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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Cúrcuma e Endometriose: Saiba como esse anti-inflamatório natural pode aliviar os sintomas

Ginecologista explica como é possível amenizar incômodos gerados pela doença agregando o alimento natural à dieta 

 

Na busca por alternativas naturais para aliviar sintomas de doenças, a cúrcuma tem se destacado por seus efeitos positivos no organismo, inclusive no tratamento de doenças inflamatórias, como a endometriose. Essa condição crônica afeta milhões de mulheres em todo o mundo, causando dor pélvica severa, alterações menstruais e, em alguns casos, dificuldades para engravidar. 

 

Também conhecida como açafrão-da-terra, a cúrcuma é uma raiz amplamente utilizada na culinária e medicina tradicional. Seu principal componente ativo, a curcumina, possui potentes propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Seu consumo regular pode inibir a proliferação do tecido endometrial fora do útero, um dos principais fatores da progressão da endometriose, reduzindo as dores crônicas e os sintomas associados.

 

“Pesquisas científicas indicam que a curcumina tem a capacidade de reduzir a produção de prostaglandinas e outras substâncias inflamatórias que contribuem para a dor e o desconforto na endometriose. Ela ainda pode ajudar a modular o sistema imunológico, minimizando a resposta inflamatória excessiva que agrava os sintomas”, afirma o Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do setor no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. 

Além dos benefícios já citados, a cúrcuma pode melhorar a digestão e promover equilíbrio hormonal, fatores essenciais para quem convive com a endometriose.


Como consumir a cúrcuma?Dr. Patrick explica que, para aproveitar suas propriedades, a cúrcuma pode ser incorporada à dieta de diversas formas: como tempero em preparações culinárias, em chás, ou até mesmo em forma de suplemento alimentar. Mas é importante lembrar que o uso deve ser sempre orientado por um profissional de saúde, especialmente para mulheres com endometriose que já fazem uso de medicamentos. 

“O acompanhamento profissional garante o melhor ajuste de tratamentos e evita possíveis interações medicamentosas indesejadas. Como toda terapia, sua adoção deve ser realizada de forma responsável e sempre com orientação médica especializada”, conclui Bellelis.

 



Clínica Bellelis - Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Fez parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) de 2007 a 2022, além de ter integrado a Comissão Especializada de Endometriose da FEBRASGO até 2021. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia.


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