Alimentação equilibrada, exercícios físicos, ingestão de vitaminas, menos
estresse e mais qualidade de vida são atitudes favoráveis, de acordo com o
ginecologista e especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque
Alguns hábitos rotineiros, como alimentação saudável,
atividades físicas, ingestão de vitaminas, menos estresse e mais qualidade de
vida, colaboram para a fertilidade dos pacientes. O ginecologista e
especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da
Fertivitro, relaciona 10 dicas de como é possível estimular a fertilidade
feminina e masculina de forma natural e simples, apenas com a mudança de atitudes.
1- Alimentação equilibrada Alimentos ricos em Ômega 3 como os peixes,
proteínas, grãos (vitamina E), legumes e frutas são indicados, pois podem
melhorar a qualidade do espermatozoide. Já as dietas ricas em carne vermelha e
carboidratos refinados prejudicam a capacidade de movimentação dos
espermatozoides. Homens que ingerem gorduras trans apresentam diminuição na
quantidade de espermatozoides encontrados no sêmen.
Sugere-se
evitar carne bovina mal passada, peixe cru e alimentos que não estão bem lavados,
por transmitirem a toxoplasmose, entre outras doenças, principalmente, para as
mulheres. “Alimentos afrodisíacos, como amendoim, não estimulam a fertilidade,
isso é mito. Da mesma forma que comer abacaxi, gelatina e inhame e tomar
suplementos de A a Z não interferem na fertilidade”, alerta Dr. Luiz.
2- Vitaminas A administração de vitaminas e oligoelementos
(microminerais) podem ajudar de uma forma racional e econômica na luta contra a
infertilidade, antes de iniciar um tratamento médico. Alguns antioxidantes,
vitaminas e minerais ajudam na fertilidade feminina e masculina.
Vitamina C: tem sido associada com a melhora da
qualidade do esperma e fragmentação de DNA, auxiliando a reduzir as chances de
aborto.
Vitamina D: é necessária para ajudar o corpo a
produzir os hormônios sexuais responsáveis pela ovulação. Além disso, quando
diminuída esta associada a falhas de implantação do embrião.
Vitamina E: estudos demonstram que a vitamina E
melhora a qualidade dos espermatozoides. Ela também é um antioxidante
importante para neutralizar os radicais livres, ajuda a proteger o esperma,
auxilia na fertilização e na integridade do DNA do óvulo.
3- Exercícios físicos
Atividade física realizada de forma moderada evita a obesidade e,
consequentemente, pode evitar a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), a qual
geralmente prejudica a ovulação.
4- Qualidade de vida Diminuir o ritmo de trabalho e aumentar as
atividades físicas ou de lazer, que aliviam o estresse, impactam na saúde física
e mental.
5- NÃO ao Bisfenol A O
Bisfenol A é encontrado em plásticos e resinas, pesticidas e herbicidas usados
na lavoura. Inadvertidamente ingeridos alteram o sistema endócrino, modificando
o sistema hormonal do organismo, gerando prejuízos irreversíveis à fertilidade,
tais como: aborto, diminuição da qualidade e quantidade de espermatozoides,
Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e aumento da incidência de câncer de
ovário e endométrio, segundo alguns estudos.
6- Idade da mulher Uma
das principais recomendações é para que a mulher não deixe para tentar uma
gravidez após os 35 anos, porque há uma queda na qualidade e número de óvulos.
Além da dificuldade de uma gravidez, as taxas de aborto são maiores nessa
idade, em decorrência de alterações cromossômicas no embrião formado.
7- Evite álcool e drogas
Evite o consumo de cigarros, bebidas alcoólicas, substâncias químicas e
hormônios masculinos, porque são contraindicados para quem pretende ter um
filho.
8- Prevenção de DST A relação
sexual deve ser praticada sempre com o uso de preservativo para não contrair
Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), quando não há intenção de gestação.
9- Obesidade Excesso de
peso pode diminuir a fertilidade do homem e da mulher. O desequilíbrio hormonal
pode causar Síndrome do Ovário Policístico (SOP), ciclos menstruais
irregulares, anovulação (diminuição ou parada da ovulação) e poucas chances de
gestação. “Mas não é preciso exagerar nas dietas e nos exercícios físicos,
porque tudo em excesso pode ser prejudicial”, aconselha o especialista da
Fertivitro.
10- Exposição a metais pesados
Exposição a metais pesados como o cobre, chumbo, mercúrio, cádmio, arsênico,
níquel, ouro, entre outros, afetam a fertilidade. Essas substâncias químicas
são nocivas ao organismo porque podem causar aborto, malformações fetais, parto
prematuro; danificam a placenta, os óvulos e espermatozoides e afetam os
ovários e testículos.
Dr. Luiz
Eduardo Albuquerque - diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista
especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e
pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro
(RJ), possui o TEGO - Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia,
certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia
e Obstetrícia). Em seu currículo internacional destacam-se: título de
especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em
Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine
(ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human
Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica. O
profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de
Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP),
durante os anos de 2001 a 2003. Foi médico do setor de Reprodução Humana da
UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.
Fertivitro