ora, mas ele terá a nova função para bater metas nos meses restantes do ano, certo? Mais ou menos: os três meses do ano são muito fracos na área de Operações, pois o ano fiscal já acabou para a matriz, e nenhum projeto sai do forno na época. O que fazemos? Ajustamos a fórmula no caso a caso? Deixamos o Hermes com as metas da função passada (se sim, qual a “linha de corte” a partir da qual isso acontece?) E se a mudança fosse em abril, o que aconteceria?

Agora vamos imaginar que a área administrativa da empresa tenha um analista chamado Toninho. Ele, diferentemente do Hermes e do Renato - que estão na área comercial, portanto, com remuneração variável e mais agressiva - tem bônus máximo possível é de dois salários no fim do ano. Toninho chega em setembro, e percebe que não vai conseguir bater a meta, de reduzir em 40% o tempo médio de processamento de um pedido. Além de saber que não vai bater a meta (ele só conseguiu reduzir o tempo em 10% até agora, e não vê muito bem como reduzir o tempo ainda mais), também sabe que não vai ganhar um bônus: ele só ganharia alguma coisa se batesse pelo menos 80% da meta.

Assim, Toninho pensa: “eu não vou me esforçar para melhorar o resultado nessa meta já que não vou ganhar bônus mesmo. Vou correr atrás da meta para bater 75% dela e ficar a ver navios? Prefiro ficar tranquilo”. Ou seja, metas diretamente associadas a bônus criam um contrato implícito, que diz que a decisão de bater ou não meta é do funcionário: quem perde é ele e, ganha, quem batê-la.

É necessário que gestores e funcionários estabeleçam metas relevantes, alinhadas com o negócio e ambiciosas. Após combinarem metas, precisam acompanhá-las semanalmente (ou quinzenalmente) em reuniões de time, passando por cada uma das metas, seu status, próximos passos etc. O funcionário precisa ser responsável pela meta, e quem garante isso é o seu gestor direto. Ambos precisam avaliar de maneira honesta e transparente se as metas foram batidas. Mas, em última instância, quem dirá se Hermes ou Renato tiveram mais ou menos performance serão os gestores, após avaliarem em conjunto seus números, a economia do País, os negócios gerados pelo CEO da empresa, e todos os outros fatores observados durante o ano. É essa sua função.






Francisco Homem de Melo - fundador da Qulture.Rocks, software de gestão de desempenho. Especialista e estudioso em cultura organizacional. Autor do livro The 3G Way: Dream, People, and Culture, figurando entre os mais vendidos da Amazon em estratégia e negócios. Lança a próxima obra: “OKRs: Da Missão às Métricas”, com o objetivo de ajudar as empresas a implementar uma metodologia de metas direcionada para alcançar resultados.

Sustentabilidade: cinco dicas para transformar seu dia a dia


No Centro Educacional Marista São José campanhas promovem a conscientização e a preservação de uma rotina sustentável


Economizar energia, reutilizar materiais, reaproveitar a água da máquina de lavar roupa e até da chuva. Pequenas atitudes que podem trazer grandes diferenças para o planeta. Esses são alguns dos objetivos do projeto Escola Sustentável, do Centro Educacional Marista São José (SC), que atende gratuitamente crianças e adolescentes de 6 aos 17 anos no bairro Serraria.

A ideia é conscientizar por meio de ações pedagógicas em sala de aula. “A educação tem a missão de conscientizar crianças e jovens, pois trabalhar a sustentabilidade vai muito além das questões ambientais, é ensinar as práticas diárias que auxiliam na preservação, na utilização dos recursos e até na diminuição dos custos”, explica Marilene Vieira, uma das responsáveis do projeto da unidade. O Centro se tornou um ponto de referência de coletas de tampinhas, lacres de alumínio, óleos e gorduras - ações que colocam em prática o conhecimento dos alunos sobre sustentabilidade.

O incentivo também vem dos projetos especiais criados por professores e colaboradores, como é o caso de Gentil Fernandes Vieira, de 65 anos, responsável pela manutenção da escola. Ele trabalha há 19 anos no Centro, onde criou um sistema de captação de água de chuva com calhas que reduziu o consumo de água e hoje é utilizado para a limpeza do Centro. “Eu sempre tive essa ideia, porque a água da chuva cai da calha e vai embora, então aprovaram a iniciativa na hora. É muito importante para o ecossistema reaproveitar algo que está indo fora”, observa.

O exemplo de Vieira despertou a curiosidade das crianças e até dos moradores da região. “Muitos pais me procuraram para saber como fazer isso em casa, pois a água sai limpa e pode ser totalmente utilizada para limpeza, além de ajudar o meio ambiente e reduzir custos”, comenta. Mas ele não quer parar por aí: agora pretende ampliar ainda mais o sistema e contribuir para as futuras gerações.

Além da participação de Vieira, os alunos aprendem em sala de aula práticas sustentáveis que podem ser utilizadas no dia a dia. Confira cinco dicas.


Separação do lixo orgânico e reciclável

Uma atitude que parece simples pode ser inserida na rotina: preservar os materiais que podem ser reciclados. Uma boa dica é separar em sacolas o lixo que for orgânico, papel, metal, plástico e vidro, caso você não tenha espaço para lixeiras. “Se você mora em prédio ou condomínio pode deixar alguns cartazes de conscientização, propagando ainda mais as boas ações”, sugere Marilene Vieira.


Reaproveitamento da água

A reutilização da água promove muitos benefícios ao planeta. Da máquina de lavar roupas, por exemplo, a água despejada pode ser utilizada para a limpeza de calçadas, gerando economia e preservação do meio ambiente.


Utilização do alimento

Aquela fruta que fica na geladeira pode ser levada ao congelador e depois usada para fazer shakes e smothies. Os restos de vegetais como cebola, batata e cenoura podem ser utilizados para caldos. As cascas de frutas, como banana por exemplo, podem se transformar em um esfoliante natural para a pele. Uma maneira de aproveitar o alimento de maneira integral e ainda preservar o meio ambiente.


Reutilização de roupas

A reutilização de roupas representa menos recursos naturais extraídos e processados, que diminui os processos de poluição. Isso significa que a redução do consumo impacta diretamente a natureza. Uma ideia é customizar as peças de roupas, reutilizar e até doar para bazares e instituições que necessitam.


Separação do óleo de cozinha

A destinação correta do óleo de cozinha evita a poluição do meio ambiente. O indicado é guardar o óleo em uma garrafa PET e não jogar nos ralos e pias. Procure os postos de coleta da sua região, pois os óleos podem ser reciclados e até reutilizados para fazer materiais diversos, como o sabão.





Centro Educacional Marista São José


A necessidade de inclusão dos Estados e Municípios na reforma da Previdência


O relator da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, deputado Samuel Moreira, apresentou recentemente o seu parecer que, entre outras mudanças no texto original da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, retirou os Estados e Municípios das alterações propostas pelo governo para reformar o sistema de aposentadoria do país.

É inegável que, no que tange a previdência do servidor público, especificamente, a situação da imensa maioria dos entes previdenciários, Estaduais e Municipais, necessita da reforma da previdência.

As opiniões sobre a profundidade e o conteúdo têm sido objeto de amplo debate no Congresso. Contudo, é imprescindível que o texto que venha a ser aprovado futuramente atinja a todos os entes, quer sejam os Estados, quer sejam os Municípios.

O Brasil demorou décadas para construir o atual Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Reformas Constitucionais, Leis, Regulamentação Infralegal, Portarias e Instruções Normativas foram editadas pelos órgãos fiscalizadores, sempre baseadas em um sistema único, isométrico, que permita a existência de sistemas de gestão e de controle parametrizados, onde foram investidos milhões de reais na sua aquisição.

Imaginar que toda a sistemática possa ser objeto de alteração, impondo aos entes federativos uma odisseia para regulação dos sistemas previdenciários, é flertar com o caos.

Aos servidores e gestores previdenciários esta imposição é descabida. O frágil argumento para implantação de uma inoportuna liberdade legislativa trará danos irreparáveis ao sistema da previdência pública, sem contar as inúmeras ações judiciais que desencadearão, ante a grande possibilidade de termos tratamento diferenciado para os mesmos benefícios.

Assim, é importante que a reforma da Previdência atinja de forma equânime a todos os níveis federativos, sem exceção, a exemplo das demais reformas previdenciárias já aprovadas no país anteriormente, sob pena de criar problemas imensuráveis aos entes, e consequentemente a todo o País, sejam eles administrativos, jurídicos, e de gestão, permitindo-se a eles, apenas, nuances autorizadas pelas realidades atuariais singulares.

Uma flexibilização na legislação pode, apenas, ser permitida aqueles que do ponto de vista atuarial, possuam condições para tanto e é preciso que isso seja compreendido pelos parlamentares brasileiros.




João Carlos Figueiredo - advogado e presidente da ABIPEM - Associação Brasileira de Instituições de Previdência Estaduais e Municipais


O véu que encobre o casamento infantil no Brasil



País ocupa a quarta posição no ranking mundial de uniões de meninas


Em um país onde as pessoas ainda se surpreendem ao saber que ocupamos a quarta posição no ranking mundial de casamentos infantis de meninas em números absolutos, ainda precisamos falar muito sobre o tema. Mais do que falar, precisamos tirar o véu que encobre os casamentos e as uniões forçadas e precoces de meninas adolescentes e compreender que os direitos delas somente serão atendidos quando for alcançada a igualdade entre meninas e meninos.

O estudo “Tirando o Véu”, que a Plan International Brasil acaba de lançar, com o apoio da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO), que cuidou dos aspectos éticos da pesquisa, teve como principal objetivo conhecer o tema a partir das percepções e vivências de diversos sujeitos sociais, especialmente das meninas e dos meninos diretamente afetados pela questão. Mas a pesquisa também traz a visão de responsáveis, maridos, mulheres de 18 a 25 anos que se casaram meninas, representantes das comunidades, dos órgãos oficiais locais, nacionais e especialistas. Mais do que conhecer, nosso objetivo é trazer luz à questão.

Este é um estudo qualitativo realizado pela Plan em oito países: Brasil, Bolívia, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Peru e República Dominicana. Começamos a conhecer os resultados pelo Brasil. Acreditamos que a mudança só terá um resultado duradouro se passar por três dimensões. Primeiro a de normas sociais, atitudes, comportamentos e relações, jogando luz sobre a discussão sobre gênero e sexualidade, direitos sexuais e reprodutivos. Depois pelo marco político legal e os pressupostos, ao tornar o combate ao casamento infantil um problema que demanda políticas públicas. E por último na dimensão dos recursos econômicos e das redes de segurança social, para que o Estado, as políticas públicas e a sociedade civil assumam sua responsabilidade na criação de estruturas e oportunidades que permitam que meninas e meninos tenham escolhas. E que essas escolhas estejam realmente alinhadas à construção de seus projetos de vida.

Gostaria de destacar dois relatos de meninas e meninos no estudo:

O primeiro de um jovem que participou do grupo focal, de 15 a 17 anos

“Nós, homens, desde pequenos somos pressionados a fazer sexo. Eu perdi a virgindade com 14 anos porque um tio meu me obrigou dizendo que se eu não fizesse ia passar o resto da vida me chamando de gay. Se fosse por mim, eu teria esperado, não teria feito pelo tempo de ninguém, teria esperado meu tempo.”

O segundo, de uma jovem de 20 anos, que se casou aos 10 com um marido de 19. Na época da pesquisa, ela estava gravida de trigêmeos.

“Eu não vou mentir a você, eu dei muita sorte, viu? Eu engravidei com 11, tive com 12, engravidei com 12, tive com 13 e assim, o pai das minhas filhas está comigo até hoje. Ainda vem três meninos para terminar de contemplar. Se fosse outro homem, abandonava e largava. Ele assumiu a mim e as minhas filhas”.

Esses dois relatos nos fazem perceber a profundidade das questões que estão em torno do casamento infantil e como as relações se constroem e afetam a vida das pessoas, especialmente das meninas. Temos que continuar esse esforço de reflexão sobre o casamento infantil, pois estamos convencidos de que só seremos capazes de enfrentar de frente esse problema quanto mais compreendermos suas causas e consequências e dar respostas eficientes desde o campo de atuação e de poder de cada uma e cada um de nós.




Cynthia Betti - diretora-executiva da Plan International Brasil. Pedagoga pela Universidade de São Paulo, tem MBA em Gestão Estratégica pela FGV, com especializações executivas no Programa de Desenvolvimento Diretivo pela Universidad de Alcalá de Henares, Advanced Management Program pelo IESE Business School/Universidad de Navarra, Programa de Gestão Avançada pela Fundação Dom Cabral/INSEAD. Tem experiência de 30 anos no setor corporativo em empresas farmacêutica, química e de seguros, nas áreas de Planejamento Estratégico e Recursos Humanos. Casada há 26 anos, é mãe de Isabella e Giovanna.


Sete em cada dez consumidores utilizam smartphone para compras online, aponta estudo CNDL/SPC Brasil


Frete grátis, preço baixo e promoções são fatores determinantes na escolha do site; 22% dos entrevistados tiveram problemas na última compra. Um terço adquiriu algum produto ou serviço por meio das redes sociais no último ano


A popularização dos dispositivos móveis no país tem transformado a forma com que o brasileiro faz suas compras pela internet. É o que aponta um estudo feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Os dados mostram que 86% dos consumidores conectados realizaram ao menos uma aquisição em lojas online nos últimos 12 meses e os smartphones foram o meio mais utilizado por praticamente sete em cada dez (67%) entrevistados. Em segundo lugar, aparecem os notebooks (39%), seguidos dos desktops ou PCs (39%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a participação dos dispositivos móveis nas compras pela internet deve crescer ainda mais, principalmente pela praticidade e agilidade que oferecem. “Com a evolução da tecnologia, comprar pelo celular ficará cada vez mais fácil. O próprio varejo tem pela frente um enorme potencial de desenvolver produtos personalizados e experiências customizadas para esse consumidor”, observa.

Os produtos mais adquiridos pela internet são vestuário, calçados e acessórios (43%), eletrodomésticos (36%), smartphones e celulares (34%), entrega de comida por delivery (30%), artigos para casa (29%) e cosméticos ou perfumes (29%). Considerando os tipos de loja online preferidos para compras estão as cadeias de varejo nacionais (90%), os sites de compra e venda de produtos novos ou usados (50%), os varejistas internacionais (30%) e os portais de ofertas e descontos (23%).

Uma tendência que chama atenção na pesquisa são as compras realizadas nas redes sociais. Um terço (33%) adquiriu algum produto ou serviço por meio do Facebook, Instagram, Youtube ou WhatsApp no último ano, sendo que desses 63% mencionaram ter comprado de varejistas nacionais na maioria das vezes. Outros 57% costumam escolher os portais de compra e venda de produtos novos ou usados. Já 38% são impactados por varejistas internacionais e 27% pelos sites de ofertas e descontos.


Consumidor fez, em média, sete compras online nos últimos 12 meses; medo de fraudes faz com 61% gastem menos do que gostariam

O levantamento aponta ainda que, nos últimos 12 meses, cada comprador online fez, em média, sete aquisições na internet. O gasto médio para levar os produtos para casa foi de R$ 307,76, valor que passa para R$ 359,43 entre os homens. Entre as formas de pagamento, 67% utilizam principalmente o cartão de crédito, seguido do boleto bancário (48%). Destaque para o uso do cartão de crédito virtual, gerado exclusivamente para compras online, que chegou a 15%. Além disso, 63% receberam oferta de desconto para pagamento das compras à vista, principalmente no boleto bancário (38%).

Ainda que os consumidores conectados já se sintam mais seguros em gastar online, seis em cada dez entrevistados reconhecem que o medo de fraudes os levam a comprar menos do que gostariam na internet (61%). Praticamente todos garantem tomar algum cuidado em suas aquisições virtuais (97%) e as principais precauções são: realizar compras apenas em canais conhecidos ou indicados (49%), evitar cadastrar dados do cartão de crédito para compras futuras (34%) e selecionar meios de pagamento em que confiam para pagar (33%). Por outro lado, 39% disseram que sentem-se mais seguros quando encontram um baixo índice de reclamações nas redes sociais ou em sites e 35% se o site apresenta um sistema de pagamento certificado.

“Nas aquisições feitas pela internet é preciso tomar cuidado com criminosos que agem por meio de sites falsos, muitos até roubam dados sigilosos dos consumidores sem que eles saibam. O comércio eletrônico no Brasil já amadureceu, mas vale ficar atento a ofertas muito agressivas”, alerta o educador financeiro do SPC Brasil e do Meu Bolso Feliz, José Vignoli.


Frete grátis é fator determinante na escolha da loja online; 25% pagam valor maior de transporte para receber os produtos mais rapidamente

Os resultados da pesquisa apontam que o comércio eletrônico conquistou de vez a confiança dos consumidores conectados. Levando em conta a última aquisição que fizeram pela internet, 82% dos internautas ficaram satisfeitos, contra apenas 11% que se dizem arrependidos. Além disso, a maioria costuma voltar à mesma loja online. Nove em cada dez (91%) entrevistados já compraram mais de uma vez em um mesmo site, aplicativo ou perfil de lojas em redes sociais, principalmente pela confiança na loja ou marca (42%), pelo fato de não terem tido problema na experiência anterior (37%) e em virtude dos melhores preços (33%).

Os fatores que mais pesam na escolha de um site de compras são frete grátis (48%), preço mais baixo (47%) e promoções (41%). Questionados sobre quais aspectos os fariam comprar mais pela internet, 62% destacaram o frete grátis. Para 34%, o maior diferencial é poder trocar ou devolver na loja física o produto adquirido na loja online. Outras vantagens destacadas são menor tempo de entrega (33%) e possibilidade de retirar os produtos na loja física (31%).

Em um país com grandes dimensões geográficas, a logística de entrega acaba sendo um desafio. Ainda mais diante de um consumidor online cada vez mais exigente. O estudo revela que nove em cada dez (91%) entrevistados preferem receber os produtos comprados em casa ou no local combinado e somente 7% retiram o item pessoalmente na loja. Além, disso, 25% costumam pagar um maior valor de frete para receber em um tempo mais rápido as compras — percentual que cresce para 27% nas classes C, D e E.


Um em cada cinco consumidores teve problemas na última compra online; entrega fora do prazo é principal queixa

Acostumado a buscar as informações que precisa para tomar suas decisões de compra, o consumidor conectado leva em consideração a opinião e a experiência de outros clientes. Quando pesquisam produtos e serviços, 53% dos entrevistados dizem avaliar antes os depoimentos de pessoas que já compraram, enquanto 52% mencionam olhar a ficha técnica e especificações do produto. Outros 43% observam os detalhes das fotos do produto e 30% os selos de segurança e garantia.

“As redes sociais mudaram radicalmente a forma como as lojas e os consumidores interagem, estabelecendo critérios mais rígidos de qualidade a partir da opinião dos próprios usuários. A falta de transparência pode arruinar a reputação de uma marca ou mesmo de uma empresa em questão de dias”, ressalta o presidente do SPC Brasil.

Embora os brasileiros que compram pela internet estejam satisfeitos com as aquisições feitas, nem sempre a experiência é positiva: um em cada cinco (22%) consumidores garante ter enfrentado problemas na última compra online. As principais queixas envolvem entrega fora do prazo (10%), não recebimento do produto (5%), produto diferente do anunciado (4%) e recebimento de item danificado (4%). A grande maioria, contudo, afirma não ter tido algum tipo de problemas (76%).

Quando algo sai errado, 47% relatam conseguir resolver o problema, sendo que 18% tiveram o produto trocado, 13% foram reembolsados ou indenizados e 11% ficaram com crédito na loja. No entanto, praticamente a mesma proporção afirma que não houve solução das queixas (46%). Nesse caso, 14% desistiram de correr atrás do prejuízo, outros 14% entraram em contato diretamente com a loja e aguardam retorno e 8% abriram registro de reclamação nos órgãos de defesa do consumidor.



Metodologia

A pesquisa ouviu 904 consumidores em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas que compraram pela internet nos últimos 12 meses. Em seguida, continuaram a responder o questionário 800 consumidores fizeram alguma compra ao longo deste período. A margem de erro é de 3,3 p.p no primeiro caso e 3,5 p.p no segundo, para um intervalo de confiança a 95%.






De fake news à queda de credibilidade: pesquisa aponta desafios enfrentados pelo jornalismo atual


Levantamento realizado pela Cision ouviu 2 mil jornalistas de 10 países, incluindo o Brasil; 63% dos entrevistados sentiram perda de confiança do público este ano


PRNewswire/ Apesar do crescente número de desafios enfrentados pelos jornalistas – de fake news e campanhas com informações erradas até redução de orçamentos de redações e mudanças nos algoritmos das mídias sociais– o Relatório de Situação de Mídia de 2019, realizado pela Cision - grupo ao qual pertence a PR Newswire -, aponta algumas descobertas otimistas.

Dois mil jornalistas de 10 países, incluindo o Brasil, participaram da pesquisa na qual, pelo segundo ano consecutivo, os entrevistados relataram uma redução na desconfiança do público em relação à mídia; 63% dos entrevistados sentiram perda de confiança do público este ano, uma redução em comparação aos 71%, de 2018 e 91%, de 2017.

Para a presidente da PR Newswire América Latina, Thaís Antoniolli, essa desconfiança vem, principalmente, em função da disseminação de fake news por meio de redes sociais. "As pessoas compartilham muita coisa sem checar a veracidade das informações", comenta.
No entanto, embora as fake news ainda sejam um problema, este ano elas não são os principais desafios do jornalismo. Questões relacionadas às mídias e recursos sociais lideraram a lista de problemas, especialmente nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

"Entretanto, as notícias não são tão ruins. Estamos encorajados para ver a redução continuada nas percepções de desconfiança do público em relação à mídia. Confiança é o principal tema dos resultados da pesquisa deste ano; de fato, ela parece estar atrelada ao futuro da indústria por muitos anos. Contar uma história confiável, informativa e relevante está sendo mais importante do que nunca, e os jornalistas estão utilizando os dados do público para entender melhor quais histórias criam movimento e rendimento e que os jornalistas devem buscar no ambiente da mídia hoje", explica Kevin Akeroyd, CEO da Cision.

O relatório deste ano foi o maior já realizado pela Cision em dez anos. Ele tem o objetivo de descobrir as principais questões que a indústria de mídia global está enfrentando em 2019, e como os profissionais de RP e comunicação podem trabalhar melhor com seus colegas jornalistas.

Outras conclusões importantes do relatório incluem:
  • Para os jornalistas, os três principais desafios globais são redes sociais e influenciadores ultrapassando as mídias tradicionais, recursos limitados e fake news (22%, 20% e 19%, respectivamente);


  • Em 2018, a Cision perguntou para os entrevistados como o relacionamento desses jornalistas com os profissionais de RP mudou ao longo dos anos, e somente 9% haviam dito que essa relação tinha se tornado mais valorosa. Este ano, o número saltou para 27%;


  • Os jornalistas continuam confiando cada vez mais nos dados para tomarem decisões sobre as histórias que eles vão focar. 65% dos jornalistas em nível global sentiram que métricas detalhadas do público, como visualizações e envolvimento, mudaram os tipos de conteúdo que eles publicam. 43% dos entrevistados focam principalmente em leitores ou visualiza&c cedil;ões, 20% focam em envolvimento, e 15% focam no impacto sobre os rendimentos;


  • Os profissionais de RP e comunicação são parceiros valorosos dos jornalistas, especialmente neste turbulento ambiente de mídia. Entretanto, 75% dos jornalistas afirmaram que menos de 25% das propostas que eles estão recebendo são relevantes;


  • As mídias sociais são tanto mais quanto menos importantes do que nunca. Devido à natureza volátil das mídias sociais em 2018, os jornalistas possuem sentimentos cada vez mais complexos sobre a importância das mídias sociais. 38% dos jornalistas entrevistados concordaram que a atualização dos algoritmos de mídias sociais - como mudanças no Feed de Notícias do Facebook - será a tecnologia mais importante com impacto em seu trabalho em 2019, que teve um a umento no ano passado. Esse impacto nem sempre é positivo, já que os jornalistas estão preocupados com a confiança das mídias sociais para a publicação de conteúdo.
Para ler todo o Relatório de Situação de Mídia da Cision de 2019, clique aqui.




Cision Ltd (NYSE: CISN)
www.cision.com e siga a Cision no Twitter @Cision



PR Newswire


4 dicas para ter uma logística eficiente no segundo semestre


Saiba como otimizar os resultados da sua empresa, de acordo com a Intecom Logística


O principal objetivo de uma empresa é ter rentabilidade e crescer. E os custos logísticos representam parte importante dos gastos de muitas corporações, tendo impacto relevante nos resultados financeiros. De acordo com o Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), os custos logísticos no Brasil equivalem a mais de 10% do PIB do País, com forte influência da atividade de transportes.

Neste sentido, uma logística eficiente pode representar a solução para manter a sustentabilidade dos negócios, pois colabora com a redução de custos e o aumento do nível de serviço, cria eficiência e pode auxiliar ainda a atrair novos clientes, segundo a Intecom Logística. Com mais de 15 anos de atuação, o integrador logístico é um dos principais players neste setor, sendo um importante parceiro para as companhias que demandam transporte e armazenamento de cargas em todo o território nacional, de maneira eficiente.

De acordo com o diretor executivo da Intecom, Marcelo Florio, uma logística eficiente pode impactar de maneira positiva a rentabilidade de uma empresa, agregando valor ao negócio e ao cliente e, inclusive, maximizando os lucros. “A logística de uma empresa é parte integrante da estratégia, responsável por estabelecer vantagem competitiva, gerar a conquista de novos clientes e aumento das vendas”, afirma.

O nível de serviço prestado pela Intecom Logística, ou seja, a capacidade de entregar exatamente no momento acordado está em níveis superiores à média do mercado. Confira as maneiras de utilizar a logística a favor do seu negócio, de acordo com Florio:


1 – Analise os custos de cada etapa

Os custos logísticos são uma preocupação recorrente de muitos gestores empresariais. Por isso, o primeiro passo para alcançar a eficiência e ganho de performance está associado a compreender e identificar qual é o valor despendido para cada uma das etapas do ciclo logístico. Em armazenagem e distribuição, alguns fatores, como produtos parados em estoque por muito tempo e transporte sem planejamento, originam custos desnecessários.


2 – Revise os processos e diminua despesas

Ao entender o custo de cada etapa da cadeia logística, chegou o momento de revisar os processos e aperfeiçoá-los ou acabar com aqueles que são considerados ineficientes. Neste sentido, é necessário analisar despesas considerando as particularidades da operação. Compreendendo este contexto, pode ser elaborado um planejamento mais assertivo, visando melhores resultados.


3 – Tenha uma ótima entrega e conquiste novos clientes

Atuar com um nível de serviço logístico acima da média, oferecendo pontualidade na entrega da carga, representa, sem dúvidas, um diferencial competitivo. É preciso verificar quais são as etapas que geram ineficiência ao processo como um todo e precisam de solução. Busque sempre oportunidades de automatizar processos.


4 – Alcance resultados consistentes

Com a prática de uma gestão logística eficiente e do melhor desempenho envolvendo toda a cadeia, o resultado certamente será o aumento do nível de serviço, a otimização dos custos e o alcance da rentabilidade. Consequentemente, o cliente final terá a percepção da melhoria da qualidade do serviço.



Intecom Logística

QUAIS PONTOS FORTES OS JOVENS DESTACAM EM SI MESMOS?


 Em um ambiente competitivo, pesquisa revela os fatores em evidência na personalidade dos mais novos


Atualmente, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), temos 7,337 milhões de jovens brasileiros subutilizados, o maior número já registrado desde 2012. Com mais gente em busca de uma vaga, as entrevistas também tendem a ter um maior grau de exigência. Por isso, para conseguir se destacar, o autoconhecimento é essencial. Contudo, diante desse contexto, todos sabem vender seu peixe? A última pesquisa realizada pelo Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios, entre 27 de maio e 7 de junho, investigou o tema. Assim, a pergunta: “Quais são seus pontos mais fortes?” foi feita a 41.862 participantes. O resultado trouxe um panorama sobre a visão da juventude.

O levantamento ocorreu com indivíduos de 15 a 28 anos e apontou como principal qualidade a “proatividade”, escolhida por 49,50%, ou 20.720 entrevistados. Para a analista de treinamento, Nicole Tavares Crespo, a competência é primordial e valorizada no mercado de trabalho. “Sem dúvidas, quando identificada durante o processo seletivo pode realçar o candidato. Afinal, ela engloba a capacidade de antever problemas, identificar oportunidades, combinada a iniciativa de criar e efetuar as soluções”, explica. Para quem não se vê com esse dinamismo todo, a dica é entender o sistema como um todo. “Veja como o empreendimento funciona, qual o ponto de encontro das atividades e setores, o sentido dos procedimentos. Com isso, será mais fácil propor inovações”, assegura.

Para 26,93% (11.275) a “humildade” é seu carro chefe. A vantagem da modéstia é a possibilidade de estar sempre aberto às críticas, para conseguir traçar um plano de melhoria. “Ela dá o caminho para assumir uma postura de aprendiz. Ao surgir um novo desafio, é válido saber quais ações são possíveis e quando será preciso solicitar ajuda. Da mesma forma, faz toda diferença aceitar o fato de, inevitavelmente, cometer falhas e aprender com elas”, enfatiza a especialista.

Ainda na visão de 13,27% (5.554) seu destaque está na “solidariedade”. A habilidade vai muito além de reconhecer alguém ou um grupo almejando auxílio. Significa, principalmente, entender a responsabilidade com o outro. “Esse processo de se colocar como parte e praticar a empatia, pode abrir portas. Afinal, um profissional engajado, com potencial de reconhecer as necessidades de quem está ao redor, se propondo solucioná-las, pode ser um ótimo membro de equipe e trazer bons resultados ao negócio”, comenta.

Há também quem utilize como recurso chave a “intuição”. Essa foi a resposta de 5,32% (2.225). Apesar de não existirem estudos comprovando a relação entre instinto e sucesso profissional, algumas pesquisas já observam a característica como um ponto em comum entre os vitoriosos, como Steve Jobs, por exemplo. “Sua utilização permite estar mais atento a você mesmo, ao ambiente e ao entorno. Isso desenvolverá a autopercepção e será uma aliada ao pensamento lógico”, ressalta Nicole.

Por fim, 4,99% (2.088) deram ênfase à sua “competitividade”. Ela é significativa para motivar a saída da zona de conforto, potencializando a melhoria contínua. “No entanto, precisa estar focada no crescimento de cada um, oportunizando atingir objetivos e superar-se sempre. Não deve se transformar em um conflito pessoal, ou de manipulação e falta de ética com os parceiros do time”, diz a analista.

Para quem procura uma vaga, Nicole ainda recomenda a atualização constante e o desenvolvimento da criatividade. “O indicado é seguir blogs, ler jornais, ir em eventos e ficar por dentro dos acontecimentos recentes tanto em relação ao ambiente corporativo, quanto do mundo em geral. Afinal, isso certamente fará diferença ao propor sugestões e facilitará pensar fora da caixa”, finaliza.




Fonte: Nicole Tavares Crespo - analista de treinamento do Nube



quarta-feira, 26 de junho de 2019

Prepare-se para o São João: saiba quais alimentos podem ajudar a emagrecer de vez e deixe a sanfona só na música


Muito esperadas por grande parte das pessoas em todo o país, as festas juninas e julinas e seus os pratos típicos podem ser usados como parceiros para manter o peso alcançado


Arraiá, quermesse ou festa junina, não importa o nome. Esse período do ano é sempre muito esperado pelas festas e, consequentemente, pelas guloseimas típicas. E, para quem se preocupa com o efeito sanfona em função dos excessos que os pratos típicos podem significar, a notícia é boa: dá sim para aproveitar sem recuperar os quilos extras.

“Apesar das receitas típicas levarem muito açúcar, é possível aproveitar o período e, ainda sim, manter uma alimentação saudável”. Segundo o Nutricionista do Vigilantes do Peso, Matheus Motta, o problema é exagerar nas receitas ricas em açúcar, mesmo que sejam caseiras. “Uma estratégia para manter o equilíbrio é o planejamento. Siga uma alimentação balanceada e saudável ao longo do dia ou da semana que antecede a data e não faça dos doces o seu foco na festa”.

Para quem trabalhou duro mudando os hábitos alimentares, a relação com a comida e, inclusive, passou a praticar atividades físicas, eventos sociais que envolvem uma alimentação diferente do habitual – como é o caso das quermesses -, podem causar ansiedade e inclusive medo1 de recuperar o peso perdido e sofrer com o tão comum Efeito Sanfona. Uma análise realizada nos Estados Unidos levou em consideração 29 estudos sobre dietas hipocalóricas, ou seja, com restrição de calorias, que tinham ou não exercícios associados. A constatação foi de que, em média, mais da metade do peso perdido acaba sendo recuperado dentro de 24 meses.

Para essas pessoas, evitar recuperar os quilos perdidos se tornou o mesmo que evitar eventos sociais. Mas não precisa ser assim: “uma recomendação é escolher o que você mais gosta ao invés de comer de tudo. No caso das festas juninas e julinas, elas acontecem durante dois meses, algumas se prolongam até agosto. Por isso, prefira fracionar o que deseja consumir entre as festas que irá ao invés de consumir tudo em uma única festa”, explica Matheus.

Ainda há quem goste de preparar os próprios quitutes. Para essas pessoas, o controle do que se come é ainda mais fácil. O Nutricionista do Vigilantes do Peso orienta que se utilize ingredientes com pouca gordura, como é o caso do leite desnatado. Diminuir a quantidade de açúcar ou substituir por ingredientes com sabor adocicado, como o cravo, a canela e frutas, por exemplo, também é uma alternativa.


Vinho quente e quentão

Muito populares, as bebidas têm um sabor nostálgico e aquecem os “caipiras” em temperaturas amenas, porém é preciso ter moderação. Ambas as receitas são ricas em açúcar e, por mais que se produza em casa e controle a quantidade, o álcool sobrecarrega os sistemas digestivo e endócrino, por isso, seu consumo deve ser feito com moderação: “uma dose por noite é o suficiente”, indica Matheus.

Assim como o álcool, o efeito sanfona também causa um esforço maior por parte do organismo e pode provocar o aparecimento de doenças como a diabetes e a hipertensão2. É importante manter a atenção ao que se come mesmo durantes períodos de festas como esses e, ter em mente que, não é necessário restringir a alimentação de forma drástica, mas sim, seguir um equilíbrio.  É exatamente isso que o Vigilantes do Peso defende em seus três pilares de sustentação do emagrecimento saudável e duradouro. Uma alimentação equilibrada, associada à atividade física e à mudança de mindset, que ensinam o associado a prezar pela sua qualidade de vida e a adotar um ponto de vista positivo. Contribuindo para que faça escolhas melhores para sua alimentação e prática esportiva, influenciando diretamente em seus resultados.


Milho, amendoim e arroz doce

De forma geral, os ingredientes que compõem as receitas típicas dessa época do ano têm boas características nutricionais. O milho é rico em carboidratos e fibras, por isso é ótimo para dar energia e ainda auxilia na digestão. Já o amendoim tem alto teor de antioxidantes, como a vitamina E e Zinco2, auxiliando no envelhecimento, enquanto o arroz possui diversos aminoácidos e vitaminas, contribuindo para o sistema imunológico3. O problema está no preparo e no consumo exagerado.

“Muitas comidas típicas podem funcionar como pequenos lanches. É possível combinar espetinhos de frango e carne, com o milho cozido, por exemplo. Bolo, pipoca, pinhão ou canjica podem ser um lanche e até o calde verde ou o caldo de feijão podem ser saídas gostosas, equilibradas e típicas”, explica o Nutricionista.

Para entrar no clima, separamos uma receita especial de curau:




CURAU 

 Tempo total: 40 minutos
Rendimento: 5 porções | Dificuldade: Fácil

Ingredientes:

1 xíc. de espiga de milho congelada cozida
2 xíc. de leite desnatado
1 colher de sopa de açúcar
½ colher de sopa de amido de milho
½ colher de chá de essência de baunilha
1 colher de chá de canela em pó

Instruções

Pegue as espigas cozidas e retire os grãos com o auxílio de uma faca. Bata todos os ingredientes no liquidificador e depois passe por uma peneira grossa. Em uma panela, leve ao fogo médio, mexendo constantemente até engrossas. Retire do fogo e coloque em potes de sobremesa. Se preferir, pode levar a geladeira antes de consumir.
Cada porção equivale a 1/3 de xícara.





Vigilantes do Peso
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Referências:
1.    Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Obesidade e desnutrição. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/obesidade_desnutricao.pdf Acesso em 22 de maio de 2019.
2.    4. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Obesidade e desnutrição. Pág 5 – 8. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/obesidade_desnutricao.pdf Acesso em 22 de maio de 2019.
3. Arroz: composição e características nutricionais. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-84782008000400049&script=sci_abstract&tlng=pt Acesso em 13 de junho de 2019.
4. O amendoim e seus benefícios. Disponível em:  http://www.unirio.br/ccbs/nutricao/ppgan_pt/alimentacao-e-saude/palestras/2014/o-amendoim-e-seus-beneficios Acesso em 13 de junho de 2019.


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