Descubra Como A Rigidez Cognitiva Afeta A Vida De Indivíduos Com Transtorno Do Espectro Autista E Explore Estratégias Para Promover Maior Adaptação E Conforto
A rigidez cognitiva é uma característica comumente observada em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa condição refere-se à dificuldade em ajustar pensamentos, comportamentos e ações diante de mudanças ou situações inesperadas.
Essa inflexibilidade pode afetar várias áreas da vida, como interações sociais, aprendizado e a capacidade de enfrentar desafios cotidianos. A rigidez no autismo se manifesta como uma forte preferência por rotinas, padrões e previsibilidade.
Pessoas com TEA tendem a
seguir rigorosamente suas rotinas diárias, resistindo a mudanças no ambiente ou
apresentando comportamentos repetitivos. Por exemplo, uma criança pode preferir
usar sempre o mesmo prato ou seguir um caminho específico para a escola;
qualquer alteração nessa rotina pode provocar desconforto ou ansiedade - Explica a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em
Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em
Neurodesenvolvimento
Causas da Rigidez Cognitiva
Vamos conhecer os vários fatores que podem influenciar a rigidez cognitiva em pessoas autistas:
- Diferenças neurológicas: Alterações no funcionamento cerebral, especialmente nas áreas
relacionadas à flexibilidade cognitiva e à regulação emocional.
- Ansiedade: A busca por controle e previsibilidade muitas vezes surge como uma forma
de lidar com a ansiedade provocada por um mundo que pode parecer caótico ou
imprevisível.
- Preferências sensoriais: Sensibilidades sensoriais podem levar à adesão a padrões que
proporcionam conforto e segurança.
Rigidez Cognitivo - Impactos
no Cotidiano
A rigidez cognitiva pode impactar a vida de um indivíduo autista de várias maneiras:
- Interações sociais: Dificuldade em aceitar diferentes perspectivas ou adaptar-se a
dinâmicas sociais.
- Aprendizado: Resistência a novas abordagens ou materiais que não correspondam às
suas preferências.
- Dinâmica familiar: A insistência em manter padrões rígidos pode afetar as relações
familiares, especialmente em situações que exigem flexibilidade.
Existem estratégias que podem ajudar a minimizar os
impactos da rigidez cognitiva e promover maior flexibilidade:
- Preparação para mudanças: Avisar com antecedência sobre alterações na rotina pode ajudar a
reduzir a ansiedade.
- Terapias especializadas: Intervenções como terapia comportamental (ABA) e terapia ocupacional
podem desenvolver habilidades de adaptação e regulação emocional.
- Ambiente estruturado: Criar um espaço previsível e organizado proporciona segurança, enquanto
mudanças são introduzidas gradualmente.
- Reforço positivo: Incentivar e recompensar comportamentos flexíveis ajuda o indivíduo a se sentir mais confortável com as mudanças.
Vale ressaltar que a rigidez
no autismo não é uma escolha; trata-se de uma característica intrínseca que
reflete como o cérebro processa informações e interage com o ambiente. Com
compreensão e apoio adequados, é possível ajudar pessoas com TEA a desenvolver maior
flexibilidade, enfrentando os desafios diários de maneira mais tranquila – Finaliza a Dra. Gesika Amorim.
Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo
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