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Cuidar da fertilidade é essencial para toda mulher
que deseja engravidar, mas nem todas sabem que diversos fatores podem interferir
negativamente nesse processo. Hábitos diários, escolhas de vida e até mesmo
algumas crenças podem prejudicar a saúde reprodutiva de forma silenciosa.
“A preservação da fertilidade é algo ainda pouco discutido, mas
essencial, para mulheres e homens que desejam ter filhos, no momento atual ou
no futuro”, alerta o Dr. Vamberto Maia Filho, ginecologista
especializado em reprodução humana.
Pensando nisso, ele listou 5 mentiras que podem causar
desinformação e diminuir consideravelmente as chances de concepção:
Idade além dos 35 anos é indiferente
A ideia de que "a idade é apenas um número" não se
aplica quando falamos sobre fertilidade. Tempo são óvulos. Para muitas
mulheres, a tentativa de engravidar após os 35 anos pode se tornar uma batalha,
pois a qualidade e a quantidade dos óvulos começam a diminuir
significativamente. Estudos indicam que após os 30 anos, a reserva ovariana já
começa a declinar, e a partir dos 35 anos, esse processo acelera.
Dr. Vamberto enfatiza: "A qualidade e a quantidade dos óvulos
diminuem significativamente após os 35 anos, aumentando as dificuldades para
engravidar. Quanto mais cedo se planeja a gravidez, melhores são as chances de
sucesso, tanto para a mulher quanto para o bebê."
Por isso, é importante considerar esse fator ao planejar a
maternidade e buscar orientações médicas, caso o tempo seja um desafio.
Estresse e falta de sono não interferem
O impacto do estresse e da privação do sono na fertilidade muitas
vezes é subestimado. No entanto, altos níveis de estresse podem desregular
hormônios essenciais para a ovulação e a produção de espermatozoides. Além
disso, a falta de sono adequado pode afetar negativamente a qualidade dos
gametas e a regularidade do ciclo menstrual.
"O estresse crônico e a privação do sono podem desregular o
eixo hormonal, dificultando a ovulação e a qualidade dos espermatozoides.
Práticas como meditação, exercícios físicos e boas noites de sono são
fundamentais para a qualidade de vida e inclusive melhorar a fertilidade",
recomenda o médico especialista.
Garantir momentos de descanso e reduzir o estresse pode ser um
passo importante para quem deseja engravidar.
Álcool e cigarro não atrapalham “tanto assim”
O consumo de substâncias prejudiciais, como cigarro, álcool e
drogas recreativas, tem um impacto profundo na saúde reprodutiva tanto das
mulheres, quanto dos homens. O tabagismo, por exemplo, pode afetar a produção
de óvulos e reduzir a qualidade do sêmen, dificultando a concepção. O álcool,
além de reduzir a qualidade dos gametas, pode interferir no equilíbrio
hormonal, enquanto o uso de drogas como a maconha pode prejudicar a ovulação e
a motilidade espermática.
Dr. Vamberto afirma: "Cigarro, álcool e drogas reduzem a
qualidade dos gametas e aumentam o risco de complicações durante a gestação.
Para quem deseja engravidar, é imprescindível interromper o uso dessas
substâncias o mais cedo possível." Isso vale tanto para homens quanto para
mulheres, que devem buscar hábitos mais saudáveis para otimizar sua
fertilidade.
Doenças crônicas podem ser ignoradas
Muitas pessoas não sabem, mas doenças crônicas como diabetes e
hipertensão, podem afetar diretamente a fertilidade, tanto feminina quanto
masculina. O controle inadequado de doenças como essas pode levar a
complicações sérias, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP) em mulheres
ou diminuição da contagem de espermatozoides nos homens. Além disso, o estresse
causado pela falta de controle sobre essas condições pode prejudicar a ovulação
e a produção de espermatozoides saudáveis.
"Condições como diabetes e hipertensão descontroladas podem
afetar negativamente a fertilidade e aumentar o risco de complicações durante a
gestação. Por isso, é fundamental manter essas doenças sob controle com acompanhamento
médico regular." Manter um estilo de vida saudável e seguir o tratamento
prescrito pode melhorar não apenas a saúde geral, mas também a capacidade
reprodutiva.
Comer bem é apenas um ‘detalhe’
Uma alimentação equilibrada e saudável desempenha um papel crucial
na saúde reprodutiva. Dietas irregulares, com alto consumo de alimentos
ultraprocessados, pobre em nutrientes essenciais, podem interferir no
funcionamento hormonal e no ciclo menstrual. A ingestão inadequada de vitaminas
e minerais pode afetar a qualidade dos óvulos e espermatozoides, além de
dificultar a concepção. O excesso de peso também pode ser um fator de risco,
especialmente em mulheres, pois pode causar resistência à insulina e aumentar
os níveis de testosterona, prejudicando a ovulação.
Dr. Vamberto recomenda: "Dietas desequilibradas podem
interferir nos ciclos menstruais e na ovulação. A melhor forma de promover a
fertilidade é manter uma alimentação rica em nutrientes, priorizando alimentos
frescos, naturais e equilibrados." A orientação de um nutricionista pode
ser fundamental para adaptar sua dieta às necessidades do corpo e melhorar suas
chances de concepção.
Evitar esses erros pode ser a chave para uma jornada de fertilidade bem-sucedida. Se você está tentando engravidar, tenha em mente que pequenas mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença. “Consultar um especialista e realizar exames periódicos são etapas essenciais para garantir que a saúde reprodutiva esteja em dia”, finaliza o especialista.
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