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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

Será que meu filho precisa usar óculos?

Quais são os sinais que evidenciam uma condição suspeita na visão? Que tipos de doenças podem acometer crianças? Existem óculos especiais para crianças? Oftalmologista explica tudo sobre questões oftalmológicas infantis

 

Volta às aulas e os períodos letivos entram em suas fases mais intensas e as crianças voltam à rotina de leituras e escritas por tempo prolongado. Será que está tudo bem com a visão dos pequenos? A Dra. Claudia de Paula Faria, Oftalmologista especialista em estrabismo do Hospital Albert Einstein, faz um panorama das possíveis doenças oftalmológicas em crianças e ainda dá dicas de quais óculos são melhores de acordo com a necessidade.

 

Quais problemas de visão podem gerar a necessidade de óculos? 

O universo de diagnósticos é vasto, segundo a médica, mas, no geral, ela resume que uma criança precisará de óculos para: 

  • Enxergar melhor: crianças míopes, por exemplo, não enxergam bem de longe;
  • Fortalecer a visão em olhos fracos ou amblíopes (preguiçosos). O uso dos óculos permite o desenvolvimento da visão normalmente se usado corretamente até os 8 anos de idade;
  • Melhorar a posição dos olhos (olhos desalinhados, com estrabismo). O uso dos óculos pode ser o único tratamento para alguns tipos de estrabismo;
  • Fornecer proteção, se eles tiverem visão deficiente em um olho. É indicado óculos de proteção para prática de esportes, por exemplo, para crianças que enxerguem com um olho só.

 

Como detectar que a criança tem alguma deficiência na visão? 

Segundo a Dra. Claudia, alguns comportamentos podem indicar aos pais que a criança está com dificuldades para enxergar: 

  • Apertar os olhos. "Pode ser um sinal de que seu filho tem um erro de refração. Ao apertar os olhos, ele pode melhorar temporariamente o foco e a clareza de um objeto", explica;
  • Inclinar a cabeça ou cobrir um olho. "Isto pode ser uma indicação de que os olhos estão desalinhados ou que a criança tem ambliopia, também conhecida como olho preguiçoso, que é uma das doenças oculares mais comuns em crianças", alerta a médica;
  • Sentar-se muito perto da televisão. Também vale para segurar dispositivos portáteis muito perto dos olhos. Segundo a Dra. Claudia, pessoas com miopia têm visão clara de perto e visão pior à distância, por isso, vão buscar aproximar o objeto para tornar a imagem maior e mais nítida;
  • Esfregar os olhos excessivamente. "Pode indicar que seu filho está sentindo fadiga ou cansaço visual. Isto pode ser um sinal de muitos tipos de problemas e condições de visão, incluindo conjuntivite alérgica", cogita a oftalmologista;
  • Reclamar de dores de cabeça ou nos olhos. Segundo a médica, principalmente no final do dia, a criança pode estar forçando demais os olhos em um esforço para aumentar o foco da visão embaçada;
  • Ter dificuldade em se concentrar nos trabalhos escolares.

 

Procedimentos junto ao oftalmologista 

Identificados os comportamentos que mostram o desconforto da criança, os responsáveis devem levá-la ao oftalmologista para entender se será necessário usar óculos. "Faz-se, então, um exame oftalmológico completo, que envolve colírios para dilatar as pupilas e relaxar os músculos da acomodação, a fim de obter as medidas precisas do grau. Há um instrumento especial chamado retinoscópio, que ajuda o oftalmologista a encontrar a prescrição correta dos óculos. Com base nos resultados do exame, o médico dirá aos pais se será necessário óculos ou não", explica a médica. 

Uma vez que se constata a necessidade dos óculos, os responsáveis devem checar com o oftalmologista se os óculos devem ser usados o tempo todo ou apenas para atividades específicas, como durante a escola. "Embora algumas crianças possam adorar usar óculos imediatamente, outras podem precisar se adaptar. Por isso, é muito importante que os pais mantenham uma atitude positiva e incentivem os filhos a usar os óculos. Se a criança persistir com queixa após algumas semanas, o oftalmologista pode precisar verificar novamente a prescrição", orienta a Dra. Claudia.

 

Os efeitos dos óculos na visão 

É comum que surjam dúvidas sobre se os óculos ajudam a diminuir o grau ao longo do tempo, ou que efeitos podem provocar. Dra. Claudia já adianta que o uso dos óculos não tem a capacidade de diminuir nem aumentar o grau ao passar do tempo. "O uso de óculos também não piora a visão da criança e não a torna mais dependente dos óculos", complementa. Além disso, ela alerta que não usar os óculos prescritos pode gerar problemas no desenvolvimento normal da visão e levar à perda visual permanente (ambliopia).

 

Quais óculos escolher para uma criança? 

"O ideal é procurar óticas que tenham, além de uma boa seleção de armações infantis, experiência em atender crianças. Se a armação e as lentes não estiverem ajustadas corretamente, tentar fazer uma criança usar os óculos pode ser ainda mais difícil", indica a especialista. 

Ela conta que o tamanho da armação é muito importante, já que os olhos devem estar no centro das lentes. Além disso, os óculos não devem tocar as bochechas ou os cílios. "E para evitar que os óculos deslizem pelo nariz, pode ser indicado usar uma tira atrás da cabeça ou uma haste atrás da orelha", sugere. 

Quanto às armações, a Dra. Claudia orienta que elas devem ser leves e, se possível, priorizar as flexíveis, pois são mais seguras para as crianças e mais resistentes. "É importante lembrar que as crianças, principalmente com altas ametropias, devem ter sempre óculos reserva à mão", alerta a médica, ao recomendar: "Os óculos devem ser confortáveis a ponto de a criança esquecer que está usando". 

Já as lentes, segundo a oftalmologista, devem ser de policarbonato, pois oferecem maior proteção, são mais resistentes (inquebráveis) e leves. "As lentes devem, ainda, ter proteção contra raios ultravioleta", diz a Dra. Claudia.

 

Efeitos da luz azul: fato ou boato? 

"Não há evidências científicas de que a luz proveniente das telas dos computadores seja prejudicial aos olhos. A Academia Americana de Oftalmologia não recomenda nenhum óculos especial para uso no computador", explica a médica, ao comentar sobre o surgimento de óculos que afirmam filtrar a luz azul de computadores, smartphones e tablets.

 

Dra. Claudia Faria Oftalmologista - CRM 104.991 | RQE 120756. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA); Residência Médica em Oftalmologia na mesma instituição; Título de Especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia em 2005; Curso de Oftalmologia “Dr Guillermo Pico Santiago” em Porto Rico (E.U.A.), pela Associação Panamericana de Oftalmologia em 2005; Estágio de plástica ocular na Universidade Federal de São Paulo / UNIFESP em 2006 e 2007; Fellow em Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo pela Wright Foundation / Cedars Sinai Medical Center em 2008, em Los Angeles, Estados Unidos. O Dr Wright é um dos mais importantes e respeitados especialistas em estrabismo de todo o mundo. A Dra. Claudia é a única médica Brasileira que foi treinada pelo Dr Wright. Foi médica colaboradora do Setor de Estrabismo do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP / Hospital São Paulo e orientava ambulatórios naquela instituição de maneira voluntária. Esteve por 6 meses no ano de 2016 acompanhando o setor de plástica ocular do Rigshospitalet, em Copenhague na Dinamarca.

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

Tráfego flui normalmente no SAI

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo na tarde desta segunda-feira (3). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Interdição na Raposo Tavares (SP-270) devido a alagamento, no km 77+800 nos dois sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), há  lentidão do km 17+500 ao km 17 no sentido capital, no sentido interior, tráfego é lento do km 22 ao km 24.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor registra tráfego lentidão do km 22 ao km 16 no sentido capital, sentido interior o tráfego flui normalmente. 

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


Matrículas devem ser feitas ainda nesta semana, com datas definidas pela USP, Unesp, Unicamp e Fatec


A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) liberou às 14h desta segunda-feira (3) a terceira e última chamada unificada do Provão Paulista Seriado 2025 com vagas para os cursos superiores no primeiro semestre na USP (Universidade de São Paulo), Unesp (Universidade Estadual Paulista), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia do Estado de São Paulo). 


Os resultados estão disponíveis no portal do Provão Paulista. A divulgação da aprovação é individual e cada estudante pode verificar sua situação no portal https://provaopaulistaseriado.vunesp.com.br/

 

Cada participante deve acessar a área do estudante para verificar a sua aprovação no curso escolhido. Os alunos que concluíram a 3ª série nas redes estaduais e municipais de SP devem acessar o portal com nome e RA (registro do aluno). Alunos de outras redes devem fornecer nome e CPF. 

 

Matrículas


Como prevê o edital, a Educação divulgou três chamadas unificadas, ou seja, com a nota e opções determinadas pelos estudantes. 

 

Cada instituição de ensino superior tem o próprio cronograma, além de regras para o processo de matrícula. As regras de cada universidade estão disponíveis no Portal do Provão Paulista.


É preciso que o estudante se atente a todas as regras de cada universidade e das Fatecs publicadas na Instrução Normativa para Matrículas de cada instituição.

 

Após as três chamadas unificadas - a desta segunda-feira (3) é a última —, as instituições conveniadas no Provão Paulista Seriado também poderão, se houver necessidade, divulgar listas de chamadas posteriores às organizadas pela Seduc-SP e divulgadas no portal oficial.

 

Quer começar uma startup do zero? Programa do Sebrae-SP tem 10 mil vagas abertas

Spark é voltado para universitários que precisam de apoio para tirar projeto ou ideia do papel

 

Um projeto acadêmico ou uma simples ideia pode ter um potencial de escala? É o que o Spark, programa do Sebrae-SP pretende mostrar para universitários interessados em criar uma startup de sucesso. O programa está com 10 mil vagas abertas em todo o Estado de São Paulo e as inscrições são gratuitas até o dia 31 de março no Link. 

O programa é promovido pelo Sebrae for Startups, iniciativa do Sebrae-SP dedicada ao apoio às startups paulistas, e tem como objetivo demostrar para o mercado o potencial da academia na geração e desenvolvimento de inovação de tecnologia, engajando alunos para que se tornem empreendedores, por meio de capacitações, eventos de imersões e experiências inspiradoras. 

“A proposta é mostrar para o aluno, dentro do ambiente acadêmico, se o que ele está estudando e desenvolvendo envolve um problema real. Os especialistas auxiliam na análise de mercado e na verificação de um cenário promissor para o lançamento da startup”, explica Alessandra Ruchet, gestora do Spark. 

No ano passado, o programa contou com mais de mil participantes de 180 cidades, além da colaboração de 200 instituições de ensino para atração de alunos interessados em desenvolver um negócio tecnológico ou tirar o estudo científico do papel. Durante o período de inscrição, o Sebrae-SP realizará palestras de empreendedorismo nas universidades para destacar o programa.

 

Jornada

O Spark é dividido em fases e começa com 10 mil vagas abertas. Na primeira parte, serão realizados workshops online para auxiliar o participante quanto a comportamentos empreendedores necessários, além do desenvolvimento do projeto, com assuntos como validação de negócio, cliente ideal, MVP (do inglês Minimum Viable Product ou Produto Mínimo Viável), construção desse MVP, marketing, ecossistema e fomento e pitch (apresentação rápida e objetiva). 

A segunda parte contempla uma série de atendimentos com especialistas de mercado, após a realização de um diagnóstico com os projetos participantes. Todas as pessoas apresentam um pitch a uma banca avaliadora e os melhores serão selecionados para o Bootcamp, evento realizado em São Paulo para networking, mentoria e palestras. Serão ao todo 60 projetos selecionados, sendo 30 da cidade de São Paulo e 30 projetos de cidades do interior paulista. O evento terá duração de três dias e as passagens e hospedagens para os participantes do interior são pagas pelo Sebrae-SP. 


BOLETIM DAS RODOVIAS

Ayrton Senna/Carvalho Pinto com lentidão nesta tarde


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta segunda-feira (3). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação 5x5 - Tráfego normal, sem congestionamento.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

Tráfego normal nos dois sentidos da Rodovia dos Bandeirantes (SP-348). Na Rodovia Anhanguera, sentido capital, há lentidão do km 12 ao km 11+360 nas pistas expressa e marginal. No sentido interior, o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Interdição na Raposo Tavares (SP-270) devido a alagamento, no km 77+800 em ambos os sentidos. Na Rodovia Castello Branco (SP-280), tráfego normal nos dois sentidos.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor apresenta lentidão do km 22 ao km 25 do sentido interior. Já o motorista que segue no sentido capital, encontra lentidão do km 28 ao km 15.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamento.


Dia da Mulher Médica: Anadem chama a atenção para os problemas que as profissionais enfrentam no dia a dia

 Salário desigual, questões de ansiedade e violência no local de trabalho são alguns dos principais

 

No Brasil, segundo dados da Demografia Médica divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2024, existem 575.930 médicos, sendo que 49,92% (287.457) são mulheres. Entre as especializações com maior representatividade feminina estão a Dermatologia, com 77,9%, seguida pela Pediatria, com 75,6%. Na sequência, estão Alergia e Imunologia e  Endocrinologia e Metabologia, ambas como 72,1%. Ginecologia e Obstetrícia Geriatria, Hematologia e Hemoterapia e Genética Médica têm, pelo menos, 60% de representatividade das mulheres. 

Para celebrar a presença e as conquistas do sexo feminino na medicina, hoje, dia 3 de fevereiro é comemorado o Dia da Mulher Médica, data em homenagem à Elizabeth Blackwell (1821-1910), que foi a primeira mulher médica nos Estados Unidos e em todo o mundo. Dez universidades rejeitaram sua solicitação até ser admitida no Geneva Medical College, em Nova Iorque, recebendo o diploma em janeiro de 1849. 

Já no Brasil a primeira médica foi Maria Augusta Generoso Estrela, nascida no Rio de Janeiro em 1860. Também encontrando dificuldade para cursar medicina no país, precisou ir para os Estados Unidos, onde concluiu o curso em 1879. Outra profissional de destaque foi Rita Lobato de Freitas, de São Pedro do Rio Grande (RS), a primeira médica a se formar em território brasileiro, em 1887. 

“O número de mulheres ingressando nos cursos de medicina no Brasil aumenta a cada ano e, daqui a alguns anos, certamente haverá mais médicas do que médicos. No entanto, um ponto que chama a atenção é a desigualdade em termos salariais. Mesmo com ajustes por especialidade e carga horária, as mulheres tendem a ganhar menos, e isso precisa ser revisto urgentemente”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal.

 

Atenção

Pesquisa realizada em 2024 pela Afya, hub de educação em saúde e healthtechs do Brasil, mostra que 40% dos médicos brasileiros apresentam quadro de transtorno mental. O estudo também revela que esses profissionais são afetados por ansiedade, depressão e burnout. Segundo a pesquisa, duas em cada três pessoas afetadas são mulheres, além de elas serem maioria entre os médicos com problemas nos três quadros de transtornos mentais. Outro ponto destacado é que 33,5% dos profissionais responderam que são diagnosticados com ansiedade. A depressão está em segundo lugar, com 22,1%, e o burnout aparece com 6,7% dos casos. 

De acordo com o especialista em Direito Médico, jornadas de longas horas e as formas de trabalho nem sempre favoráveis contribuem para esse esgotamento mental, além do fato de esses profissionais lidarem com diferentes problemas no dia a dia. “O paciente e seus familiares depositam a esperança de cura nas mãos dos médicos. Mas, infelizmente, nem sempre há o que se fazer e esse sentimento de ‘incapacidade’ também afeta o emocional do profissional, especialmente as mulheres”, comenta. 

Médicas também são vítimas de violência no local de trabalho. Um levantamento realizado pelo CFM mostra que entre 2013 e 2024 foram registrados 38 mil Boletins de Ocorrência (BOs) em todo o Brasil com relatos de médicos vítimas de ameaça, injúria, desacato, difamação e lesão corporal em hospitais, consultórios, clínicas, laboratórios, Unidades Básicas de Saúde (UBS), entre outros locais. Em 47% dos casos, as vítimas são mulheres. Há, ainda, registros de mortes suspeitas desses profissionais durante o plantão.

 

Medidas

Desde 2018, o CFM realiza ações em seu site e redes sociais, orientando os médicos sobre como agir em casos de ameaças ou agressões, incentivando-os a denunciar os abusos. No caso de ameaça, o profissional deve fazer um BO, informar, por escrito, às diretorias clínica e técnica do local onde trabalha sobre o fato e apresentar os dados dos envolvidos e das testemunhas.

No caso de agressão física, o médico precisa ir à delegacia mais próxima e registrar o BO presencialmente, pois será necessário fazer o exame de corpo de delito, além de apresentar os dados dos envolvidos e das testemunhas e comunicar às diretorias para que outro profissional assuma suas funções.

Recentemente, a deputada federal Dra. Mayra Pinheiro (PL-CE) criou o Projeto de Lei n.o 4002/2024, que requer que todo tipo de violência física praticada contra médicos e profissionais de saúde seja considerado crime hediondo. Na legislação brasileira, esse termo jurídico é utilizado para designar crimes que, pela sua gravidade e natureza, causam grande repulsa social, como homicídio qualificado, latrocínio e tráfico de drogas. 



Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética - Anadem
Para saber mais, clique aqui.


Reoneração da folha de pagamento: quais os impactos para o empresariado?

 

A partir de janeiro de 2025, as empresas brasileiras enfrentam um novo desafio tributário com o início da reoneração gradual da folha de pagamento. A medida marca o fim progressivo de um modelo que, desde 2011, permitiu a substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por alíquotas reduzidas sobre a receita bruta – em uma mudança que impactará, diretamente, o setor privado, elevando os custos trabalhistas e exigindo um ajuste na gestão financeira e estratégica das empresas.

Estabelecida pela Lei 14.973/2024, essa reoneração revoga os benefícios fiscais que eram permitidos pela desoneração da folha salarial.  Essencialmente, ela permitia a substituição do pagamento dos 20% de contribuição previdenciária patronal básica sobre a folha de pagamento por uma alíquota menor sobre sua receita bruta. Apesar de ter se tornado optativo às empresas que desejassem, seu cálculo acabava sendo demasiadamente complexo e suscetível a problemas de compliance.

Além disso, segundo um artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os setores que mais foram beneficiados pela desoneração não eram os maiores empregadores do país, assim como também não figuravam entre os campeões de criação de trabalho com carteira assinada nos últimos 10 anos. Entre 2012 e 2022, conforme dados do IGBE, 47 setores nacionais abriram mais vagas do que fecharam. Porém, a maior parte desse acréscimo (52,3%) veio de quatro segmentos que não foram beneficiados com a desoneração em folha de pagamento

Esse cenário fez com que, a partir de agora, com a vigência desta nova lei, essa medida seja extinguida, estabelecendo um período de transição que será escalonado até 2027. Neste ano, as empresas pagarão 5% sobre a folha de pagamento, mantendo uma alíquota sobre a receita bruta entre 0,8% e 3,6%. Esse percentual subirá para 10% em 2026 e para 15% em 2027, até que, em 2028, a desoneração seja completamente extinta, restabelecendo a alíquota integral de 20% sobre a folha de salários.

Durante este período de transição, as empresas optantes pela desoneração terão isenção sobre o 13º salário, o que alivia, em parte, o impacto da mudança. A única concessão feita pelo governo é de que as empresas deverão manter empregos para, pelo menos, 75% da média de empregados do ano anterior.

Para as empresas privadas que vinham operando sob a lógica da desoneração, os impactos serão imediatos. O aumento progressivo da carga tributária exigirá um planejamento detalhado para evitar uma redução brusca da margem de lucro. E, setores como tecnologia, transporte, construção civil e comunicação que, historicamente, se beneficiaram do regime anterior, precisarão reavaliar suas estruturas de custos, precificação e projeções financeiras para manter a competitividade no mercado.

As empresas que repassam a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB) na fatura de prestação de serviços também devem estar atentas à necessidade de ajustar seus contratos. Isso porque, se a cobrança era feita com base na CPRB, será necessário readequar o modelo de precificação à medida que a tributação migra gradualmente para a folha de pagamento. Esse ajuste deve ser feito com transparência junto aos clientes, garantindo que o impacto seja absorvido de maneira planejada e sem comprometer a competitividade do negócio.

Se readequar diante dessa nova realidade pode ser complexo para muitos empreendimentos, por isso, adotar estratégias como a otimização da folha de pagamento, renegociação de contratos e revisão de processos internos serão fundamentais para minimizar os impactos da reoneração. Em alguns casos, pode ser necessário reajustar preços para compensar o aumento dos encargos, o que exige uma análise cuidadosa para não afetar a demanda e a posição da empresa no mercado.

Ainda, acompanhar as discussões tributárias e buscar suporte especializado pode fazer a diferença entre enfrentar dificuldades financeiras e transformar esse desafio em uma oportunidade de gestão mais eficiente. A reoneração da folha de pagamento é uma realidade irreversível, e as decisões tomadas agora determinarão a capacidade das empresas de se adaptarem e continuarem crescendo nesse novo cenário econômico. 



Caroline Barbizan - coordenadora do Departamento de Folha de Pagamento da Ecovis® BSP.
Taís Baruchi é CEO e sócia da Ecovis® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Custo de vida das famílias na RMSP sobe quase 5% em 2024, com alta maior para os mais pobres

FecomercioSP acredita que elevação continuará no início deste ano, em razão da inflação de carnes e leite; momento é de alerta para o consumo, mesmo com desemprego baixo

 

O custo de vida das famílias mais pobres da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) subiu acima da média geral em 2024, segundo dados da pesquisa Custo de Vida por Classe Social (CVCS), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).  

Considerando todos os estratos sociais em conjunto, a alta foi de 4,97% na região — taxa que foi de 5,14% para a classe E, idêntica à da classe D. Já entre os mais abastados, a variação foi de 4,7% (classe A) e 4,87% (classe B) [tabela1]. Na análise da Federação, isso se explica, sobretudo, pela alta expressiva do grupo de alimentos e bebidas (7,42%) no acumulado do ano, cujos itens pesam mais no orçamento das famílias mais vulneráveis. Pelos dados da Entidade, a categoria compromete cerca de 30% dos rendimentos da classe E.

 

[TABELA 1]

Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (2024)

Recorte por classe social

Fonte: IBGE/FecomercioSP

Só em dezembro, os preços dos alimentos e das bebidas subiram 1,81%, estimulados pelas festas de fim de ano, que pressionam alguns itens. Foi o caso das carnes, que ficaram 7,03% mais caras no último mês do ano passado, assim como o óleo de soja (6,3%) e o leite em pó (2,1%). Considerando a tendência do mercado, esses aumentos devem permanecer pelos próximos meses [tabela 2].

 

[TABELA 2]

Custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (2024)

Recorte por grupo

Fonte: IBGE/FecomercioSP


Mas não é apenas isso. Os preços do grupo de transportes também subiram

substancialmente ao longo do ano passado, fechando o ano com elevação de 4,91%. Da mesma forma, é um tipo de despesa que afeta mais as classes baixas, que gastam recursos com combustível e com o sistema público, como ônibus e trens, principalmente.

 

[GRÁFICO 1]

Variação do custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (2023–2024)

Fonte: IBGE/FecomercioSP
 


 

Para se ter uma ideia, em dezembro, a alta no custo dos transportes para a classe E foi três vezes maior do que para a classe A: 1,16% contra 0,40%. Isso se explica pelos reajustes nos preços do etanol e nos bilhetes do sistema coletivo, que pesam no bolso dos mais pobres. É assim, então, que, para a classe E, a variação do grupo de alimentos e bebidas foi de 8,24% no acumulado de 2024, enquanto para a classe A foi de 7,26%. No caso dos transportes, a alta foi de 5,53% para a E e de 4,12% para a A. 

Diante desse cenário, as perspectivas da FecomercioSP para 2025 não são tão animadoras: com carnes, leite e derivados em alta, sem contar as frutas, a expectativa é de que o custo de vida siga em alta. É um momento de alerta para o consumo em geral, mesmo considerando a conjuntura de desemprego baixo (6% no fim do ano passado), porque a inflação de produtos e serviços tendem a diminuir o ímpeto das famílias de consumir.

 

Nota metodológica CVCS

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS), formado pelo Índice de Preços de Serviços (IPS) e pelo Índice de Preços do Varejo (IPV), utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens de serviços, e o IPV, 181 produtos de consumo.

 

FecomercioSP
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Concessionárias realizaram mais de quatro mil atendimentos durante período de chuvas em São Paulo

 

Base localizada no km 28 da Rodovia Ayrton Senna
(SP-070), em Guarulhos
 Divulgação: Ecopistas 

Rodoanel Mário Covas foi a rodovia com mais atendimentos registrados

 

As concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, sob supervisão da ARTESP, registraram 4.605 atendimentos nas rodovias concedidas paulistas entre sexta-feira (31/01) e domingo (2/2), período marcado por chuvas intensas em várias regiões do estado. 

Dentre os atendimentos, 434 foram de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), 2.037 remoções por guincho e 2.134 socorros mecânicos. 

As rodovias que registram o maior número de atendimentos foram:

·         Rodoanel Mário Covas (SP-021) – 1.071 atendimentos

·         Rodovia Anhanguera (SP-330) – 804 atendimentos

·         Rodovia Castello Branco (SP-280) – 639 atendimentos

·         Rodovia Marechal Rondon (SP-300) – 493 atendimentos

·         Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) – 446 atendimentos 

Durante os atendimentos, as concessionárias disponibilizam recursos operacionais para garantir a segurança e fluidez do tráfego durante o período chuvoso, que pode afetar a visibilidade e a aderência dos veículos nas vias. A Agência reforça a importância de dirigir com atenção redobrada sob chuva, mantendo distância segura dos demais veículos e reduzindo a velocidade em trechos críticos. 

Para solicitar o serviço, os usuários podem acionar as concessionárias pelo 0800 da concessionária disponível ao longo das rodovias ou pelos canais de atendimento administradora da via.

 

Alerta de chuvas


Devido ao alto volume de chuvas nos últimos dias, a Defesa Civil de São Paulo renovou o alerta para a continuidade das chuvas intensas, com previsão de acumulados expressivos até quarta-feira (5).


As regiões mais afetadas incluem o Vale do Ribeira, Itapeva, Bauru, Araraquara, Presidente Prudente, Marília, a capital e a Região Metropolitana de São Paulo, além da Baixada Santista, Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte, Campinas, Sorocaba, Barretos, Franca, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Araçatuba.


10 dicas para uma boca saudável

 Cuidar do sorriso é fundamental para garantir a saúde do corpo sorriso é fundamental para garantir a saúde do corpo

 

 

Manter a saúde bucal em dia não é apenas uma questão de estética, mas um cuidado essencial para o bem-estar e a prevenção de diversas doenças. A boca é a principal porta de entrada para o organismo, e sua higiene inadequada pode favorecer a proliferação de bactérias capazes de atingir a corrente sanguínea e afetar órgãos vitais.

De acordo com a cirurgiã-dentista Cláudia Consalter, sócia-fundadora da rede OrthoDontic, a presença excessiva de microrganismos na boca pode estar associada a problemas como endocardite bacteriana – uma infecção grave no coração – além de agravar quadros de diabetes e comprometer o sistema imunológico. “Muitos não sabem, mas a saúde bucal está diretamente ligada à saúde geral do corpo”, alerta a especialista.

Além disso, um sorriso bem cuidado impacta diretamente na autoestima, confiança e qualidade de vida. A mastigação adequada dos alimentos, por exemplo, facilita a digestão e melhora a absorção de nutrientes, garantindo um funcionamento mais equilibrado do organismo.

Para manter uma boca saudável e prevenir complicações, especialistas recomendam hábitos simples, mas indispensáveis. Confira as principais dicas:

 

Dicas para uma saúde bucal impecável 

  1. Escovação regular e correta: escove os dentes pelo menos duas vezes ao dia, por dois minutos, utilizando uma escova de cerdas macias e creme dental com flúor. Não se esqueça de escovar a língua.
  2. Use fio dental diariamente: o fio dental remove a placa bacteriana que a escova não alcança, prevenindo a gengivite e a cárie.
  3. Limpe a língua: a língua abriga diversas bactérias que causam o mau hálito. Utilize um raspador lingual para removê-las.
  4. Visite o dentista regularmente: faça check-ups a cada seis meses para prevenir problemas bucais e realizar a limpeza profissional.
  5. Alimentação saudável: evite alimentos açucarados e ricos em amido, que alimentam as bactérias causadoras da cárie. Inclua frutas, legumes e verduras na sua dieta.
  6. Hidrate-se: beba bastante água para manter a boca hidratada e ajudar a remover resíduos alimentares.
  7. Evite o tabagismo: o cigarro mancha os dentes, causa mau hálito e aumenta o risco de câncer bucal.
  8. Não compartilhe objetos pessoais: escovas de dentes, talheres e copos devem ser de uso individual para evitar a transmissão de bactérias.
  9. Tenha cuidado com os beijos: esses contatos podem transmitir vírus e bactérias.
  10. Tratamentos odontológicos: consulte um dentista para realizar tratamentos como clareamento dental, aparelhos ortodônticos e outros procedimentos que melhorem a estética e a saúde do seu sorriso.

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