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quarta-feira, 5 de julho de 2023

Inteligência Artificial na educação: um olhar sem preconceitos

 

A Inteligência Artificial deixou de ser uma realidade distante ou restrita à ficção científica e está cada vez mais presente em nossas vidas, inclusive na área educacional. O futuro pede por uma educação mais humana; no entanto, por mais que pareça contraditório, uma educação humanizada está diretamente ligada à necessidade de usarmos a tecnologia para resolver tarefas mecânicas. Esta discussão já vem sendo realizada pelos docentes dos Colégios Santa Amália, em São Paulo, negócios filantrópicos da Liga Solidária, organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua na capital paulista.

 

Segundo pesquisas, entre 20% a 40% das horas dos professores, o que equivale a 13 horas por semana, são gastas em atividades que poderiam ser automatizadas usando tecnologia já existente. A área com maior potencial de automação é a preparação das aulas. Sendo assim, deve-se ter um olhar atencioso e sem preconceitos para as novas tecnologias, que surgem diariamente, e usá-las para transformar o processo pedagógico em algo cada vez mais moderno e humano.  

 

Não se trata de substituir os professores por robôs ou de transformar o processo educacional em uma ciência exata, mas de usar os avanços tecnológicos para auxiliar professores e alunos no processo pedagógico. E nos perguntamos: como corrigir uma redação, por meio da Inteligência Artificial, onde uma série de fatores complexos e subjetivos precisa ser levada em conta?

  

As regras, para tal correção, envolvem gramática normativa, coesão, coerência e estrutura textual, bem como análises do conteúdo textual, como fuga do tema, plágio etc. A habilidade para identificar esses aspectos é “ensinada” à Inteligência Artificial por meio da inteligência humana, ou seja, o(a) professor(a) direciona o sistema de como ele deve proceder na hora da correção. 

 

Há muitos benefícios por intermédio da Inteligência Artificial. Uma delas é personalizar a educação, ou seja, possibilitar que a escola visualize com facilidade quais disciplinas geram mais interesse e quais são as maiores dificuldades dos alunos. Mas de que forma ocorre essa personalização? Simples: os professores colhem informações importantes que permitem uma personalização do aprendizado, de acordo com as necessidades das turmas. O resultado faz com que a instituição explore ao máximo o potencial dos alunos de maneira diferenciada.  

 

Tablets e computadores, quando surgiram, foram considerados “inimigos” da educação porque disputavam a atenção das crianças e jovens com os livros. Hoje são ferramentas auxiliares no processo educacional, usadas para promover o engajamento, dar mais agilidade às aulas, facilitar a rotina dos docentes e aprimorar as habilidades dos alunos, sem a necessidade de abandonar os livros e cadernos.

 

A Inteligência Artificial fornece interações “quase humanas” com softwares e oferece apoio a decisões para tarefas específicas. Ela não é uma substituição aos seres humanos e também, com certeza, não será!  

 



Maria Zélia Dias Miceli - educadora dos Colégios Santa Amália, em São Paulo, e Gerente Executiva do Eixo Educação da Liga Solidária, organização sem fins lucrativos.


Mudança de escola: como facilitar a adaptação na metade do ano?

Freepik
Especialista explica qual a função dos responsáveis e o que fazer para ajudar os filhos durante a transição


Mudar de uma escola para outra não é algo simples para crianças e adolescentes e, na maioria das vezes, trocar de colégio não é algo que é escolhido de livre e espontânea vontade entre os alunos e os pais. Problemas financeiros, mudança de casa, bullying ou adaptação acadêmica podem ser alguns dos fatores na hora de tomar essa decisão.

Para os responsáveis, as indagações são as mesmas que as dos filhos: “será que vão conseguir se adaptar?”, “será que os colegas receberão de maneira correta?”, “será que o colégio novo é legal?”. Todas essas preocupações podem ser amenizadas ou até mesmo evitadas se os responsáveis se prepararem antes de escolher a escola nova.

De acordo com Marizane Piergentile, diretora de educação da Rede Adventista das unidades do ABCDM e Baixada Santista, é importante que a família separe um tempo especial para encontrar o lugar certo para o estudante. “Ao visitar as novas opções escolares, esteja aberto aos lugares. É sempre bom lembrar que a instituição não mudará o seu método de ensino, por isso é importante se colocar à disposição para diversas possibilidades na hora da escolha”, explica a diretora.

Outro passo importante é levar o estudante para conhecer o novo local de estudo e perguntar como ele se sente naquele novo ambiente. Uma vez que a decisão for feita, peça uma avaliação diagnóstica do seu filho para entender qual é o nível acadêmico da classe antes da mudança. Quando estiver com a avaliação em mãos, procure aulas de reforço para ajudar o estudante a acompanhar as aulas. “Observe antes de agir. Analise as crianças e os jovens, veja quais as atividades que elas estão acostumadas a fazer e procure achar uma forma de alinhar seu filho a essa nova realidade”, aconselha a diretora de educação.

Nos primeiros dias de aula, é fundamental acompanhar a criança até a escola e principalmente se atentar ao horário para não causar desconforto. “O ambiente escolar é a coisa mais importante na vida dos alunos, principalmente para os adolescentes, que estão começando a encarar os problemas sociais e pessoais. É necessário fazer um esforço para que a transição de escola seja o mais confortável e tranquila o possível”, finaliza.

 

Lucro do negócio passa necessariamente por uma boa gestão financeira

Especialista aponta que também é essencial identificar as tendências emergentes e ajustar a oferta para atender às necessidades do público-alvo


Transformar uma empresa em um negócio lucrativo em 2023 pode parecer um desafio, considerando o cenário empresarial competitivo e em constante evolução. No entanto, é importante destacar que ainda existem diversas estratégias e oportunidades disponíveis para impulsionar o sucesso financeiro de um negócio neste ano.

De acordo com a especialista em reestruturação financeira Dra. Kélen Abreu, uma das chaves para gerar um negócio lucrativo é adaptar-se às mudanças e demandas do mercado. “Em 2023, os consumidores estão mais exigentes do que nunca, buscando produtos e serviços personalizados, sustentáveis e inovadores. Portanto, é essencial identificar as tendências emergentes e ajustar a oferta para atender às necessidades do público-alvo. Isso pode envolver o desenvolvimento de novos produtos, a otimização de processos internos ou a adoção de tecnologias disruptivas”, aponta a especialista.

A experiência do cliente desempenha um papel crucial no sucesso de qualquer empresa. Em 2023, as expectativas dos consumidores em relação ao atendimento, conveniência e personalização estão em constante ascensão. Portanto, é fundamental investir em treinamento para a equipe e desenvolver processos que coloquem o cliente no centro de todas as interações. Utilizar sistemas de CRM (Customer Relationship Management) é uma excelente maneira de conhecer melhor os clientes, personalizar o atendimento e construir relacionamentos duradouros.

A gestão financeira desempenha um papel fundamental na busca pela lucratividade de uma empresa, independentemente do ano em questão. “Um planejamento financeiro adequado é essencial para alcançar a lucratividade. Isso envolve estabelecer metas financeiras claras, identificar fontes de receita e definir orçamentos realistas. Dessa forma, os gestores podem antecipar desafios, tomar decisões mais informadas e implementar ações corretivas quando necessário”, aponta a especialista.

O responsável pela área financeira também consegue identificar problemas financeiros e tomar medidas corretivas para otimizar a lucratividade a partir da análise e monitoramento de desempenho. “Isso inclui o acompanhamento de indicadores-chave de desempenho (KPIs), como margem de lucro, retorno sobre investimento (ROI), fluxo de caixa e índices de rentabilidade”, aponta Dra. Kelen.

Ela lembra que o controle de custos e despesas é fundamental para maximizar a lucratividade. “Dessa forma, é possível identificar e reduzir gastos desnecessários, otimizar o uso de recursos e negociar melhores acordos com fornecedores. Além disso, uma análise cuidadosa dos custos pode revelar oportunidades para melhorar a eficiência operacional e aumentar a margem de lucro”, aponta.

É preciso também estar de olho nas possibilidades e decisões sobre investimentos, avaliando cuidadosamente as oportunidades e direcionando recursos para áreas que apresentem maior potencial de retorno financeiro. Isso pode envolver investimentos em pesquisa e desenvolvimento, tecnologia, marketing ou expansão de mercados. Ao fazer escolhas corretas, a empresa pode impulsionar a lucratividade a longo prazo.

Um planejamento fiscal eficiente pode reduzir a carga tributária da empresa e contribuir para a lucratividade. “A gestão financeira também envolve a otimização do planejamento tributário, de acordo com as leis e regulamentações fiscais vigentes. Isso inclui a identificação de incentivos, a utilização de benefícios disponíveis e a gestão adequada das obrigações tributárias”, destaca.

A análise de dados desempenha um papel cada vez mais importante na tomada de decisões empresariais embasadas em informações concretas. Por isso, é fundamental coletar e analisar dados para monitorar o desempenho do negócio, identificar oportunidades de melhoria e tomar decisões estratégicas fundamentadas. A inteligência artificial e a análise preditiva podem ajudar a encontrar padrões, prever tendências e antecipar as necessidades do mercado.

Entretanto, Kelen também defende que a inovação continua sendo um fator-chave para a lucratividade empresarial em 2023. “É importante estar atento a oportunidades de melhoria e atualização nos produtos, serviços e processos. Encorajar a criatividade e a colaboração em toda a equipe é essencial para encontrar soluções inovadoras. Além disso, estar aberto a parcerias e alianças estratégicas pode impulsionar o crescimento e a rentabilidade. Vale lembrar que a sustentabilidade e a responsabilidade social são aspectos que ganharam relevância para os consumidores e demonstrar compromisso com práticas ambientalmente responsáveis e causas sociais pode ser um diferencial significativo”, conclui a especialista. 



Dra. Kélen Abreu - especialista em Reestruturação Financeira e BPO Financeiro há mais de dez anos, também é mentora e referência em gestão de empresas. Realiza consultorias e treinamentos para formar BPOs Financeiros pelo Brasil. Com experiência no Brasil, Estados Unidos e em Angola focada em construir negócios lucrativos. Empreendedora serial, também coordena a equipe do Gerente Financeiro Online e Lucros Reais, empresas que prestam serviços de BPO Financeiro para diversas empresas de forma totalmente remota. É fundadora do Iuli, uma plataforma de gestão financeira que dá o poder da clareza e simplicidade nas finanças e veio para que a planilha financeira seja abandonada para gerenciar os negócios dando segurança e rastreabilidade nos dados. Além de ser doutora em educação, mestre em administração estratégica pela UDESC, especialista em BSC, mapeamento de processos e finanças, é também graduada em administração pela UFSC.
https://drakelenabreu.com.br/
@drakelenabreu


Envelhecimento da população requer cada vez mais educação financeira

 Educador financeiro Thiago Martello reforça necessidade das gerações mais novas aprenderem a lidar melhor com dinheiro para planejar a própria velhice


O Brasil está diminuindo e envelhecendo. Os primeiros dados divulgados pelo IBGE, referentes ao Censo 2022, mostraram que o número da população brasileira é menor que o esperado: 203 milhões. E, apesar de ainda não terem sido divulgados os recortes etários da pesquisa, muitos outros estudos revelam a tendência de crescimento de pessoas acima dos 60 anos no País.  Atualmente, elas representam 15% do total. Em 2040, um a cada quatro brasileiros deve estar nessa faixa. Com isso, torna-se cada vez mais necessário o aprendizado de educação financeira.

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello EF, empresa que abocanhou investidores no programa Shark Tank Brasil ao oferecer uma metodologia própria, viver mais também significa ter que se preocupar com as finanças relacionadas à maior longevidade. “Ninguém quer viver mais passando necessidade, por isso é cada vez mais importante que as pessoas saibam organizar bem as próprias finanças, inclusive para conseguirem planejar uma velhice com mais qualidade. E quanto antes este aprendizado, melhor!”, avalia. 

Segundo Martello, a maior parte das pessoas chega à velhice sem um planejamento relacionado ao dinheiro, o que prejudica, inclusive, as gerações mais novas. “Foi feita uma pesquisa em que era perguntado por que as pessoas não conseguiam guardar dinheiro. Um dos principais motivos é porque precisavam ajudar a família. Não há nada de errado em ajudar, obviamente, mas quando uma geração não consegue criar riqueza porque tem que ajudar a geração anterior, estamos criando um ciclo de pobreza”, diz.

Ele explica que o aumento da longevidade somado à diminuição da natalidade no País requer mais cuidado com relação à vida financeira ao longo da vida. “É importante que os brasileiros entendam desde cedo a necessidade de consumir de forma consciente, poupar dinheiro, ir atrás de renda extra quando necessário e muitos outros pontos. É assim que vamos conseguindo, aos poucos, mudar a realidade que temos hoje, quando boa parte da população chega à terceira idade dependendo da família e do governo até para o básico”, afirma. 

Martello explica que um ponto importante é que muitos pais se preocupam antes em ajudar os filhos antes de garantir o próprio planejamento financeiro relacionado à velhice, mas deveria ser o contrário. “Não é errado ajudar os filhos obviamente, mas primeiramente é preciso olhar para as próprias finanças. Não dá para dar o que não se tem e, muitas vezes, a falta de organização e planejamento para a velhice fará com que os filhos precisem ajudar lá na frente. Ou seja, é “desvestir um santo para vestir outro”, o que não funciona”, conclui. 

 

Thiago Martello - Apaixonado por finanças, Thiago é administrador de formação, pós-graduado pela FGV, especialista e agente autônomo de investimentos, além de atuar como educador e planejador financeiro desde 2015. Ele começou a trajetória aos nove anos, vendendo balas no farol perto de casa e hoje já mudou a vida de mais de mil pessoas através de uma metodologia exclusiva, simples e divertida, e que transformou a vida de muitas famílias. Com bom humor, ele mostra que é possível organizar as contas de forma prática e dar uma "martellada" definitiva na desordem financeira. Para sabe mais, acesse https://martelloef.com.br/

 

Infraestrutura escolar contribui com aprendizagem, diz pesquisa

Neuroarquitetura é aliada para criar espaços diferenciados voltados à convivência, prática esportiva e pedagógica nas escolas


Neuroarquitetura. Embora não seja novo - os primeiros registros de trabalhos arquitetônicos com foco no bem-estar mental datam de meados da década de 1950 -, esse conceito tem se tornado cada vez mais necessário para o estilo de vida contemporâneo. Diversas pesquisas evidenciam a influência do desenho e organização dos ambientes nas emoções. Agora, um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que analisou dados sobre infraestrutura e aprendizagem coletados por uma pesquisa da UNESCO, mostra que até mesmo a infraestrutura escolar tem um papel fundamental no desempenho dos estudantes.

De acordo com esse levantamento, estudantes que frequentam escolas com bons ambientes apresentam melhor desenvolvimento. Espaços funcionais, bem iluminados e que estimulam a criatividade realmente ajudam na rotina escolar de crianças e adolescentes. E, bibliotecas, laboratórios e quadras esportivas estão entre os espaços com mais influência, sob esse aspecto. Além de preocupar-se com equipar muito bem esses ambientes, também é necessário pensar em como eles são planejados e utilizados no cotidiano. Revitalizar e dar nova destinação a locais subutilizados é importante para permitir que o processo de ensino e aprendizagem seja mais eficaz e prazeroso.

Para a arquiteta e urbanista Marilice Casagrande Lass Botelho, “proporções espaciais e iluminação corretamente aplicadas, ventilação apropriada, baixo índice de ruído e paleta de acabamentos compatível com as funções ali desenvolvidas geram espaços confortáveis e harmônicos”. Nesse sentido, os chamados “espaços de descompressão”, criados nos anos de 1990, são fundamentais.


Áreas verdes são indispensáveis para saúde mental

Os benefícios do contato com a natureza também são velhos conhecidos da ciência. Das casas de repouso que estavam sempre localizadas em meio a campos e matas, ao longo dos últimos séculos, aos estudos mais aprofundados que comprovam a relação entre meio ambiente e saúde mental, o denominador comum é a certeza de que o verde e o ar puro afetam positivamente os seres humanos. 

Em parceria com a Universidade da Virgínia e o Centro de Resiliência de Estocolmo, a ONG The Nature Conservancy (TNC) desenvolveu uma análise das ligações entre qualidade de vida e contato com a natureza. Por meio da observação de estudos em saúde, meio ambiente e até economia, os pesquisadores concluíram que as grandes cidades têm um enorme potencial do que se chama de “penalidade psicológica urbana”, ou seja, aumento do estresse e de outros transtornos mentais. Outros estudos também já demonstraram que até mesmo poucos minutos de interação com ambientes naturais podem melhorar significativamente a saúde mental das pessoas. O mesmo se aplica às escolas.


Experiência prática

Convívio, lazer, ócio criativo. Tudo contribui para que o aprender seja potencializado. E os resultados são visíveis no humor e disposição dos estudantes, como observa a diretora do Colégio Positivo - Joinville, Patrícia Menezes Barcelos Corrêa. Ali, uma área ao ar livre que não estava sendo utilizada foi transformada em um ambiente multiuso para atividades esportivas, culturais e pedagógicas. “É um amplo espaço de convivência durante os intervalos e os professores também o utilizam para enriquecer as práticas pedagógicas em contato com a natureza, realizando contação de histórias e atividades esportivas”, explica.

No curto prazo, os estudantes aproveitam a área ventilada e ensolarada para lanchar, relaxar e conversar com os amigos. No médio e longo prazo, a ideia é que ela também ajude a tornar as horas de estudo mais produtivas e menos estressantes. “Temos percebido que as crianças estão menos tensas e mais animadas depois que começaram a utilizar esse espaço. Sabemos a importância disso para a aprendizagem e esperamos impactos ainda melhores ao longo do tempo”, completa a diretora.

 

Colégio Positivo - Joinville


Marketing digital é uma ferramenta poderosa para impulsionar negócios

 Gestores devem explorar as diferentes opções de publicidade online, como anúncios no Google, Facebook, Instagram e LinkedIn


No cenário altamente competitivo de hoje, o marketing digital desempenha um papel fundamental no crescimento e na visibilidade das empresas. Uma das estratégias é a otimização de mecanismos de busca (SEO), por esse motivo é fundamental entender como esses recursos funcionam e como otimizar o conteúdo para aumentar a visibilidade e o tráfego orgânico do site

Para Renato Torres, especialista em Marketing, palavras-chave, meta descrições, estrutura de URLs e outros elementos-chave do SEO também ajudam inúmeras empresas a alcançarem sucesso por meio de estratégias eficazes de marketing digital.

Outro pilar é o marketing de conteúdo. Torres enfatiza a necessidade de criar conteúdos relevantes e envolventes, que agreguem valor aos clientes em potencial. Ele sugere alguns diferentes formatos que podem ser utilizados. “Invista em blogs, infográficos, vídeos e eBooks, sempre aliado a uma estratégia consistente e bem planejada”, reforça.

A presença nas redes sociais é outro aspecto crucial e por isso é importante saber como escolher as plataformas corretas para o público-alvo, criar conteúdo cativante e engajar os seguidores de forma autêntica. “Todos esses recursos apresentam métricas que podem ser analisadas para avaliar o desempenho das campanhas e ajustar a estratégia conforme necessário”, aconselha Torres.

Para impulsionar o alcance e acelerar os resultados, os anúncios pagos são uma estratégia valiosa. Torres aconselha a explorar as diferentes opções de publicidade on-line, como anúncios no Google, Facebook, Instagram e LinkedIn. “Sempre é preciso levar em consideração a importância de segmentar o público, o orçamento e mensurar resultados”.

A automação de marketing também se destaca como uma ferramenta poderosa. Renato destaca como a automação pode agilizar processos, nutrir leads e melhorar a eficiência das campanhas de marketing. “Desde que devidamente integrada e planejada com outras iniciativas de marketing digital, é possível alcançar um resultado excelente”, pontua o especialista.

As estratégias de geração de leads são fundamentais para o crescimento dos negócios, assim como atrair e saber identificar contatos qualificados, bem como nutri-los ao longo do funil de vendas.  Para ajudar nessa missão, Renato separou alguns tópicos:


Consciência (topo do funil)

Crie conteúdo relevante e informativo, como artigos de blog, vídeos ou infográficos, que atraiam a atenção dos leads.

Ofereça materiais ricos, como e-books, webinars, em troca das informações de contato dos leads.

Utilize estratégias de marketing de conteúdo para aumentar a visibilidade da sua marca e estabelecer sua autoridade no setor.


Consideração (meio do funil)

Envie e-mails personalizados com conteúdo direcionado aos interesses e necessidades específicas dos leads.

Realize webinars ou eventos on-line para fornecer informações mais detalhadas sobre seus produtos ou serviços.

Ofereça demonstrações gratuitas ou avaliações para permitir que os leads experimentem sua solução antes de tomar uma decisão de compra.


Decisão (fundo do funil)

Envie depoimentos de clientes satisfeitos e estudos de caso que demonstrem os benefícios reais do seu produto ou serviço.

Ofereça suporte especializado, como consultas individuais ou atendimento personalizado, para ajudar os leads a superarem quaisquer objeções finais.

Crie ofertas exclusivas, como descontos, pacotes de serviços adicionais ou garantias estendidas, para incentivar a conversão.


Dicas práticas recomendadas para nutrir leads em todas as etapas

Utilize uma ferramenta de automação de marketing para segmentar seus leads e enviar comunicações personalizadas.

Acompanhe as interações dos leads com seu conteúdo e site para entender melhor seus interesses e intenções.

Esteja presente nas redes sociais, interagindo com seus leads por meio de comentários, mensagens e compartilhando conteúdo relevante.

Realize pesquisas ou enquetes para entender as necessidades dos leads e adaptar suas estratégias de marketing.


Renato Torres - empresário especializado em tecnologia e marketing, com ampla experiência no setor. Ao longo de sua carreira, ele tem ajudado empresas a implementarem estratégias eficazes de marketing digital e alcançarem resultados notáveis. Sua paixão pela tecnologia e seu conhecimento estratégico o tornam um consultor altamente respeitado no mercado.


Falha ou Falta de Governança na Americanas?

O caso da Americanas é um dos maiores escândalos reputacionais dos últimos tempos. Desde o início de 2023,  os indivíduos têm sido bombardeados com diversas notícias sobre o tamanho do prejuízo causado por esta empresa para seus colaboradores e para a sociedade em geral.

Este artigo tem como objetivo fatos públicos que foram publicados na imprensa e não em narrativas. Não podemos apontar os dedos juridicamente para os culpados, pois a Comissão de Valores Imobiliários e a Justiça Brasileira ainda estão investigando o caso.

No entanto, podemos abordar a questão da inexistência ou falha de governança na empresa Americanas. O termo “governança” deriva do ato de governar por meio de uma gestão robusta; exercer autoridade; ter o poder perante algo.

Basicamente, o sentido de governança é o de administrar, dirigir, monitorar, orientar, organizar e elaborar estratégias para tomar decisões assertivas. Essas decisões devem ser pautadas na ética, transparência, segurança, crescimento e geração de resultados.

A governança corporativa possui 4 (quatro) pilares básicos: (I) transparência; (II) equidade; (III) prestação de contas; e (IV) responsabilidade corporativa. Sem a efetiva aplicação destes princípios em uma empresa, podemos afirmar que ela não possui governança. Muitas vezes, essa ação existe somente no papel, mas não é praticada pela Alta Direção.

Vamos imaginar que a Alta Direção não pratica a governança, apesar desta existir formalmente no papel, e ainda estiverem, potencialmente, envolvidos em uma fraude contábil? Temos o cenário perfeito para a catástrofe.

A fraude nunca é realizada somente por um indivíduo. Sempre existe a necessidade de dois ou mais sujeitos atuarem em suas funções para ajudarem a realizar a fraude. Qual o objetivo? Ganhar dinheiro fácil. A defraudação gera lucro em um primeiro momento, mas sempre será descoberta, mesmo que depois de anos.

Podemos afirmar que a fraude é a falta de consciência dos indivíduos em relação aos valores éticos que deveriam ser aplicados na sociedade. Potencialmente se a Alta Direção da Americanas estava envolvida, e era responsável pela fraude, não existia de fato governança nesta empresa, uma vez que os próprios responsáveis por gerir a empresa eram os responsáveis por ganhar dinheiro fácil.

Alguns podem perguntar: mas como o Compliance da Americanas não descobriu a fraude? A resposta é que o setor respondia para a Alta Direção, aparentemente responsável pela fraude, e era enganada por eles. Podemos fazer um paralelo com o que aconteceu com a Odebrecht. Existia Compliance na mencionada empresa, mas a corrupção foi montada em um esquema tão sofisticado através do setor de operações estruturado com a Alta Direção envolvida, que o Compliance não tinha como descobrir.

Outros perguntam sobre o papel das auditorias externas no caso Americanas. Ainda não é possível afirmar, de fato, que existia uma conspiração entre a Alta Direção da Americanas e os sócios destas auditorias. No entanto, existem sinais vermelhos que levam a percepção que algo não estava dentro dos melhores padrões contábeis aplicados.

Estamos diante de um dilema, pois o mercado das chamadas “big four” é quase um monopólio. Apesar de existirem regras sobre a questão de rotatividade entre as auditorias, a concentração deste mercado pode gerar conflitos de interesses. Afinal, quem quer desagradar um cliente com um apontamento que pode provocar prejuízos? Ademais, quando não estão atuando como auditorias contábeis nas empresas devido a rotatividade, elas atuam como consultoras. Então, o conflito de interesses já está instaurado, uma vez que as auditorias/consultorias também querem manter os clientes e lucrarem.

Outro ponto que devemos abordar seria o papel da Comissão de Valores mobiliários (CVM) neste caso. Infelizmente, a CVM não consegue atuar de forma preventiva, pois não tem profissionais suficientes para monitorar o mercado. Ela atua de forma reativa sempre quando recebe uma informação ou através de notícias. Neste caso específico, a CVM está cumprindo com seu papel, que seria investigar o ocorrido. Ou seja, não temos a prevenção no mercado, mas apenas a remediação, cujo custo toda a sociedade irá de alguma forma pagar, pois conseguir fazer com que 50 bilhões de reais voltem para o caixa da Americanas pode ser considerado uma missão impossível.

No caso das Americanas, podemos enxergar que a falta de governança gerou prejuízos além dos materiais, devido a visão operacional imediatista, carência de visão estratégica, conselho aparentemente pouco profissional e sem diversidade, controladores ou acionistas majoritários com excesso de confiança no ex-presidente desta empresa – algo que não é normal, uma vez que ficar 20 anos em um cargo não faz parte da governança corporativa que preconiza um processo de sucessão – e interesses particulares antes dos interesses da empresa.

Podemos acrescentar que a forma de gestão dos acionistas majoritários, que tem seus méritos, não é mais aplicável no mundo atual. Talvez 20 ou 30 anos atrás, a metodologia que eles implementaram foi considerada uma inovação. A Americanas foi a precursora do e-commerce, mas isto é passado. Então, como será o futuro? O mundo mudou e eles continuaram a insistir na metodologia ultrapassada. Podemos aplicar neste caso o bordão: “Desempenho passado não é garantia de resultado futuro”. Foi exatamente o que ocorreu, o desempenho do futuro era o resultado de manobras contábeis para que a Alta Liderança pudesse ganhar mais dinheiro com a venda de suas ações, que nada mais eram que premiações por performance.

No mercado mundial, muitos executivos recebem bonificações através de ações das empresas que atuam. Nada ilegal ou antiético em relação a esta prática. A questão central é que estes executivos têm acesso a informações privilegiadas que o mercado não possui, e se não existir um regramento interno definindo janelas para vendas destas ações, estamos diante do clássico uso de informações privilegiadas para ganhar mais dinheiro com o bônus em ações recebidos. Podemos afirmar que tal prática vai totalmente contra os princípios da boa governança corporativa.

Sendo assim, o que podemos esperar deste caso? Dificilmente a empresa conseguirá se recuperar. Teremos fechamento de lojas, desemprego em massa, fornecedores sem receber e até quebrando e, principalmente, uma reputação arrasada.

 

Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br


PULANDO DE EMPREGO EM EMPREGO?

TALVEZ VOCÊ SEJA UM JOB-HOPPER! 

 

Todo mundo conhece aquela pessoa que não para em emprego nenhum: “sabe o fulano que trabalhava no marketing da Billy Beans? Não está mais lá. Foi para a Marezzo!”, “você viu que o beltrano pediu penico do Banco do Fuzil? Foi dar close lá no Italú!” ou, ainda, “e sicrano, rei dos rumores dos corredores? Passou no “RH” do Magazine Juíza e tchau, tchau, Cacau!

Curioso, não? De acordo com uma pesquisa publicada no jornal norte-americano NBC News, este comportamento atende pelo nome científico de job-hopping e ele chegou para ficar. No levantamento, 64% dos trabalhadores entrevistados disseram que não pensariam duas vezes na hora de trocar um emprego por outro, dado que cresceu 22% no período de 2019 a 2023.

Quando se olha para a geração Y, faixa etnográfica que corresponde aos indivíduos nascidos entre os anos de 1980 e 1996, os indicadores são ainda mais alarmantes. Para eles, caso tivessem recebido a mesma proposta laboral mencionada anteriormente, 75% deixariam imediatamente o cargo em que exercem as suas atividades, saltando para outra posição.

Uma vez que um novo funcionário leva cerca de 6 meses para alcançar a máxima performance dentro de uma empresa, a prática de pular de galho em galho tem sido vista com maus olhos pela área de recursos humanos, afinal, os líderes precisam ter a certeza de que o contratado remará por muitos anos junto à sua equipe antes de deixar o barco organizacional à deriva.

Então, diante do problema, o que fazer? Em primeiro lugar, é preciso entender o que causa o fenômeno, para depois traçar medidas combativas eficazes. Para a psicologia profunda, a insatisfação crônica com a realidade que se apresenta ao sujeito hipermoderno é a raiz desta atitude, levando as pessoas a agirem por um impulso que se sustenta na fuga do desprazer.

Na prática, é como se os trabalhadores não conseguissem suportar a sensação de insatisfação por muito tempo. Assim, quando aquela euforia relacionada à conquista de um novo emprego passa, a mente do job-hopper entra em um estado melancólico, projetando no mundo externo e, principalmente, no atual ofício, todas as suas questões internas ainda pouco resolvidas.

Deste modo, na sentença linguística “esta empresa não reconhece o meu valor”, é o indivíduo que desvaloriza as coisas que faz, não vendo que as funções exercidas por ele são, na verdade, motivo de felicidade ininterrupta. Como consequência, para fugir da responsabilidade pela própria desgraça, ele joga o seu desvalor na firma, que passa a ser a culpada pelo seu fracasso.

E o que dizer da frase “aqui, é sempre assim: não muda”? Típica de um “saltador de emprego” desgostoso e venenoso, ladrar por aí que as coisas não se modificam de acordo com a própria vontade só deflagra uma coisa. É o funcionário que não se disponibiliza à mudança, pois, se quisesse, já teria dado um jeito de mudar a sua atitude: falando menos e fazendo bem mais.

A “nesta empresa, para crescer, só fazendo o teste do sofá” é outra pérola comum aos pula-pula corporativos. Neste exemplo, o que a expressão disfarça é a inveja de quem fala. Uma vez que o dito cujo não corre atrás do que precisa ser feito, nem tem a perseverança para chegar ao topo, melhor mesmo é difamar quem está disposto a ultrapassar a linha de chegada.

Há, ainda, os que apostam em outro tipo de lamúria: “o RH abriu a vaga que eu queria, mas eu aposto que ela será preenchida pelo filho do diretor”. Neste exemplo, o que o cidadão aponta no outro são as suas próprias partes boas, adotando uma espécie de autossabotagem que direciona para si mesmo a raiva que ele não conseguiu descarregar no mundo à sua volta.

Também é preciso cuidado para quem está próximo de quem fala: “se eu estivesse no cargo de Joãozinho, aí, sim, teríamos resultado”. Despido de nenhum disfarce para a sua maldade, esta espécie de ser humano ultrapassou o limite da ética empresarial. Logo, caso a insatisfação não passe rápido, é provável que ele comece a “pular”. Desta vez, para a fila do desemprego.

Por fim, falar de job-hopping é falar de vazio. Por conta disso, compete ao empregado parar e perguntar a si mesmo: “existe um motivo concreto que faça com que eu queira mudar de emprego?”. Se a resposta for sim, vá em frente, pois o mercado está cheio de oportunidades. Agora, se a resposta for não, procure um bom terapeuta e encare de frente as suas verdades.

 

Renan Cola - psicanalista


Semana de 4 dias: o Brasil está preparado para esta nova onda

O tema tem ganhado destaque no Brasil, com empresas interessadas em participar de um período de teste. 


Em 1930, o renomado economista britânico John Maynard Keynes argumentou em seu livro “Economic Possibilities for our Grandchildren”, que o progresso tecnológico e o aumento da produtividade levariam as pessoas a trabalharem apenas 15 horas por semana no futuro. Recentemente, essa discussão voltou com a evolução tecnológica, as promessas de alta produtividade e seus possíveis benefícios na qualidade de vida.

A possibilidade vem sendo experimentada em alguns países pelo mundo, como um caminho para integrar o trabalho a uma rotina mais saudável. No início do mês, Portugal passou a testar o modelo, com 39 empresas e 1.000 colaboradores. O experimento também já viajou aos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, entre outros países. No Brasil, os estudos para o experimento já começaram este mês e vão até dezembro.

Para Leila Santos, coach de líderes e empresas, o desafio da redução de jornada está muito mais relacionado ao modelo operacional da empresa do que com o país onde ela está inserida. “ A legislação brasileira não impede a empresa de reduzir a carga horária, desde que o salário não seja alterado, então qualquer empresa, em teoria, poderia adotar esse modelo. No entanto, existem outros fatores que precisam ser levados em conta na hora  dessa implementação, como: horário de atendimento ao público, escala de funcionários, manutenção do serviço ao consumidor, dentre outros”, destaca.

Trabalhar menos, mais tempo livre: para muitos empregados, a jornada semanal de quatro dias é um sonho, porém nem todos estão preparados para se organizar neste novo modelo proposto, nem as empresas e nem os colaboradores “ Acredito que a maioria não está apta e pronta para este novo modelo, porque ainda possuem processos ineficientes que geram um volume alto de retrabalho. Para acomodar essa ineficiência, ainda precisam de uma carga horária maior, incluindo horas extras. Tanto é verdade, que uma das principais causas do esgotamento profissional, que gera muito afastamento nas empresas, reside na sobrecarga de trabalho”. 

Para Leila, outros modelos de negócio tendem a se adaptar melhor com a nova proposta. “ As startups são mais propensas a adotar esse modelo porque ainda tem flexibilidade e abertura para testar novos modelos de gestão e de operação. Empresas maiores, que possuem estruturas mais engessadas ou modelos de negócio mais conservadores, terão mais dificuldades na implementação. Nesses ambientes, é mais provável que se façam pilotos em áreas isoladas, com algumas equipes em condições mais controladas antes de expandirem para toda a empresa”. 

 

Trabalho X Qualidade de vida 

Os projetos-pilotos realizados até agora têm mostrado efeitos positivos quando assunto é qualidade de vida. Um estudo britânico divulgado em 2023, os funcionários se mostraram menos estressados e apresentavam risco menor de afecções psíquicas como o burnout (esgotamento profissional). O cenário é positivo, mas Leila faz um alerta. “Existe uma relação entre bem-estar e produtividade já demonstrada através de pesquisas nas áreas da psicologia positiva e da neurociência, assim como existem evidências de que o estresse compromete a nossa capacidade cognitiva. Se levarmos apenas isso em consideração, podemos esperar que aumentar o tempo de descanso na jornada de trabalho pode elevar a qualidade de vida e, possivelmente, a nossa capacidade criativa para solucionar problemas e inovar. Porém, para que a redução da jornada aumente a produtividade, é necessário que processos e rotina de trabalho sejam revistos dentro da nova carga horária. Se isso não for feito, é provável que ter menos tempo para realizar as tarefas eleve o estresse e reduza a produtividade ", reforça.

 

Questões Ambientais 

Além dos pontos positivos para a qualidade de vida, os inúmeros testes e pesquisas vem gerando uma discussão sobre as vantagens para o clima. Um artigo analisou os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) entre 1970-2007 e concluiu que uma redução de 10% nas horas de trabalho poderia reduzir a pegada de carbono em 14,6%. Para a coach de comportamento, essa afirmação pode não ser concreta em relação a outros fatores. “Espera-se que a redução da pegada de carbono venha da redução dos deslocamentos dos trabalhadores que usariam menos transportes pessoais ou públicos. No entanto, as pesquisas realizadas não são conclusivas a respeito, pois essa redução tem uma dependência direta do hábito adotado pelo trabalhador durante sua folga, o que não é uma variável controlável”, explica.

Muito ainda será discutido sobre o tema, muitos testes e muito alinhamento entre colaboradores e empregadores, mas as dúvidas sobre a efetividade só veremos na prática.  “Em um cenário onde ainda se discute a efetividade do modelo de trabalho híbrido ou remoto, creio que ainda estamos longe de encarar uma jornada de 4 dias como algo viável no curto prazo. Se considerarmos apenas o universo das startups, que são mais flexíveis e já adotam modelos de gestão ágil,vejo que adotar a semana de 4 dias é um passo mais provável e até essencial, uma vez que precisam atrair e reter profissionais altamente capacitados e que buscam cada vez mais qualidade de vida e flexibilidade”, finaliza Leila.

 

Leila Santos - Coach de líderes e empresas há mais de 20 anos, atende clientes com renome no mercado como Grupo WLM, L’Occitane, Grupo Boticário, Sephora, Itaú, Biolab, Pfizer, Roche, Astellas, Ache, AstraZeneca, Farmoquímica, Fitec, Pierre Fabre, Uni2, Gencos, dentre outras. Atua com foco no cliente corporativo, sempre valorizando e investindo em profissionais e empresas que já estão preparados para essa mudança de cultura e mindset. 

 

Redação Enem 2023: quais as competências necessárias para uma boa nota?

Divulgação
Correção leva em conta cinco critérios básicos para avaliar produção textual; saiba quais são eles


Uma boa redação para provas e exames de seleção é sempre composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. O formato inicial é simples, mas há outros elementos fundamentais para garantir uma boa nota nesse tipo de texto. No caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), há cinco competências básicas que são consideradas na hora de fazer a correção da redação.

Seguir determinados padrões ao elaborar os argumentos e a estrutura textual é uma boa estratégia para alcançar uma pontuação alta, como explica o assessor de Redação do Sistema Positivo de Ensino Fábio Gusmão. “Estudantes bem preparados estudam e conhecem bem as competências da redação do Enem e sabem trabalhar em cima delas. Assim, apesar do tempo curto e do tema proposto, que é sempre surpresa, é possível conseguir bons resultados”, destaca.

Cada uma das competências estabelecidas para a redação do Enem vale até 200 pontos. É por isso que esse texto pode chegar à nota máxima de mil pontos. Além disso, é indispensável construir o que se chama de “repertório cultural”, um conjunto de conhecimentos variados que contribuem para a argumentação lógica e baseada em boas referências. 


Norma padrão da Língua Portuguesa

A primeira das cinco competências é o uso formal da Língua Portuguesa. Nela, são considerados fatores como a concordância, gramática, pontuação, ortografia, entre outros. “A correção admite até dois erros nessa competência, mas, se o estudante errar mais que isso, a nota máxima já não será uma possibilidade”, afirma o especialista.


Texto dissertativo-argumentativo

Embora seja bastante ampla, a redação do Enem precisa respeitar uma regra básica: é preciso que ela seja um texto dissertativo-argumentativo em prosa. “Esse tipo de texto segue uma estrutura de argumentação, muitas vezes trazendo propostas de solução para uma situação-problema, com coesão e coerência”, detalha Gusmão.

Nessa competência também é avaliado o recorte do tema. “O aluno não pode tangenciar, ou seja, falar de uma maneira muito ampla e não desenvolver a proposta que está na temática”, lembra.


Bons argumentos

É exatamente nesta competência que entra a necessidade de uma sólida construção do repertório cultural. Com base em conhecimentos previamente adquiridos por meio de séries, filmes, livros, músicas, viagens e outros, o estudante precisa apresentar informações que estejam relacionadas ao tema proposto. “É preciso saber relacionar, selecionar, organizar e interpretar informações como opiniões, fatos, argumentos e informações que estejam relacionados à tese apresentada pelo estudante. E, claro, tudo isso deve ter como base informações verídicas”, diz Gusmão.


Construção de coesão textual

Ter uma boa estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão depende, entre outras coisas, da capacidade de organizar o texto de modo que um parágrafo esteja conectado ao outro. “Saber usar os recursos coesivos de forma adequada ajuda a conseguir esse efeito de um texto bem articulado e alcançar a nota máxima nessa competência”, afirma.


Solução e respeito aos direitos humanos

Não basta escrever bem, é preciso fazê-lo sem desrespeitar os direitos humanos. E sim, essa é uma das competências avaliadas na redação do Enem. Além disso, o estudante deve apresentar uma proposta de solução para o problema trazido no tema. O assessor ressalta que “os corretores esperam que o estudante possa explicar como a solução escolhida por ele, como ela pode ser executada, a que ela se destina e quais os seus possíveis efeitos”.

Dentro da proposta de intervenção é preciso haver cinco elementos: ação, agente, modo ou meio, finalidade e detalhamento para qualquer um dos quatro elementos anteriores. “É preciso trazer mais características acerca desse elemento. Se os direitos humanos forem feridos ou faltar um desses elementos, o aluno não alcançará uma boa nota nessa competência”, finaliza.

 

Sistema Positivo de Ensino

 

Educação: a solução que nunca se concretiza

Há quase três décadas, os candidatos em campanha eleitoral repetem uma frase que já se tornou quase lugar-comum: “Sem educação não há salvação”. A afirmativa é absolutamente verdadeira e, portanto, convenientemente reproduzida por governantes, parlamentares, entidades de classe e grande parte da intelectualidade brasileira. Por outro lado, raros são aqueles que, constatando que a salvação até hoje não veio, perguntam-se qual a razão disso. O que sucedeu?

Não há respostas oficiais convincentes. A dura realidade mostra que o Brasil será sempre um país desigual, injusto e violento enquanto perdurar o descaso com a ética e a educação por parte da maioria dos governantes, que insiste em não tratar tais questões como políticas de Estado. Muitos deles entendem ser suficiente a destinação do percentual orçamentário previsto na Constituição Federal, ignorando solenemente que a mudança do panorama atual exige muito mais.

Esse comportamento também pode ser atribuído à passividade de uma sociedade civil egoísta que é incapaz de se revoltar e se indignar com a falta de compromisso dos governantes em relação a um assunto que é fundamental para o desenvolvimento do país e um direito fundamental dos cidadãos.

As discussões hoje são dominadas por questões como tecnologia 5G, inteligência artificial e neo-industrialização, certamente importantes, mas que não deveriam ser postas como o cerne do debate, uma vez que as mudanças mais importantes e urgentes ao país são as revoluções ética e educacional, sobretudo a pública.

É preciso perguntar sempre: como é possível se formar bons médicos e outros profissionais de saúde, engenheiros de telecomunicação, eletrônicos e industriais, advogados, juízes, e profissionais competentes na área de segurança pública e em outros campos essenciais sem que, antes, o país tenha professores de bom nível, capacitados, dedicados, atualizados e bem-remunerados? Esta é a base da revolução que verdadeiramente importa.

A história recente apresenta vários exemplos de como, em poucas décadas, a educação transformou países com economias mais fracas que a do Brasil. É o caso da Coreia do Sul, que apostou na educação e experimentou fantásticos progressos social e econômico.

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 1980 o PIB per capita daquele país asiático correspondia a 17,5% do PIB per capita dos Estados Unidos, menos da metade do PIB brasileiro no mesmo ano (39% do PIB per capita norte-americano). Exatos 42 anos depois – período curto historicamente -, o PIB per capita da Coreia do Sul passou a representar 66% do PIB per capita dos norte-americanos, enquanto o do Brasil caiu de 39% para 25,8%. A diferença de performance foi colossal, conforme comprovam esses números.

A evolução e a seriedade na condução das políticas públicas alavancaram a economia e o bem-estar da Coreia do Sul. Enquanto a produtividade média da indústria sul-coreana cresceu à razão de 4,3% ao ano, a do Brasil patinou em meros 0,7% ao ano. Em consequência, no mesmo período os salários tiveram aumento real de 4,3% ao ano na Coreia do Sul, ante apenas 0,3% no Brasil.

O que mais é necessário para as autoridades enxergarem que, além da verdade e seriedade no trato da coisa pública, a tal salvação somente virá com a revolução no sistema educacional brasileiro?

A evolução do sistema educacional precisa contemplar uma série de adequações e inovações já apontadas por especialistas, muitas das quais foram adotadas com sucesso por nações que experimentaram grande e rápida evolução graças à aposta na educação como agente transformador da sociedade.

A primeira delas é erradicar o analfabetismo, situação que ainda envergonha o Brasil. Será impossível cumprir a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) de acabar com o analfabetismo até 2024. O país ainda tem 9,6 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, divulgados na segunda semana de junho.

Essa taxa vem caindo gradualmente, é verdade, porém a ritmo muito lento. Era de 6,7% em 2015 e em três anos diminuiu para 6,1%. Ainda temos uma legião de analfabetos funcionais e a triste constatação de que 56% dos alunos do segundo ano do ensino fundamental não tinham capacidade

básica de leitura nem de escrita em pleno ano de 2021. Reportagem do jornal O Globo mostrou que foi sofrível o desempenho de crianças brasileiras do quarto ano do ensino fundamental na edição daquele ano do Estudo Internacional de Progresso em Leitura. Dentre 65 países que participaram do estudo, o Brasil ficou apenas na 59ª posição, atrás de países como Turquia e Uzbequistão. De acordo com a reportagem, mais da metade das crianças brasileiras não é alfabetizada na idade certa, e apenas 43% já aprenderam a ler aos 8 anos.

Ademais, é vital garantir a universalização do ensino, combater a evasão escolar e assegurar que mais jovens tenham acesso aos cursos superiores.

O caminho é longo e não admite atalhos. É preciso oferecer ensino fundamental I e II e ensino médio em tempo integral. Uma meta factível seria atingir 25% da rede pública nesse modelo em 4 anos, evoluindo para 50% em 8 anos. Ou seja, em apenas dois mandatos presidenciais seria possível oferecer ensino fundamental à metade de todos os alunos do ensino fundamental e do ensino médio no país, o que já garantiria uma mudança de patamar.

Imprescindível também é assegurar remuneração dos professores da rede pública em tempo integral e, quando não em tempo integral, priorizar suas atividades em turno extra na mesma escola, evitando gastos e dispêndio de energia desses professores. As metas devem ser definidas por profissionais do setor, que conhecem a fundo as peculiaridades e carências da atividade.

O país precisa ainda adotar um novo programa de capacitação dos profissionais da educação, com cursos e treinamentos providos pelo governo, de forma a manter os professores atualizados e motivados.

O novo modelo não pode prescindir de um plano de cargos e salários, bem como de plano de carreira para os professores, com implantação e cumprimento obrigatórios, a fim de se evitar solução de continuidade com mudanças de governo.

Fundamental também é a construção de novas escolas para receber alunos em tempo integral, providenciando, onde possível, ampliações e modernização dos estabelecimentos existentes, evitando-se gastos desnecessários.

Prover segurança e transporte para professores, alunos e servidores é outra necessidade que se impõe como estímulo principalmente aos profissionais que se dedicam em estabelecimentos localizados em áreas mais afastadas e com maiores índices de violência.

Imprescindível ainda a atualização da grade curricular, de modo a compatibilizá-la às novas tecnologias, profissões e demandas do século XXI, sem ignorar o ensino de línguas estrangeiras e de computação, além de especial atenção à matemática.

A política de creches também precisa ser revista, de forma a atender às necessidades das mães que precisam trabalhar para contribuir no sustento da família – quando não são as únicas provedoras – e oferecer educação infantil de qualidade.

É igualmente necessário reforçar a merenda escolar para que supra as necessidades alimentares a fim de que as crianças possam assimilar melhor os ensinamentos e se desenvolver intelectualmente.

A revolução na educação forma cidadãos melhores, profissionais mais capacitados, mentes criativas e inovadoras e o resultado é sempre um salto no desenvolvimento do país, como já demonstram os exemplos de várias nações. Há salvação, sem dúvida.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002). Autor dos livros “Brasil, um país à deriva” e “Caminhos para um país sem rumo”. Site: https://samuelhanan.com.br


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