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sábado, 2 de março de 2024

Proteja seu pet: ondas de calor exigem atenção redobrada

Especialista cadastrado na plataforma GetNinjas orienta tutores a oferecer sombra e água fresca e evitar atividades intensas nos momentos mais quentes

 

A combinação de oceanos e planeta mais quentes, somada aos efeitos do El Niño, desafia os registros de temperatura, refletindo eventos extremos que evidenciam a mudança climática no Brasil. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi o ano mais quente da história, e embora haja esperança de alívio com um possível arrefecimento do El Niño, 2024 deve permanecer entre os anos mais quentes devido ao aquecimento global, com sua influência continua até maio, impactando diretamente o clima brasileiro.

 

Assim como nós, os pets também sofrem com os dias quentes e abafados. As altas temperaturas podem incomodar nossos amigos peludos, e cabe a nós mitigar os problemas causados pelo calor, garantindo seu conforto e bem-estar.

 

De acordo com Henrique Baccar, comportamentalista e adestrador de pets, que atende pelo GetNinjas, maior aplicativo para contratação de serviços do Brasil, é importante estar atento aos dias mais quentes e intensificar os cuidados com os pets. "É fundamental observar que os animais domésticos têm uma temperatura corporal que pode variar entre 37,4ºC e 39ºC, dependendo da espécie, pelagem e raça. Isso requer atenção extra para garantir seu bem-estar", destaca. 

 

O especialista também ressalta que a situação em que o animal está exposto pode afetar sua saúde. "Os primeiros sinais de excesso de calor podem incluir mal-estar perceptível, agitação e ofegação intensa por parte do pet, isso pode ocorrer após um passeio de rotina", acrescenta.


O Comportamentalista alerta ainda sobre a importância de avaliações veterinárias recorrentes, pelo menos duas vezes ao ano. "Muitos tutores deixam de realizar consultas veterinárias ao observarem seus pets com boa alimentação, atividade e comportamento normal. No entanto, as mudanças de estação e variações climáticas podem afetar a saúde dos pets. Algumas raças de cachorros são mais sensíveis a climas quentes, atenção especial para todos os braquicefálicos, que são os animais com focinhos menores e achatados, enquanto os gatos demonstram maior adaptabilidade ao clima", explica. 

 

Com alguns cuidados simples, podemos ajudá-los a enfrentar o calor com segurança. Veja a seguir as dicas do especialista:

 

1. Fornecer acesso adequado à água:

Certifique-se de que seu cão tenha acesso constante a água fresca e limpa. Durante os dias quentes, a hidratação é fundamental para manter a saúde do seu animal de estimação. Verifique regularmente se a tigela de água está cheia e troque-a sempre que necessário, uma pedrinha de gelo pode fazer toda a diferença.

 

2. Evitar atividades excessivas ao ar livre:

Nos dias mais quentes, evite atividades físicas intensas ao ar livre, especialmente durante as horas de pico de calor. Opte por caminhadas mais curtas e em horários mais frescos do dia, como no início da manhã ou no final da tarde.  Atenção especial com as patinhas, o chão quente pode causar ardor, ressecamento e até bolhas. 

 

3. Oferecer locais frescos e sombreados:

É importante que seu cão tenha acesso a áreas sombreadas e frescas para descansar durante o calor do dia. Se possível, mantenha-os dentro de casa com ar-condicionado ou ventiladores para garantir um ambiente confortável. 

 

4. Não deixar o cão dentro de carros:

Nunca deixe seu cão dentro de um carro estacionado, mesmo que por um curto período de tempo. Os carros podem aquecer rapidamente e atingir temperaturas perigosas, mesmo em dias moderadamente quentes, representando um risco sério para a saúde do seu animal de estimação. 

 

5. Monitorar sinais de superaquecimento:

Fique atento aos sinais de superaquecimento em seu cão, como respiração ofegante excessiva, salivação excessiva, letargia, e gengivas e língua avermelhadas. Se você suspeitar que seu cão está superaquecido, leve-o imediatamente a um local fresco e contate um veterinário.

 

GetNinjas

 

Nem todo passeio pode fazer bem para o pet

Freepik/rawpixel.com

Caso os tutores não sejam cautelosos, o passeio pode se tornar uma verdadeira cilada

 

Não há dúvidas, o passeio diário é fundamental para a saúde física e emocional do animal de estimação, porém, alguns locais ou simples caminhadas podem esconder alguns perigos para animais mais vulneráveis.

As médicas veterinárias da rede de hospitais WeVets - Giovanna Jurado e Luísa Rocchi, listaram os principais perigos e como garantir que todos divirtam-se em segurança. 


- Altas temperaturas proliferam parasitas;

Já é sabido que o calor contribuiu com a proliferação de ectoparasitas (pulgas e carrapatos). Por essa razão, para garantir a saúde do animal é muito importante manter a imunização em dia, caso haja algum tipo de contato com bactérias causadoras de zoonoses.  De acordo com a dra. Giovana, as principais vacinas são: V10, que protege o animal da Cinomose; Parvovirose; Coronavirose; Hepatite Infecciosa Canina; Adenovirose; Leptospirose Canina, etc. Além da anti-rábica, vacina de giárdia e Leishmaniose.


- Riscos da exposição ao calor ou frio intenso;

A dra. Luísa, alerta sobre a exposição ao calor ou frio extremo. Durante as altas temperaturas é muito importante se atentar aos horários dos passeios, uma vez que a temperatura do ambiente e do chão, principalmente asfalto, pode queimar as patinhas, que não são preparadas para resistir a superfícies quentes, além de sofrerem com quedas bruscas de pressão por conta do calor. “As patinhas dos cães não são resistentes ao calor e em contato com solos quentes sofrem com queimaduras. O ideal é programar os passeios para início da manhã ou fim de tarde e noite” – alerta a veterinária.

Já as temperaturas mais baixas provocam mudanças fisiológicas importantes no animal e ao contrário do calor, o ideal é optar por passeios no período da tarde, entre 10h e 15h, quando a o frio dá uma trégua. A exposição em horários de queda de temperatura pode causar gripes, resfriados, entre outros problemas de saúde de animais com pré-disposição.


- Atenção aos itens de Segurança;

Todo tutor adora ver seu pet livre para correr e brincar, porém, existem lugares apropriados para isso. Em grandes cidades, é extremamente importante que o animal ande sempre com coleiras de identificação, guias e em alguns casos focinheiras para proteção dele e dos demais. “Sugerimos sempre os peitorais, que devem ser resistentes e confortáveis, e sempre com a placa de identificação” – indica Giovanna.

Já Luíza alerta sobre os riscos externos, como carros, bicicletas e até o convívio com outros animais. “É natural que o animal disperse durante o passeio. Nestes casos é comum que outras coisas tirem sua atenção, por isso, estar preso ao tutor evita escapadas que podem ser fatais” – comenta.

Além disso, os animais que não são tão sociaiveis assim, também precisam do seu momento de descontração e nestes casos o mais indicado é que o animal use focinheira, garantindo a segurança dele e dos demais.

Por fim, as veterinárias afirmam que os passeios são de extrema importância e devem ser feitos regularmente. Com todos os cuidados, a prática só tornará o animal mais feliz e mais saudável, além de estreitar a relação com seu dono. E reforçam que nem todo lugar é apropriado para levar o cão, alguns ambientes com som alto, aglomerações e muito fechados, podem estressar o animal. “É obrigação do tutor preocupar-se com a higiene do animal, oferecer água fresca em todos os passeios e respeitar os limites do animal’ – finalizam.

 


WeVets
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Verão causa maior incidência de doenças parasitárias

Crédito: Marcelo Krasilcic
 Veterinária de ecossistema pet explica um pouco mais sobre os cuidados e os riscos dessas doenças


Verão é tempo de sol e calor. É também uma época que favorece passeios ao ar livre e os pets “fazem a festa”, já que podem farejar, brincar e interagir em novos ambientes. Porém, o período também exige cuidados diversos, já que há maior incidência de doenças parasitárias como erlichiose, babesiose e anaplasmose que podem afetá-los diretamente.

Para isso, a médica-veterinária da Petlove, Viviane Tamos, separou algumas orientações para os tutores de pets. Ela explica que as condições climáticas do verão geram temperaturas mais elevadas e, por isso, podem acelerar o ciclo de vida dos parasitas e a reprodução de insetos vetores. 

Viviane explica que as doenças parasitárias são condições que afetam os animais de estimação devido à presença de parasitas como pulgas, carrapatos e vermes. Esses parasitas podem causar uma série de sintomas, incluindo coceira intensa na pele, perda de pelos, problemas gastrointestinais como vômitos e diarreia, fraqueza e febre. 

“Os riscos de doenças do gênero incluem anemia, devido às pulgas e carrapatos; problemas gastrointestinais, problemas cardíacos (na dirofilariose), danos aos órgãos internos e até mesmo o óbito em casos graves”, alerta Viviane. 

A profissional afirma que a prevenção é essencial, e para isso, recomenda medidas como vermifugação, controle de vetores e higiene adequada, e em caso de infestação, é necessário utilizar produtos apropriados, indicados por especialistas, até resolver completamente o problema. Além disso, Viviane ressalta a importância de manter as consultas e orientações de médicos-veterinários em dia. 

“O tratamento para essas doenças envolve o uso de medicamentos antiparasitários específicos e, em casos mais graves, intervenções médicas”, completa.

 

Grupo Petlove


Mitos e verdades sobre o uso de sachês e a sua importância para a nutrição dos cães

 

Hoje, o Brasil possui a terceira maior população de cães do mundo. A maioria dos lares brasileiros contam com um animal de estimação, mas oferecer alimentação adequada para todos ainda é uma preocupação para os tutores. Um desses aspectos está vinculado a dúvidas e até a desinformação por parte dos pais de pets quanto aos tipos de alimentos. 

Para esclarecer os muitos questionamentos sobre a alimentação úmida para os animais de estimação, nós, da Mars Petcare, dona de algumas das marcas mais amadas do mundo, como a PEDIGREE®️, acreditamos que o compartilhamento de informações é um importante aliado dos consumidores. Investimos há mais de 50 anos em pesquisas científicas sobre nutrição, bem-estar animal e benefícios da interação entre tutores e pets, com estudos realizados pelo Waltham Petcare Science Institute, na Inglaterra. E com base em nossas pesquisas, podemos falar sobre os mitos e verdades sobre a alimentação úmida para os cães. 

Primeiramente, cabe destacar que pesquisas desenvolvidas pelo instituto Waltham chamam atenção sobre como a conscientização dos tutores pode contribuir significativamente para a melhor nutrição e saúde dos pets. 

A seguir, trazemos perguntas frequentemente feita por donos de pets:

 

O uso de sachê pode fazer mal para o cachorro? 

Não, o sachê não faz mal para a saúde dos cães. Muito pelo contrário. Os alimentos úmidos podem proporcionar muitos benefícios para a saúde dos pets. Por ter uma alta concentração de água, ele aumenta os níveis de hidratação e previne doenças renais. Outra vantagem é quanto ao aprimoramento da palatabilidade, que muitas vezes resulta em uma experiência alimentar ainda mais agradável para os animais.
 

O sachê pode ser oferecido todos os dias? 

O sachê pode ser oferecido todos os dias, desde que o tutor siga as porções adequadas para o porte e idade do cão. Para descobrir as quantidades ideais, é necessário conferir o guia alimentar presente nas embalagens e/ou consultar o médico veterinário do seu pet. 

Quando formulado como um alimento completo e balanceado o sachê pode substituir o alimento habitual da refeição do seu pet, nesse caso também é importante considerar se o sachê será oferecido sozinho ou misturado com outro alimento, como a ração. Em caso de dúvidas, sempre consulte o médico veterinário.
 

O alimento úmido predispõe à obesidade? 

Justamente o oposto. Por ser um alimento com alto teor de umidade (água), tem que ser oferecido em maior quantidade para suprir as exigências nutricionais diárias. É essencial que os tutores estejam sempre atentos aos guias alimentares do produto ao oferecerem alimentos para seus pets. Estes guias fornecem informações cruciais sobre as quantidades adequadas a serem oferecidas e se o produto é um alimento completo e balanceado.
 

5 grandes benefícios dos sachês PEDIGREE: 

Elevada concentração de água na receita: excelente para manter a hidratação, promover a sensação de saciedade e prevenir problemas renais;

Alta palatabilidade: a textura macia dos pedaços de proteína cozidos à vapor aumentam o interesse do cão pelo alimento;

Ajuda as defesas naturais: com Vitamina E e Selênio, que fortalecem a saúde do seu cão;

Refeição completa e balanceada: conta com balanço ideal de nutrientes, sem corantes,

Contribui para uma dieta equilibrada, pelagem saudável, sistema imunológico fortalecido e manutenção do peso ideal. 

Os sachês desempenham um papel importante na oferta de uma alimentação equilibrada para cães. Ao desmitificar informações incorretas e considerar as pesquisas cientificas, os tutores podem tomar decisões mais certeiras quanto a nutrição de seus animais de estimação, proporcionando-lhes uma vida saudável e feliz. 

De acordo com a FEDIAF (Federação Europeia das Indústrias de Pet Food), os alimentos úmidos são aqueles que apresentam teor de umidade de pelo menos 60% (sachês e latas). Esses alimentos foram considerados durante muitos anos como petiscos por veterinários e tutores, mas o crescente interesse pelos úmidos no Brasil vem desmistificando esse conceito e a indicação dos sachês como uma opção de alimento completo e balanceado tem sido mais frequente. 

De maneira geral, os tutores estão mais atentos aos produtos disponíveis no mercado e têm se preocupado com a alimentação dos seus animais, o que os incentiva a pesquisar e a buscar cada vez mais alternativas. O alimento úmido apresenta uma série de vantagens e pode ser aliado ao alimento seco, oferecendo o melhor em nutrição para os nossos pets.

 

Deise Silva Alberto - Médica Veterinária. 


Pata na estrada: 5 perguntas para se fazer antes de levar o pet em viagens

Com as festas de fim de ano batendo na porta, veterinários destacam pontos importantes para tutores considerarem antes de viajar

 

Com a chegada do fim de ano, muitas pessoas planejam viagens de carro para o interior do estado, as grandes capitais e a praia. Considerando que os tutores costumam ficar muitos dias longe de casa durante os festejos de Natal e Ano Novo, a maioria gosta de ser acompanhada por seus pets, que também se divertem e curtem passar mais tempo em família. 

“Levar o pet nas viagens é uma iniciativa eficaz para mantê-lo próximo e não gerar estresse ou tristeza causado pela distância dos tutores por longos períodos. Claro, há quem precise deixar o cãozinho em hotéis ou com pet sitters, mas, se houver possibilidade, ter o bichinho acompanhando também promove ótimos momentos de integração e diversão entre amigos”, explica Thiago Teixeira, diretor-geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo. 

Entretanto, é preciso se organizar e tomar cuidados para que essa experiência seja tranquila e positiva para o pet — e, claro, para o momento de descanso dos tutores. Pensando nisso, o veterinário do Nouvet aponta as principais perguntas que devem estar no check-list das famílias que querem levar seus melhores aumigos nas roadtrips. Confira:

 

Quando foi feito o último check-up?

A recorrência dos exames de rotina garante e mantém o bem-estar do pet, assim como a prevenção de doenças. Antes de viajar, confira quando foi o último check-up; caso não seja recente, marque uma consulta com antecedência para não ser pego de surpresa com alguma condição mais séria durante as férias. 

Para se prevenir em questões mais complexas e imprevistas, procure saber onde ficam as clínicas veterinárias perto do seu endereço de destino e salve os telefones de contato para emergências.

 

As vacinas estão em dia?

Também na lista de prioridades, as vacinas são fundamentais para preservar a saúde do bichinho. Conferir se a carteirinha de vacinação e os vermífugos estão em dia é importante, pois, assim, é possível atualizá-los antes de colocar o pé na estrada, além de cuidar para não atrasar nenhuma dose importante durante o período que está fora. Além disso, vale pesquisar se a cidade de destino está com algum requisito importante em relação à vacina dos pets.
 

O destino é pet-friendly?

Embora cães sejam bem-vindos em diversos tipos de estabelecimento, alguns ainda têm restrições. Antes de viajar, tenha certeza que o local aceita pets, seja na hospedagem, pontos turísticos, e até mesmo nas praias que pretende visitar, pois algumas possuem leis específicas sobre o tema.
 

Estou levando o essencial para deixar meu pet à vontade?

Alguns cães podem se sentir estressados quando tirados da sua zona de conforto e ao entrarem em contato com espaços e pessoas diferentes da rotina com a qual estão habituados. Por isso, levar brinquedos, a cama, snacks, recipientes de água e ração, mantinhas e demais acessórios que o aumigo conhece ajudam a mantê-lo à vontade e se sentindo seguro no novo espaço.

 

O bem-estar do meu pet estará garantido?

Para garantir a proteção do bichinho, uma alternativa é usar coleiras de identificação com nome e número do tutor, para caso o cachorrinho se perca ou haja algum outro problema. Além disso, é imprescindível usar sempre coleira, ou peitoral, e guia.
 

O pet estará confortável e seguro durante a viagem?

Um dos principais pontos de atenção antes de viajar é certificar a segurança do aumigo durante o translado no carro. “Os tutores devem estar atentos e alinhados com as normas de segurança para transporte de pets em carros de passeio. Verifique os itens obrigatórios e as exigências de trânsito, a fim de garantir a proteção do cãozinho e das pessoas dentro do veículo”, comenta o veterinário do Nouvet. 

“No caso daqueles que precisarem viajar de avião e queiram levar seus bichinhos, todas as dicas também são aplicáveis, mas é preciso reforçar a atenção com os documentos e procedimentos necessários para o transporte aéreo”, complementa.
 

 Nouvet


Pesquisa mostra efeito letal de pesticidas sobre o sistema respiratório de tilápias

Foram analisadas 150 tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus)
mantidas em aquários construídos na Unesp
(
ilustração: Rafael Rubira/Unesp)
Grupo da Unesp constatou que mesmo quantidades pequenas de dois agrotóxicos encontrados em áreas de cultivo de cana podem causar a morte dos animais em 24 horas

 

Os pesticidas parationa-metílica (MP) e imazapique (IMZ) estão entre os produtos borrifados nas plantações de cana-de-açúcar da região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Por causa de sua toxicidade, é grande a preocupação com o impacto dos resíduos no solo e nas águas. “Nos peixes, um dos efeitos desses produtos é a morte por asfixia”, conta o pesquisador Rafael Rubira, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual de São Paulo (FCT-Unesp).

Rubira e seus colegas analisaram os efeitos dessas substâncias nas brânquias de 150 tilápias-do-nilo (Oreochromis niloticus) mantidas em aquários construídos no laboratório da faculdade. As brânquias ou guelras são órgãos respiratórios que absorvem o oxigênio da água e eliminam dióxido de carbono.

O time de pesquisadores começou o estudo pelas brânquias por serem o primeiro ponto de contato dos peixes com essas substâncias, mas outros sistemas e órgãos, como fígado, rins e coração, estão sendo analisados. A tilápia foi escolhida por ser o peixe mais consumido no país, de acordo com o pesquisador. O critério de seleção dos pesticidas está referenciado em pesquisas anteriores que identificaram a presença de resíduos no solo e nas águas próximas às plantações e assentamentos humanos.

“Ficamos surpresos em constatar que a exposição a quantidades muito pequenas desses pesticidas, abaixo inclusive dos limites permitidos pela lei, foi suficiente para danificar as brânquias de tilápia”, afirma o pesquisador. Graduado em física, ele tem mestrado e doutorado em ciências e engenharia de materiais, com foco em metodologias sofisticadas para detectar partículas de pesticidas.

A investigação recebeu apoio da FAPESP por meio de seis projetos (21/14514-220/05423-020/16310-220/15324-020/15185-0 e 18/22214-6). Os resultados foram divulgados no Journal of Hazardous Materials.

O IMZ faz parte do grupo químico das imidazolinonas, que são herbicidas seletivos usados para combater o crescimento de certos tipos de plantas daninhas presentes no campo. Seu uso é autorizado no Brasil para as culturas de amendoim, arroz, cana-de-açúcar, milho, pastagem, soja, sorgo e trigo. “Porém, é uma substância altamente tóxica, com elevada solubilidade quando lixiviada em camadas mais profundas do solo”, diz o pesquisador. A lixiviação é um processo pelo qual minerais, nutrientes ou poluentes se movem através do solo ou de um meio poroso, geralmente devido à ação da água, podendo alcançar camadas mais profundas do solo, aquíferos e recursos hídricos subterrâneos.

O MP pertence ao grupo dos organofosforados e é um poderoso inibidor da enzima acetilcolinesterase, que atua na regulação do neurotransmissor acetilcolina, causando efeitos tóxicos no sistema nervoso de animais e com potencial para danificar a pele e os olhos, entre outros sistemas corporais expostos de seres vivos.

“Permitido nos Estados Unidos, com limite de concentração de 9,3 microgramas por litro [µg/L], o MP é proibido no Brasil, mas ainda é encontrado”, relata Rubira. Vale lembrar que o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, seguido pela China e pela Índia.

Separados em grupos de dez por tanque, os peixes foram expostos ao IMZ e ao MP. “Neste trabalho, utilizamos animais ainda jovens de pisciculturas, livres da adição de insumos para estimular o crescimento, e os mantivemos em ambiente controlado”, explica Rubira.

Os pesticidas foram diluídos na água em quantidades abaixo dos limites permitidos pela legislação de vários países. Com a ajuda de um equipamento de microscopia confocal, os pesquisadores avaliaram a ação das substâncias sobre o órgão respiratório em 24 horas e depois de 96 horas. A técnica proporciona imagens tridimensionais nítidas e detalhadas dos tecidos e permite também ver mudanças na intimidade das células.

“Antes íntegras, as brânquias passaram a apresentar alterações prejudiciais à capacidade de absorção de oxigênio, levando os peixes à morte. Novamente nos surpreendemos ao observar que os animais já estavam muito debilitados com 24 horas de exposição”, relata Rubira.

As imagens obtidas revelam que, mesmo em pouca quantidade e em apenas 24 horas, os pesticidas destruíram completamente ou danificaram uma parte muito importante das brânquias, que são os filamentos ou lamelas. Trata-se de estruturas com muitos vasos sanguíneos, que desempenham um papel fundamental na troca de gases. Para entrar na corrente sanguínea do peixe, o oxigênio extraído da água precisa passar por essas lamelas. “Sua destruição é uma sentença de morte para os peixes”, diz Rubira.

Dados prévios

Antes do experimento com peixes vivos, o pesquisador e seus colegas simularam o impacto desses dois pesticidas em modelos de membranas plasmáticas sintetizadas para ter uma ideia do que poderiam encontrar. “Nós conseguimos criar modelos de membranas utilizando moléculas de lipídeos semelhantes às encontradas nas brânquias. Os fosfolipídios desempenham um papel importante na regulação do transporte de substâncias entre o interior e o exterior da célula”, explica o pesquisador.

No laboratório, essas estruturas foram bombardeadas com maiores quantidades de IMP e MP. “Quando vimos o resultado, nossa dúvida passou a ser se baixas concentrações afetariam da mesma forma os peixes. Vimos que os efeitos colaterais são os mesmos”, observa o especialista.

A morte de peixes e abelhas não é uma cena incomum na região. “Vemos com frequência, mas acontece principalmente no período de plantio da cana, quando são feitas muitas pulverizações com pesticidas”, diz o pesquisador. Ele conta que se deparou algumas vezes com a pulverização aérea de pesticidas enquanto coletava amostras das águas da região em áreas próximas a assentamentos humanos, o que contraria a lei. Em 2008, o Ministério da Agricultura emitiu uma diretriz proibindo a pulverização de agrotóxicos a uma distância inferior a 500 metros de áreas urbanas, cidades e fontes de abastecimento de água.

“Não foi o que eu testemunhei”, diz Rubira. Segundo o pesquisador, os resíduos de pesticidas pulverizados se espalham por quilômetros ao redor da plantação. “É frequente ouvir queixas dos moradores vizinhos das plantações sobre ardência nos olhos, coceira na pele e na cabeça e manchas cutâneas. Além disso, os resíduos desses pesticidas são cumulativos na água e no solo”, diz o pesquisador.

Na próxima etapa do estudo, o time de pesquisadores analisará as interações químicas ocorridas nas moléculas de gordura (lipídicas) das brânquias. Para isso, usarão um espectrômetro, dispositivo que mede a intensidade da luz ou radiação em diferentes comprimentos de onda ou energia para identificar os átomos. Depois, com a ajuda de análises computacionais, pretendem avaliar quais alterações estão associadas a processos cancerígenos. “Queremos mostrar, por microespectroscopia, que, se houver alterações no DNA ou no RNA, as próximas gerações de peixes poderão ter malformações”, pontua o cientista.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) informou que seu porta-voz não estava disponível.

Já o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), questionado sobre a existência de rotinas de monitoramento e controle do tipo de pesticida usado na cultura da cana-de-açúcar, esclareceu que “é de competência dos Estados legislar e fiscalizar o uso de agrotóxicos no âmbito da sua circunscrição.” O Mapa confirmou que a parationa-metílica tem uso agrícola proibido no Brasil desde 2015. E informou que a Anvisa monitora resíduos de agrotóxicos no âmbito do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para).

Consultada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) relatou que, no período de 2013 a 2022, a parationa-metílica, proibida desde 2015, foi pesquisada em 18.429 amostras de alimentos vegetais coletadas no âmbito do Para, tendo sido detectada em seis amostras (três coletadas em 2014 e três coletadas em 2015). A substância foi proibida por determinação da Anvisa devido a características mutagênicas.

“Como o imazapique não está incluído no escopo de substâncias prioritárias do Para, não há resultados da pesquisa deste ingrediente ativo em amostras coletadas”, informou a Anvisa.

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo disse à reportagem para contatar a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo de São Paulo, que, por sua vez, alegou que o assunto é da alçada do Mapa.

O estudo Biological responses to imazapic and methyl parathion pesticides in bioinspired lipid membranes and Tilapia fish pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0304389423012268.


Mônica Tarantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/pesquisa-mostra-efeito-letal-de-pesticidas-sobre-o-sistema-respiratorio-de-tilapias/50961


Convivência Humana e Animal: desafios e soluções em condomínios residenciais

Dra. Alessandra Bravo, especialista em Direito Condominial e Direito Animal, esclarece as principais dúvidas através de uma perspectiva legal


O convívio entre animais de estimação e moradores tem sido objeto de debates e questionamentos frequentes dentro dos condomínios residenciais e comerciais. Enquanto alguns condomínios adotam medidas restritivas em relação à presença de animais, outros buscam encontrar um equilíbrio que respeite tanto os direitos dos tutores quanto o bem-estar coletivo. Para desvendar as nuances legais, esclarecer os direitos, deveres e conflitos comuns relacionados a esse tema, entrevistamos a Dra. Alessandra Bravo, especialista em Direito Condominial e Direito Animal. Em um bate-papo esclarecedor, a Dra. Alessandra Bravo aborda os aspectos mais relevantes que regem o convívio entre animais e condomínios.


Pergunta: Fale sobre os principais equívocos em relação ao Direito Animal vivenciados nos condomínios residenciais.

Dra. Alessandra Bravo: Os principais equívocos em relação ao Direito Animal vivenciados nos condomínios residenciais podem incluir a proibição arbitrária de animais de estimação, sem embasamento legal, assim como regras excessivamente restritivas que não levam em conta o bem-estar dos não-humanos. Muitas vezes, os condomínios tomam medidas que não estão de acordo com a lei, como proibir animais de certas raças ou tamanhos, ou até mesmo proibição total de animais de estimação. No caso de proibir raças, muitos alegam riscos à segurança ou incômodos, sem embasamento científico ou legal. Por exemplo, há casos em que cães de raças consideradas "perigosas" são proibidos arbitrariamente, ignorando inclusive a Lei de cada Estado que veda a proibição de guarda, criação e circulação de animais com base em discriminação de raça, espécie ou porte. No entanto, as restrições devem ser embasadas por motivos legítimos e respeitar o princípio da razoabilidade.


Pergunta: Comente sobre as principais dúvidas dos condôminos/síndicos em relação à convivência com os animais nos condomínios.

Dra. Alessandra Bravo: As principais dúvidas dos condôminos/síndicos em relação à convivência com animais nos condomínios geralmente incluem questões sobre as regras permitidas, responsabilidades e procedimentos para lidar com eventuais problemas ocasionados entre humanos e não-humanos. Muitos condôminos e síndicos questionam quais são suas responsabilidades e direitos em relação aos animais, como por exemplo, em casos de danos causados por animais, regras de convivência e limitações quanto ao número de animais permitidos por unidade. Dúvidas de condôminos/síndicos podem ser esclarecidas à luz do Código Civil e da Lei Estadual, refletindo em regras internas do condomínio, que estabelecem direitos e deveres para todos os envolvidos, incluindo regras para a convivência pacífica.


Pergunta: Em relação aos maus-tratos, abuso, crueldade – o que pode acontecer com a pessoa que agir dessas maneiras contra os animais dentro dos condomínios?

Dra. Alessandra Bravo: Em relação aos maus-tratos, abuso e crueldade, a pessoa que agir dessa maneira contra os animais dentro dos condomínios poderá responder criminalmente de acordo com a legislação brasileira de proteção animal, estando sujeita a penalidades que incluem multas, advertências e até mesmo detenção, de acordo com a gravidade do ato. O Código Penal Brasileiro prevê penas para quem praticar atos de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais. Um exemplo é a Lei nº 9.605/1998, que estabelece punições para maus tratos a animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos. Maus-tratos, abuso e crueldade contra animais são tipificados na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que prevê penalidades para quem atentar contra a vida, a saúde ou a integridade de animais.


Pergunta: Quais são os portes de animais, raças, espécies permitidas em apartamentos residenciais e as principais restrições e/ou cuidados?

Dra. Alessandra Bravo: Os portes de animais, raças e espécies permitidas em apartamentos residenciais e as principais restrições são determinadas pela legislação estadual e/ou municipal. No Brasil, não existe legislação federal que restrinja raças ou espécies. Restrições devem estar fundamentadas e embasadas em critérios razoáveis, como por exemplo, animais silvestres dentro de unidades residenciais.


Pergunta: Como deve ser o deslocamento com segurança de pets – como por exemplo: cachorros e gatos – nas dependências dos condomínios e como devem ser recolhidos os dejetos?

Dra. Alessandra Bravo: O deslocamento com segurança de pets, como cachorros e gatos, nas dependências dos condomínios e o recolhimento dos dejetos devem ser realizados pelo tutor do animal e não pelos funcionários do condomínio, assim como a obrigatoriedade do uso de guias curtas e coleiras ou trelas. A proibição de andar no elevador ou carregar o animal no colo é considerada constrangimento ilegal e para o animal, pode configurar maus-tratos.


Pergunta: Como lidar com os sons/ruídos emitidos pelos animais dentro dos apartamentos e que, porventura, incomode algum vizinho?

Dra. Alessandra Bravo: Antes da reclamação, precisa-se constatar o motivo ensejador do barulho excessivo dentro da unidade provocado pelos animais de estimação. O animal pode estar abandonado, com fome, com sede, doente, sofrendo maus-tratos. A mediação animalista trazendo a informação para o tutor e conscientização do problema, auxilia todos e garante o sossego alheio, cumprindo assim os princípios civis condominiais: segurança, sossego e salubridade.


Pergunta: Quais são os principais direitos dos animais que vivem dentro de apartamentos em condomínios residenciais?

Dra. Alessandra Bravo: Os principais direitos dos animais que vivem em condomínios residenciais incluem acesso a cuidados veterinários adequados, alimentação equilibrada, ambiente limpo e seguro, exercícios e socialização, de acordo com as necessidades inerentes à espécie. Além dos cuidados básicos, animais em condomínios têm direito à integridade física e mental e ao convívio social adequado. Os direitos estão embasados no princípio da dignidade animal, que deve ser assegurado de acordo com a legislação de proteção animal vigente e previsto em nossa Constituição Federal.


Pergunta: Na sua visão, como Advogada Condominialista Animalista, como conviver de forma harmônica com os animais em um condomínio residencial?

Dra. Alessandra Bravo: A convivência harmônica com os animais em condomínios residenciais e/ou comerciais pressupõe o respeito mútuo entre todos os envolvidos: humanos e não-humanos, a responsabilidade na guarda e cuidado dos animais, e a observância das regras estabelecidas para garantir o bem-estar coletivo. Isso envolve promover a educação e a implementação de políticas condominiais que visem a harmonia entre todos. O convívio pacífico é possível e desejável, desde que haja empatia recíproca, diálogo aberto e um conhecimento aprofundado das normas e legislações pertinentes. Contar com a orientação de um especialista em Direito Condominial e Direito Animal torna-se um passo fundamental para garantir que todos tenham ciência de seus direitos e deveres, proporcionando um convívio pacífico e enriquecedor para ambas as partes. Ao promover a conscientização e a busca por soluções equilibradas, é possível atingir um ambiente onde a presença de animais de estimação coexiste em harmonia com a vida condominial, promovendo, assim, uma convivência saudável e pacífica para toda a comunidade.

 

Estudo do CEUB mostra potencial fitoterápico do Cajuzinho do Cerrado no tratamento de mastite bovina

Extrato da planta encontrada no cerrado brasileiro se apresenta como complementar para o tratamento da patologia, que mais impacta a bovinocultura de leite nacional e causa grandes perdas econômicas

 

Estudo realizado por estudantes do Centro Universitário de Brasília (CEUB), orientadas pela Professora Dra. Francislete Melo, trouxe novas perspectivas para o problema de resistência bacteriana enfrentado por vacas com mastite bovina. A pesquisa – conduzida por Ana Paula Sales e Adriana Pujades, alunas do curso de Medicina Veterinária – revela o efeito fitoterápico do extrato da casca do Cajuzinho do Cerrado, como alternativa ao uso de cefalexina, antibiótico usado no tratamento da patologia. Planta nativa do bioma pode ser mais eficaz e mais acessível financeiramente em comparação com o medicamento tradicional.  

O processo inflamatório da glândula mamária das vacas, causado pela mastite bovina, é acompanhado de uma série de modificações no leite, como alteração de coloração e presença de coágulos de sangue. De acordo com levantamento da Embrapa, a doença é a que mais impacta a bovinocultura de leite nacional, gerando perdas econômicas por questões como redução na produção, queda na qualidade do leite, descarte de leite com resíduos antimicrobianos, custos com tratamento e até descarte de animais. 

Embora o tratamento convencional com o uso de antibióticos seja eficaz quando administrado corretamente, os casos de mastite em bovinos enfrentam alta resistência microbiana, danos celulares e alterações na microbiota da mama do animal, além de potenciais riscos à saúde dos animais e dos consumidores de laticínios. “O uso indiscriminado de antibióticos para tratar doenças nos animais tem os microrganismos a desenvolverem resistência aos medicamentos convencionais, tornando-os menos eficazes ao longo do tempo”, explica a aluna Adriana Pujades. 

Para realizar do estudo, foram coletadas amostras de leite de vacas diagnosticadas com mastite em fase de lactação, antes da ordenha. As amostras foram testadas em laboratório, em conjunto com o antibiótico cefalexina e extratos de plantas como Unha de Gato (Uncaria Tomentosa), Calêndula (Calendula Officinalis), Cajuzinho do Cerrado (Anacardium occidentale) e (Rosmarinus Officinalis) Alecrim.  

A segunda fase testou cada planta individualmente e em combinação, comparando seus efeitos com a medicação química. Surpreendentemente, o cajuzinho do cerrado destacou-se entre as demais plantas, demonstrando efeito superior ao fármaco comercial, pois causou inibição do crescimento das bactérias enquanto o antibiótico convencional causou apenas a atenuação delas. “Este resultado sugere a eficácia do fitoterápico e indica resistência bacteriana ao antibiótico convencional”, afirmam as autoras do estudo do CEUB.  

 

Mais eficazes e mais acessíveis

De acordo com Ana Paula Sales, a motivação para o estudo foi explorar o potencial da medicina integrativa em bovinos. “Acreditamos que essa abordagem pode oferecer uma alternativa viável, especialmente considerando que os medicamentos utilizados são derivados de recursos comuns encontrados em nosso bioma, no cerrado. Compreendemos a complexidade do ambiente real, onde a interação entre medicamento, animal e ambiente pode influenciar os resultados”, frisa Ana Paula Sales. 

Segundo a orientadora da pesquisa, a professora de Medicina Veterinária do CEUB Francislete Melo, fatores como a interação do medicamento, as características individuais dos animais e as condições ambientais podem afetar os tratamentos, considerando o estudo altamente satisfatório. “Os resultados indicam que é possível combater a resistência bacteriana por meio de tratamentos complementares com extratos facilmente encontrados em nosso ecossistema local. Este é um passo fundamental para promover práticas sustentáveis na pecuária e preservar a eficácia dos tratamentos”, completa a docente.


Pacientes devem adotar condutas antes de fazer procedimentos estéticos, alerta advogada

 

Segundo os especialistas, é direito do paciente saber
de tudo que será feito e usado com ele. É possível, inclusive,
pedir para ver os frascos dos produtos a serem usados

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Solicitar por escrito quais serão os produtos aplicados, assinar um contrato são algumas das medidas necessárias


A saúde estética é uma das que mais crescem no País, sendo executada não apenas por médicos, mas dentistas, biomédicos, fisioterapeutas, entre outros profissionais de saúde. O Brasil é o segundo país que mais realizou procedimentos estéticos no mundo em 2022, segundo pesquisa anual global publicada ano passado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética. Por se tratar de um procedimento de saúde, quem se submete a eles comporta-se apenas como paciente na maioria das vezes, e se esquece que também é um consumidor e deve exigir seus direitos.

Com isso, muita gente deixa de ter algumas condutas importantes na hora de contratar estes serviços. “Por confiança no profissional ou até por respeito, muitos deixam de pedir explicações mais detalhadas sobre o procedimento, não fazem um contrato de prestação de serviços, nem pedem por escrito a especificação do produto que será aplicado no procedimento. Mas estas são condutas importantes para resguardar seus direitos, especialmente em caso de erro”, diz a advogada especializada em direito do consumidor Ana Luiza Fernandes de Moura, do escritório Celso Cândido de Sousa Advogados.

Recentemente, foi amplamente divulgado um caso de uma paciente paulistana que perdeu o lábio superior e o buço após fazer um preenchimento com polimetilmetacrilato, chamado de PMMA - é um preenchedor definitivo não recomendado para procedimentos estéticos. Segundo a paciente, a profissional de saúde dizia ser ácido hialurônico. “Sabemos que este é apenas um exemplo de problemas que vem acontecendo, seja por má fé profissional ou por imperícia. Mas o fato é que os pacientes precisam mudar sua conduta na hora de contratar tais procedimentos para se resguardar. A formalização do acordo por escrito já inibe muita coisa, especialmente, ações de má fé”, diz a especialista. 

Ana Luiza Fernandes de Moura ressalta que é direito do paciente saber de tudo que será feito e usado com ele. “Os procedimentos estéticos são aplicáveis aos direitos básicos do consumidor, sendo o profissional visto como o prestador de serviços e o paciente como o consumidor. Assim, está disposto no art. 6º do CDC que a informação deve ser clara sobre os diferentes produtos e serviços prestados, com a especificação correta da quantidade, característica, composição e qualidade”, afirma.

Segundo a advogada, o cliente pode, inclusive, pedir para ver os frascos do que será usado nele se assim desejar. “O paciente pode solicitar para verificar qual produto será aplicado e também deve ser instruído sobre todos os cuidados, antes, durante e depois que deverá ter com o procedimento, quais são as possibilidades de resultado e ciência de todos os riscos e possíveis complicações que poderá causar. Além da validade e do nome da substância que será utilizada, o paciente deve se atentar à natureza do medicamento e quais são as contra indicações. Não pode haver recusa do profissional na hora de mostrar o produto, pois o consumidor tem o direito à informação de forma clara. Se ainda assim houver a recusa, o paciente pode desistir de iniciar o procedimento de forma livre”.

Contrato

Normalmente, antes de procedimentos estéticos não é comum assinar documentos, mas Ana Luiza destaca que isso é bom para ambas as partes. “É importante que seja feito um termo de consentimento livre e esclarecido, a fim de resguardar tanto o profissional quanto o consumidor. Nele deve constar todas as informações referentes aos riscos, contra indicações, o tipo de procedimento que será realizado e os cuidados que devem ter, devendo ser entregue em tempo hábil para que o paciente consiga ler e entender com calma e ter ciência de tudo que será feito”, pontua.

Diante de qualquer erro ou falha por parte do profissional, o paciente deve procurar um advogado na área para requerer seus direitos de indenização e é possível usar outros meios como comprovação do que foi realizado. “Conversas da contratação via WhatsApp também podem servir como prova. Quanto mais conversas, e-mails, documentos, comprovantes, fotos, vídeos o paciente tiver, melhor”, destaca a especialista.

O advogado criminalista Gabriel Fonseca, que também integra a equipe do escritório Celso Cândido de Sousa Advogados, destaca que o profissional que comete um erro ao realizar algum procedimento estético pode ser penalizado. “Além das penalidades cíveis e administrativas, ele pode responder criminalmente. A depender das lesões causadas, pode incidir nas penas de lesão corporal culposa (leve, média ou grave) cuja pena é de dois meses a um ano. Se resultar na morte do paciente, o profissional pode responder por lesão corporal seguida de morte. Nesse caso a pena pode ser de quatro a 12 anos”, explica.


Unhas em gel são resistentes, mas não inquebráveis

Especialista traz dicas para aumentar a durabilidade e manter a saúde das unhas


Recentemente, observou-se um notável crescimento na preferência por unhas de gel, uma tendência que tem ganhado destaque significativo no cenário da beleza. Essa ascensão pode ser atribuída a uma série de motivos, sendo a durabilidade e a estética impecável das unhas de gel os principais impulsionadores desse fenômeno.

“As unhas em gel estão em alta por conta da sua durabilidade e estética impecável, seja com alongamento ou banho de gel, ou seja, aplicação do produto, mas sem alongar”, explica Marina Groke, especialista em beleza da Unhas Cariocas.

A profissional pontua que elas são feitas por meio de moldes artificiais desenvolvidos para esse fim, fabricados com gel UV/LED. Após aplicados sobre as unhas naturais, eles proporcionam um processo de alongamento eficaz. “O uso de uma cabine de luz Ultravioleta acelera a secagem e fixação do gel, sendo particularmente vantajoso para situações emergenciais de beleza. Nessa situação, ao invés de esperar a secagem do esmalte tradicional para que não amasse, a cliente sai da loja com as unhas secas, o que não a impede de realizar as atividades do dia”, pontua.

A preparação adequada das unhas é crucial, exigindo a remoção de oleosidade e a aplicação de primer para evitar seu levantamento. A aplicação do esmalte em gel é realizada em camadas, intercaladas com períodos na cabine de luz UV, resultando em unhas resistentes e visualmente deslumbrantes. Adicionar um Top Coat ao final confere brilho extra, completando o processo.

A especialista reforça que a tendência do uso do gel não é apenas uma moda passageira, mas uma evolução nas práticas de cuidados com as unhas, que destaca a busca por opções esteticamente aprimoradas. Diante dessa perspectiva, aderir cuidados diários que visam a sua resistência é fundamental.

Confira os principais destacados pela especialista.

 

Lixe apenas com um profissional

Lixar as unhas de forma equivocada pode resultar em espessura excessiva e na perda da curvatura ideal, comprometendo a estética desejada. Além disso, a ação incorreta da lixa pode remover camadas protetoras do acabamento da unha em gel, tornando-as mais vulneráveis a infiltrações e danos. A expertise da profissional não apenas proporciona um visual impecável e natural, mas também assegura que as unhas mantenham sua integridade estrutural, promovendo uma manicure duradoura e saudável.

 

Utilize luvas

O uso de luvas ao lavar louça ou manusear produtos químicos é uma prática fundamental para preservar a qualidade da esmaltação das unhas. A exposição frequente à água e a substâncias químicas presentes em detergentes e produtos de limpeza pode comprometer a durabilidade do gel e a saúde das unhas.

As luvas oferecem uma barreira protetora, evitando que os agentes agressivos entrem em contato direto. Junto a preservação da a esmaltação, o uso também contribui para a manutenção da saúde da pele das mãos, prevenindo o ressecamento causado pela exposição prolongada a elementos abrasivos.

 

Hidrate corretamente

Manter as cutículas e a pele ao redor das unhas bem hidratadas não apenas contribui para uma estética mais saudável, mas também desempenha um papel significativo na preservação da saúde global das unhas.

O uso regular de um creme hidratante de qualidade nutre a pele, prevenindo o ressecamento que poderia comprometer a integridade das cutículas e, por consequência, afetar a saúde das unhas. Ao aplicar o produto, é importante massagear suavemente a região das cutículas para promover a absorção e estimular a circulação sanguínea, o que, por sua vez, fortalece as unhas desde a base. No mercado de beleza, já existem itens exclusivamente voltados para essa função, como é o caso do CuteCuti, item da Unhas Cariocas próprio para a hidratação de cutículas.

 

Mantenha acompanhamento profissional

Realizar a manutenção dentro do prazo de 15 a 20 dias é essencial, pois o contato com os designers proporciona uma oportunidade valiosa para uma avaliação mais abrangente da condição das unhas. Eles podem identificar sinais precoces de descolamento, possíveis danos ou problemas que possam surgir, permitindo intervenções preventivas antes que se tornem mais sérios. Redes como a Unhas Cariocas têm se destacado por oferecer serviços de alongamento ou banho de fel com hora marcada, levando aproximadamente 1h30 para o resultado.

Essas avaliações personalizadas são cruciais, pois cada pessoa tem necessidades específicas de cuidados com as unhas, e um profissional pode adaptar suas orientações de acordo com as características individuais.

 

Unhas Cariocas


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