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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Ministério da Saúde e ONU formam líderes para controle social do HIV e aids



Serão priorizados jovens das populações chaves como pessoas que vivem com HIV e aids, gays, travestis, transexuais, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas
O Ministério da Saúde está selecionando 50 jovens entre 18 e 26 anos para acompanhar e fiscalizar as políticas públicas de saúde na área de HIV e aids. O objetivo é formar uma turma para participar do Curso de Formação de Novas Lideranças das Populações-Chave Visando o Controle Social do Sistema Único de Saúde no âmbito do HIV e aids que será realizado em  Brasília, entre os dias 07 e 11 de maio deste ano. As informações completas sobre a seleção podem ser obtidas no edital publicado pelo Ministério.
Os interessados em participar da iniciativa poderão realizar suas inscrições no curso, por meio de formulário eletrônico, até o dia 8 de março. Serão priorizados jovens das populações chaves como pessoas que vivem com HIV e aids, gays, travestis e transexuais, profissionais do sexo e pessoas que usam drogas.
O curso, que terá carga-horária de 36 horas, é realizado pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em conjunto com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
“Acreditamos que temos que buscar novas formas de dialogar com o público jovem e esse curso faz parte dessa visão, assim como a recente Campanha de Prevenção às DST e Aids do Carnaval 2015 que investiu em aplicativos de relacionamento. É exatamente entre o público jovem, em especial na população gay, que os índices de infecção vem crescendo e precisamos encontrar maneiras de definir, acompanhar e fiscalizar a execução das políticas de saúde pelos próprios integrantes das populações-chaves”, avaliou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.
A razão para a escolha das populações-chave para a capacitação deve-se ao fato de que esses segmentos da população possuem comportamentos específicos que os colocam em maior risco de infecção pelo HIV e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis). Em razão dessa vulnerabilidade, eles acabam tornando-se populações prioritárias para as políticas de prevenção, diagnóstico e tratamento do HIV e outras IST, desenvolvidas pelo Ministério.
CENÁRIO AIDS – Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no Brasil. A epidemia no país está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos de aids novos ao ano. O coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes em 2003, para 5,7 casos em 2013. A faixa etária onde a epidemia mais cresceu nos últimos 10 anos foi em jovens de 15 a 24 anos de idade.

Nivaldo Coelho
Agência Saúde 

Alerta vermelho




 Uma em cada seis pessoas terá um AVC
Aprenda a reconhecer os sintomas para preservar a vida e reduzir as sequelas
Golpe. É dessa forma que o acidente vascular cerebral (AVC) é denominado, em inglês. Isso porque, assim como um golpe, acontece de repente e faz grandes estragos, causando mudanças imediatas e devastadoras na rotina de uma em cada seis pessoas em todo mundo. De acordo com a World Stroke Organization (Organização Mundial do AVC), mais de 17 milhões de pessoas devem ser afetadas pelo problema, apenas neste ano.
"O acidente vascular cerebral pode ser causado pela obstrução ou rompimento de uma artéria no cérebro. Em ambos os casos, acontece uma lesão cerebral porque o sangue não consegue circular adequadamente, o que prejudica as funções neurológicas dependentes do local afetado", explica o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.
Ainda segundo o especialista, a origem da maioria dos acidentes vasculares cerebrais é a obstrução da artéria. "A prevalência acontece porque a obstrução é causada, geralmente, pelo 'envelhecimento' natural da artéria, conhecido como arterosclerose. O processo aterosclerótico encontra-se aumentado nos casos de hipertensão arterial, níveis altos de colesterol e triglicérides, diabetes mellitus, tabagismo e sedentarismo", revela.
Quando o AVC acontece, o mais importante é saber reconhecer os sintomas. "Embora eles variem de acordo com a artéria atingida e extensão da lesão cerebral, os sinais clássicos do problema são a súbita perda de força em braços ou pernas, geralmente unilateral, desvio da rima labial (boca torta), alterações de sensibilidade, visão e equilíbrio e alteração súbita da fala. É preciso ficar atento aos sintomas para prestar o socorro à vítima, o mais rápido possível", alerta o neurologista.
O tempo é fundamental para preservar a vida e reduzir as sequelas. "Estudos apontam que, quanto mais rápido a pessoa recebe o tratamento adequado, maiores são as chances dela se recuperar. O ideal é que a busca por um atendimento médico de emergência não ultrapasse 4h30, desde o início dos sintomas. Como alguns sinais são mais sutis, como uma dor de cabeça persistente, em caso de dúvida, é melhor procurar ajuda especializada", recomenda.
Para acelerar o socorro emergencial, favorecer um diagnóstico assertivo e contribuir com a redução de sequelas, as Unidades Pompeia, Santana e Ipiranga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo seguem um protocolo de atendimento diferenciado do Grupo de Doenças Cerebrovasculares da Academia Brasileira de Neurologia. "Assim que o paciente chega ao pronto-socorro, um neurologista faz a avaliação clínica e realiza um exame de tomografia para verificar se há sinais de obstrução da artéria ou hemorragia cerebral. Com base nos resultados, o especialista vai indicar o melhor tratamento, que pode ser desde o suporte clínico, passando pela desobstrução da artéria, num procedimento chamado trombólise, até a indicação cirúrgica. A gravidade do caso vai depender da extensão da lesão cerebral", conta Edson Issamu Yokoo.
Após receber alta hospitalar, o tratamento continua em casa. "Para melhor recuperação do paciente, são indicados fonoaudioterapia, fisioterapia, medicações para evitar nova obstrução da artéria (no caso de AVC por esta causa) e terapia com psicólogo. A família precisa receber uma orientação adequada para entender a nova realidade do paciente. Algumas sequelas, como perda de memória, paralisia de membro e alterações na fala, podem ser definitivas", esclarece.
Fique atento aos sintomas!
  • Paralisia súbita de braços e/ou pernas, geralmente unilateral;
  • Súbita alteração de sensibilidade e/ou perda de força;
  • Desvio da rima labial (boca torta);
  • Alteração da fala;
  • Dor de cabeça persistente;
  • Alterações de equilíbrio;
  • Alterações visuais;
  • Alterações de consciência.

Edson Issamu Yokoo - neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Greve de caminhoneiros e a paralisação do país




O Brasil está parado. Esse é o cenário do país desde a última quarta-feira, 18 de fevereiro, dia em que estourou uma das maiores greves de caminhoneiros de que se tem notícia. A paralisação se concentra, principalmente, nos estados do Sul e Centro-Oeste, com bloqueio de rodovias federais. Já são 11 os estados afetados.
Os motivos principais seriam a redução do valor do frete, além do aumento do preço do óleo diesel, fatores cruciais e que determinam a funcionalidade da categoria. Também são reivindicadas a redução dos valores de pedágio e a prorrogação nas parcelas para financiamento de caminhões. A categoria ainda pede alteração na “Lei dos Caminhoneiros” e a mudança das oito horas mais duas horas extras estipuladas para 12 horas mais duas horas extras.
O segmento mais afetado com essa grande paralisação é o agronegócio como um todo, principalmente por ser um momento intenso para o setor, época de escoamento da safra. Dentre os problemas, as criações estão carentes de ração, há falta generalizada de óleo diesel, bloqueio de cargas perecíveis e postos de combustível sem gasolina nas bombas, entre outros.
O bloqueio dos grãos com destino aos portos para a exportação gera, inclusive, mudanças nos preços nas negociações à vista com as tradings responsáveis pelo processamento.
O desabastecimento já é sentido em várias cidades, principalmente no interior do Paraná e de Santa Catarina, tais como Guarapuava, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Concórdia e Chapecó. Conforme a greve se estenda, é grande a possibilidade de o desabastecimento atingir outras cidades.
A paralisação gera um efeito dominó sobre a produção agropecuária, pois sem insumos a produção e a colheita param. Sem produção e colheita, não há escoamento. Com o escoamento parado o mercado interno fica desabastecido, além de os portos ficarem sem o processamento de exportação da produção.
Medidas fiscais e de subsídios devem ser discutidas nos próximos dias em diferentes esferas do governo, numa tentativa de atenuar o impacto financeiro sentido pela categoria dos caminhoneiros. E quanto mais as autoridades tardarem em tomar uma atitude, a situação só tende a piorar.

Christian Menin - advogado do setor de Agronegócios do escritório Augusto Grellert Advogados Associados

Mais de 1,5 mil pessoas aguardam por transplante de medula óssea no Brasil




Registro nacional de doadores precisa, cada vez mais, de novos voluntários; procedimento de coleta de amostragem é rápido, simples e requer apenas 5ml de sangue


A fila dos pacientes que esperam por um transplante de medula óssea no Brasil é preocupante. Hoje há 1.570 pessoas com esperanças de encontrar um doador compatível e também um leito disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2014, foram realizados 2.013 transplantes de medula óssea, 202 procedimentos a mais do que no ano anterior. No Distrito Federal, o número também aumentou: em 2014, 56 pacientes receberam doações, enquanto em 2013 foram apenas 19. Os números são da Associação Brasileira de Transplante de órgãos (Abto).
De acordo com o último dado Irodat (International registry on organ donation and transplantation), com informações de 2013, o Brasil está em terceiro lugar no número de cadastro do doadores, atrás dos Estados Unidos e Alemanha. No DF, em 2014, todos os transplantes realizados foram com a medula do próprio paciente.
Essa decisão geralmente é tomada após a falta de doadores na família. As chances de encontrar um doador ideal entre irmãos - de mesmo pai e mãe - é de 25%. Caso não haja um familiar compatível, o paciente pode tentar o procedimento com a própria medula. Quando a opção não rende bons resultados, a solução é recorrer ao Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) ou aos do exterior. O cadastro nacional conta com 3,5 milhões de candidatos a doação e os internacionais com 21 milhões.

Espera
A fila de espera pode chegar a um ano. Além da compatibilidade, o paciente depende ainda da disponibilidade de leitos nos hospitais. A probabilidade de um paciente encontrar um possível doador no Redome é bem mais remota do que entre familiares: uma a cada dez mil, e dependendo do tipo sanguíneo pode chegar a uma em cada um milhão, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Com objetivo de reduzir as filas, o Ministério da Saúde criou um incentivo financeiro para criação de leitos exclusivos para internação dos transplantados. Atualmente, o Brasil tem 50 centros autorizados para realizar transplante entre parentes e 27 para procedimentos entre desconhecidos. O paciente, que fica com a capacidade imunológica muito baixa, requer infraestrutura diferenciada, como isolamento, para garantir que o tratamento tenha sucesso.
A coordenadora da central de transplante do DF, Daniela Salomão, explica que o mais difícil é conseguir alguém 100% compatível com o paciente: “É preciso haver uma total compatibilidade entre o doador e o receptor, caso contrário, a medula pode ser rejeitada, causando outras doenças”, esclarece a médica.

Tira-dúvidas

O que é o transplante?
É um tratamento para doenças que afetam as células do sangue, como leucemia, linfomas, anemias graves e osteoporose.

Quantos tipos de transplante existem?
O autogênico e o alogênico são os mais comuns. No primeiro, é usada a medula do próprio paciente, que é retirada e colocada novamente após o tratamento de quimioterapia. No tipo alogênico, é transplantada a medula de um doador. O transplante também pode ser feito a partir do sangue de cordão umbilical.

Como se candidatar a doador?
Basta ir ao hemocentro (em Brasília, ele fica na SMHN Q 3 Conj A - Bloco 3 - Asa Norte), ter entre 18 e 55 anos, boa saúde, preencher um formulário e permitir a retirada de 5 ml de sangue para testes de compatibilidade.

Quem tem piercing e tatuagem pode ser doador?
Tatuagem, piercing e gravidez não são empecilhos para o cadastro no Redome.

Pode doar a medula óssea de alguém que está morto?
Não. O transplante pode ser realizado apenas em vida.

A mistura racial brasileira dificulta o encontrar doador compatível?
Sim. Em outros países é mais fácil por não existir a quantidade de misturas de raças do Brasil. Isso diminui as chances de se encontrar um doador compatível.

O que ocorre se a minha medula for compatível com alguém?
Uma vez confirmada uma compatibilidade entre um doador e um paciente, o cadastrado no Redome receberá uma ligação e terá que confirmar se realmente quer fazer a doação. Se a decisão for positiva, serão feitos exames pré-operatórios e após os resultados o transplante é marcado.

O doador corre riscos?
Segundo o Inca, são poucos. Os sintomas que podem ocorrer são após o transplante: dor local, fraqueza temporária e dor de cabeça. Um receio comum entre os interessados em doar é ficar paraplégico, mas o risco não existe, já que o transplante é de medula óssea e não espinhal.

Pode desistir de doar, mesmo depois da realização do cadastro?
Sim.

Tempo de duração do transplante?
Em média, duas horas e a anestesia local ou geral, depende da estrutura corporal do doador. Os doadores retornam às suas atividades até dois dias após a doação.

Existe corte ou cicatriz após o transplante?
Não existe corte ou cicatriz. É usada uma agulha, que colhe 15% da medula óssea do osso da bacia.

Fonte: www.correiobraziliense.com.br/

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