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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Sociedade Brasileira de dermatologia alerta sobre Herpes Zoster: Diferenças, vacinação e efeitos colaterais

Especialista esclarece a eficácia e a importância da vacinação para grupos de risco 


Em um contexto de crescente preocupação com as doenças virais, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) discute as diferenças entre herpes zoster e herpes simples. O objetivo da entidade é enfatizar a relevância de entender essas condições para promover a prevenção e o tratamento adequado.

"Herpes simples (HS) e herpes zoster (HZ) são doenças causadas por vírus da mesma família, mas de espécies diferentes, o Herpes Simples Vírus (HSV) e o Vírus Varicela Zoster (VVZ). A principal diferença é que, nos indivíduos imunocompetentes, o HSV causa uma doença localizada, enquanto o VVZ causa uma doença sistêmica”, explica o médico dermatologista da SBD André Beber.

Segundo ele, o herpes simples frequentemente causa recidivas, principalmente na região oral ou genital, enquanto o herpes zoster, que surge após uma infecção inicial de varicela, se manifesta em lesões dolorosas, geralmente na pele do rosto, onde é mais grave, e na região das costas. "Hoje sabemos que uma a cada três pessoas que chegam aos 80 anos terão HZ, e essa estatística está aumentando devido a várias condições de saúde”, conta o médico.
 

Vacinação contra Herpes Zoster  

A vacinação é considerada uma ferramenta crucial na prevenção do herpes zoster. De acordo com o Dr. Andre Beber, a imunização utiliza apenas uma fração proteica recombinante do Vírus Varicela Zoster, associada a um adjuvante, que potencializa a resposta imunológica. 

“A vacina é segura, mesmo para imunocomprometidos, e tem uma eficácia superior a 90% em pessoas com mais de 50 anos. É recomendada para todas as pessoas com essa idade ou mais. Para adultos entre 18 e 49 anos, é indicada para aqueles com risco aumentado de desenvolver Herpez Zoster. "Vale ressaltar que a vacinação deve ocorrer, preferencialmente, antes de tratamentos que possam causar imunossupressão”, afirma Beber. 

Os efeitos colaterais mais frequentes são leves e transitórios, como dor no local da injeção, cefaleia e dores musculares. Já o herpes zoster pode resultar em dor intensa e cicatrizes, além do risco da neuralgia pós-herpética, que pode causar dor persiste por anos, após a cura do herpes zoster. 

No Brasil, as vacinas não são encontradas na rede pública de saúde, mas já existem projetos de lei em discussão na Câmara dos Deputados para que seja incorporada ao calendário nacional. 

“É evidente a importância da conscientização sobre o herpes zoster e a vacinação como medidas preventivas eficazes para proteger a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis”, conclui Dr. Andre Beber. 

Para saber mais sobre essa e outras doenças, além de uma rotina adequada de cuidados com a pele, cabelos e unhas acesse as redes sociais @dermatologiasbd e o site www.sbd.org.br. Se informe e encontre um especialista associado à SBD na sua região.


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