|
|
A cada ano, aproximadamente 14% dos
pacientes internados no Brasil contraem algum tipo de infecção hospitalar, e
cerca 100 mil pessoas morrem em decorrência das infecções. Estudos conduzidos
por médicos indicam que nas unidades de terapia intensiva, 62% dos pacientes
internados apresentam algum tipo de infecção, que ocorrem muito também em
unidades de parto, por conta do alto número de operações cesarianas. O alto
índice de infecções hospitalares no Brasil causa também prejuízos ao sistema
de saúde acarretando tratamentos mais demorados e custosos. A Campanha Parceiros da Saúde - que tem o seu lançamento na Feira Hospitalar 2016, que acontece de 17 a 20 de maio no Expo Center Norte (São Paulo/SP) - surge para conscientizar as pessoas, sejam profissionais da saúde ou não, sobre os perigos da infecção hospitalar e como ajudar a prevenir. “É um problema universal. Precisamos lembrar sempre, tanto profissionais da saúde quanto usuários do sistema da importância da higienização das mãos e do ambiente”, afirma o porta-voz da campanha, doutor professor Manoel Jacobsen*, neurocirurgião do Hospital Sírio Libanês e professor de neurocirurgia da Faculdade de Medicina da USP. Segundo ele, cerca de dez anos atrás, com o surgimento das superbactérias – e das superinfecções – a comunidade científica teve sua atenção despertada novamente para este problema. “Medidas de prevenção são fundamentais. Todos os hospitais e pessoas que os frequentam devem estar cientes disso”, declara Jacobsen. Para o cirurgião plástico Paul Glat*, do Hospital Saint Christopher, na Filadélfia (EUA), que lida com feridos por queimaduras no seu dia-a-dia e que estará no estande da Parceiros da Saúde na Feira Hospitalar 2016 no dia 19 de maio para uma palestra, a educação para prevenção a infecções é fundamental. “A educação de trabalhadores e gestores da saúde é o caminho para diminuir infecções hospitalares, além de campanhas por higienização das mãos e ambiente. Também é preciso monitorar os indicadores dos vários tipos de infecções, com atenção para situações epidêmicas”, afirma o médico. Glat falará sobre a abordagem para diversos tipos de infecções hospitalares. O estudo das infecções hospitalares teve início muito antes da descoberta dos microrganismos quando o médico húngaro Ignaz Semmelweis concedeu a ‘partículas estranhas’ a responsabilidade pelas mortes de mulheres no período de puérpera. Mesmo diante de muitas críticas e rejeições por parte de seus colegas médicos, Semmelweis instituiu um sistema de desinfecção em sua unidade de saúde que consistia da fervura instrumental e na obrigatoriedade de todos os médicos e estudantes lavarem as mãos em uma solução de ácido clorídrico antes de entrar na sala de parto. Com essas duas medidas simples, Semmelweis reduziu em 83% a mortalidade das parturientes (PUCCINI, 2011). Parceiros da Saúde propõe que as pessoas disseminem a importância da correta higienização das mãos, sobretudo quando em ambiente hospitalar. “É um problema sério que deve ser abordado de maneira preventiva”, conta o coordenador da campanha, Carlos Paris. A campanha terá palestras em hospitais e instituições de ensino, eventos em escolas, empresas e universidades, ações na internet e redes sociais e um intenso trabalho de conscientização junto a profissionais da medicina e usuários do sistema. A Organização Mundial da Saúde mantém uma ação de conscientização para o problema chamada “Salve Vidas, Mantenha as Mãos Limpas”. Um estudo feito pela entidade em Uganda mostrou que ações de conscientização sobre a importância da higienização das mãos e ambientes hospitalares implementadas foram capazes de reduzir pela metade a quantidade de infecções em 650 pacientes de cirurgias no hospital Kisiizi, resultando em tempo menor de internação e economia de recursos. Para contribuir com a diminuição da infecção hospitalar no Brasil, pessoas podem contar suas histórias e melhores práticas para conscientizar sobre os benefícios de ter mão limpas e ambientes higienizados no site www.somosparceirosdasaude.com ou no Facebook: www.facebook.com/parceirosdasaude Parceiros da Saúde está presente na Feira Hospitalar 2016, no Pavilhão Azul, rua J/K 15/22, do Expo Center Norte, com um estande para palestras de médicos e enfermeiros sobre temas ligados a infecções hospitalares. Programação: Dias 18 e 20 de maio 13h e 16h Tecnologias em tratamento de feridas para redução de custos hospitalares Dra. Mara Blanck, Universidade Estácio de Sá, RJ, e Rede Internacional de Feridas; e Dra. Eliane Amádio, ZionSaúde 14h e 17h Soluções para melhoria no serviço hospitalar e redução de custos em casos de infecções hospitalares Dra. Luciana Reis Guastelli, Hospital São Joaquim da Beneficiência Portuguesa, SP 15h e 18h Cuidando da pele e preservando os cuidados Dras. Mara Blanck, Universidade Estácio de Sá, RJ, e Rede Internacional de Feridas Dia 19 de maio 13h e 14h40 Prevenção à Infecção Hospitalar nos EUA Dr. Paul Glat, Hospital Saint Christopher, Filadélfia, EUA 13h50 e 15h30 Soluções para melhoria no serviço hospitalar e redução de custos em casos de infecções hospitalares Dra. Luciana Reis Guastelli, Hospital São Joaquim da Beneficiência Portuguesa, SP. *O doutor Manoel Jacobsen e os palestrantes estão disponíveis para atender a imprensa. Parceiros da Saúde é uma idealização das empresas JC Pharma, DMC e ADV. A JC Pharma é uma empresa do JC GroupBrazil, que atua no mercado farmacêutico, hospitalar e de produtos para a saúde. Nascida em 1997, a JC Pharma sempre teve em seu DNA a inovação e o desejo de oferecer soluções ao mercado. Hoje já consolidada nacionalmente e internacionalmente com escritórios nos Estados Unidos e Chile. A DMC atua na área médica, estética, odontológica, veterinária e industrial . Presente no Brasil e nos Estados Unidos, a DMC Equipamentos Ltda. foi fundada em 1998, na cidade paulista de São Carlos, um dos maiores polos de alta tecnologia do País e desde a sua origem teve como propósito desenvolver constantemente novas tecnologias para a saúde bucal. Fundada no ano de 1955, a ADV possui sede própria, numa área fabril de 8 mil metros quadrados, onde passou a contar com divisões de produtos farmacêuticos e cosméticos, com modernas instalações, máquinas automatizadas e profissionais altamente qualificados. A ADV investe constantemente em novos equipamentos e tecnologia, está sempre aprimorando suas fórmulas, desenvolvendo novos produtos e embalagens diferenciados. Feira Hospitalar 2016 Pavilhão Azul, rua J/K 15/22, - Expo Center Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme - São Paulo/SP – CEP 02055-000 |
Pesquisar no Blog
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Campanha busca reduzir infecção hospitalar, que mata mais de 100 mil por ano no Brasil
Desemprego: os impasses da pensão alimentícia
O
cenário econômico brasileiro desfavorável impactou diretamente o cotidiano das
famílias. Segundo dados do IBGE, o índice de desemprego no País
passou de 10%, sendo a taxa mais alta da série histórica com início em 2012.
Esse quadro também causa preocupação às pessoas que têm como
compromisso a pensão alimentícia dos filhos.
A
especialista em direito de família Regina Beatriz Tavares da Silva, presidente
da ADFAS (Associação Brasileira de Direito de Família e das
Sucessões), explica que aqueles que têm essas responsabilidades
podem solicitar a revisão da pensão alimentícia para não gerar dívidas e correr
o risco de prisão.
“A
pensão alimentícia pode ser diminuída, ou, a depender da gravidade da situação do
responsável, até mesmo pode ocorrer a exoneração, ou seja, a sua extinção. O
impasse pode ser resolvido por meio da ação revisional de pensão
alimentícia, com a alteração do valor, concedida pelo juiz. Sendo
assim, dentro das possibilidades e as necessidades que embasam e medem a
pensão, o beneficiado terá de rever seu padrão de vida, quando o alimentante
não puder mais arcar com os mesmos custos, como antes”, afirma a
especialista.
Com
isso, os pais que têm de pagar a pensão de alimentos devem, primeiramente,
tentar um acordo documentado. Caso seja impossível, devem buscar auxílio
da Justiça para garantir seus direitos segundo o novo Código de Processo
Civil.
Dra. Regina
Beatriz Tavares da Silva - Pós-Doutora
em Direito da Bioética pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa -
FDUL (2013). Doutora (1998) e Mestre (1990) em Direito Civil pela Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo - USP. Graduada em Direito pela
Universidade Presbiteriana Mackenzie (1979). Presidente e Fundadora da
Associação de Direito de Família e das Sucessões – ADFAS (www.adfas.org.br).
10 dicas para lidar com as novas regras em planos de saúde
Entraram em
vigor neste domingo, 15 de maio, as novas regras da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, sob a resolução 395, que obrigam os planos de saúde a
atenderem melhor os clientes. Para o consumidor, nada substitui a leitura
atenta dessa resolução dos planos de saúde. Mas, para facilitar o entendimento,
deixo aqui 10 sugestões para quem tem plano de saúde agir, com mais
objetividade, à luz dessa importante resolução da ANS.
1º Leia o
seu contrato de plano de saúde de tempos em tempos. Isso é muito importante para os
consumidores saberem exatamente o que contrataram e evitar expectativas
irrealizáveis, no caso de acionarem o plano de saúde. Na prática, as pessoas
assinam, guardam os contratos por meses ou anos e só o procuram, quando surge
uma emergência. Isso prejudica muito o próprio consumidor. Releia-o, sempre que
possível.
2º Converse
com os parentes próximos sobre o teor do plano e onde achar a documentação
respectiva. É
importante, de tempos em tempos, conversar com os parentes próximos sobre o seu
plano de saúde e sempre deixar claro onde todos os documentos relativos a ele
(contrato, aditivos, recibos, em especial) estão guardados. Se ocorrer uma
emergência, pode ser que as pessoas não saibam se existe um plano contratado, e
se existe, quais são as suas restrições etc. Pode ser que eventualmente uma
mensagem sobre atraso no pagamento de mensalidades seja enviada e conferir os
recibos dos pagamentos anteriores não é só recomendado, como deve ser feito
imediatamente. Se algum beneficiário mora em outra cidade, deixe uma cópia do
contrato com ele também.
3º Conheça
o site da ANS e leia todas as matérias sobre planos de saúde que lhe interessem. O site da ANS não foi criado somente
para as pessoas que militam na área da saúde e do direito; ele foi criado para
toda a população. É importante que você o visite regularmente e verifique as
questões que estão sendo discutidas lá, pois elas podem afetar diretamente a
sua vida. Leia, em sites confiáveis, casos de pessoas que tiveram problemas com
planos de saúde e o que fizeram para ter uma resolução administrativa ou
judicial.
4º Informação. É um direito do consumidor ter
informação adequada, clara e precisa quanto a serviços contratados. Exija isso
quando for ser atendido por um plano. Caso você verifique que o atendente não
tem conhecimento, ou não que ele domina o assunto, peça para conversar com o
supervisor. Atenderam mal, reclame na Ouvidoria do próprio plano ou no site da
ANS.
5º Atendimento Presencial. É
garantido o atendimento não discriminatório nas condições de acesso, observando
as prioridades de atendimento – pessoas com deficiência, idosos, gestantes,
lactantes e pessoas acompanhadas com crianças no colo. Evite ser atendido
sozinho. Se possível, vá acompanhado de uma pessoa assertiva e equilibrada. Ela
poderá fazer a diferença como mediadora em uma situação ou até servir de
testemunha em caso de alguma falha na prestação do serviço. Trate todas as
pessoas do plano com educação e lembre que eles estão ali empenhados em tentar
lhe ajudar. Caso haja alguma insatisfação, tome as providências que entender
adequadas, mas evite agir no nervosismo.
6º
Protocolo. Todo
consumidor tem o direito ao fornecimento de um número de protocolo ao ser
atendido. Seja precavido. Tenha um papel em branco e uma caneta ao ligar para o
plano. Anote horário, nomes de pessoas e respostas, para formar progressivamente
uma melhor sua avaliação sobre a qualidade do atendimento. Consulte
imediatamente na internet algum documento que for citado no atendimento e o
estude com cuidado. Se tiver dificuldade de entendê-lo, imprima e peça ajuda,
se for o caso.
7º Prazos
de respostas para solicitação de procedimentos e serviços. Em caso de urgência e
emergência, a resposta deve ser imediata. Quando não o for possível, deve ser
feita em até 5 dias úteis. Sobre alta complexidade ou internação eletiva, o
prazo é de até 10 dias.
8º Negativa de autorização. Aqui é
um dos grandes problemas enfrentados também pelos usuários do SUS. Os planos
dificultavam muito o fornecimento da negativa, para atrapalhar o ajuizamento de
uma ação judicial. A negativa não significa que o consumidor vá ajuizar uma
ação, mas é importante para se provar que um direito está sendo lesado. A
operadora deve informar detalhadamente, em linguagem clara e adequada, o motivo
da negativa da autorização, apontando a cláusula contratual ou dispositivo legal
que o justifique. Dessa negativa, cabe um tipo de recurso (reanálise)
para a própria Ouvidoria da operadora.
9º
Disponibilização dos dados sobre o atendimento. O consumidor poderá requerer que as
informações prestadas sejam encaminhadas por correspondências ou meio
eletrônico, no prazo de 24 horas. Caso solicite, o beneficiário do atendimento
poderá ter acesso ao seu registro em até 72 horas do seu pedido. Os dados do
atendimento deverão ser guardados pelo prazo de 90 dias e disponibilizados ao
consumidor em meio impresso ou eletrônico.
10º ANS. Caso tenha passado por uma
situação de mau atendimento, não deixe de apresentar reclamação na ouvidoria da
própria operadora, que terá possibilidade de reavaliar sua atuação e diminuir
problemas futuros em situações semelhantes. Outra porta para reclamações é o
site da ANS, que poderá ser acionado também, caso o consumidor sinta que seja
necessário. Em caso mais graves, um bom advogado poderá ser consultado para uma
orientação completa sobre eventual ajuizamento de ação judicial.
Lélio Braga
Calhau - Promotor de
Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado
em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela
UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para
Todos". www.educacaofinanceiraparatodos.com
Assinar:
Postagens (Atom)
Posts mais acessados
-
O uso exagerado de aparelhos eletrônicos e a falta de sono já são considerados marcas registradas das novas gerações. Mas será que ambo...
-
Nova linha combina a tecnologia patenteada Enerjuve ™, ingredientes botânicos e fragrâncias exclusivas A Amway, maior empresa ...
-
Desafio 1- Inclua 12 minutos de exercícios físicos na sua rotina Muita gente acredita que deve entrar na nova rotina saudável &...
-
As empresas devem dar primordial atenção e cuidado no oferecimento de um ambiente de trabalho saudável para os seus empregados, sob pena de ...
-
Especialista lista medidas que podem ser tomadas para combate-la É interessante como essa síndrome acontece cada vez mais com os...