Clinomania é um termo que descreve o desejo excessivo ou compulsivo de permanecer na cama, geralmente associado à necessidade de descanso ou ao desejo de evitar responsabilidades e situações do cotidiano. Embora o termo não seja oficialmente reconhecido como diagnóstico em manuais de saúde, ele está frequentemente ligado a quadros como depressão, fadiga crônica ou transtornos de ansiedade. Esse comportamento pode ser isolado, mas muitas vezes reflete um sintoma mais amplo, causando isolamento social e impactando negativamente a saúde física e mental.
Marco Aurélio, psicólogo e coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, explica que esse quadro pode ser agravado por diferentes fatores. “Estresse, solidão e sobrecarga emocional podem levar a um ciclo vicioso em que a pessoa se sente cada vez mais incapaz de realizar tarefas diárias. Além disso, o comportamento pode impactar negativamente a saúde física, promovendo sedentarismo e aumentando o risco de problemas circulatórios, dores musculares e até mesmo questões de autoestima”, aponta.
O especialista afirma que o tratamento para a clinomania é definido com base na causa subjacente do comportamento. “Nos casos em que há relação com transtornos emocionais como depressão ou ansiedade, o acompanhamento psicológico e, em alguns casos, o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos pode ser fundamental. As terapias cognitivo-comportamentais (TCC) têm se mostrado eficazes, ajudando os pacientes a compreenderem e modificarem padrões de comportamento específicos. Além disso, a promoção de hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de exercícios e uma alimentação balanceada, é essencial no combate à clinomania. Em algumas situações, terapias complementares, como mindfulness, também podem ser úteis”, destaca o psicólogo.
Embora
a clinomania e a depressão compartilhem alguns sintomas, elas não são a mesma
condição. A principal diferença entre ambas está nas causas e na complexidade
dos sintomas. A clinomania é um comportamento específico, caracterizado por uma
vontade compulsiva de permanecer na cama, como já mencionado. Já a depressão é
um transtorno mental mais amplo, que envolve um conjunto de sintomas
persistentes. Para ser diagnosticado com depressão, a pessoa precisa apresentar
sinais como tristeza profunda, perda de interesse em atividades diárias, fadiga
extrema, sentimentos de inutilidade ou culpa, dificuldade de concentração e
alterações no apetite e no sono, que durem por pelo menos duas semanas.
Anhanguera
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