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domingo, 10 de março de 2024

Seis passos para elaborar um cardápio

 Na hora de escolher um restaurante para almoçar, jantar, ou fazer qualquer outra refeição os clientes sempre ficam na dúvida. Um dos pontos que mais chama a atenção dos clientes é o cardápio. Sendo assim, o especialista em negócios gastronômicos Marcelo Politi listou seis passos para não errar na hora de montar essa poderosa ferramenta do universo gastronômico. O empresário é formado em hotelaria e gastronomia pela Ecole des Roches (Association Suisse d’Hôtellerie), na Suiça e foi responsável pela implantação e gestão das operações do Hard Rock Café no Brasil. Entre os dias 04 e 05 de junho Politi estará a frente de um dos ma iores eventos do mercado de food service em São Paulo, no Teatro Santander, onde apresentará um modelo que foca em aceleração de negócios de alimentação.


Vamos as dicas:

1 – Brainstorm.
A princípio, as idéias podem partir do dono do restaurante, porém chamar mais pessoas pode enriquecer. A equipe, por exemplo, é uma das principais fontes de informações nesta etapa.



2 – Seleção
Após o Brainstorm surgiram, por exemplo, 15 idéias de pratos que podem compor um belo cardápio. Hoje, além das próprias receitas, um chef pode usar como recurso uma pesquisa a internet, que fornece muitas informações em sites de escolas de culinária, livraria, entre outros meios. A princípio, o ideal é sempre ter um número maior de receitas até chegar nas “vencedoras” que passarão por etapas que veremos a seguir.



3 – Curadoria
Mesmo sendo o chef responsável do restaurante não é necessário criar tudo sozinho, afinal hoje em dia existe uma referência gigantesca na internet, com todo tipo de receita, que pode ser consultada em sites nacionais ou internacionais, canais de youtube e até por outros chefs. Uma curadoria é sempre importante, afinal o curador está sempre em busca de informações que possam agregar de forma positiva para seu estabelecimento.



4 – Teste culinário
As 15 receitas escolhidas inicialmente devem estar sempre formatadas igualmente, ou seja, em um formato padrão. Após a curadoria é sempre interessante desenhar a receita no seu modelo, seja ela criada pelo próprio chef ou retirada de outro lugar, uma vez que isso é muito importante levando em conta o aspecto organizacional do negócio.



4.1 – Lista completa da Mise in place
Fazer a lista completa da Mise in place, ou seja, deixar a mão todos os ingredientes que serão utilizados nas receitas. Separe em recipientes que possam ajudar na hora de conferir se tudo está presente para iniciar o preparo. Outra dica é usar duas quantidades para cada receita, o que ajuda a não perder tempo dentro da cozinha. Quanto mais organizada a Mise in place dos pratos que passarão por teste, menos tempo perdido. Os alimentos brutos, que estão em sua forma natural como tomate, cebola e carnes, por exemplo, e itens transformados como molhos, fundo de carne, etc, já devem ser preparados em duas quantidades para cada prato.



4.2 – Ficha de anotações e fotos
Tire fotos do processo e do resultado final, sempre com bastante luz e muito próximas ao prato. Tenha um bloco de anotações para não perder as idéias que surgem no preparo, já que este ainda é um processo de seleção para escolher o cardápio final.



4.3 – Escolha as receitas “vencedoras”
Escolha as receitas que você quer adicionar ao seu cardápio.



5 – Elaboração do Book
Pronto, agora que as receitas foram escolhidas é hora de desenvolver o book. Aqui entra a parte mais importante ao elaborar um cardápio. O Book é um jogo de planilhas e textos para cada um dos pratos. É importante que este book seja bem feito, afinal ele carregará todos os processos e informações que serão utilizadas para construir um cardápio organizado e funcional. Mas afinal, o que deve conter um book?



5.1 – Receituário
No receituário deve constar a melhor foto e abaixo ingredientes e maneiras de fazer de todas as receitas que irão para o cardápio.



5.2 – Ficha técnica
Na ficha técnica deve constar custo e sugestão de preço de venda. Aqui estarão os preços de custo de cada ingrediente e uma somatória. Ao final deixe um espaço em branco para decidir o preço final.



5.3 – Lista de ingredientes
Faça sempre a atualização da lista de ingredientes da cozinha. Para um cardápio sazional, por exemplo, entram vários itens que muitas vezes o comprador não está acostumado, então é importante fazer uma listagem baseada nas novas receitas. Atualizar compras, estoque, recebimento, ou seja, vários processos internos terão que ser atualizados baseados no novo cardápio.



5.4 – Lista do pré-preparo do novo cardápio
Todos os dias ao chegar no restaurante a equipe tem que fazer o pré-preparo na hora do almoço e do jantar. Tem molhos para serem preparados, carnes para serem cortadas e porcionadas, entre outras funções, e tudo isso tem que estar na listagem de pré-preparo, ou seja, novo cardápio tem novo pré-preparo.



5.5 – Mise em place
Ao chegar na cozinha profissional a equipe tem a cozinha fria, cozinha quente, cozinha de sobremesas, grelha, fritadeira, ou seja, praças diferentes dentro do mesmo ambiente de trabalho. Por exemplo, se um prato utiliza a grelha no preparo, já deve constar no Mise en place e o cozinheiro já deve estar ciente para não perder tempo.



5.6 – Sequência da montagem e fotos
Tenha um caderno, de preferência espiral, com páginas plastificadas, já que vai ficar na cozinha e será usado no dia a dia pelos cozinheiros. No preparo de um prato, o profissional não terá uma balança na frente para pesar todos os ingredientes, já que isso perderia muito tempo, então o ideal é usar medidas reconhecíveis, que a equipe já esteja acostumada como: uma colher de sopa, a concha número 1, etc. Para facilitar use uma sequência de montagem e na parte traseira a foto do prato. Isso facilita principalmente para um cozinheiro iniciante até acostumar com o processo. Esse formato é eficiente na hora da execução e para manter a padronização.



5.7 – Fotos grandes para ilustrar o prato do Book de montagem
As fotos devem sempre estar grandes e iluminadas para que o cozinheiro possa comparar o prato com a imagem e ver se todos os processos seguiram o processo correto.



6 – Evento de lançamento
A divulgação é muito importante. Entrevistas com o chef são muito atrativas, mostrando o conceito de cada prato, como surgiu, como foi o brainstorm e o processo. Os clientes gostam de saber como são os bastidores. Um menu degustação com formadores de opinião é eficiente para propagar o novo prato. As campanhas nas redes sociais também auxiliam muito na divulgação.


Marcelo Politi - formado em hotelaria e gastronomia pela Ecole des Roches (Association Suisse d’Hôtellerie), na Suiça e pós-graduado em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Aos 29 anos, foi o primeiro executivo contratado como diretor de Marketing pela rede de hotéis francesa Sofitel no Brasil. Foi responsável pela implantação e gestão das operações do Hard Rock Café no Brasil e gerenciou mais de 500 funcionários. O empresário é fundador da Politi Academy, uma empresa focada em trazer lucro, controle e crescimento para donos de negóci os de alimentação, por meio de cursos de gestão, administração, marketing, planejamento, treinamento de equipe, entre outros que envolvam um negócio que tenha comida como serviço. O mentor atende mais de 3.000 empresários do setor gastronômico.

Acelera #Food Nation


Descubra a diferença entre os tipos de feijão

Especialista explica os benefícios de cada grão para a saúde

 

Você já parou para pensar na variedade de feijões que existem e como cada um deles pode trazer nuances únicas para suas refeições? Sendo a base da culinária brasileira, o feijão carioca é amplamente reconhecido no país, no entanto, a diversidade vai além desse tipo. Opções igualmente deliciosas, como o feijão preto, vermelho e fradinho, podem enriquecer sua dieta. E é isso que a engenheira de alimentos da Combrasil, Ana Rachel Bernardes, irá explicar. “Embora apresentem algumas distinções em termos de sabor, tamanho e textura, todos esses feijões são abundantes em nutrientes essenciais, tais como cálcio, ferro, fibras e carboidratos. Não é por acaso que o Ministério da Saúde recomenda a inclusão diária dessa leguminosa na alimentação, visando assegurar uma qualidade de vida elevada”, afirma.

 

1. Feijão Preto:

O preferido na preparação da famosa feijoada, o feijão preto possui um sabor encorpado e é rico em ferro. Além de ser um aliado no combate à anemia, ele também fornece fibras essenciais para a saúde intestinal.


2. Feijão Carioca:

Conhecido por seu formato mais arredondado e pela cor creme com pintas, o feijão carioca é versátil e utilizado em diversas receitas. Ele é fonte de proteínas, fibras e vitaminas do complexo B.


3. Feijão Mulatinho:

De grãos pequenos e cor clara, o feijão mulatinho é leve e sutil no paladar. Ideal para quem busca uma opção menos robusta, mas ainda nutritiva, ele é rico em ferro e potássio.


4. Feijão Fradinho:

Pequeno e de formato oval, o feijão fradinho é destaque em pratos como o acarajé. Além de ser uma excelente fonte de proteínas, ele contribui para a saúde cardiovascular graças ao seu teor de magnésio.


5. Feijão Branco:

Conhecido por sua cor clara e forma arredondada, o feijão branco é uma excelente fonte de fibras solúveis, auxiliando no controle do colesterol. Ele também é rico em ferro e zinco.


6. Feijão Manteiga:

Com grãos grandes e amarelados, o feijão manteiga é cremoso e ideal para pratos como a tradicional feijoada. Além de seu sabor marcante, é fonte de proteínas e fibras.


7. Feijão Vermelho:

Popular em diversas regiões, o feijão vermelho possui sabor marcante e é rico em ferro. Suas propriedades anti-inflamatórias o tornam uma escolha valiosa para a promoção da saúde. 

“Ao explorar a diversidade de feijões disponíveis, é possível transformar as refeições em experiências gastronômicas ricas em nutrientes. Cada tipo de feijão traz consigo benefícios específicos, contribuindo para uma alimentação equilibrada e saudável. Experimente incorporar variedades em sua dieta e descubra o prazer de explorar o universo de sabores que esses grãos podem oferecer”, finaliza a engenheira de alimentos.


Os benefícios da maca peruana: como este superalimento pode te ajudar


Entre as raízes encontradas especialmente no Peru, a
maca peruana ocupa uma posição especial. Foi amplamente utilizado durante o período colonial e pré-colonial como alimento ou para o tratamento de diversas condições associadas à saúde. É utilizada principalmente para o aumento da libido sexual, ou seja, tem ação afrodisíaca, energética, na fertilidade e na impotência sexual. A nutricionista da Puravida, Priscila Gontijo, esclarece algumas dúvidas a respeito dessa suplementação e os seus benefícios para o organismo.


O que é Maca Peruana? 

A maca peruana, com nome científico Lepidium meyenii, é um vegetal crucífero com grande tolerância ao frio. Possui coloração diversificada que vai do amarelo creme, passando pelo vermelho, chegando ao negro.  

É um alimento rico em nutrientes como as vitaminas, esteróis de plantas, minerais essenciais, aminoácidos e gorduras saudáveis, e é vendida como um suplemento nutricional. Tanto homens como mulheres têm sido observado o aumento na libido e desejo sexual, aumento da energia, vigor e sensação de bem-estar geral.


Nutrientes encontrados na maca peruana 

A maca contém quantidades significativas de aminoácidos, carboidratos e minerais, incluindo cálcio, magnésio, fósforo, zinco, ferro, bem como as vitaminas B1, B2, B12, C, D e E , além de fibras.  

Encontramos também os fitoquímicos na maca peruana, substâncias que contêm características semelhantes ao estrogênio e às prostaglandinas, fazendo com que a raiz atue na regulação das funções sexuais. Ela também age no hipotálamo e nas glândulas suprarrenais, proporcionando efeito estimulante; auxiliam no controle dos sintomas causados pela menopausa, principalmente a osteoporose, pela presença do cálcio em sua composição. 


Como a Maca peruana age? 

De acordo com diversos estudos, a maca peruana pode atuar como antioxidante ou como imunomodulador. Além disso, foi sugerido que a maca aumenta os níveis de IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina 1) que tem ação no crescimento, desenvolvimento da musculatura e controle da glicemia no sangue. 

Outro ponto importante é a redução dos efeitos ruins ao organismo provenientes da interleucina-1, que tem ação pró-inflamatória.


Quais são os benefícios da maca peruana?  

A maca peruana, cultivada a 4.000 metros de altitude, fornece diversos benefícios para os seres humanos, que vão desde mais energia para o corpo até a reposição hormonal.  

  • Fornecimento de energia: a maca peruana aumenta a concentração de ácidos graxos no corpo, ajudando no maior fornecimento de energia, combate ao cansaço e melhoria do rendimento físico e mental.  
  • Reposição dos hormônios: possui propriedades que estimulam a produção de hormônios pelo organismo.  Isto a torna útil no tratamento de deficiências hormonais, sendo talvez a melhor alternativa para o controle dos níveis de hormônios, ao invés de injetar hormônios externos no corpo. 
  • Libido: é considerado um estimulante sexual, pois aumenta o desejo. Em um ensaio clínico controlado por placebo, realizado em homens saudáveis, que receberam três tipos de tratamentos diferentes: 30 homens receberam 1.500 mg/ dia maca, 15 homens foram administrados 3.000 mg/dia maca e 15 homens não receberam a maca. Os resultados mostraram que o tratamento com maca em comparação ao placebo, aumentou o desejo sexual. 
  • Saúde dos homens: alguns estudos têm observado o aumento da espermatogênese, contribuindo para a fertilidade. Também foi descrito que a maca preta tem um melhor efeito na contagem de espermatozoides do que a maca amarela, enquanto a vermelha não mostrou efeito. A maior motilidade espermática foi observada apenas com a maca preta e após 42 dias de tratamento em ratos. 
  • Saúde das mulheres:  ajuda a melhorar o vigor e energia corporal, além de reduzir os sintomas associados à tensão pré- menstrual (TPM) e menopausa. 
  • Fertilidade nas mulheres: tem sido sugerido melhoria da sobrevivência embrionária, o que poderia ser um efeito da maca semelhante à progesterona. Além disso, estudos em animais mostraram um aumento na concentração de progesterona sérica.
  • Melhora da performance em atletas: apresenta numerosas indicações como energético e restaurador físico e psicológico. A maca é uma planta adaptógena, ou seja, restaura o equilíbrio homeostase do corpo. 
  • Fortalecimento da imunidade: a maca é composta por vitaminas do complexo B, vitamina C, zinco, ferro e magnésio, ajudando assim no fortalecimento do sistema imune e proteção contra a ação de microrganismos ruins ao organismo.
  • Emagrecimento: por conter fibras, a maca peruana contribui para maior saciedade e equilíbrio intestinal.
  • Prevenção e controle do diabetes e colesterol elevado: justamente por conter fibras, retarda a absorção da glicose e gorduras, contribuindo assim para o controle da glicose e colesterol sanguíneos. 
  • Saúde óssea: a maca vermelha parece desempenhar um papel importante no equilíbrio de funções reguladas por hormônios esteróides, que também tem influência no metabolismo ósseo.
  • Aprendizado e memória: por ter ação antioxidante no cérebro, a maca parece contribuir para a memória, aprendizado e evitar doenças neurodegenerativas. 


Como consumir a maca peruana? 

Normalmente, a maca peruana é consumida em pó ou cápsulas. Porém, a forma mais indicada para consumir a maca peruana é em cápsulas, devido ao sabor forte e residual da raiz. 

Porém, se você não se importa com o sabor da maca peruana, você pode incluir o pó nas frutas, nas bebidas, preparo de vitaminas, preparo de bolo ou pães. 


Qual a dose recomendada? 

A dose recomendada varia de 1.000 a 5.000 mg por dia. Portanto, se em pó, tomar uma colher de sopa no suco ou com água uma vez por dia; se cápsula, ingira uma cápsula de 550 mg três vezes ao dia antes das principais refeições, ou como orientação de especialista. 

Pessoas de meia idade já notam grandes diferenças, ao ingerir a maca peruana durante 3 meses, pelas melhorias evidentes no bem-estar geral e afetivo.  


Toxicidade  

É um alimento 100% natural, e não um medicamento; não tóxico e sem qualquer efeito secundário indesejável, ou seja, sem contraindicação. A raiz da planta tem uma longa história de uso sem problemas de toxicidade, sem contar que faz parte da dieta diária de muitos peruanos nativos há muitos anos. Pesquisadores concluíram que a planta não tem potencial de toxicidade, podendo considerar o seu uso a longo prazo como suplemento alimentar. 

 Porém, deve ser observado o possível risco de alergia à raiz. 

 


Puravida

5 dicas de conforto para gestantes no calor do verão

  Nutricionista reúne sugestões para grávidas passarem bem pela temporada de calor de 2024

 

Se o calor deste verão está desafiador para qualquer um, imagine para as gestantes? Seja qual for o estágio da gravidez, o tempo quente com certeza intensifica as dificuldades de cada etapa. Pensando nisso, a Natalia Barros, Nutricionista Mestre em Ciências pela UNIFESP e fundadora da NB Clinic, sintetizou 5 orientações-chave para facilitar a vida das mamães na estação mais quente do ano.

 

1. Hidratação Constante:

"Durante a gestação, a necessidade de líquidos aumenta, e em dias quentes, essa demanda é ainda mais pronunciada devido à transpiração aumentada", explica Natalia, continuando: "Priorize a água como principal fonte de hidratação e mantenha uma garrafa à mão", recomenda. Além disso, a nutricionista sugere incluir na dieta frutas com alto teor de água, como melancia, melão e morangos.

 

2. Refeições Leves e Fracionadas:

Natalia indica optar por refeições leves e fracionadas ao longo do dia. "Isso ajuda a evitar desconfortos digestivos, tão comuns durante a gestação, e fornece um fluxo constante de nutrientes essenciais", explica. Em sua lista de indicações estão: saladas frescas, sanduíches com proteínas magras e lanches saudáveis.

 

3. Inclua Alimentos Refrescantes:

Adicionar alimentos conhecidos por suas propriedades refrescantes é um truque que a nutricionista indica: "O pepino, por exemplo, é composto principalmente por água e tem um sabor refrescante. Hortelã e menta também podem ser adicionadas a saladas, sucos ou chás, proporcionando uma sensação de frescor", sugere.

 

4. Evite Alimentos Crus e Mal-cozidos:

Alimentos bem cozidos são prioritários no cardápio de uma grávida, como enfatiza Natalia: "Evite o consumo de alimentos crus, especialmente durante os dias quentes, quando há maior risco de contaminação. Isso ajuda a reduzir o risco de infecções alimentares, que podem ser mais problemáticas durante a gestação".

 

5. Evite Refeições Pesadas:

Refeições pesadas e ricas em gordura podem causar desconforto digestivo em dias quentes. Por isso, Natalia recomenda que as gestantes consumam porções menores e comidas mais leves. "Cozinhar no vapor, grelhar ou preparar pratos frios, como wraps ou sanduíches com ingredientes frescos, são opções que não sobrecarregam o sistema digestivo", indica a nutricionista.

 

"Além disso, é fundamental lembrar que cada gestação é única, e as necessidades nutricionais podem variar de uma mulher para outra. Consultar regularmente um profissional de saúde, como um obstetra e um nutricionista, é crucial para garantir que a dieta esteja alinhada com as necessidades específicas da gestante e do bebê em desenvolvimento", finaliza a especialista. 



NATALIA BARROS –Nutricionista - Centro Universitário São Camiloç. Mestre em Ciências Aplicadas. Departamento de Nutrição da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Fundou a primeira Pós-graduação em Saúde da Mulher e Reprodução Humana do Brasil. Docente convidada - Pós-graduação em Nutrição Materno infantil (USP). Aprimoramento em Nutrição Humana e Metabolismo Stanford University. Extensão em Saúde da Mulher AGE Educação em Saúde. Extensão em Comportamento Alimentar Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-HCUSP)
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“Envolver a criança na preparação da lancheira e explicar a importância de cada alimento contribui para a formação de hábitos alimentares conscientes”

Estima-se que o Brasil terá 7,7 milhões de crianças com obesidade até 2030

 

A alimentação na infância desempenha um papel crucial no desenvolvimento físico, mental e emocional da criança. Além dos fatores genéticos, responsáveis por 70% das causas da obesidade, o estilo de vida na fase pediátrica influencia para o desenvolvimento da obesidade. As telas dos smartphones, vídeo game, a baixa qualidade nutricional dos alimentos consumidos e a falta de exercícios físicos contribuem para que a obesidade infantil atinja patamares assustadores.

 

Segundo o Atlas da Obesidade 2022, publicado pela World Obesity Federation (leia aqui), prevê-se que 23,12% das crianças de 5 a 9 anos e 18,60% dos adolescentes de 10 a 19 anos serão afetados pela obesidade até 2030, totalizando 44 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos em todas as Américas. No Brasil, a estimativa é de 7,7 milhões de crianças com obesidade até 2030.

 

Diante desses dados assustadores, a alimentação ganha ainda mais importância. Pensando que a criança passa boa parte do tempo na escola, uma lancheira saudável não apenas fornece a energia necessária para as atividades escolares, mas também contribui para a formação de bons hábitos alimentares para o resto da vida.

 

“A primeira questão a ser considerada é a variedade de alimentos. Uma lancheira equilibrada deve conter uma combinação de alimentos de diferentes grupos, como frutas, vegetais, proteínas, carboidratos e laticínios. Isso assegura que a criança receba nutrientes essenciais para o seu crescimento e desenvolvimento. Optar por alimentos naturais e minimamente processados é sempre uma escolha mais saudável”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

 

Evitar excesso de açúcar e gorduras saturadas é outro ponto muito importante. A especialista orienta que doces, bolachas recheadas e refrigerantes devem ser excluídos da lancheira, dando preferência a opções mais nutritivas. Substituir refrigerantes e evitar sucos, dando preferência à hidratação com água. Os biscoitos industrializados devem ser evitados, substituindo pelos por biscoitos integrais e preferencialmente caseiros, que são alternativas mais saudáveis.

 

A lancheira também é uma oportunidade para incentivar o consumo de frutas e vegetais. Cortar frutas em pedaços pequenos ou criar opções criativas, como espetinhos de frutas, pode tornar esses alimentos mais atrativos para as crianças.

Além disso, Dra. Lorena ressalta a importância de considerar restrições alimentares e preferências individuais. Conhecer as necessidades específicas da criança, como alergias ou intolerâncias alimentares, ajuda a criar uma lancheira personalizada e segura.

 

“A participação da criança na escolha dos alimentos pode ser uma estratégia eficaz para promover o interesse por uma alimentação saudável. Envolvê-la na preparação da lancheira e explicar a importância de cada alimento contribui para a formação de hábitos alimentares conscientes”, comenta a endocrinologista Dra. Lorena Amato. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
www.amato.com.br


Dicas para o verão: como incluir o consumo de pescados na alimentação do dia a dia

Rico em ômega 3, o atum é uma excelente opção para garantir a energia e a saúde durante a estação mais quente do ano

 

Segundo as previsões meteorológicas, neste verão o Brasil continuará passando por fortes ondas de calor na maioria das regiões do país. Com isso, é muito importante manter-se hidratado e investir em uma alimentação leve e nutritiva, que garanta a energia necessária para as atividades e a rotina.

Os pescados possuem poucas calorias, têm fácil digestão e contêm baixo teor de gordura, por isso devem fazer parte do cardápio durante todo o ano e, no verão, podem ser grandes aliados quando as temperaturas subirem.   

Opções como o atum, por exemplo, contêm proteínas e aminoácidos essenciais para o organismo, além de oferecerem alto poder nutricional por serem fontes de vitaminas A, D e do complexo B, cálcio, fósforo, ferro e ômega 3. Pensando nisso, a Gomes da Costa, marca líder no segmento de pescados enlatados, traz algumas dicas para amenizar o efeito das altas temperaturas no verão, incluindo o consumo de peixe.


  • Consumir alimentos fonte de vitamina C e ômega 3

O sistema imune deve ser fortalecido nos dias de temperaturas mais elevadas por meio do consumo de frutas, vegetais e pescados, que possuem proteínas e gorduras boas (ômega 3). Além de ajudarem na memória, contêm vitaminas C e E, que oferecem propriedades anti-inflamatórias, protegendo o sistema de possíveis inflamações. 


  • Aproveitar o sol

Ao aproveitarmos o sol nas horas corretas (antes das 10h e após as 16h), é possível absorver vitamina D, importante para a prevenção da osteoporose. O nutriente também pode ser encontrado pela ingestão de atum e sardinha, auxiliando assim na redução do desgaste dos ossos e tornando o corpo mais preparado para encarar as altas temperaturas.


  • Consumir alimentos ricos em cálcio

Nos dias mais quentes, é importante o consumo de alimentos frescos como agrião, brócolis, couve e feijão, ricos em cálcio, e que quando aliados ao atum, são ótimas opções para o fortalecimento de ossos e dentes, tornando-os mais saudáveis.


  • Consumir mais pescados

Em dias de temperatura elevada, a dica é optar pelo consumo de carnes magras que são digeridas mais rapidamente pelo organismo, evitando desconforto. Entre as melhores opções estão peixes in natura ou pescados enlatados, como atum e sardinha.

A Gomes da Costa possui um portfólio completo de atum que conta com a linha tradicional, nas versões Sólido, Pedaços ou Ralada; a linha Premium, produzida com a parte mais nobre dos pescados; a linha Light, que oferece até 86% de redução no teor de sódio e as versões Salada e Patê, perfeitos para o consumo rápido e para quem precisa de praticidade no dia a dia.

 

Gomes da Costa
https://gomesdacosta.com.br/
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Dia da Ressaca: dicas e receitas para dar aquela faxina no organismo


Exagerou na bebida no fim de semana? Então, você está apto a celebrar o Dia da Ressaca, que é comemorado anualmente no Brasil, no dia 28 de fevereiro. A ressaca é uma resposta do organismo quando o corpo está intoxicado pelo álcool. Dores de cabeça, enjoos e desidratação são alguns dos sintomas mais comuns da ressaca. Mas você sabia que muitos alimentos podem auxiliar na limpeza e desintoxicação do organismo, combatendo as substâncias que prejudicam o seu funcionamento?

 

A hidratação através da ingestão de água, sempre será um dos principais focos para quem quer manter-se saudável e com um bom funcionamento dos órgãos. A água é fundamental para limpar o organismo das toxinas, além de outros benefícios como, equilíbrio térmico, melhora da elasticidade da pele, digestão e aumento do sistema imunológico.

 

“As frutas são ótimas opções para ajudar nessa limpeza e dentre elas estão a melancia, que é rica em fibras e água, tendo efeito diurético, que reduz o inchaço. O abacaxi também tem função diurética, além de enzimas que facilitam principalmente a digestão das proteínas. A maçã fornece um bom aporte de fibras, o que promove a retirada do colesterol das artérias, além de auxiliar no trânsito intestinal”, explica a nutricionista Livia Lima, da rede Hortifruti Natural da Terra.

 

Segundo Livia, legumes e verduras também são importantes nesse processo de desintoxicação. “A couve é um alimento rico em ferro, auxiliando na produção de hemoglobina, oxigenação e limpeza do intestino. A alface também é um bom aliado por conter fibras e flavonoides, além de facilitar a redução da retenção de líquido. E a beterraba sendo rica em vitaminas A, C, B1, B2, além do betacaroteno, combate os radicais livres e protege as células”.

 

Esses alimentos potencializam o poder de desintoxicação do organismo, que pode estar associado ao inchaço e ganho de peso. Por isso a importância de manter hábitos de alimentação saudável associada à prática de exercícios físicos!

 

Abaixo, algumas receitas da nutricionista para ajudar na “faxina” do organismo.


 

Receita: Muffin de vegetais

 

– Abobrinha – 1 xícara de chá

– Cenoura – 1/3 xícara de chá

– Couve-flor – 1/2 xícara de chá

– Cebola – 1 unidade

– Espinafre – 1/2 xícara de chá

– Grão-de-bico – 1/2 xícara de chá

– Aveia – 1/2 xícara de chá

– Clara de ovo – 2 unidades

– Ovo – 1 unidade

– Sal a gosto

 

Modo de preparo:

– Em um recipiente grande misture todos os legumes ralados.

– Acrescente a aveia, o ovo inteiro e as claras.

– Misture bem e tempere com sal a gosto.

– Coloque a mistura nas forminhas untadas com óleo.

– Leve para assar em forno pré-aquecido a 200° por 15 minutos.

– Desenforme e sirva ainda quente.

 



Suco verde

 

Ingredientes


1 folha de couve ou outra folha verde-escura de sua preferência

1 maçã média com casca e sem semente cortada em pedaços

1 cenoura com casca cortada em pedaços

1 punhado de salsinha

1 colher de sopa de linhaça ou de chia hidratada

Suco de ½ limão

½ copo de água de coco



Modo de preparo: bata tudo no liquidificador com algumas pedras de gelo e consuma em seguida.

 



Suco de melancia com hortelã

 

Ingredientes


Duas fatias médias de melancia e sem sementes

Duas folhas de hortelã

Um pedaço pequeno de gengibre

Uma colher de farinha de linhaça



Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador com algumas pedras de gelo e sirva.

 



Suco rosa antioxidante

 

Ingredientes


1 tomate

1 goiaba vermelha

7 morangos

Suco de um limão

3 pedras de gelo

250ml de água filtrada


Modo de preparo: Bata os ingredientes no liquidificador e sirva sem coar


Adoçante ou mel: Qual é a melhor opção para evitar diabetes?

Dr. Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e especialista em genômica, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), explica que a escolha entre adoçante e mel para evitar diabetes deve levar em consideração diversos fatores, como histórico de saúde, estilo de vida e preferências pessoais.

Do ponto de vista neurocientífico, o consumo de açúcar ativa áreas cerebrais relacionadas ao prazer, liberando dopamina. Essa resposta pode levar ao consumo excessivo de doces e aumentar o risco de diabetes.

Adoçantes artificiais, apesar de não ativarem o sistema de recompensa da mesma forma que o açúcar, podem dessensibilizar as papilas gustativas, levando ao aumento da ingestão de doces para compensar a diminuição da percepção do sabor.

O mel, por outro lado, é um adoçante natural composto principalmente de frutose e glicose. Seu consumo causa um aumento na glicemia, porém, em menor grau do que o açúcar tradicional.

Estudos genômicos identificaram variantes genéticas que podem influenciar a suscetibilidade individual à diabetes tipo 2. Indivíduos com essas variantes podem ter uma resposta glicêmica mais acentuada ao consumo de açúcares.

Para indivíduos com alto risco de diabetes, o ideal é reduzir o consumo de qualquer tipo de adoçante, incluindo mel, e optar por alternativas naturais como frutas frescas e especiarias.

A adoção de uma dieta saudável e a prática regular de atividade física são medidas essenciais para prevenir o desenvolvimento de diabetes tipo 2, independentemente da escolha do adoçante.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela também destaca os riscos e benefícios do mel e adoçantes em relação ao câncer.

O mel, em consumo frequente, pode estar associado a um risco aumentado de câncer de estômago, especialmente em indivíduos com predisposição genética. No entanto, é rico em antioxidantes e possui propriedades anti-inflamatórias que podem reduzir o risco de alguns tipos de câncer.

Adoçantes artificiais foram associados ao câncer de bexiga e podem alterar a microbiota intestinal, o que aumenta o risco de doenças como diabetes e obesidade, que por sua vez aumentam o risco de alguns tipos de câncer. No entanto, não contêm calorias e não causam cáries.

A escolha entre mel e adoçantes deve ser individualizada e levar em consideração diversos fatores, como histórico de saúde, estilo de vida e preferências pessoais. É importante ressaltar que o consumo moderado de qualquer tipo de adoçante é essencial para evitar os riscos potenciais à saúde. 



CPAH - centro de pesquisa dedicado à excelência em pesquisas, laboratório avançado, formação de pesquisadores, publicação de revista científica, recolocação profissional, registro de método, capacitação profissional e oferta de cursos especializados, convida você a explorar mais sobre suas atividades e conquistas em www.cpah.eu.


Tahine de qualidade é ingrediente árabe curinga para receitas e lanches

Ana Oehler


Pouco conhecida no Brasil, a pasta de gergelim, além de saborosa, tem benefícios para a saúde


A culinária árabe é muito conhecida e apreciada no Brasil, difundida pelos imigrantes do Oriente Médio que abriram suas casas por aqui. São muitos os seus diferenciais, como o uso de legumes (pimentão, berinjela) e oleaginosas (grão-de-bico) para fazer pastinhas versáteis que vão do café da manhã ao jantar com muita praticidade.

Um ingrediente muito importante nelas, e pouco conhecido por aqui, é a tahine. A pasta de gergelim feita a partir de sementes descascadas e moídas é ingrediente para muitas
receitas da culinária árabe, tais como os amados hommus e babaganoush. Ainda é rica em antioxidantes, combatendo os radicais livres e o envelhecimento precoce, e em ômega-6, que combate o "colesterol ruim", o LDL.

Pra ter receitas bem-feitas, no entanto, é importante escolher um tahine de qualidade. Joseph Moris, do Restaurante e Empório Samir Amis, explica. “Muitas das marcas acabam levando ingredientes diversos além do gergelim, como conservantes, ou impurezas. O tahine ideal também vem bem triturado, sem tantos pedacinhos de gergelim”, diz o empresário, a segunda geração à frente do restaurante fundado por seu pai, Moris Azar, em 2006.

O ingrediente ainda pode enriquecer outras receitas, como molhos para saladas ou em torradas ao lado de geleia ou mel. O Empório Samir Amis, conjugado ao restaurante, oferece diversas opções de marcas da pasta, como a importada Durra, recomendada por Joseph. “A pasta mais pura melhora a textura e o sabor das receitas”.


sábado, 9 de março de 2024

Sem coleira: Passeio com cachorro solto traz riscos ao animal e às pessoas ao redor

Imagem de Tom und Nicki Löschner
O passeio é um momento diário importante para o cachorro, pois é quando consegue expressar os comportamentos naturais da espécie, como cavar, farejar, marcar território, gastar energia física e mental. 

Muitos donos, inclusive, o levam ao passeio sem coleira, geralmente com a justificativa de dar mais liberdade a ele, ou reforçando que é bem treinado e obediente.

 

No entanto, a escolha de passear com o peludo solto pode trazer sérios riscos e consequências – ao próprio cachorro, ao seu tutor e aos demais (humanos e não humanos) em seu redor.

 

De acordo com Camilli Chamone, geneticista, consultora em bem-estar e comportamento canino e criadora da metodologia neuro compatível de educação para cães no Brasil, há humanos que acreditam ter total domínio sobre o cachorro – algo, segundo a ciência, ilusório. "Não temos esse controle absoluto nem sobre nós mesmos, cujo cérebro é o mais desenvolvido. Em momentos de raiva, uma pessoa é capaz de falar o que não deve e se arrepender depois, ou machucar psicológica e fisicamente alguém. Estes são exemplos de comportamentos nocivos, que provam que o autocontrole absoluto não existe. Como, então, conseguiríamos controlar 100% um terceiro – e, pior, um animal?", reflete.

 

Ou seja, ainda que o cão tenha uma rotina de passeios há anos, solto e sem nenhum problema, isso não assegura o controle do dono e não traz segurança para o futuro.

 

Além da falta de controle humano, outro fator de perigo para andar com o cachorro solto se relaciona com o fato desse animal (independentemente do tamanho ou raça) ter o desenvolvimento cognitivo e emocional equivalente ao de uma criança de dois anos de idade.

 

"Se for exposto a situações consideradas ameaçadoras (como buzinas, rojões, trovões, veículos em movimento, animais passando, pessoas gritando ou se locomovendo), o cérebro do cão vai reagir imediatamente, e não racionalizar diante do fato. Assim, ele pode institivamente fugir, causando uma série de transtornos: pessoas (em especial crianças e idosos, mais vulneráveis) correm o risco de caírem e 'serem atropeladas'; também há chances de acidentes no trânsito, capazes até de matar o animal, o condutor ou outras pessoas que sequer deram causa à situação. Ainda sob ameaça, o cão pode atacar a qualquer momento, causando desde ferimentos até fatalidades – mesmo que nunca tenha mordido ninguém antes", enumera a geneticista.

 

Por isso, os riscos não são apenas do cão e do dono, e é preciso lembrar que a rua é um ambiente do povo, que deve ser respeitado. A lógica vale para todas as raças e portes, pois "o cérebro de um shitzu, por exemplo, funciona exatamente da mesma forma que o cérebro de um pastor alemão ou de um cão sem raça definida" – exemplifica Chamone.

 

Assim, é importante que os donos entendam que o equipamento de passeio é uma ferramenta de segurança, pois minimiza todos esses riscos. "Ele tem função semelhante à de um cinto de segurança: quando os humanos entram no carro e colocam o cinto, o objetivo não é educar o motorista a dirigir, mas sim proteger quem está dentro do veículo, caso aconteça um incidente. Com o cão é a mesma lógica: a coleira funciona como um 'cinto', protegendo-o de cenários que o coloquem em risco".

 

E, como o equipamento não tem o objetivo de educar ou de punir, não é necessário usar no cachorro algo que o machuque ou cause desconforto, como, por exemplo, o enforcador. "Basta ter um peitoral confortável e uma guia – inclusive uma mais longa, se o dono assim desejar, para que o animal possa explorar melhor o ambiente e desfrutar a liberdade de um passeio com segurança e tranquilidade", assegura.


 

Legislação e bom senso


Há leis estaduais e municipais que proíbem cachorro na rua sem equipamento de passeio, prevendo multas e apreensão do animal, a depender do local. Além disso, o Artigo 159 do Código Civil menciona dano a terceiro e o dever de indenizar – neste caso, se já tiver acontecido algo drástico, como uma agressão.

 

Ainda assim, a legislação é pouco respeitada no dia a dia. "Em meus atendimentos, as pessoas relatam sofrer cotidianamente com o comportamento de donos que andam com cães sem a guia, em várias partes do País. Muito se fala sobre corrupção e não obediência às leis, mas pouca atenção se dá a quem comete pequenos delitos, que também infringem a liberdade e o bem-estar das pessoas. Isso indubitavelmente deveria ser repensado como um valor moral", opina a geneticista. 

Para ela, viver no coletivo exige consciência e bom senso, algo que começa com atitudes básicas – como passear com o peludo preso à guia. "Esta é uma forma de manter a consideração e o respeito às pessoas, aos animais e ao espaço coletivo em que vivemos e compartilhamos", finaliza Chamone.

 

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