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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Campanha busca reduzir infecção hospitalar, que mata mais de 100 mil por ano no Brasil





  • Em casos não-fatais, infecção aumenta muito o custo do tratamento, tanto para famílias, quanto para o sistema de saúde
  • Campanha tem seu lançamento na Feira Hospitalar 2016, que acontece de 17 a 20 de maio no Expo Center Norte, em São Paulo
 A cada ano, aproximadamente 14% dos pacientes internados no Brasil contraem algum tipo de infecção hospitalar, e cerca 100 mil pessoas morrem em decorrência das infecções. Estudos conduzidos por médicos indicam que nas unidades de terapia intensiva, 62% dos pacientes internados apresentam algum tipo de infecção, que ocorrem muito também em unidades de parto, por conta do alto número de operações cesarianas. O alto índice de infecções hospitalares no Brasil causa também prejuízos ao sistema de saúde acarretando tratamentos mais demorados e custosos.

A Campanha Parceiros da Saúde - que tem o seu lançamento na Feira Hospitalar 2016, que acontece de 17 a 20 de maio no Expo Center Norte (São Paulo/SP) - surge para conscientizar as pessoas, sejam profissionais da saúde ou não, sobre os perigos da infecção hospitalar e como ajudar a prevenir.

“É um problema universal. Precisamos lembrar sempre, tanto profissionais da saúde quanto usuários do sistema da importância da higienização das mãos e do ambiente”, afirma o porta-voz da campanha, doutor professor Manoel Jacobsen*, neurocirurgião do Hospital Sírio Libanês e professor de neurocirurgia da Faculdade de Medicina da USP. 

Segundo ele, cerca de dez anos atrás, com o surgimento das superbactérias – e das superinfecções – a comunidade científica teve sua atenção despertada novamente para este problema. “Medidas de prevenção são fundamentais. Todos os hospitais e pessoas que os frequentam devem estar cientes disso”, declara Jacobsen.

Para o cirurgião plástico Paul Glat*, do Hospital Saint Christopher, na Filadélfia (EUA), que lida com feridos por queimaduras no seu dia-a-dia e que estará no estande da Parceiros da Saúde na Feira Hospitalar 2016 no dia 19 de maio para uma palestra, a educação para prevenção a infecções é fundamental.  “A educação de trabalhadores e gestores da saúde é o caminho para diminuir infecções hospitalares, além de campanhas por higienização das mãos e ambiente. Também é preciso monitorar os indicadores dos vários tipos de infecções, com atenção para situações epidêmicas”, afirma o médico. Glat falará sobre a abordagem para diversos tipos de infecções hospitalares.

O estudo das infecções hospitalares teve início muito antes da descoberta dos microrganismos quando o médico húngaro Ignaz Semmelweis concedeu a ‘partículas estranhas’ a responsabilidade pelas mortes de mulheres no período de puérpera. Mesmo diante de muitas críticas e rejeições por parte de seus colegas médicos, Semmelweis instituiu um sistema de desinfecção em sua unidade de saúde que consistia da fervura instrumental e na obrigatoriedade de todos os médicos e estudantes lavarem as mãos em uma solução de ácido clorídrico antes de entrar na sala de parto. Com essas duas medidas simples, Semmelweis reduziu em 83% a mortalidade das parturientes (PUCCINI, 2011).
Parceiros da Saúde propõe que as pessoas disseminem a importância da correta higienização das mãos, sobretudo quando em ambiente hospitalar. “É um problema sério que deve ser abordado de maneira preventiva”, conta o coordenador da campanha, Carlos Paris. A campanha terá palestras em hospitais e instituições de ensino, eventos em escolas, empresas e universidades, ações na internet e redes sociais e um intenso trabalho de conscientização junto a profissionais da medicina e usuários do sistema.

A Organização Mundial da Saúde mantém uma ação de conscientização para o problema chamada “Salve Vidas, Mantenha as Mãos Limpas”. Um estudo feito pela entidade em Uganda mostrou que ações de conscientização sobre a importância da higienização das mãos e ambientes hospitalares implementadas foram capazes de reduzir pela metade a quantidade de infecções em 650 pacientes de cirurgias no hospital Kisiizi, resultando em tempo menor de internação e economia de recursos.

Para contribuir com a diminuição da infecção hospitalar no Brasil, pessoas podem contar suas histórias e melhores práticas para conscientizar sobre os benefícios de ter mão limpas e ambientes higienizados no site www.somosparceirosdasaude.com ou no Facebook: www.facebook.com/parceirosdasaude
Parceiros da Saúde está presente na Feira Hospitalar 2016, no Pavilhão Azul, rua J/K 15/22, do Expo Center Norte, com um estande para palestras de médicos e enfermeiros sobre temas ligados a infecções hospitalares.

Programação:
Dias  18 e 20 de maio
13h e 16h
Tecnologias em tratamento de feridas para redução de custos hospitalares
Dra. Mara Blanck, Universidade Estácio de Sá, RJ, e Rede Internacional de Feridas; e Dra. Eliane Amádio, ZionSaúde
14h e 17h
Soluções para melhoria no serviço hospitalar e redução de custos em casos de infecções hospitalares
Dra. Luciana Reis Guastelli, Hospital São Joaquim da Beneficiência Portuguesa, SP
15h e 18h
Cuidando da pele e preservando os cuidados
Dras. Mara Blanck, Universidade Estácio de Sá, RJ, e Rede Internacional de Feridas
Dia 19 de maio
13h e 14h40
Prevenção à Infecção Hospitalar nos EUA
Dr. Paul Glat, Hospital Saint Christopher, Filadélfia, EUA
13h50 e 15h30
Soluções para melhoria no serviço hospitalar e redução de custos em casos de infecções hospitalares
Dra. Luciana Reis Guastelli, Hospital São Joaquim da Beneficiência Portuguesa, SP.
*O doutor Manoel Jacobsen e os palestrantes estão disponíveis para atender a imprensa.

Parceiros da Saúde é uma idealização das empresas JC Pharma, DMC e ADV.
A JC Pharma é uma empresa do JC GroupBrazil, que atua no mercado farmacêutico, hospitalar e de produtos para a saúde. Nascida em 1997, a JC Pharma sempre teve em seu DNA a inovação e o desejo de oferecer soluções ao mercado. Hoje já consolidada nacionalmente e internacionalmente com escritórios nos Estados Unidos e Chile.
A DMC atua na área médica, estética, odontológica, veterinária e industrial . Presente no Brasil e nos Estados Unidos, a DMC Equipamentos Ltda. foi fundada em 1998, na cidade paulista de São Carlos, um dos maiores polos de alta tecnologia do País e desde a sua origem teve como propósito desenvolver constantemente novas tecnologias para a saúde bucal.
Fundada no ano de 1955, a ADV possui sede própria, numa área fabril de 8 mil metros quadrados, onde passou a contar com divisões de produtos farmacêuticos e cosméticos, com modernas instalações, máquinas automatizadas e profissionais altamente qualificados. A ADV investe constantemente em novos equipamentos e tecnologia, está sempre aprimorando suas fórmulas, desenvolvendo novos produtos e embalagens diferenciados.


Feira Hospitalar 2016

Pavilhão Azul, rua J/K 15/22, - Expo Center Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme - São Paulo/SP – CEP 02055-000

Desemprego: os impasses da pensão alimentícia





O cenário econômico brasileiro desfavorável impactou diretamente o cotidiano das famílias. Segundo dados do IBGE, o índice de desemprego no País passou de 10%, sendo a taxa mais alta da série histórica com início em 2012. Esse quadro também causa preocupação às pessoas que têm como compromisso a pensão alimentícia dos filhos. 

A especialista em direito de família Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente da ADFAS (Associação Brasileira de Direito de Família e das Sucessões), explica que aqueles que têm essas responsabilidades podem solicitar a revisão da pensão alimentícia para não gerar dívidas e correr o risco de prisão. 

“A pensão alimentícia pode ser diminuída, ou, a depender da gravidade da situação do responsável, até mesmo pode ocorrer a exoneração, ou seja, a sua extinção. O impasse pode ser resolvido por meio da ação revisional de pensão alimentícia, com a alteração do valor, concedida pelo juiz. Sendo assim, dentro das possibilidades e as necessidades que embasam e medem a pensão, o beneficiado terá de rever seu padrão de vida, quando o alimentante não puder mais arcar com os mesmos custos, como antes”, afirma a especialista.

Com isso, os pais que têm de pagar a pensão de alimentos devem, primeiramente, tentar um acordo documentado. Caso seja impossível, devem buscar auxílio da Justiça para garantir seus direitos segundo o novo Código de Processo Civil. 



Dra. Regina Beatriz Tavares da Silva - Pós-Doutora em Direito da Bioética pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa - FDUL (2013). Doutora (1998) e Mestre (1990) em Direito Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - USP.  Graduada em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1979). Presidente e Fundadora da Associação de Direito de Família e das Sucessões – ADFAS (www.adfas.org.br).


10 dicas para lidar com as novas regras em planos de saúde




Entraram em vigor neste domingo, 15 de maio, as novas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, sob a resolução 395, que obrigam os planos de saúde a atenderem melhor os clientes. Para o consumidor, nada substitui a leitura atenta dessa resolução dos planos de saúde. Mas, para facilitar o entendimento, deixo aqui 10 sugestões para quem tem plano de saúde agir, com mais objetividade, à luz dessa importante resolução da ANS. 

1º Leia o seu contrato de plano de saúde de tempos em tempos. Isso é muito importante para os consumidores saberem exatamente o que contrataram e evitar expectativas irrealizáveis, no caso de acionarem o plano de saúde. Na prática, as pessoas assinam, guardam os contratos por meses ou anos e só o procuram, quando surge uma emergência. Isso prejudica muito o próprio consumidor. Releia-o, sempre que possível.

2º Converse com os parentes próximos sobre o teor do plano e onde achar a documentação respectiva. É importante, de tempos em tempos, conversar com os parentes próximos sobre o seu plano de saúde e sempre deixar claro onde todos os documentos relativos a ele (contrato, aditivos, recibos, em especial) estão guardados. Se ocorrer uma emergência, pode ser que as pessoas não saibam se existe um plano contratado, e se existe, quais são as suas restrições etc. Pode ser que eventualmente uma mensagem sobre atraso no pagamento de mensalidades seja enviada e conferir os recibos dos pagamentos anteriores não é só recomendado, como deve ser feito imediatamente. Se algum beneficiário mora em outra cidade, deixe uma cópia do contrato com ele também.

3º Conheça o site da ANS e leia todas as matérias sobre planos de saúde que lhe interessem. O site da ANS não foi criado somente para as pessoas que militam na área da saúde e do direito; ele foi criado para toda a população. É importante que você o visite regularmente e verifique as questões que estão sendo discutidas lá, pois elas podem afetar diretamente a sua vida. Leia, em sites confiáveis, casos de pessoas que tiveram problemas com planos de saúde e o que fizeram para ter uma resolução administrativa ou judicial.

4º Informação. É um direito do consumidor ter informação adequada, clara e precisa quanto a serviços contratados. Exija isso quando for ser atendido por um plano. Caso você verifique que o atendente não tem conhecimento, ou não que ele domina o assunto, peça para conversar com o supervisor. Atenderam mal, reclame na Ouvidoria do próprio plano ou no site da ANS.

Atendimento Presencial.  É garantido o atendimento não discriminatório nas condições de acesso, observando as prioridades de atendimento – pessoas com deficiência, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas com crianças no colo.  Evite ser atendido sozinho. Se possível, vá acompanhado de uma pessoa assertiva e equilibrada. Ela poderá fazer a diferença como mediadora em uma situação ou até servir de testemunha em caso de alguma falha na prestação do serviço. Trate todas as pessoas do plano com educação e lembre que eles estão ali empenhados em tentar lhe ajudar. Caso haja alguma insatisfação, tome as providências que entender adequadas, mas evite agir no nervosismo.

6º Protocolo. Todo consumidor tem o direito ao fornecimento de um número de protocolo ao ser atendido. Seja precavido. Tenha um papel em branco e uma caneta ao ligar para o plano. Anote horário, nomes de pessoas e respostas, para formar progressivamente uma melhor sua avaliação sobre a qualidade do atendimento. Consulte imediatamente na internet algum documento que for citado no atendimento e o estude com cuidado. Se tiver dificuldade de entendê-lo, imprima e peça ajuda, se for o caso.

7º Prazos de respostas para solicitação de procedimentos e serviços.   Em caso de urgência e emergência, a resposta deve ser imediata. Quando não o for possível, deve ser feita em até 5 dias úteis. Sobre alta complexidade ou internação eletiva, o prazo é de até 10 dias.

Negativa de autorização. Aqui é um dos grandes problemas enfrentados também pelos usuários do SUS. Os planos dificultavam muito o fornecimento da negativa, para atrapalhar o ajuizamento de uma ação judicial. A negativa não significa que o consumidor vá ajuizar uma ação, mas é importante para se provar que um direito está sendo lesado. A operadora deve informar detalhadamente, em linguagem clara e adequada, o motivo da negativa da autorização, apontando a cláusula contratual ou dispositivo legal que o justifique.  Dessa negativa, cabe um tipo de recurso (reanálise) para a própria Ouvidoria da operadora. 

9º Disponibilização dos dados sobre o atendimento. O consumidor poderá requerer que as informações prestadas sejam encaminhadas por correspondências ou meio eletrônico, no prazo de 24 horas. Caso solicite, o beneficiário do atendimento poderá ter acesso ao seu registro em até 72 horas do seu pedido. Os dados do atendimento deverão ser guardados pelo prazo de 90 dias e disponibilizados ao consumidor em meio impresso ou eletrônico. 

10º ANS. Caso tenha passado por uma situação de mau atendimento, não deixe de apresentar reclamação na ouvidoria da própria operadora, que terá possibilidade de reavaliar sua atuação e diminuir problemas futuros em situações semelhantes. Outra porta para reclamações é o site da ANS, que poderá ser acionado também, caso o consumidor sinta que seja necessário. Em caso mais graves, um bom advogado poderá ser consultado para uma orientação completa sobre eventual ajuizamento de ação judicial. 



Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos". www.educacaofinanceiraparatodos.com

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