Especialista esclarece a eficácia e a importância
da vacinação para grupos de risco
Em um contexto de crescente preocupação com as doenças virais, a Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) discute as diferenças entre herpes zoster e
herpes simples. O objetivo da entidade é enfatizar a relevância de entender
essas condições para promover a prevenção e o tratamento adequado.
"Herpes simples (HS) e herpes zoster (HZ) são doenças causadas por vírus da mesma família, mas de espécies diferentes, o Herpes Simples Vírus (HSV) e o Vírus Varicela Zoster (VVZ). A principal diferença é que, nos indivíduos imunocompetentes, o HSV causa uma doença localizada, enquanto o VVZ causa uma doença sistêmica”, explica o médico dermatologista da SBD André Beber.
Segundo ele, o herpes simples frequentemente causa recidivas, principalmente na
região oral ou genital, enquanto o herpes zoster, que surge após uma infecção
inicial de varicela, se manifesta em lesões dolorosas, geralmente na pele do
rosto, onde é mais grave, e na região das costas. "Hoje sabemos que uma a
cada três pessoas que chegam aos 80 anos terão HZ, e essa estatística está
aumentando devido a várias condições de saúde”, conta o médico.
Vacinação
contra Herpes Zoster
A vacinação é
considerada uma ferramenta crucial na prevenção do herpes zoster. De acordo com
o Dr. Andre Beber, a imunização utiliza apenas uma fração proteica recombinante
do Vírus Varicela Zoster, associada a um adjuvante, que potencializa a resposta
imunológica.
“A vacina é
segura, mesmo para imunocomprometidos, e tem uma eficácia superior a 90% em
pessoas com mais de 50 anos. É recomendada para todas as pessoas com essa idade
ou mais. Para adultos entre 18 e 49 anos, é indicada para aqueles com risco
aumentado de desenvolver Herpez Zoster. "Vale ressaltar que a vacinação
deve ocorrer, preferencialmente, antes de tratamentos que possam causar
imunossupressão”, afirma Beber.
Os efeitos
colaterais mais frequentes são leves e transitórios, como dor no local da
injeção, cefaleia e dores musculares. Já o herpes zoster pode resultar em dor
intensa e cicatrizes, além do risco da neuralgia pós-herpética, que pode causar
dor persiste por anos, após a cura do herpes zoster.
No Brasil, as
vacinas não são encontradas na rede pública de saúde, mas já existem projetos
de lei em discussão na Câmara dos Deputados para que seja incorporada ao
calendário nacional.
“É evidente a importância da conscientização sobre o herpes zoster e a vacinação como medidas preventivas eficazes para proteger a saúde, especialmente entre os grupos mais vulneráveis”, conclui Dr. Andre Beber.
Para saber mais sobre essa e outras doenças, além de uma rotina adequada de cuidados com a pele, cabelos e unhas acesse as redes sociais @dermatologiasbd e o site www.sbd.org.br. Se informe e encontre um especialista associado à SBD na sua região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário