Projeto da obra “Gênesis” | Estúdio AYA. Crédito: Lua Morales
Com entrada
gratuita, as sete obras de artistas brasileiros que unem arte e tecnologia para
proporcionar experiências sensoriais, permanecem em cartaz até domingo
(05/05)
A exposição
“LUZ ÆTERNA - Ensaio Sobre o Sol”, se despede do Centro
Cultural Banco do Brasil Brasília neste domingo (05/05). Com entrada gratuita,
a mostra reúne sete obras imersivas que evocam a poética do Sol ao unir arte e
tecnologia para proporcionar experiências sensoriais. Por meio de projeções
digitais e instalações interativas, a exposição convida os participantes a vivenciarem
a evolução e o poder deste corpo celeste, essencial à vida na terra.
AS OBRAS
Em “Gênesis”,
obra imersiva assinada pelo estúdio AYA, fundado por Felipe Sztutman e Antonio
Curti, a história e influência do Sol, desde a sua origem até o seu papel fundamental
na geração de eletricidade, é repassada ao público de uma forma lúdica,
imersiva e sensorial. Em uma sala de projeção, os visitantes podem vivenciar a
evolução e o poder do Sol. Ela ilustra como essa estrela central não apenas deu
forma ao universo, mas também continua impactando a vida diária, a tecnologia e
a sustentabilidade.
Já “Fluido
Solar”, da artista ERO, é uma obra participativa que
representa a busca pela iluminação, destacando o contraste entre o desconhecido
e a luz interior de cada ser humano. A peça artística desafia a
bidimensionalidade ao flutuar no espaço central da sala, oferecendo raízes como
conexão com a Terra e a natureza. Transformando-se em um espelho interativo,
ela reflete a jornada de cada visitante, convidando-o à contemplação da própria
essência e da luz interior. Essa experiência pessoal ressalta a autodescoberta
como um processo íntimo e incentiva a partilha dessa luz para guiar outros em
suas jornadas.
A obra “Continuum”,
usa dados em tempo real de fenômenos solares e meteorológicos captados via
satélite. Criado pelos artistas Junior Costa Carvalho e Rodrigo Machado, do
estúdio Sala 28, o trabalho é composto de barras de LED endereçáveis pixel a
pixel, no qual a luz transcende seu papel tradicional e assume a narrativa de
histórias cósmicas.
Em
“Perihelion”, o céu é captado, reprocessado e projetado, em
tempo real, como uma câmera obscura. Relógios concêntricos são postos em ação e
o primeiro, uma elipse, tem o ciclo de um minuto, da escuridão à luz intensa,
com um som que, sinestesicamente, funciona como um sino de anunciação. O
segundo dura uma hora e marca a rotação em volta de um espelho convexo circular
(representa a Lua, que reflete e difunde a luz do céu no ambiente). O terceiro
circuito vai do solstício de verão ao equinócio.
Já a obra “Aquarela
de Íons”, dos artistas Arthur Boeira e Gustavo Milward, propõe
uma reflexão sobre a magnitude solar e seu poder de influenciar corpos
distantes em forma de data art. O trabalho compreende um sistema que captura os
íons solares e os apresenta de uma maneira imersiva e sensorial, com a
aproximação do espaço e território humano por meio de som, luz e imagem. A peça
utiliza dados retroativos de fenômenos solares que são narrados a partir de
recursos visuais.
“Photosphere”,
assinada por Leandro Mendes, mostra a dinâmica da fotosfera solar, com
elementos e dados coletados do universo para elaborar padrões vibrantes e cores
efêmeras, em uma tela circular. Com uma trilha sonora original, baseada nos
sons do sistema solar, a instalação promove a conexão entre luz e som, e
transmite intensa variação de energia solar.
A ideia é
proporcionar aos visitantes uma jornada sensorial que contempla a riqueza de
significados oferecidos pelo Sol, da essência física ao impacto na vida
terrestre.
"Céu Zero", obra criada por
Leston, usa a linha do horizonte - para questionar: O que aconteceria se, de
alguma maneira, nós conseguíssemos capturá-la? O que aconteceria se,
finalmente, ela estivesse ao nosso lado e na altura dos nossos olhos?
Segundo o
artista, "talvez assim fosse possível entender que o céu não é plano, como
nos parece quando olhamos para cima. Talvez assim fosse possível entender que
as coisas que vemos não acontecem apenas uma ao lado da outra, mas também uma
atrás da outra. Talvez assim fosse possível ver a luz se espalhando e dominando
o espaço."
Serviço
Local:
Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Endereço:
SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes
Especial Sul – Brasília - DF
“LUZ ÆTERNA - Ensaio Sobre o Sol”
Período | 09
de fevereiro a 05 de maio de 2024, das 09h às 21h (entrada até às 20h40)
Local |
Galerias 2, 4 e Pavilhão de Vidro
Classificação
indicativa: livre
Ingressos |
em www.bb.com.br/cultura
e na bilheteria do CCBB Brasília
Entrada
Gratuita