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sábado, 18 de maio de 2024

Carinho não pode ser segredo

 Projeto artístico da artista e influenciadora digital Elisa Gatti, a "Mãe Musical", propõe um diálogo educativo sobre o abuso infantil


Lutar por um mundo mais seguro para as crianças. Esse é o compromisso da compositora e escritora Elisa Gatti, conhecida nas redes sociais como a “Mãe Musical”, que aborda a temática no livro Carinho não pode ser segredo. Resultado de uma música criada pela influenciadora digital, a obra é uma nova ferramenta para auxiliar pais, responsáveis e educadores a conversarem sobre segurança pessoal com os pequenos e proporcionar conhecimento de uma forma singela.

Publicado pela editora multilíngue Tudo! Editora, o lançamento literário conta com ilustrações coloridas e vibrantes de Rita Silva. Entre as páginas, há vários personagens que representam as diferentes realidades dos leitores: pessoas brancas e negras, com vitiligo e com deficiência física, além de famílias multirraciais. Essas imagens repletas de diversidade se unem à linguagem acessível para conscientizar crianças sobre o tema sensível – abuso infantil –  sem tirar a ludicidade e a leveza das contações de histórias.

Toda criança tem que aprender que o seu corpinho é muito precioso.
Mas, com algumas partes, a gente tem que ser ainda mais atento e mais
cuidadoso. Carinho não pode ser segredo. Carinho não pode te dar medo.

(Carinho não pode ser segredo, pgs. 4 a 12)

No final da obra, há sete orientações importantes para ensinar adultos a conversarem sobre segurança pessoal com os pequenos. As instruções, elaboradas pela psicóloga infantil Marcela Ondei, atravessam questões como a importância de nomear as partes do corpo, criar ambientes seguros para que a criança sinta-se confortável em relatar experiências desconfortáveis e buscar orientação de especialistas quando necessário.

Além de ser uma ação multiartística com música e livro, o projeto ainda ganha um videoclipe com arranjo e voz de 60 crianças da Nação Valquírias, organização não governamental que acolhe mulheres e seus filhos em situação de vulnerabilidade social. O projeto também tem endosso de Luciana Temer, diretora presidente do Instituto Liberta, que combate à violência sexual contra jovens.

Em 2023, a canção viralizou nas redes sociais e alcançou mais de 6 milhões de visualizações. “Agora com o livro, tornou-se um movimento. Um movimento que pode conscientizar a sociedade sobre o abuso e assédio infantil de um jeito leve. As ilustrações vibrantes, o texto em versos que fala a língua da criança e um QR code para a música no Spotify no final transformam esse livro numa oportunidade de troca entre adultos e crianças ao redor desse tema tão necessário”, explica Elisa Gatti.

Tudo! Editora


Ficha técnica

Título: Carinho não pode ser segredo
Autora: Elisa Gatti
Editora: Tudo! Editora
ISBN: 6560070263
Páginas: 28
Preço: R$ 32,90
Onde encontrar:
Amazon

Sobre a autora: Quando se tornou mãe em 2019, Elisa Gatti começou a compor músicas para a filha Chiara. O afeto pela composição era um hábito antigo, que atravessou toda a vida dela. Apesar disso, profissionalizou-se nas áreas de Administração de Empresas e Publicidade até que a maternidade a conduziu para o meio das artes. Deste processo de reconexão, surgiu o "Mãe Musical”, com a proposta de conversar sobre temas importantes com crianças e pais, além de defender a diversidade e a representatividade. Agora mãe, compositora, artista, jurada do programa “Canta Comigo Teen” na Rede Record e influenciadora digital reúne mais de 600 mil seguidores nas redes sociais.

Instagram: @maemusical
TikTok:
@maemusical_oficial
Youtube:
/maemusical

 

Tudo! Editora
Instagram: @tudo.editora
Site:
www.tudoeditora.com

Relacionamentos: sabemos realmente o que necessitamos?*


Para o ser humano ser saudável, precisa equilibrar várias áreas da vida, não só depositar as fichas na carreira, ou só em lazer ou só em um relacionamento íntimo, por exemplo. Ao contrário, precisamos de muitas coisas.

Precisamos de tudo isso que foi mencionado acima, mais família, amigos, cuidar do intelectual, do emocional, da espiritualidade, da parte financeira no positivo, harmonia nos ambientes que mais frequentamos, dentre outras coisas. 

Falando mais detidamente sobre a área do relacionamento íntimo, questiono-me se as pessoas, sabem o que realmente necessitam quando estão se relacionando? Quando estudamos Gestalt*, aprendemos que quando cientes das nossas reais necessidades, ou seja, cientes daquilo que precisamos nos nutrir, vamos de encontro ao objeto de satisfação para atingir a homeostase, ou seja, o equilíbrio. 

Percebo que muitos não sabem o seu objetivo, o que necessitam, de fato, muito menos quando estão se relacionando. As pessoas entram num automatismo misturado com uma “normose” (patologia da normalidade) sendo levados pelo que a sociedade comumente executa. Casar-se até uma determinada idade, fazer uma festa, lua de mel, comprar uma casa, um carro, ter filhos etc. Fazem isso porque está impregnado no inconsciente coletivo, porém as pessoas não pensam se isso tudo faz sentido realmente para elas. 

Interessante observar que o casamento, por exemplo, não cai de moda, todas as gerações ainda migram para esse modelo, incluindo os jovens. Acredito que por trás disso, deste comportamento, esteja incluído  “sair de casa para uma nova experiência”, “ perseguir o  amor”, “não estar só”, “construir uma vida  diferente”. 

Relacionar-se dá trabalho e tem altos e baixos. Trata-se de um investimento de tempo, emoção, dinheiro e, principalmente, o foco em conservar/cultivar esse relacionar-se por meio de escolhas diárias de querer estar com o outro verdadeiramente. Não se pode pensar que conquistou o parceiro e está tudo certo. Essa conquista precisa ser constante e permanente, caso contrário o relacionamento acaba. 

Um dado para você refletir. O número de divórcios no Brasil cresceu 8,6% em 2022 na comparação com 2021, de 386.813 para 420.039. Foram 340.459 realizados por meio judicial e 79.580 de forma extrajudicial. Os divórcios judiciais concedidos em 1ª instância corresponderam a 81,1% dos divórcios do país. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil de 2022, divulgados nesta quarta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Meu pai dizia “relacionamento é uma planta que se rega todos os dias”. É verdade. E há também as diferenças geracionais, os relacionamentos pretéritos, dos nossos avós e pais tinham uma dinâmica específica, diferente das dinâmicas atuais, fruto das mudanças sociais. Então não se pode comparar uns e outros, mas o que se pode dizer sem medo de errar é que é necessário, atualmente, ter consciência sobre a importância das conversas difíceis. Não se deve colocar coisas para “debaixo do tapete”, há que se enfrentar, alinhar, compreender questões que estão incomodando seriamente; e isso é para a vida, pois ajustes devem ser feitos de tempos em tempos durante todo o perdurar da relação. Como diz a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa, “relacionamento é uma maratona e devemos dar a mesma importância que damos ao fracasso profissional ao fracasso pessoal”. 

Assim como o fracasso profissional traz várias implicações desafiadoras, o pessoal também, em especial quando há filhos envolvidos. 

Outro aspecto interessante é que hoje a adoção de aplicativos de relacionamento é mundial. Tanto que redefiniram a ideia de namoro para toda uma geração e cresceram até se transformarem em um mercado multibilionário, no qual consumidores de todo o mundo gastaram mais de US$ 5 bilhões em 2023, de acordo com pesquisadores do mercado de aplicativos da Data.ai. 

E não há fórmulas mirabolantes para o relacionamento, cada qual tem a sua, ou seja, o que faz sentido e faz bem para determinada pessoa, não o faz para outras. E ainda importante pontuar que cada ciclo de vida demanda necessidades diferentes, as pessoas precisam pensar que adaptar-se, ter flexibilidade e paciência é fundamental para seguir em frente e ao lado.

Mais um fato relevante e determinante é a decisão individual de cada um dos envolvidos no relacionamento no tocante amar o outro, construir uma história compartilhada com todos os seus desafios e dificuldades, apreciando a humanidade do outro com certa dose de humor no sentido de rir, se divertir face o “pacote “de cada um, com  suas belezuras e feiuras. 

Isso tudo não vem pronto, tem que ser conquistado, construído e é para aqueles que são corajosos, assumem riscos e têm disposição. 

Segundo ensinamentos do psicólogo americano Keith Witt algumas estrelas de um bom relacionamento íntimo são: 

  • Polaridade erótica;
  • Parceiros cuidam-se mutuamente da saúde física e psicológica;
  • Fazem o que é preciso para voltar para o amor; e
  • Ter um propósito que admira e respeita no outro.


E lembremos: 

  • dinheiro não sustenta relação;
  • filhos não sustentam relação;
  • beleza física não sustenta relação;
  • fama não sustenta relação; 
  • a vontade somente de uma pessoa não sustenta relação;

Quem faz dar certo uma relação são duas pessoas que decidem e escolhem dar certo, com respeito e amor um pelo outro. Gostar muito da essência do outro, pois ninguém muda ninguém. As pessoas se transformam por impulso, iniciativa própria, se quiserem. Acredito também que nisso tudo há certa dose de sorte em encontrar alguém especial em meio a tantos . 

Você sabe realmente o que necessita para querer estar em um relacionamento?
 

*Gestalt trata-se de um modelo psicoterápico que enfatiza a experiência individual do momento presente (aqui-agora) e seu papel matricial de autorregulação e ajustamento criativo do sujeito ao seu contexto de vida.

 

Viviane Gago - advogada e consteladora pelo Instituto de Psiquiatria da USP (IPQ/USP) com parceria do Instituto Evoluir e ProSer e facilitadora pela Viviane Gago Desenvolvimento Humano. Mais informações no site


Exercitando a empatia

Unsplash
No meu último ano de sala de aula, tive uma turma de quarto ano que se tornou muito querida. Os alunos, todos, eram muito especiais. Porém, me deparei com uma situação difícil de contornar.

Thiago, um aluno de 9 anos, recém matriculado na escola, era extremamente alérgico a qualquer produto de origem animal. Alérgico a ponto de carregar uma pochete com injeção de endorfina. Avisei a coordenação que eu não tinha nenhum tipo de treinamento caso ele precisasse que um adulto lhe aplicasse a injeção. Os pais disseram que eu não precisava me preocupar, pois Thiago já sabia lidar bem com sua condição.

Ele levava o lanche dele e sempre pareceu bem resolvido. Acabei esquecendo dessa limitação e, quando os pais do Matheus avisaram que, mandariam um bolo para cantarmos os parabéns no recreio, eu nem lembrei que Thiago não poderia comer.

Cantamos os parabéns e só fui lembrar disso, quando olhei para seus olhinhos marejados enquanto me observava oferecer o pratinho com uma fatia de bolo para todas as outras crianças. Me senti a pior professora do mundo. Afinal, era minha obrigação ter pensado nisso.

Decidi mandar mensagem para todos os pais da turma, informando sobre a condição de Thiago, junto com três indicações de pessoas que vendiam bolos veganos. Inclusive a mãe do Thiago.

O próximo aniversário seria de Valentina e, conhecendo o pouco que já conhecia desses pais, já poderia ter imaginado que dariam problema. A mãe chegou com um bolo temático, pedindo desculpar por ter esquecido do "detalhe" do bolo vegano, se eu não poderia abrir uma exceção. Cantamos parabéns e, de novo, tive que presenciar a carinha de choro de Thiago.

Pedi para os alunos sentarem em roda e que Thiago tentasse explicar como se sente ao presenciar todos comendo um bolo delicioso, menos ele. Sem medo de chorar, Thiago explicou que não sentia falta do doce, pois nunca tinha comido, mas que se sentir excluído era dolorido e que ele não entendia o porquê, já que os bolos veganos são uma delícia.

A partir desse dia, nunca mais tivemos um bolo que Thiago não pudesse comer. Todas aquelas crianças, de alguma forma, entendiam a dor de se sentir excluído.

Infelizmente, se dependesse dos pais, Thiago passaria o ano todo se sentindo assim.

Fico feliz por eu ter aproveitado esse momento como uma oportunidade que todos poderíamos aprender.

 

Vanessa - pedagoga e escritora, autora do livro “Todas as vidas de Tati”

 

*Todos os nomes utilizados neste texto são fictícios

Quando as dores do trauma são sentidas na pele

Dermatologista Cristiane Barausse recorre à literatura para ilustrar doenças psicossomáticas na história de uma médica que sofreu abuso marital nos anos 1920


A década era 1920 e foi no voluntariado, em meio a uma guerra, que Elisa buscou refúgio para as dores emocionais e físicas que nunca pensou sentir: as do abuso dentro do próprio casamento. Em Outro Plano, a escritora e dermatologista Cristiane Barausse guia o leitor pela jornada da jovem mulher que, na intenção de aliviar o peso do trauma, vai encontrar lar na sororidade.

Médica ginecologista, a protagonista se une à equipe de um hospital de campanha para atender soldados feridos na guerra. Ela aceita o desafio na tentativa de fugir e esquecer os horrores vividos com o marido Oto, que a violentou dentro da própria casa. O trauma, junto da repulsa e raiva, ocasiona a dermatilomania, transtorno obsessivo-compulsivo que provoca vontade incontrolável de arranhar, morder, beliscar e abrir feridas na pele.

Enquanto trabalha intensamente no cuidado de feridos e tenta entender a si, Elisa lida com o machismo e a aversão ao toque masculino, o que dificulta relações interpessoais e profissionais. No entanto, encontra apoio em mulheres com histórias de resistência, como a comandante Ludmila Pavliche, inspirada na ucraniana Lyudmila Pavlichenko, heroína da União Soviética, e Ana, enfermeira afetuosa, que suporta a distância da filha para poder trabalhar.

Foi em um desses dias difíceis, de muitas mortes, gritos de dor e casos complicados
que nós duas voltávamos juntas para os nossos dormitórios. Em dias assim andávamos
em silêncio lado a lado, gratas por não estar ouvindo gritos, caos, gemidos e lágrimas.
Ao entrarmos no casarão onde ficavam os quartos, vínhamos tão quietas que o solado
baixo de nossos coturnos fazia toc-toc no assoalho de madeira de carvalho como se
estivéssemos usando salto alto.
(Outro Plano, p. 61)


Cinquenta e dois capítulos de leitura fluída marcam esta jornada que atravessa questões femininas fortes: sexismo, consequências das relações abusivas, estupro dentro do matrimônio, e também empoderamento, sororidade, autoconhecimento e o papel social da mulher em todas as épocas.

A capa feita à mão em tinta aquarela pela designer Thais Ribas representa não só as feridas na pele da protagonista, mas traz o olhar de Cristiane Barausse para a psicodermatologia. Ela leva este recorte da profissão para a literatura inspirada por um caso especial: o da irmã, que sentiu a falta de atenção dos médicos à causa emocional por trás de uma doença de pele. Com isso, a autora tomou para si a missão de oferecer suporte às mulheres que enfrentam situações semelhantes, seja no consultório, na literatura ou redes sociais.


Divulgação
 Cristiane Barausse

FICHA TÉCNICA

Título: Outro Plano
Autora: Cristiane Barausse
ASIN: B0C6HF6CDC
Páginas: 203
Preço: R$ 59,90 (livro físico) e R$ 19,99 (e-book)
Onde comprar:
Site da autora e Amazon

Sobre a autora: Cristiane Barausse é médica formada pela PUC – PR, com residência em Dermatologia pela Santa Casa de misericórdia de Curitiba. Natural de Ponta Grossa, foi criada pela mãe e avó ao lado da irmã, três mulheres fortes responsáveis por fazerem-na se apaixonar pelo empoderamento feminino. Na literatura, ela encontrou uma forma de retratar as mulheres que chegam ao seu consultório com doenças similares à da protagonista, com causas relacionadas à saúde mental. Em Outro Plano, seu romance de estreia, une a psicodermatologia com temas essenciais para debate, como abuso, estupro e questões de gênero.

Instagram: @dracris.dermatologista

www.outroplano.com.br


Rio Grande do Sul: A importância do socorro psicológico/psiquiátrico para tratar Transtorno de Estresse Pós-Traumático

O transtorno precisa de acompanhamento constante para reduzir o impacto da catástrofe na saúde mental das vítimas, alerta o psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento

 

Reprodução/Rio Grande do Sul

Com as enchentes no Rio Grande do Sul muitas pessoas perderam familiares, a casa, estão em abrigos ou passaram por outras situações traumáticas, o que tem levantado o alerta sobre a importância, também, do apoio psicológico e psiquiátrico para as vítimas evitando que elas desenvolvam Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

 

O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?


O Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) é um transtorno psiquiátrico que ocorre após a exposição a eventos traumáticos. Ele é responsável por afetar a qualidade de vida do paciente e exigir um tratamento regular para reduzir os sintomas.

 

De acordo com o Médico Psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento, o transtorno pode surgir tanto em quem passou diretamente pela experiência traumática, quanto por quem foi afetado indiretamente por ela.

Os eventos traumáticos que desencadeiam o transtorno podem variar desde acidentes graves, violência, situações de guerra e desastres naturais, por exemplo. Mas uma grande preocupação é que, muitas vezes, pessoas que não tiveram contato direto com o evento, como familiares das vítimas, também podem ser acometidas pelo problema”.

 

Principais sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático


- Flashbacks vívidos e intrusivos do evento traumático;

 

- Pesadelos recorrentes relacionados ao trauma;

 

- Problemas de concentração e do sono

 

- Pensamentos negativos persistentes sobre si mesmo ou sobre o mundo;

 

- Sensação de isolamento social e dificuldade em se conectar emocionalmente com os outros;

 

- Reações intensas a estímulos que lembram o trauma, como batimentos cardíacos acelerados ou sudorese.

 

Como é feito o tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático 


O tratamento usado para tratar a condição deve ser personalizado para cada paciente para atender melhor às necessidades de cada situação, mas em geral é usada uma combinação de técnicas, explica o Dr. Flávio H. Nascimento.

O tratamento do TEPT geralmente envolve uma combinação de técnicas, como a terapia psicológica e medicamentos”.

A terapia cognitivo-comportamental (TCC) focada no trauma, por exemplo, ajuda o paciente a processar o evento traumático e desenvolver habilidades para lidar com os sintomas. Além disso, certos medicamentos, como antidepressivos,podem ser prescritos para ajudar a aliviar os sintomas”, explica.

  

Dr. Flávio H. Nascimento - formado em medicina pela UFCG, com residência médica em psiquiatria pela UFPI e mais de 10 anos de experiência na área de psiquiatria. Diagnosticado com superdotação, tem 131 pontos de QI o que equivale a 98 de percentil e é membro do CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito como pesquisador auxiliar.


O outro lado das enchentes no Rio Grande do Sul

 

As perdas materiais podem desencadear danos psicológicos ainda mais permanentes

 

As enchentes no Rio Grande do Sul que aconteceram nas últimas semanas provocaram uma verdadeira comoção nacional em prol ajudar os afetados pelas enchentes. Em grande parte, a perda material das pessoas foi evidenciada pelo alagamento de cidades inteiras, com muitas pessoas tendo que abrir mão de suas casas e objetos para conseguir seguir adiante com vida, trazendo uma enorme onda de apoio ao estado por meio de donativos e ajuda com voluntários. 

As consequências da tragédia na região dos rios Guaíba e Sinos serão sentidas por muito tempo devido ao trabalho de reconstrução. Devido à escala dos danos e da quantidade de cidades afetadas, o processo pode demorar para devolver os habitantes a uma vida normal. Contudo, já estão surgindo sinais de traumas psicológicos nos afetados, tanto nos voluntários quanto nos socorridos, como o acelerar do coração ao ouvir barulho de chuva. 

Tais sintomas podem ser de uma condição chamada Transtorno de Estresse Pós-Traumático. "O estresse pós-traumático está associado a um evento marcante que se repete ciclicamente na cabeça de alguém. O quadro de ansiedade despertado pela lembrança dessa memória pode ser mais forte dependendo do psicológico do indivíduo. Nesse caso, o simples barulho de chuva pode desestabilizar uma vítima de enchente. O tratamento para essas vítimas é urgente desde já para evitar novas sequelas", explica Dra. Cristiane Pertusi. 

Também existem outros sintomas além das crises de ansiedade que a psicóloga ressalta, como por exemplo:

  • Flashbacks e pesadelos: As vítimas podem experimentar flashbacks intensos do evento traumático, revivendo a inundação e as cenas de perda e destruição. Esses flashbacks também podem se manifestar em pesadelos recorrentes, tornando difícil para as vítimas encontrar repouso e paz mental.
  • Hipersensibilidade emocional: O TEPT pode tornar as vítimas extremamente sensíveis a estímulos emocionais. Eles podem ficar facilmente irritados, assustados ou nervosos, mesmo com pequenos estímulos que antes não os afetam. Isso pode levar a um estado de alerta constante e dificultar a capacidade de relaxar e desfrutar de momentos de calma.
  • Problemas de sono e concentração: O trauma pode causar dificuldades significativas de sono, incluindo insônia, dificuldade em adormecer e acordar frequentemente durante a noite. Além disso, as vítimas podem ter dificuldade em se concentrar em tarefas cotidianas, pois suas mentes estão frequentemente voltadas para o evento traumático.

Mesmo com as dificuldades das cicatrizes mentais vindas deste evento trágico, a sociedade civil tem se movimentado de forma positiva para auxiliar quem está precisando de apoio psicológico neste momento. A Sociedade Brasileira de Psicanálise de Porto Alegre, por exemplo, está oferecendo atendimento online e gratuito para as vítimas das enchentes e aos profissionais afetados. O contato pode ser feito através do número (51) 99113-5950.

 

Dra. Cristiane Pertusi (CRP 06/54382)
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sexta-feira, 17 de maio de 2024

Animais resgatados aguardam por novo lar em Feira de Adoção que será realizada em Itu


Ação acontece neste sábado (18) e busca promover adoção responsável de cerca de 20 cães


A concessionária Rodovias do Tietê, que integra o Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo, supervisionado pela ARTESP, realizará neste sábado (18), uma feira de adoção de animais domésticos resgatados nas rodovias do Corredor Leste da Rodovia Marechal Rondon (SP-300). O evento acontecerá na na sede da Ariza Hospital Veterinário, localizado na Rua José Bruni, 158, Bairro Novo Centro, em Itu, das 14h às 18h.

 

Cerca de 20 cães, entre machos e fêmeas, de pequeno e médio portes, estão à espera de um novo lar. Todos eles já receberam vacinas, foram castrados e vermifugados. Cada pessoa que adotar um cachorro, ganhará brindes como ração e um voucher da lanchonete Banana Billy. Haverá pipoca e algodão-doce para quem visitar a feira.

 

Com especial atenção à segurança dos condutores e à preservação da fauna local, o programa de concessões realiza o resgate de animais domésticos e silvestres encontrados feridos nas rodovias. Esses animais são encaminhados para abrigos em parceria com as concessionárias, onde recebem os cuidados médico-veterinários necessários.

 

"A ARTESP tem a responsabilidade, junto com as concessionárias do Estado, de garantir a segurança viária e promover a preservação ambiental. O resgate de animais é uma forma de contribuirmos com o bem-estar dos animais que são tratados e encaminhados para a adoção responsável”, comenta Milton Persoli, diretor-geral da ARTESP.

 

Além do resgate de animais nas vias, as rodovias concedidas do Estado contam com diversas passagens de fauna que permitem que os animais silvestres e domésticos atravessem as rodovias de forma segura, sem a necessidade de cruzar a pista. 


DJs se unem em evento beneficente After da Virada Cultural para auxiliar vítimas das enchentes no Sul do Brasil

DJ Vinny encerra o After da Vira Cultural, evento
 beneficente para auxiliar vítimas das
 enchentes no sul do Brasil
Foto: Aline Baracho 

Na tarde de domingo, dia 19, o After da Virada Cultural conta com apresentação de sete DJs para arrecadar recursos e mantimentos para vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul


No dia 19, o Graffiti Bar ganha um significado especial durante a Virada Cultural ao sediar um encontro beneficente voltado para ajudar as vítimas das recentes enchentes que assolaram o Sul do Brasil. Com a participação de sete DJs, a partir das 15 h., o After da Virada Cultural será um momento de união de diversos estilos músicais e seu público em apoio às comunidades afetadas.

O After da Virada Cultural, é uma iniciativa conjunta de artistas, voluntários, grupos, e proprietários do bar com o objetivo de arrecadar fundos e suprimentos para as áreas atingidas pelas enchentes.

Entre os DJs confirmados para o evento estão nomes conhecidos da cena local com DJ Vinny, DJ Bia Ipsen, DJ Sabrina Lovato, entre outros, cada um trazendo seu estilo único para animar o público. Com uma variedade de gêneros musicais, desde eletrônica, funk até samba, uma diversidade sonora para agradar a todos os gostos e garantir uma atmosfera envolvente.

E para encerrar uma noite de solidariedade e celebração na Virada Cultural, DJ Vinny, em um gesto de generosidade e comprometimento com a causa, marcar o encerramento do evento beneficente com um long set com o melhor do funk paulista. "O evento não é apenas uma festa, mas sim um lembrete poderoso do poder da união e da compaixão em tempos difíceis", destaca o artista.

Os ingressos para o evento serão vendidos pôr um valor simbólico na portaria, com toda a renda e cachês dos artistas sendo revertidos para as iniciativas de ajuda às vítimas das enchentes. Além disso, o público será incentivado a também contribuir com doações de alimentos não perecíveis, roupas, produtos de higiene e outros itens essenciais, que serão distribuídos diretamente às comunidades afetadas.

 

Serviço:

After da Virada Cultural - evento beneficente

Data: 19 de maio de 2023 (domingo)

Horário: 15 h.

Local: Graffiti Bar.

Endereço: Rua Nestor Pestana, 255 (próximo à Arena Anhangabaú da Virada Cultural)


Florianópolis e São Paulo irá destinar arrecadação para vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

 


Shows acontecem na Vibra São Paulo e na Arena Opus. Ingressos terão preço único de RS 80, sem taxa de conveniência, além de doação de dois itens de higiene pessoal

 

Um elenco de estrelas vai se reunir em um grande festival beneficente na cidade de São José. A união de esforços entre Opus Entretenimento, Vibra São Paulo, artistas e fornecedores visa contribuir com o atendimento emergencial às vítimas da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul. 

Até o momento um grande espetáculo está agendado na Arena Opus e dois na Vibra São Paulo. Em São José, Florianópolis, dentre os nomes já confirmados, o Gato Galáctico se apresenta, no dia 19 de maio, na Arena Opus, com diversos convidados especiais, como Natan Por Aí, Gabriel e Shirley, Mussa e o casal Dudu e Carol.
 
Em São Paulo, o grupo de stand-up comedy “4 Amigos” se apresenta, no dia 21 de maio, na Vibra São Paulo, com diversos convidados especiais, como Bruna Louise, Victor Sarro, Igor Guimarães, entre outros. Já no dia 26 de maio, o show fica por conta do fenômeno do entretenimento kids Gato Galactico, que recebe Mussa e o casal Gabriel e Shirley. Todos os artistas doaram seus talentos para a realização dos eventos, sem cobranças de cachês. 
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A arrecadação do evento será direcionada para o Instituto Cultural Floresta, instituição sem fins lucrativos que está prestando apoio às comunidades afetadas pela recente calamidade ambiental no Estado do Rio Grande do Sul. Os ingressos terão preço único de R$80, vendidos pela uhuu.com, sem taxa de conveniência, além dos pontos físicos de venda. 

Para o evento do dia 19 de maio com o Gato Galáctico e convidados, na Arena Opus, além do ingresso, o público deve levar 2 itens de higiene pessoal. Na data, a Arena Opus receberá doações de brinquedos e material escolar.

 

Confira abaixo o serviço completo do evento    ‌  

No dia 19 de maio, “Gato Galactico convida” traz uma experiência única para toda a família, com um dia dedicado exclusivamente às crianças, apresentando espetáculos infantis encantadores e atividades divertidas. O fenômeno infantil Mussa, também se apresenta nesta noite, além do casal adorado pelas crianças, Gabriel e Shirley e Natan Por Aí. 

A realização do projeto fica por conta da Opus Entretenimento, empresa gaúcha com 48 anos de existência e responsável pela realização de grandes produções nacionais e internacionais, além da carreira de artistas renomados. 

Os ingressos já estão à venda pela plataforma uhuu.com (sem taxa de conveniência) e pontos autorizados. Mais informações no serviço abaixo. 

Ao comprar seu ingresso, você está se unindo a um movimento de compaixão e solidariedade que transcende fronteiras. Juntos, podemos fazer a diferença e reconstruir vidas. 

A produtora também realizará eventos beneficentes na Vibra São Paulo, principal casa de shows da América Latina, localizada na região de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Por lá, dois espetáculos já estão confirmados. O grupo de stand-up comedy 4 Amigos se apresenta, no dia 21 de maio, na Vibra São Paulo, com diversos convidados especiais, como Bruna Louise, Victor Sarro, Igor Guimarães, entre outros. No dia 26 de maio, o show fica por conta do fenômeno do entretenimento kids Gato Galactico, que recebe Mussa, Natu e o casal Gabriel e Shirley.

 

SERVIÇO ARENA OPUS:

Endereço: SC-281, 4000 - Sertão do Maruim, São José - SC, 88122-001 

Data: 19 de maio

Evento: “Gato Galactico convida” - Mussa, Gabriel e Shirley, Natan Por Aí e Dudu e Carol

Horário do show: 16h00

Abertura da casa: 14h00

Ingressos em: uhuu.com (sem taxa de conveniência) ou pontos físicos

 

Pontos de venda físicos:

Bilheteria Arena Opus

SC-281, 4000 - Sertão do Maruim, São José - SC, 88122-001

Horário de funcionamento bilheteria Arena Opus - Segunda-feira a sexta-feira das 13h às 19h. Com exceção de domingos e feriados, que abrirão somente 2h antes em dias de show/eventos. Sábados, das 15h às 18h.

 

Formas de Pagamento:

Internet: Pix e Cartões Visa, Master, Diners, Hiper, Elo e American.

Bilheteria: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo. Pagamento em cartões de débito são aceitos somente na bilheteria da casa: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo.


Oito estações da CPTM recebem ação em referência ao mês de conscientização do alto índice de mortos e feridos no trânsito

Divulgação

Alunos da PROZ Educação prestarão serviços de saúde nas estações Jardim Helena-Vila Mara, Dom Bosco, Guaianases, Mauá, Luz, Estudantes, Tamanduateí e Guarulhos-Cecap


Quem passar pelas estações Jardim Helena-Vila Mara, Dom Bosco, Guaianases, Mauá, Luz, Estudantes, Tamanduateí e Guarulhos-Cecap neste sábado (18/05), terá a oportunidade de participar de uma ação de saúde em referência ao Maio Amarelo, mês de conscientização do alto índice de mortos e feridos no trânsito. Em parceria com o Instituto PROZ Educação, a prestação de serviços acontece em dois horários: das 09h às 12h e 13h às 16h. 

Os atendimentos serão realizados por alunos do curso da área de saúde, que farão aferição de pressão arterial (sem limite de atendimento) e glicemia capilar em pessoas com histórico de diabetes na família ou pessoas diabéticas (limitados a 100 por estação). Também serão realizadas ações de orientação sobre prevenção de acidentes.
 

Maio Amarelo

O Maio Amarelo é um movimento criado com a finalidade de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito de todo o mundo. De acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde, foram 33.894 mortes no trânsito em 2022 no Brasil: uma média de 92,6 por dia.
 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.
 

Serviço

Ação de saúde Maio Amarelo
Data: Sábado (18/05)
Horários: 9h às 12h e 13h às 16h
Locais:
Estação da Luz, que atende as linhas 7-Rubi, 11-Coral e o Expresso Aeroporto da CPTM
Estações Mauá e Tamanduateí, da linha 10-Turquesa da CPTM
Estações Dom Bosco, Guaianases e Estudantes, da linha 11-Coral da CPTM
Estação Jardim Helena-Vila, da linha 12-Safira da CPTM
Estação Guarulhos-Cecap, da linha 13-Jade da CPTM


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