Pesquisar no Blog

segunda-feira, 4 de março de 2024

IA se populariza no varejo, mas está longe da realidade das PMEs

Thinkstock
A inteligência artificial melhora estratégias de negócio e torna a relação com o consumidor mais fluida e hiperpersonalizada. Mas quem não tem DNA digital tende a ficar para trás, segundo especialistas do Comitê de Conjuntura da ACSP

 

Chatbots para interações mais fluidas e eficazes no atendimento. Realidade aumentada para visualizar produtos e melhorar a tomada de decisão de compra, reduzindo trocas e devoluções. Comércio por voz com ajuda de assistentes como Alexia ou Google. Hiperpersonalização de ofertas e produtos.

As estratégias baseadas em inteligência artificial (IA) se popularizam cada vez mais no varejo, e é a grande tendência para 2024, conforme apontado na NRF, principal feira do varejo mundial, em janeiro último. Mas existe um gap até ser adotada pelo pequeno varejo, seja por falta de "DNA digital" ou recursos financeiros para avançar.

A análise, feita por um especialista em comércio eletrônico, foi apresentada durante reunião do Comitê de Avaliação de Conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizada na última quinta-feira (29). A pedido da ACSP, os nomes dos participantes desta reunião não são divulgados. 

Um estudo espanhol sobre o mercado global de e-commerce realizado com 18 profissionais, citado pelo especialista, também apontou a IA como grande tendência para 2024, sendo que as soluções mencionadas mais acima devem ser implementadas, em grande parte, pelo comércio eletrônico. 

Além de todas essas soluções, o uso intensivo em personalização será crucial para conquistar ainda mais o público-alvo, substituindo publicidade genérica por campanhas em tempo real. 

"A IA será essencial para oferecer recomendações precisas e melhorar segmentação do público-alvo, com eficiência na previsão de demandas e otimização de campanhas publicitárias para aumento eficiente das receitas", afirmou. 

Outra utilização da IA tem a ver com as redes sociais e a ascensão do social commerce, ou compras diretamente no Instagram, Facebook e Tik Tok.

Ela permitirá que marcas se conectem com usuários e promovam produtos, gerando vendas e oferecendo experiências. "O público procura autenticidade, e ver pessoas reais por trás dos anúncios dá a entender que a ferramenta traz experiências." 

O especialista lembrou ainda de um evento pós-NRF que participou (Varejo 180º), que apontou que, ao contrário do que se espera, a IA automatizará tarefas manuais repetitivas, liberando colaboradores para atividades mais produtivas, estratégicas e análises preditivas baseadas em inteligência artificial. 

Estimativas do uso da IA na personalização de ofertas apontaram alta de 85% nos índices de satisfação do cliente, gerando como resultado maior fidelidade à marca, redução de 60% das taxas de devolução e precisão na recomendação de produtos, com aumento de 30% nas vendas personalizadas. 

"A estratégia baseada em IA decolou, o tema deixou de fazer parte de grupos seletos de pesquisadores e especialistas, que utilizam a tecnologia desde as décadas de 70 e 80. Agora ela se popularizou de vez."

UM PASSO ATRÁS

Mas, a princípio, essa "popularização" ainda não abrange o setor como um todo, segundo um empresário representante dos pequenos negócios presente à reunião, que chama esse movimento de "buracos de transição".

Ele afirmou que, mesmo com todo esse potencial, essa realidade está longe de aterrissar no pequeno varejo. E do ponto de vista do consumidor, também há diversos buracos, e muitas pessoas em posição de comando não se atentaram para isso no processo de satisfação do cliente.

Em sua avaliação, substituiu-se o processo normal, onde existia intervenção humana, por processos totalmente automatizados com a perspectiva em IA.

"Vai resolver, mas está longe de ser completa, gerando insatisfações onde podem existir oportunidades se empresas se debruçarem nesse buraco para encontrem soluções grandes de automação baseadas em inteligência artificial", disse. "Mas não vejo isso acontecendo: os buracos vão aumentando, e as soluções hoje não contemplam o pequeno varejista."

Se a IA sinaliza que será uma tecnologia perene, e entra em fase de crescimento a partir de agora, nesse momento, segundo o especialista em e-commerce, para os pequenos comerciantes que não têm capacidade de investimento nem DNA digital em sua infraestrutura, o processo deve levar tempo.

"A partir de agora, o uso da IA vai ser mais sentido, percebido e adotado pelas grandes corporações."

Ele reforçou lembrando que Amazon, Mercado Livre e plataformas chinesas rapidamente têm adotado todas as possibilidades de uso da IA não só para melhorar experiências, mas também processos operacionais e ainda reduzir custos.

"Há o consumidor que tem necessidade de falar, pegar o telefone, ligar. Mas cada vez mais isso é deixado de lado, colocando em risco indicadores como o NPS (que mede o nível de lealdade do consumidor), por ser tratado como 'mais um.'''

Daí a importância de adotar a IA para perceber e entender qual o perfil desse consumidor, sua jornada, o que compra efetivamente, o que pessoas como eles compram, e como posso melhorar recomendação e oferecer atendimento inteligente pelo chatbot: ele será cada vez mais transparente, e muitas vezes nem se perceberá quando a varejista, o "outro lado", fizer um bom trabalho nesse sentido, afirmou. 

"Mas vai sim gerar gap entre empresas que adotam IA rapidamente (grandes varejistas) e quem ficar um pouco para trás - normal quando uma nova tecnologia chega de forma tão disruptiva como essa." 


VAREJO VAI CRESCER MENOS

As projeções para o crescimento do varejo em 2023, de 1,9%, ficaram ligeiramente abaixo do esperado, em 1,75%, destacou um economista que participou da reunião da ACSP. Ele explicou que, apesar dessa "tendência decrescente no crescimento" das vendas do varejo, ele vai continuar crescendo. 

Mas bem menos: os juros ainda estão elevados, a renda vai crescer, mas menos, o endividamento das famílias continua alto, e a tendência da confiança do consumidor continua declinante.

"A projeção deve ser revisada para cima, com o aumento da concessão de crédito para pessoa física", destacou. "Serviços também deveriam crescer, mas por conta do esgotamento do efeito pós-isolamento social, as pessoas agora querem intensificar cada vez mais as atividade presenciais."

O e-commerce, assim como o varejo, também cresceu relativamente abaixo do esperado em 2023, destacou o especialista no setor. No ano passado, faturou 9,5% a mais do que em 2022 (R$ 186 bilhões), com crescimento do tíquete médio em 2% (R$ 470), disse, citando dados da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). No total, foram 395 milhões de pedidos (alta de 7%), e quase 88 milhões de consumidores que compraram pela pela internet (5%).

Mesmo sendo uma elevação, para o setor ela é relativamente baixa, já que ao longo do ano as taxas elevadas impactaram a oferta de parcelamento sem juros. "Nenhum site, praticamente, faz isso mais", disse. "A inadimplência foi crescente, houve perda do poder aquisitivo de famílias, consumidores voltaram às compras em lojas físicas... tudo isso pode ter impactado o crescimento do e-commerce." 

 

Karina Lignelli
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/ia-se-populariza-no-varejo-mas-esta-longe-da-realidade-das-pmes

 

Dia da Mulher: caminhos para a autonomia financeira passam por mais oportunidades

 Especialista em finanças pessoais explica como a autonomia financeira das mulheres depende do acesso a oportunidades iguais para todos

 

Em 2024, completam-se 90 anos que as mulheres conquistaram direitos trabalhistas, podendo assim exercer outras funções além das atividades domésticas. Essa mudança só foi possível com a Constituição de 1934, que também proibiu o trabalho em ambientes insalubres e garantiu assistência médica e sanitária às gestantes. No entanto, muitas coisas ainda não funcionavam na prática, e apenas nas últimas décadas que elas têm conquistado maior autonomia frente aos desafios do dia a dia.

Hoje o cenário é outro e a mulher contemporânea pode ter mais independência, visto que o leque de oportunidades profissionais disponíveis é bem mais amplo, apesar de algumas dificuldades persistirem. Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, a maior presença feminina no mercado de trabalho tem permitido que elas tenham mais alternativas de sustento, impactando diretamente na sua qualidade de vida e na forma como os laços afetivos são mantidos, cada vez menos condicionados por aspectos puramente financeiros.

João explica que a relação das mulheres com o dinheiro está em uma constante evolução. “Atualmente, as mulheres estão cada vez mais antenadas sobre suas finanças pessoais e até mesmo sobre investimentos, o que faz com que tenham autonomia completa do que almejam fazer com o próprio dinheiro. Além disso, aquele estereótipo de que elas gastam muito deve ser posto em perspectiva, visto que se trata de uma armadilha que pode atingir a todas as pessoas, independente do gênero”, ressalta.

A independência das mulheres permite que elas sejam donas de suas vidas, de seus bens materiais e de seu próprio sustento. Dados de um levantamento da Provu, fintech de crédito pessoal e meios de pagamento, apontam que 71% das mulheres que utilizam a plataforma são a principal fonte de renda de suas casas. Além disso, pesquisa do Acordo Certo, empresa de negociação de dívidas, afirma que quando se trata de finanças pessoais, as mulheres tendem a ser mais assertivas e cuidadosas com o dinheiro, apesar de ganharem menos.

Recentemente, um caso emblemático na Faculdade de Medicina Albert Einstein em Nova Iorque recebeu atenção mundial. Ruth Gottesman, ex-professora da instituição, fez uma doação histórica de US$ 1 bilhão para promover a gratuidade das matrículas, beneficiando a todos os estudantes do curso, onde 59% são mulheres. Esta é a maior doação individual já feita para esta faculdade. A generosidade dela deve servir de exemplo não só para as mulheres, mas sim para todos que desejam um mundo mais justo. A expectativa é que a doação alivie o fardo financeiro dos recém-formados e torne a educação em medicina mais acessível para aqueles anteriormente excluídos.

Por outro lado, apesar dos avanços que estão acontecendo atualmente, João pontua que a desigualdade de oportunidades e, como consequência, a diferença significativa de salários (principalmente em cargos de liderança), continua sendo um problema persistente no mercado de trabalho, com homens historicamente recebendo mais que as mulheres, mesmo ocupando cargos similares.

Diante deste cenário, a promoção da igualdade de oportunidades é fundamental. “Muitas mulheres desistem de buscar promoções nas empresas para conciliar as responsabilidades familiares, enfrentando a ‘dupla jornada’. Por isso que igualdade salarial, reconhecimento (e divisão justa) da responsabilidade do cuidado integral com a família, e respeito são demandas primordiais das mulheres nas empresas e na vida”, finaliza João.


João Victorino - administrador de empresas, professor de MBA do Ibmec, especialista em finanças pessoais, formado em Administração de Empresas, tem MBA pela FIA-USP e Especialização em Marketing pela São Paulo Business School. Após vivenciar os percalços e a frustração de falir e se endividar, a experiência lhe trouxe aprendizados fundamentais em lidar com o dinheiro. Hoje, com uma carreira bem-sucedida, João busca contribuir para que pessoas melhorem suas finanças e prosperem em seus projetos ou carreiras. Para isso, idealizou e lidera o canal A Hora do Dinheiro com conteúdo gratuito e uma linguagem simples, objetiva e inclusiva.

 

Teoria x Prática: a diferença entre pensar e executar

Teoria e prática, apesar de serem termos que costumam andar juntos, possuem milhas de distância entre si. Isso acontece porque quando pensamos em algo na teoria, é apenas uma ideia, que está presente no nosso imaginário e ainda não foi executada. E muitas vezes, quando colocamos essa ideia em prática, pode não sair conforme imaginamos inicialmente, para melhor ou para pior. A teoria é uma idealização, enquanto a prática é a ação em si.

Dentro de uma empresa, nos vemos constantemente nesse dilema. Quantas vezes você não teve ideias brilhantes, frameworks “vencedores”, modelos bem sucedidos aplicados em outras companhias, mas quando foi executar, algo não funcionou e acabou dando errado? Ou pior, não tinha o conhecimento necessário e nem conseguiu colocar em prática? Pois então, tirar uma ideia do papel, mesmo que seja simples, é mais difícil do que parece.

Para que esse processo de ter uma ideia na teoria e colocá-la em prática depois seja menos doloroso no seu local de trabalho, é preciso entender alguns pontos: especialmente, se você não trabalha sozinho: o que você pensou está realmente claro para os colaboradores? Existe um passo a passo para ser seguido, com começo - meio - fim? Você possui os meios e as ferramentas para executar o que pensou? E, por fim, e mais importante: você sabe em qual resultado quer chegar?

Todos esses questionamentos devem ser levados em consideração no momento em que você decide tirar algo da teoria e pôr em prática, porque fazem diferença no sucesso ou não da sua ação. É importante que você e seu time estejam na mesma página, entendendo o que foi pensado, para que não ocorra diferentes visões e opiniões do que deve ser feito para concretizar o plano.

Usar uma ferramenta de gestão, que traga clareza e foco com relação ao que fazer, como fazer e a quem cabe cada tarefa é o melhor caminho. Os OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, são perfeitos, pois contemplam todos esses pontos. No entanto, é fundamental que a sua proposta também faça sentido para os envolvidos, caso contrário, ninguém saberá o motivo de executar determinada ideia e isso afetará substancialmente o nível de engajamento.

Aliado a isso, a ferramenta possui ciclos menores, de geralmente três meses, e permite ajustes frequentes no plano de execução de estratégia, o que é ótimo, afinal, sua ideia pode parecer genial no início, no papel, mas uma vez colocada em prática, começará a ser testada contra a realidade. Você precisará aprender com isso e ir ajustando, lapidando sua ideia. Desta forma, se alguma coisa não der certo na primeira tentativa, ou ocorrer alguma interferência externa, como guerra, Covid ou outras, é possível recalcular a rota e fazer modificações na teoria, para que assim a prática saia da maneira esperada e desejada.



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/

 

Livro desvenda o papel feminino nas grandes revoluções

Isabelle Anchieta cruza as trajetórias de Joana D'Arc e Maria Quitéria na obra "Revolucionárias" tecendo relações entre essas mulheres que inauguram uma posição social de gênero sem precedentes e investiga o que elas podem nos ensinar até hoje

 

Joana d’Arc foi a primeira mulher na história a liderar o exército francês; Maria Quitéria, menos conhecida (até entre os brasileiros), a primeira mulher brasileira a lutar oficialmente no exército nacional em prol da Independência do país. São 400 anos que distanciam as duas revolucionárias unidas por uma tessitura sociológica construída pela pesquisadora Isabelle Anchieta no livro “Revolucionárias – Joana d’Arc e Maria Quitéria” a ser lançado em março. O título demonstra o protagonismo feminino nas revoluções ao cruzar essas duas trajetórias e descortinar questões atuais e pertinentes: a luta por autodeterminação, a liderança carismática, a polarização social e o heroísmo (imperfeito).

Publicado pela Editora Planeta, o livro é divido em duas partes em que investiga aspectos da vida de cada uma, como a infância, a criação e as motivações que as levaram a se tornarem figuras históricas marcantes. Apesar da distância temporal e territorial, as duas personagens estudadas viveram em sociedades impregnadas por entraves culturais, legais, institucionais, à liberdade de escolha e à ação das mulheres. Mesmo assim, Joana liderou grandes cavaleiros franceses e era respeitada pelo rei. Maria Quitéria foi a única soldada reconhecida ainda em vida pelo imperador Dom Pedro I. A autora busca, ao recontar a história com um olhar sociológico, responder à pergunta primordial: como elas alcançaram tais honrarias? Como conseguiram, como mulheres, passarem de vítimas para algozes? De submissas à insubmissas e serem reconhecidas por isso? O livro é uma tentativa de elucidar o estranho sucesso dessa empreitada.

“Quanto mais pesquiso, mais me dou conta de que a história das mulheres é mais fruto de desconhecimento do que de ausências históricas. Elas foram presentes, atuantes, porém suas histórias não foram contadas e a memória é sempre traiçoeira quando não registrada”, afirma Anchieta, que também é autora da trilogia “Imagens da Mulher no Ocidente Moderno”, lançado em 2020.

As imagens são a pedra angular da pesquisa de Isabelle Anchieta, a partir das quais constrói a armação conceitual da pesquisa. É através da iconografia que as contradições se revelam, uma vez que grande parte das obras de arte, monumentos, emblemas e retratos que representam heróis são contaminadas por valores sociais. “Essa imagem maliciosa (e fascinante) é ao mesmo tempo testemunha e força ativa da História Social. Ela tem um papel central nas lutas por reconhecimento, não só dos sujeitos, mas das sociedades”, afirma a autora no livro, que ganha orelha assinada por Maria Arminda do Nascimento Arruda, Vice-reitora da Universidade de São Paulo.

“O argumento de fundo reside no reconhecimento de que essas heroínas inauguraram ‘uma posição social de gênero sem precedentes históricos, ainda que isso não tenha significado, imediatamente, uma mudança na situação das mulheres em geral’. Esse duplo paradoxo, presente tanto na radicalidade transgressiva das suas escolhas, quanto na heroificação dos seus feitos, tornam-nas personalidades aparentadas e passíveis de receber tratamento analítico comum”, destaca Arruda.

Para ampliar o alcance do livro, a autora não se limitou a documentos históricos, mas reuniu o próprio material de campo feito na França e no nordeste brasileiro que agrega caráter visual à narrativa. Espalhados em diversos capítulos, há variados QR codes que direcionam os leitores e as leitoras para vídeos, gravados pela própria autora, de obras de arte, museus e locais reais por onde Joana d’Arc e Maria Quitéria passaram, como os locais onde viveram.

 Divulgação 

Em Revolucionárias, Isabelle reconstrói a história das protagonistas, de uma forma inusitada e original, ao evidenciar que Joana e Quitéria são mais do que imagens de mulheres que participaram de momentos decisivos da construção da ideia de nação em seus países. Elas tornaram as próprias lutas símbolos atemporais, romperam com um sistema secular e remexeram na ordem dos costumes. “Foram modernas, antes que a modernidade firmasse seus pés”, escreveu Anchieta.

 

 Divulgação 

FICHA TÉCNICA:  

Título: Revolucionárias
Autora: Isabelle Anchieta
ISBN: 978-85-422-2498-6
336 páginas 
Adaptação de capa: Renata Vidal
Ilustrações de capa: Scholastic, 2021
Editora Planeta  

 

Sobre Isabelle Anchieta - Nascida em dezembro de 1978 em Belo Horizonte (MG), Isabelle Anchieta é Doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi a socióloga brasileira eleita na competição Mundial promovida pela Associação Internacional de Sociologia (ISA), com apoio da UNESCO, em 2014 e em 2008 recebeu o prêmio Rumos Itaú Cultural como professora de jornalismo cultural. Lecionou na Newton Paiva e na PUC Minas, em Belo Horizonte, e na Universidade Mackenzie, em São Paulo. A autora foi contemplada com o primeiro lugar na categoria Ciências Sociais do prêmio da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (prêmio Abeu 2020) pelo livro “Imagens da Mulher no Ocidente Moderno”, publicado em 2020 pela EDUSP. Foi colaboradora das revistas Sociologia e Mente e Cérebro, da Scientific American e do Estado da Arte do Jornal Estadão. Seus artigos são adotados em universidades de língua portuguesa como a Universidade de Coimbra, a Universidade da Madeira e a Universidade de Nova de Lisboa, em Portugal e na Universidade Lusófona, em Cabo Verde.

Grupo Planeta


Estratégias para reduzir a taxa de abandono em soluções financeiras

No mundo digital, a taxa de abandono de clientes pode ter impactos significativos na receita e na reputação da empresa. Em um mercado altamente competitivo, a retenção é fundamental para o sucesso a longo prazo de qualquer negócio, e ferramentas de engajamento digital são cruciais para mantê-los conectados e satisfeitos.

Questões como falta de comunicação, experiência insatisfatória, concorrência acirrada e mudanças nas necessidades podem contribuir para essa perda. O uso de tecnologias inovadoras e algumas estratégias podem reverter a ação de usuários prestes a deixar sua base ou aqueles que nunca utilizaram seus serviços, além de melhorar a satisfação, experiência e engajamento a cada interação.

Para aumentar as oportunidades de cross selling e reduzir ao máximo a taxa de abandono, seguem algumas estratégias:

1. Personalização da Experiência do Cliente: A personalização é a chave para criar uma conexão mais forte com os seus usuários. A utilização de ferramentas que oferecem recursos avançados de personalização permite manter um relacionamento próximo com seus clientes e compreender seus interesses. Ao compreender as preferências e comportamentos de usuários, é possível antecipar suas necessidades e oferecer soluções proativas, maximizando o valor que cada cliente traz para o seu negócio.

2. Comunicação Multicanal Eficiente: A comunicação multicanal é essencial para manter os clientes engajados, abordagem que garante que recebam informações importantes de maneira conveniente, escolhendo o canal que melhor se adapte às suas preferências.

3. Análise de Dados e Feedback: A coleta e análise de dados são fundamentais para entender o comportamento dos clientes. Com recursos robustos de análise, é possível que empresas identifiquem padrões de comportamento, antecipem tendências e personalizem suas estratégias de engajamento. Além disso, o feedback de clientes por meio de pesquisas e interações diretas é valiosa para aprimorar os produtos e serviços, demonstrando o compromisso da companhia com a satisfação do cliente.  

4. Ofertas Exclusivas e Programas de Fidelidade: A criação de ofertas exclusivas e programas de fidelidade é uma estratégia comprovada para manter os clientes fiéis à marca. Iniciativas como a produção de campanhas personalizadas, oferecer melhores taxas e condições, brindes ou acesso antecipado a novos serviços ou produtos incentivam a fidelidade e geram um senso de valor exclusivo para os clientes.

Acompanhando a jornada do usuário com um conjunto inteligente de ações, é possível reagir às necessidades e preferências dos clientes, melhorando a experiência em cada interação e mantendo-os ativos e engajados.

 

Marco Antonio Cester - diretor de Desenvolvimento de Negócios da Topaz, uma das maiores empresas de tecnologia especializadas em soluções financeiras digitais. Presente em 25 países das Américas, a Topaz conta com uma plataforma full banking reconhecida pelo Gartner, Forrester, Celent e outras consultorias internacionais.


Expandindo horizontes: o papel crucial das mulheres na exploração espacial da NASA!

Desde o pioneirismo de Sally Ride até a futura missão Artemis III, as mulheres têm desempenhado papéis fundamentais na exploração espacial, desafiando estereótipos e inspirando gerações.


O Programa Espacial inicial da NASA recrutou apenas homens para a exploração além da superfície da Terra. No final da década de 1970, porém, a agência selecionou sua primeira turma de mulheres astronautas. Ao longo das últimas quatro décadas, com o perdão do trocadilho, as mulheres passaram a ganhar mais espaço. Desde que a primeira mulher norte-americana explorou o espaço, o papel feminino na NASA tem sido fundamental e impactante. Do pioneirismo de Sally Ride, em 1983, às recentes conquistas, as mulheres têm desafiado estereótipos e superado barreiras, demonstrando excelência em campos que tradicionalmente foram dominados por homens.

As mulheres na NASA têm desempenhado papéis essenciais em todas as facetas da exploração espacial, desde a engenharia e ciência até a liderança e gestão de missões. Suas contribuições foram cruciais para avanços significativos em tecnologia espacial, pesquisa científica e descobertas sobre o cosmos.

Suas realizações, que contribuem significativamente para o avanço da exploração espacial, demonstram não apenas excelência científica e técnica, mas também inspiram futuras gerações de mulheres a seguir carreiras na área e a alcançar novos patamares. Seja liderando missões, conduzindo pesquisas de ponta ou inspirando a imaginação global, o papel das mulheres na NASA tem sido crucial para expandir nosso entendimento do cosmos e promover a igualdade de gênero no campo da ciência e da exploração espacial.

Apesar de, estatisticamente, menos de 15% das pessoas que foram ao espaço serem mulheres, e apenas um terço dos funcionários da NASA serem do sexo feminino, é preciso analisar os avanços até o momento. Se entre 1959 e 1969, a totalidade das pessoas formadas pelo curso para astronautas da agência espacial norte-americana eram homens, atualmente o índice caiu para a metade. 

Do ponto de vista da igualdade de gêneros ainda há uma longa estrada a se percorrer. No entanto, à medida que olhamos para o futuro, é fundamental reconhecer e valorizar o papel feminino na NASA, garantindo que continuem a ser líderes e pioneiras que inspiram. “Quarenta anos depois de Sally Ride, que inspirou inúmeras mulheres e meninas, a NASA se prepara para pousar a primeira mulher – e a primeira pessoa negra – na Lua como parte das missões Artemis III”, comenta a diretora de operações do Kennedy Space Center Visitor Complex, Therrin Protze.

A grande aposta do governo norte-americano, a Artemis III, está programada para pousar perto do polo sul lunar em 2026. A tripulação vai desembarcar no gelado polo sul da Lua, uma área em que nenhuma pessoa ou missão robótica esteve antes. Esta exploração será mais desafiadora, em comparação aos espaços prospectados durante as missões Apollo, de 1968 a 1972. A NASA se comprometeu a diversificar mais na seleção da tripulação, incluindo critérios raciais, de gênero e profissionais, que historicamente, não caracterizavam  o perfil das missões espaciais.

FICA A DICA!

Em uma viagem a Flórida, não deixe de incluir no roteiro visita ao Kennedy Space Center Vistor Complex, o carinhosamente conhecido pelos brasileiros como Parque da NASA, em Cabo Canaveral, a cerca de 1h de carro de Orlando. No entanto, a compra antecipada de ingressos é recomendada, bem como ficar por dentro da programação do complexo no site oficial.

 

Cinco desafios em se tornar uma líder no mercado tech

Falar sobre a igualdade de gênero no mercado pode parecer um assunto batido, mas, infelizmente, ainda vemos muitos desafios enfrentados por elas. Principalmente, em cargos de liderança e, ainda, em mercados majoritariamente masculinos, como o tech. Embora estejamos em um movimento contínuo na luta por essa igualdade, muito ainda precisa ser colocado em pauta sobre as dificuldades que elas enfrentam nestas carreiras, para que possamos ver cada vez mais representantes inspiradoras que revertam essa realidade.

Mesmo analisando um setor tão próspero e rico de oportunidades como o de TI, o cenário que vemos acerca da inserção e valorização das profissionais nessa área é preocupante. Em dados divulgados pela pesquisa Woman in Technology, como prova disso, foi identificado que menos de 20% dos cargos das áreas de tecnologia no Brasil são ocupados por mulheres. Se tratando das posições de liderança, o choque é ainda maior: totalizando apenas 12% que são mulheres, segundo outro estudo da KPMG com a Harvey Nash.

Reduzir essas porcentagens não é uma missão fácil, mas possível de ser feita se, primeiramente, houver uma compreensão das dificuldades que prejudicam essa igualdade para que, a partir disso, sejam estabelecidas medidas de combate a esse objetivo.

Por isso, confira abaixo cinco desafios consideráveis que devem ser levados em consideração neste aspecto:


#1 Falta de representatividade: a falta de apoio e incentivo à representatividade feminina, principalmente em cargos liderança, é um dos maiores fatores que fazem com que muitas profissionais deixem este mercado, conforme foi divulgado no relatório “Tech Leavers Study”. Precisamos de mulheres que inspirem e sirvam de apoio para que cada vez mais talentos alcancem este êxito, principalmente, diante da baixa quantidade de iniciativas existentes em muitas empresas que acaba dificultando esse processo.


#2 Estereótipos: quem nunca ouviu que o mercado tech é “trabalho de homem”? Muito costuma ser associado a profissões destinadas a cada gênero, o que, invariavelmente, dificulta que elas alcancem uma posição de liderança neste setor. Esses estereótipos só desencorajam que elas entrem nessa área, e precisam ser combatidos para que não existam mais esses pensamentos limitantes de gênero.


#3 Cultura organizacional: é dever das mulheres conciliar suas responsabilidades profissionais às do lar e família, enquanto dos homens é focar em seus trabalhos. Pode parecer antiquado, mas, até hoje, esse pensamento é enraizado em nossa sociedade e, muitas vezes, refletida na cultura das empresas – o que gera, por exemplo, em um tempo de licença paternidade significativamente menor do que a materna. Essa questão também precisa ser vista e analisada em como está refletida na cultura organizacional, para que não acabe prejudicando a luta pela igualdade de gênero.


#4 Discriminação e assédio: essa é uma questão que, infelizmente, ainda é vista em muitas empresas, principalmente as que contém um time majoritariamente masculino. Seja qual for o tipo de discriminação ou assédio, são situações extremamente desconfortantes e prejudiciais à presença feminina no local, o que desmotiva que permaneçam na empresa e alcancem posições de liderança.


#5 Falta de diversidade: times com diferentes visões, experiências, idades e hábitos são excelentes para trazer novas ideias e processos às empresas – especialmente, em prol de mudanças internas que impulsionem essa diversidade em todos os sentidos. Já aquelas que pecam nesse quesito, por sua vez, não criam o ambiente necessário para que elas consigam crescer e prosperar em suas áreas.

A luta pela inserção e valorização da mulher no mercado tech sempre foi grande, assim como em muitos outros setores como o esportivo, de engenharia etc. É fato que já estamos presenciando um movimento importante sobre isso, porém, muito ainda precisa ser mudado em relação à conscientização e aplicação de medidas que combatam essa realidade.

Precisamos reconhecer tudo o que foi conquistado até aqui e continuar promovendo ambientes profissionais cada vez mais inclusos, através de ações que não se limitem à liderança feminina. Afinal, existem muitos outros grupos minoritários que também enfrentam grandes dificuldades de valorização no mercado e, quanto mais nos unirmos em prol de um mesmo objetivo, mais forte estaremos para termos as mesmas oportunidades e conquistarmos nossos sonhos.

 

Camila Paiva - Diretora de Gente e Gestão da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

 Pontaltech

 

Educação na primeira infância: quanto mais cedo melhor

Além do potencial acadêmico, acesso a outras perspectivas culturais possibilita uma formação integral e um agir mais solidário


“Será que é muito cedo colocar meu filho para aprender uma outra língua? Ele irá aprender bem o português?”: Esses são questionamentos comuns dos pais quando pensam em proporcionar a melhor educação para a criança. A opção do bilinguismo, presente em muitas escolas, gera dúvidas e receios nessa fase tão importante de aprendizado. Além disso, a intensa oferta mercadológica muitas vezes impede de pensar no porquê da metodologia. 

Entretanto, ao experimentar diferentes línguas desde a infância, os alunos são expostos a uma ampla gama de perspectivas culturais, expandindo significativamente seus horizontes e entendimento do mundo. A diretora acadêmica da Maple Bear, Antonieta Megale, aponta que um dos principais benefícios vai além do ganho acadêmico, mas compõe em formar um cidadão mais preparado para a vida por meio dessa multiplicidade de visões. 

“Na educação bilíngue, a criança tem a oportunidade de compreender o mundo a partir de múltiplas perspectivas por meio de acesso a bens culturais e informações que circulam no mundo em diferentes línguas. Assim, mais do que esse aprendizado de uma outra língua, a gente tem a possibilidade de oferecer uma formação que tem o objetivo de cultivar um sujeito mais capacitado para contribuir positivamente para o mundo e para a sociedade”, diz Antonieta. 

Além dos ganhos na construção social e emocional, o conhecimento de outras línguas não só aumenta a empregabilidade, mas também abre portas para oportunidades internacionais e colaborações interculturais. “Ao proporcionar oportunidades de aprendizado em duas línguas desde os estágios iniciais do desenvolvimento acadêmico, os alunos não apenas adquirem habilidades linguísticas valiosas, mas também desenvolvem competências interculturais e de comunicação essenciais para sua mobilidade no mundo.” 

Toda essa diversidade de experiências possibilita ao estudante uma compreensão mais profunda e respeitosa das diversas formas de viver e pensar. Antonieta Megale ainda destaca que a educação bilíngue pode promover no ambiente escolar a circulação de narrativas que promovem valores universais, proporcionando um entendimento mais amplo e profundo da vida social. 

"A necessidade é de formar indivíduos capazes de questionar o status quo e que tenha maior possibilidade de ação no mundo. Nesse sentido, é crucial desenvolver a capacidade de compreender outras culturas para compreender sua própria. A educação bilíngue, ao abraçar a diversidade linguística e cultural, apresenta-se como um recurso poderoso para proporcionar uma formação abrangente que celebra as diferenças, incentiva a capacidade transformadora dos alunos e os capacita para enfrentar o mundo com responsabilidade e solidariedade", conclui a diretora.

 

Maple Bear

 

É preciso desconstruir estereótipos de sucesso feminino

À medida que nos aproximamos do Dia Internacional da Mulher, celebramos suas conquistas, mas também refletimos sobre sua participação no mercado de trabalho. Embora tenhamos testemunhado um aumento na presença feminina, disparidades persistem, especialmente em termos de equidade salarial e oportunidades. A determinação do papel da mulher no mercado de trabalho é uma escolha pessoal, muitas vezes envolvendo decisões difíceis entre família e carreira, o que influencia diretamente a presença delas em cargos de liderança corporativa.

Antes de adentrarmos em qualquer discussão, lhe convido à reflexão: quem disse que, para uma mulher ser feliz, é necessário ocupar posições de liderança? Trago essa provocação, pois a sociedade cria estereótipos que definem padrões de "sucesso". Assim, acredita-se que para ser feliz é preciso casar, ter uma casa própria ou mesmo alcançar cargos de liderança.

Um estudo recente realizado em 2023 pela Visier, uma plataforma de análise de pessoal e planejamento de força de trabalho, revela uma tendência interessante: os funcionários estão trocando cargos de liderança por tempo livre. O estudo, conduzido nos Estados Unidos, investigou as ambições dentro e fora do local de trabalho, incluindo a gestão de pessoas, dos entrevistados. Conclusão: 91% dos funcionários liberais preferem não se tornar gestores, seja pelo estresse adicional, seja pela satisfação com suas funções atuais. Embora a pesquisa tenha considerado profissionais de diferentes faixas etárias, essa tendência de equilibrar trabalho e qualidade de vida já é uma característica marcante na Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010), que representa os futuros líderes das organizações.

Durante a pandemia, muitos puderam equilibrar melhor vida pessoal e profissional, percebendo que há mais na vida do que apenas trabalho e finanças. É essencial entregar resultados no trabalho de maneira sustentável, preservando a saúde mental e evitando o esgotamento profissional, que pode prejudicar tanto o colaborador quanto a empresa.

Para as mulheres que aspiram avançar em suas carreiras e ocupar posições de liderança, há um dado encorajador: em 2023, pela primeira vez na história das empresas listadas na Fortune 500, 10% dos CEOs eram mulheres, representando um marco significativo. Apesar de ainda haver espaço para crescimento, essa porcentagem já é superior à de anos anteriores. A inclusão delas em todos os níveis de liderança está se tornando um tema frequente, impulsionado pelas práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) exigidas das organizações.

Em 2024, não há mais espaço para empresas com práticas machistas e excludentes. Nos processos seletivos, há uma crescente busca por diversidade, em todas as esferas e, principalmente, de ideias. Ignorar essa questão pode levar ao fracasso e à falência das organizações, uma vez que os consumidores exigem diversidade e inclusão de forma contundente.

As mudanças precisam ocorrer em todos os âmbitos da sociedade, não apenas dentro das empresas. O sistema precisa ser transformado. Quem disse que é papel da mulher cuidar da casa, do trabalho e da carreira? Por que essa sobrecarga precisa recair principalmente sobre elas? Da mesma forma, é crucial entender que o processo de mudança não ocorre da noite para o dia e requer consistência, resiliência e, sobretudo, competências. A implementação de políticas público-privadas que garantam direitos e deveres iguais para homens e mulheres, como a ampliação da licença paternidade, também é relevante para que as mulheres tenham as mesmas condições de competitividade.

Cada mulher deve buscar a felicidade e o autoconhecimento, seja por terapia ou coaching, independentemente do cargo ocupado. Não importa se você é uma analista, coordenadora, gerente, diretora ou presidente, mas sim se está impactando vidas com seu trabalho e se, ao final do dia, sente-se realizada. O importante é impactar vidas com seu trabalho, conforme Antoine de Saint Exupéry destacou: 'O que se leva da vida é a vida que se leva'.

 

Competitividade em evidência 

Com a evolução do mercado empresarial, a valorização das chamadas soft skills, competências e habilidades comportamentais, tem se fortalecido globalmente. Neste contexto, as mulheres se destacam e impactam positivamente o desempenho financeiro das organizações. Diferentemente dos homens, que tendem a ser mais pragmáticos, as mulheres demonstram sensibilidade, sensatez e assertividade, características essenciais para a gestão de conflitos. Além disso, possuem habilidades superiores para trabalho em equipe e negociação eficaz. Integrar essas características femininas pode ser o diferencial necessário para as empresas se adaptarem e se reinventarem constantemente.

Quanto à competitividade, o mercado de trabalho demanda profissionais competentes e dotados do maior conjunto possível de habilidades, independentemente de gênero, raça, cor ou outros fatores. Nesse sentido, as mulheres têm todas as condições necessárias para competir e se destacar. É essencial que elas desenvolvam competências, habilidades e conhecimento técnico nas áreas em que atuam, permitindo que assumam cada vez mais responsabilidades e cargos de maior complexidade, caso desejem.

 

É preciso combater o etarismo

O etarismo, ou preconceito contra os idosos, ganhou destaque após a pandemia da Covid-19, especialmente com a crescente aceitação das mulheres em relação aos cabelos brancos naturais. Esse aumento de visibilidade trouxe o assunto para discussão, mas ainda enfrenta obstáculos significativos no ambiente corporativo. É comum que as empresas busquem profissionais mais jovens, mesmo para cargos de alta gestão, como gerentes e diretores, uma prática que não reflete a sensatez. Hoje, uma mulher de 60 anos pode ser tão jovem, ativa e produtiva quanto qualquer outra, trazendo consigo uma vasta experiência profissional e pessoal valiosa para contribuir com as empresas.

Assim cabe aos órgãos de administração das empresas, desde os conselhos de administração até a alta gestão, não apenas discutir, mas também implementar práticas eficazes para a inclusão e valorização dessas profissionais.

 

David Braga - CEO, board advisor e headhunter da Prime Talent, empresa de busca e seleção de executivos, presente em 30 países, com 50 escritórios globalmente pela Agilium Group; É Conselheiro de Administração e Professor convidado pela Fundação Dom Cabral e Conselheiro da ABRH MG, ACMinas e ChildFund Brasil. Instagrams: @davidbraga | @prime.talent

 

Acordo de qualidade na indústria farmacêutica: como melhorar a gestão?


 Os produtos farmacêuticos são essenciais para a saúde e a vida das pessoas. Por isso, eles devem ser produzidos e distribuídos com qualidade, segurança e eficácia, seguindo as normas e regulamentos dos órgãos competentes, como a ANVISA, FDA e a EMA. 

A fabricação de medicamentos envolve uma série de etapas: desde a escolha das matérias-primas até a distribuição do produto final. No entanto, a qualidade dos produtos farmacêuticos não depende apenas da indústria que os produz, mas também dos seus fornecedores. Por isso, é muito importante ter parceiros confiáveis e comprometidos com os mais altos padrões de qualidade.

Neste sentido, faz-se necessário estabelecer um acordo de qualidade com os fornecedores na indústria farmacêutica. Estes acordos, formalizados na maioria dos casos digitalmente, unem diferentes partes, desde fabricantes, fornecedores até reguladores governamentais, em busca do mesmo objetivo: garantir a qualidade dos medicamentos fabricados.
 

O que é um acordo de qualidade?

Um acordo de qualidade é um documento formal que estabelece as responsabilidades e os compromissos tanto da indústria farmacêutica quanto dos fornecedores, visando garantir a qualidade dos produtos e, principalmente, a segurança dos pacientes. 

O acordo tem como objetivo principal assegurar que os produtos farmacêuticos atendam aos requisitos de qualidade estabelecidos e que os insumos farmacêuticos sejam fornecidos com as características e especificações definidas entre a indústria farmacêutica e o fornecedor. Isso pode incluir padrões de boas práticas de fabricação, especificações, métodos de teste, procedimentos de armazenamento e transporte, entre outros. 

Além disso, o acordo também define as responsabilidades em caso de desvios de qualidade ou problemas relacionados aos produtos fornecidos e deve assegurar o cumprimento das normas e regulamentos aplicáveis. 

As principais partes envolvidas no acordo de qualidade são: fabricantes de medicamentos, fornecedores de matérias-primas, distribuidores, reguladores governamentais e até mesmo laboratórios de teste. Cada uma dessas partes tem um papel fundamental na garantia da qualidade dos produtos farmacêuticos, sendo assinado por todas as partes para que tenha validade legal.

 

Principais desafios na gestão deste processo:
 

1. Dificuldade de controlar o grande volume de documentos

Na maioria dos casos, os arquivos de acordo de qualidade são eletrônicos e assinados digitalmente. Nesse cenário, é necessário administrar o arquivo Word no qual o acordo foi elaborado, o arquivo convertido em PDF e o arquivo PDF assinado pelas partes envolvidas. Muitas vezes, é utilizada uma planilha de Excel para organização de todos esses documentos. Esse grande volume de documentos dificulta a gestão desses arquivos eletrônicos e a manutenção da planilha de dados.

 

2. Dificuldade na localização dos documentos

Em desvios da qualidade ou em auditorias, é preciso ter rápido acesso aos acordos da qualidade, o que muitas vezes gasta um tempo de busca significativo e pode até acabar não encontrando a documentação correta.
 

3. Dificuldade na tramitação dos documentos e revisões do arquivo entre as partes envolvidas

O processo de elaboração e aprovação dos documentos envolve a tramitação de muitas informações, normalmente realizadas via e-mails, tendo seu status atualizado manualmente em planilha Excel, trazendo dificuldade para a área de Qualidade no controle das tarefas e resultando em um processo muito demorado.

 

4. Padronização e formatação do arquivo

Existe a dificuldade de controlar um padrão de preenchimento das partes interessadas no arquivo em Word. Por meio de tecnologia em nuvem e sistemas de gestão, é possível trabalhar com arquivos modelos, preenchimento de conteúdo de forma sincronizada com os dados do sistema e controlar as alterações, trazendo maior padronização ao processo.
 

5. Dificuldade em controlar os documentos no processo de assinatura digital

Ao concluir a emissão do acordo de qualidade aprovado entre as partes, ainda se faz necessário a tramitação do arquivo em uma ferramenta de assinatura digital, fazendo com que a área responsável tenha que submeter o arquivo neste sistema e acompanhar o processo até que seja concluído. Por fim, retirar o documento assinado desta plataforma, atualizar a situação e armazenar o arquivo em repositório.

 

6. Dificuldade em gerenciar a validade do Acordo de Qualidade

Semelhante a um contrato, um acordo de qualidade pode ter um prazo determinado de vencimento, e controlar este prazo e realizar o processo de renovação antes do vencimento do vigente é uma dificuldade.
 

Benefícios do uso de sistemas de gestão para acompanhamento de Acordos de Qualidade 

Uma solução para gestão de acordos de qualidade é uma ferramenta que simplifica a elaboração, a assinatura e o controle dos acordos de qualidade entre a indústria farmacêutica e os seus fornecedores. 

O SoftExpert Suite auxilia nessa gestão por meio de controle eficiente de arquivos eletrônicos, automação do processo, integração com ferramentas de Assinatura Digital, painel de acompanhamento, melhoria na eficiência operacional, maior conformidade, com fácil colaboração e maior segurança.

  

Daiane Loeffler - Analista de Produto e Mercado da SoftExpert


O que fazer para que mais mulheres ocupem cargos de liderança?

Segundo o relatório do Fórum Econômico Mundial, a plena equidade de gênero ainda está a 131 anos de distância


Embora sejam inegáveis os avanços em direção à equidade de gênero, com conquistas expressivas e um debate regular acerca do tema nos últimos anos, é evidente que ainda há um longo caminho a percorrer para que a real igualdade das mulheres em relação aos homens, especialmente em posições de liderança, seja alcançada.

Isso fica nítido nos dados apresentados no Relatório Global de Disparidade de Gênero do Fórum Econômico Mundial de 2023, que revelam que as mulheres continuam enfrentando severos obstáculos para serem contratadas em cargos de liderança. 

O report destaca que, se mantivermos o atual ritmo de progresso, serão necessários 131 anos para alcançar a plena igualdade entre os gêneros no mercado de trabalho. A menor representatividade nos escalões superiores das empresas (atualmente as mulheres ocupam 38% dos cargos de liderança, segundo a Grant Thornton) contribui significativamente para a disparidade salarial entre homens e mulheres. E, no caso de mulheres negras, a situação é ainda mais grave.

De acordo com o estudo "Mulheres Negras na Liderança 2023", conduzido pela 99jobs.com em colaboração com o Pacto Global da ONU no Brasil Recente, 95% das mulheres negras relatam que ainda enfrentam preconceito por parte de outras pessoas quando se trata de assumir posições de liderança no mercado de trabalho. Além disso, 60% das entrevistadas afirmam não encontrar outras mulheres negras em cargos de liderança nas empresas em que trabalham. Outra constatação importante é que, em 2023, 60% afirmaram sentir-se isoladas em suas funções de liderança, em comparação com 54% no ano anterior.


Não existe uma única “bala de prata”

Por se tratar de uma questão social, cultural e histórica, não há uma solução única e imediata para esta disparidade nos cargos de liderança. Por isso, a situação exige abordagens abrangentes e a longo prazo. Isso inclui políticas de recrutamento inclusivas, programas de desenvolvimento de liderança para mulheres e uma cultura organizacional que valorize a diversidade, em toda sua extensão, de forma sólida.

Também é crucial enfrentar os preconceitos que influenciam as decisões de contratação, promoção e remuneração. A conscientização e educação sobre a diversidade são essenciais para superar estereótipos arraigados e criar um ambiente de trabalho mais inclusivo. 

A verdade é que as oportunidades de progressão profissional para mulheres em cargos C-level, e até mesmo nos conselhos (apenas 25% das cadeiras dos boards no país são ocupadas por representantes femininas), nem sempre se materializam na prática. Isso pode ser atribuído a uma série de barreiras e desafios enfrentados por elas, que muitas vezes encontram obstáculos adicionais em suas trajetórias.

Para além deste mês específico, no qual comemoramos o Dia Internacional da Mulher, faço um convite aos líderes, formuladores de políticas e todos os membros da comunidade empresarial para uma reflexão contínua sobre seu papel na sociedade, tanto como pais, maridos, filhos e cidadãos. É fundamental considerar o impacto das nossas ações no futuro das meninas de hoje, que serão as mulheres de amanhã, e garantir que todas tenham acesso à dignidade e oportunidades que merecem.

 

Claudia Elisa Soares - Especialista em ESG e na transformação de negócios, com foco no desenvolvimento e orientação de líderes, Claudia atua como conselheira em empresas, abrangendo tanto o setor aberto quanto o familiar. Sua experiência abrange contribuições significativas para organizações como IBGC, Camil, BP São Paulo, Grupo Cassol, Editora do Brasil e Gouvêa Ecosystem. Ao longo de mais de 30 anos de carreira, ocupou posições de conselheira ou de alta liderança em empresas de destaque, incluindo Arezzo&Co, Totvs, Tupy, Even, AmBev, GPA, Via, FNAC e EMS. Além disso, desempenha papéis como advisor, mentora e palestrante.

 

Detran-SP cria Sistema Estadual de Trânsito para ampliar apoio aos municípios paulistas

Visando a organização e a promoção de um trânsito mais harmônico e seguro, a criação do Sistran também incentivará os municípios a se integrarem ao Sistema Nacional de Trânsito

 

Em um esforço para promover um trânsito mais seguro e harmonioso em todo o estado, o Governo de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) e em parceria com o Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-SP), anunciou hoje o lançamento do Sistema Estadual de Trânsito (Sistran). O principal objetivo do Sistran é promover a colaboração entre os órgãos de trânsito municipais, incentivando a adoção de práticas uniformes e a adesão ao Sistema Nacional de Trânsito (SNT), conforme estabelecido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O decreto inclui ainda disposições sobre o Conselho Estadual de Trânsito, as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações, o Sistema de Informações Gerenciais de Sinistros de Trânsitos, o Infosiga, e a ampliação do Programa Respeito à Vida. Além disso, está prevista a reativação do Observatório Estadual de Trânsito.

 

Com a medida, a população paulista terá um sistema viário mais organizado, por meio da padronização das sinalizações, calendário permanente de ações de educação e capacitação de agentes de trânsito nas unidades da Fatec e Etec destinadas para essas finalidades. Atualmente, dos 645 municípios no Estado de São Paulo, 358 municípios já estão integrados ao Sistema Nacional de Trânsito. As 287 cidades cuja integração ao SNT está pendente abrigam menos de 5% da população do Estado - mas apresentam características peculiares e demandas reprimidas em relação à organização dos seus próprios sistemas de trânsito. O Detran-SP e o Cetran-SP criarão uma rede de proteção para esses municípios menores, estruturando facilitadores e meios para a sua adesão ao Sistema. A proposta do Sistran é sugerir ações que possibilitem a gestão do trânsito local baseada nos princípios da educação, da engenharia, da estatística, da fiscalização e do julgamento de recursos.

 

Além do ingresso ao SNT, o Sistema Estadual de Trânsito vai apoiar a adesão dos órgãos municipais de trânsito de todas as cidades paulistas ao SNE (Sistema Notificação Eletrônica). Por meio do SNE, o cidadão paulista tem acesso online à identificação imediata da infração cometida e ao pagamento com desconto de todas as multas estaduais. Outra medida que possibilitará que as fiscalizações sejam menos burocráticas será a ampliação do talonário eletrônico. Este será usado por todos os policiais em posse de um aplicativo para registro das multas, o que permitirá que a notificação chegue ao condutor com maior agilidade e menos erros de digitação.

 

O Sistran também vai possibilitar um diagnóstico mais preciso das fragilidades e das demandas de tráfego em todas as regiões do Estado. O Sistema ainda indicará o caminho para a implantação de ações e políticas públicas mais efetivas no estabelecimento de um trânsito mais seguro e cidadão em São Paulo, em alinhamento com o Plano Nacional de Reduções de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans) e com a Polícia Nacional de Trânsito (PNT).


 

Melhor Gestão do Sistema Viário

 

A fim de facilitar o processo decisório e a capacidade de gestão do sistema viário, a partir do Sistema Estadual de Trânsito será estabelecida e coordenada uma sistemática de fluxos permanentes entre diversos órgãos e entidades. Além disso, também serão disponibilizadas diretrizes que darão embasamento para as ações junto à população, focadas na educação e conscientização, como a capacitação de professores das redes estaduais e municipais para abordagem de campanhas e temas afins de modo transversal em sala de aula, partindo-se do princípio de que a formação de um bom condutor é decorrente da formação de um bom cidadão.

 

O cumprimento da meta de um trânsito paulista eficiente também está embasado, segundo o Sistran, na oferta de serviços de maior qualidade pelo Detran-SP, com a automação dos processos, além do repasse de recursos financeiros advindos de multas aos municípios para emprego na sinalização e na adequação das vias, como faz o programa Respeito à Vida.


 

Reativação do Observatório de Trânsito

 

O Sistran prevê ainda a reativação do Observatório Estadual de Trânsito, sob coordenação do Detran-SP, com o respectivo aperfeiçoamento, mediante investimento de R$ 9 milhões em tecnologia e inteligência artificial, do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito (Infosiga). O sistema Infosiga passará a coletar, tabular e apurar dados de trânsito, além de fornecer subsídios técnicos e realizar a análise qualitativa das informações e estatísticas sobre acidentes fatais e não fatais, sendo responsável pela gestão inteligente desses dados nas definições de políticas públicas estaduais para o trânsito.

 

Entrega de obras do Programa Respeito à Vida

 

Com a criação do Sistran, o Programa Respeito à Vida também será ampliado e envolverá ainda mais órgãos e pastas. Atualmente, participam as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência. Com a ampliação, entidades como o Departamento de Estradas de Rodagem – DER, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo – ARTESP, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU, os órgãos executivos de trânsito dos municípios (como a Companhia de Engenharia e Tráfego da Capital – CET-SP) serão chamados a participar e assumir responsabilidades na implantação de ações que disseminem a conscientização sobre o trânsito responsável, consciente e cuidadoso aos cidadãos de todo o Estado.

 

O Programa Respeito à Vida, articulado pelo Governo de SP e gerido pelo Detran-SP, tem como principal objetivo reduzir o número de acidentes de trânsito a partir de intervenções de segurança viária, feitas com recursos das multas de trânsito. Atualmente, são 587 municípios conveniados ao Programa. Em 2023, foram mais de R$ 302 milhões investidos e 187 municípios beneficiados com a entrega de máquinas de demarcação viária para sinalização das ruas.


 

Ampliação da atuação do Cetran-SP

 

A publicação do decreto prevê também mais 20 integrantes no Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-SP), que passa a ser constituído por 55 conselheiros atuando em um mandato de dois anos. Outra mudança é a previsão de atualizar a regulação do órgão no Estado, possibilitando a participação de membros de outras entidades, entre elas as secretarias estaduais do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, da Educação, da Saúde, dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, além da ampliação da participação do Detran-SP e dos municípios. Com essas medidas, espera-se que o Cetran-SP ganhe maior envolvimento nas temáticas referentes a estratégias dedicadas à redução de lesões e mortes no trânsito.

 

Composto por representantes do Estado, dos municípios e da sociedade, o Cetran-SP é responsável pelo planejamento, coordenação, normatização no âmbito do Estado e pela realização de julgamentos de recursos administrativos. Sua missão é a de assegurar o cumprimento da legislação de trânsito, de forma articulada e integrada, com vistas à garantia do trânsito em condições seguras para todos, com a promoção, valorização e preservação da vida. Atualmente, o Cetran-SP é conselho que mais conclui processos no país, com uma média de 10 mil por mês.


 

Sobre o Detran-SP

 

O Detran-SP trabalha incessantemente para prevenir sinistros e preservar vidas, com a meta de organizar um trânsito mais seguro e harmonioso entre todos os modais. O órgão segue comprometido em oferecer serviços de excelência aos cidadãos, baseados em valores como respeito, integridade, segurança e eficiência.

 

Atualmente, está implementando gradualmente a transformação digital para melhorar a qualidade de vida dos paulistas, facilitando o acesso aos serviços públicos. Cerca de 93% dos atendimentos realizados nas unidades do Detran-SP são feitos de forma digital. 


Como o maior órgão executivo de trânsito do país, o Departamento de Trânsito Paulista é responsável por 28% da frota brasileira, com mais de 32 milhões de veículos registrados e mais de 27 milhões de motoristas habilitados em todo o estado. Mensalmente, emite aproximadamente 400 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) e 1,2 milhão de Certificados de Registro e Licenciamento Veicular (CRLVs). Em média, são emitidos mais de 136 mil documentos por dia.



Posts mais acessados