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quarta-feira, 2 de abril de 2025

Semana do Autismo - Entenda O Que É Rigidez Cognitiva

Descubra Como A Rigidez Cognitiva Afeta A Vida De Indivíduos Com Transtorno Do Espectro Autista E Explore Estratégias Para Promover Maior Adaptação E Conforto

 

A rigidez cognitiva é uma característica comumente observada em indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Essa condição refere-se à dificuldade em ajustar pensamentos, comportamentos e ações diante de mudanças ou situações inesperadas. 

Essa inflexibilidade pode afetar várias áreas da vida, como interações sociais, aprendizado e a capacidade de enfrentar desafios cotidianos. A rigidez no autismo se manifesta como uma forte preferência por rotinas, padrões e previsibilidade. 

Pessoas com TEA tendem a seguir rigorosamente suas rotinas diárias, resistindo a mudanças no ambiente ou apresentando comportamentos repetitivos. Por exemplo, uma criança pode preferir usar sempre o mesmo prato ou seguir um caminho específico para a escola; qualquer alteração nessa rotina pode provocar desconforto ou ansiedade - Explica a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em Neurodesenvolvimento

 

Causas da Rigidez Cognitiva 

Vamos conhecer os vários fatores que podem influenciar a rigidez cognitiva em pessoas autistas: 

- Diferenças neurológicas: Alterações no funcionamento cerebral, especialmente nas áreas relacionadas à flexibilidade cognitiva e à regulação emocional.

- Ansiedade: A busca por controle e previsibilidade muitas vezes surge como uma forma de lidar com a ansiedade provocada por um mundo que pode parecer caótico ou imprevisível.

- Preferências sensoriais: Sensibilidades sensoriais podem levar à adesão a padrões que proporcionam conforto e segurança.

 

Rigidez Cognitivo - Impactos no Cotidiano

 

A rigidez cognitiva pode impactar a vida de um indivíduo autista de várias maneiras:

 

- Interações sociais: Dificuldade em aceitar diferentes perspectivas ou adaptar-se a dinâmicas sociais.

- Aprendizado: Resistência a novas abordagens ou materiais que não correspondam às suas preferências.

- Dinâmica familiar: A insistência em manter padrões rígidos pode afetar as relações familiares, especialmente em situações que exigem flexibilidade.

 

Existem estratégias que podem ajudar a minimizar os impactos da rigidez cognitiva e promover maior flexibilidade:

 

- Preparação para mudanças: Avisar com antecedência sobre alterações na rotina pode ajudar a reduzir a ansiedade.

- Terapias especializadas: Intervenções como terapia comportamental (ABA) e terapia ocupacional podem desenvolver habilidades de adaptação e regulação emocional.

- Ambiente estruturado: Criar um espaço previsível e organizado proporciona segurança, enquanto mudanças são introduzidas gradualmente.

- Reforço positivo: Incentivar e recompensar comportamentos flexíveis ajuda o indivíduo a se sentir mais confortável com as mudanças. 

Vale ressaltar que a rigidez no autismo não é uma escolha; trata-se de uma característica intrínseca que reflete como o cérebro processa informações e interage com o ambiente. Com compreensão e apoio adequados, é possível ajudar pessoas com TEA a desenvolver maior flexibilidade, enfrentando os desafios diários de maneira mais tranquila – Finaliza a Dra. Gesika Amorim. 



Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo


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