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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Medicamento oral pode ser disponibilizado em breve para tratar infertilidade de mulheres e homens

Atualmente, mulheres e homens usam injetáveis. Médico da Origen BH vê ganhos nos tratamentos de reprodução assistida 

 

Após décadas de tentativas da indústria farmacêutica, parece que em breve poderá ser disponibilizada para uso dos casais inférteis uma medicação oral que substituirá a maior parte dos medicamentos injetáveis, tornando parte do tratamento de reprodução assistida mais confortável para os pacientes. Foi apresentado recentemente em Denver (EUA), durante o Encontro Anual da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, um medicamento promissor, mas ainda indisponível no mercado.

Segundo o médico ginecologista Marcos Sampaio, diretor da Origen BH, a empresa Celmatix apresentou um fármaco que por meio do receptor do hormônio folículo-estimulante (FSH) pode ser um avanço para substituir as tradicionais injeções hormonais nos tratamentos em busca da fertilidade.

A novidade surge apenas um ano após a identificação de possíveis compostos iniciais para o programa de FSH oral. Segundo o laboratório, o composto mostrou-se eficaz e biodisponível por via oral no modelo padrão testado em suas análises.

Conforme Sampaio, este avanço pode ter implicações além da fertilidade feminina, beneficiando também a infertilidade masculina, responsável por mais de 40% dos casos de infertilidade. Embora medicamentos injetáveis de FSH sejam usados na Europa para tratar homens, a adesão ao regime de injeções tem sido um grande desafio, e uma alternativa oral poderia melhorar tanto a adesão quanto a eficácia.

“Há outros dois medicamentos oral em estudo, não tão avançados como este. Vejo o medicamento oral como uma ótima alternativa às injeções, pois muitas pessoas têm verdadeiro pavor de agulha. Além disso, há indicativos de que esses remédios que vêm sendo testados podem superar as limitações dos tratamentos atuais de indução de ovulação em mulheres com outras condições que dificultam a gravidez, como a Síndrome do Ovário Policístico (SOP), onde as taxas de sucesso são de apenas 5 a 12% por ciclo”, observa o médico.

De acordo com a empresa Celmatix, “embora os ovários dos animais utilizados para o estudo sejam diferentes dos humanos, esses modelos têm sido confiáveis por décadas no desenvolvimento de medicamentos de estimulação ovariana para tratamentos de fertilidade”. A farmacêutica indicou também que a inovação é especialmente relevante, considerando os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que mostram que uma em cada seis pessoas no mundo sofre de infertilidade e, mesmo com a alta prevalência, pouco se avançou em novas drogas para fertilidade nas últimas décadas.




Clínica Origen de Medicina Reprodutiva


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