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quinta-feira, 29 de junho de 2023

Censo mostra que Brasil tem 203 milhões de habitantes

IMAGEM: Pablo de Sousa/DC
Na comparação com o levantamento anterior, feito em 2010, a população cresceu 6,5%

 

O Censo 2022 mostra que a população do Brasil atingiu 203.062.512 pessoas, com aumento de 12,3 milhões desde a última coleta, feita para o Censo 2010. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 28/6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O crescimento de 6,5% no período representa um aumento médio da população 0,52%, o menor registrado desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo do país.

Os dados têm como data de referência o dia 31 de julho de 2022 e fazem parte dos primeiros resultados de População e Domicílios do Censo Demográfico 2022.


REGIÕES

Com 84,8 milhões de habitantes, a Região Sudeste se manteve como a mais populosa. O total de habitantes equivale a 41,8% da população do país. Na sequência estão o Nordeste (26,9%), Sul (14,7%) e o Norte (8,5%). A região menos populosa é a Centro-Oeste, com 16,3 milhões de habitantes ou 8,02% da população do país.

A comparação dos censos demográficos de 2010 e 2022 mostra que o crescimento anual da população não ocorreu de maneira uniforme entre as grandes regiões. Embora seja menos populoso, o Centro-Oeste registrou maior crescimento, resultando em taxa média de 1,2% ao ano nos últimos 12 anos.

“Na composição da taxa de crescimento anual, por região, observamos que o Norte, que mais crescia entre o Censo 1991 e 2000 e entre 2000 e 2010, perde o posto para o Centro-Oeste que, nesta década, ao longo dos últimos 12 anos, registrou crescimento de 23% ao ano”, disse o gerente técnico do Censo 2022, Luciano Tavares Duarte.

Os menores crescimentos populacionais ficaram com o Nordeste e o Sudeste. A taxa é menor que a média do Brasil, de 0,52% ao ano.

“Seguindo a tendência histórica de redução de crescimento da população total, as taxas calculadas para as cinco grandes regiões são mais baixas que aquelas estimadas para os dois períodos intercensitários anteriores”, observou o IBGE.


ESTADOS

São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro são os três estados mais populosos do país e concentram 39,9% da população. Só o estado de São Paulo, com 44,4 milhões de pessoas recenseadas, representando 21%, ou um quinto da população.

Na sequência ficaram a Bahia, o Paraná e Rio Grande do Sul. Em sentido oposto estão os estados localizados na fronteira norte do Brasil, entre eles Roraima, que segue como o estado menos populoso (com 636 303 habitantes), seguido do Amapá e do Acre.

O Censo 2022 mostra ainda que 14 estados e o Distrito Federal tiveram taxas médias de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) entre 2010 e 2022.

Apesar de ser o menos populoso, o estado com maior crescimento populacional foi Roraima, onde a taxa de crescimento média anual chegou a 2,92% no período, único a superar a marca dos 2% ao ano.


DOMICÍLIOS

Houve aumento também no número de domicílios do país. Conforme o Censo 2022, a alta foi de 34% ante o Censo 2010, totalizando 90,7 milhões.

As unidades domiciliares foram classificadas na pesquisa atual em categorias, de acordo com sua espécie. O critério levou em consideração a situação de seus moradores na data de referência da operação. As categorias são domicílios particulares permanentes ocupados, domicílios de uso ocasional, domicílios vagos, domicílios particulares improvisados ocupados e domicílios coletivos com moradores e sem moradores.

A intenção da operação censitária é coletar as informações das pessoas moradoras nos domicílios. No entanto, nem sempre, no momento da visita, o recenseador consegue fazer as entrevistas ou porque os moradores se recusam a responder ou porque não há ninguém no imóvel naquele momento. Nesses casos, a partir da Contagem Populacional 2007, o IBGE passou a incluir a imputação de moradores em domicílios ocupados sem entrevista realizada. Países como Austrália, Canadá, Estados Unidos, México e Reino Unido também adotam esse método.

Os domicílios particulares permanentes vagos cresceram 87% e atingiram 11,4 milhões. Já os de uso ocasional, em 12 anos, aumentaram 70%, chegando a 6,7 milhões. Desde 2010, os domicílios particulares permanentes ocupados aumentaram 26% e os não ocupados, 80%. “Existe uma diferença no crescimento entre os domicílios que estavam habitados e os não habitados, aumentando de 10 milhões para 18 milhões”, disse o gerente.

“O vago é o domicílio que está para alugar ou para vender, efetivamente vazio, e o ocasional, em sua maioria, é composto por domicílios de veraneio. A gente teve um aumento tanto nos domicílios que estão vazios, quanto nos que são utilizados para veraneio”.

No total de unidades domiciliares recenseadas em 2022, 90,6 milhões eram domicílios particulares permanentes, 66 mil domicílios particulares improvisados e 105 mil domicílios coletivos. A média de moradores por domicílio no país é de 2,79 pessoas. Esse resultado representa queda em relação ao Censo de 2010. Naquela época, a média era de 3,31 moradores por domicílio.

Ainda de acordo com o Censo 2022, entre os permanentes, 72,4 milhões, ou 80%, estavam ocupados. Mesmo com o avanço do número absoluto de domicílios particulares permanentes ocupados, frente a 2010, a proporção de ocupação dos domicílios particulares permanentes recuou. Segundo o IBGE, em 2010 havia 57,3 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados, o que representa 85,1% do total de domicílios particulares permanentes.

Por regiões, o Censo 2022 mostrou variações na ocorrência proporcional de domicílios particulares permanentes vagos. Enquanto na Norte ficou em 12,6%, no Nordeste foi 15,0%, no Sudeste 11,9%, no Sul 10,5% e no Centro-Oeste 12,6%.

“A Região Nordeste se destaca como a de mais elevado percentual, assim como ocorreu em 2010, sobretudo em municípios localizados no interior. Os estados com maior e menor percentual de domicílios particulares vagos foram, respectivamente, Rondônia (com 16,7%) e Santa Catarina (8,8%)”.


DENSIDADE DEMOGRÁFICA

A densidade demográfica do país na última pesquisa censitária foi estimada em 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²). De acordo com o IBGE, esse número continua desigual entre as regiões. “No Norte, que tem área de 3.850.593 km², ou 45,2% do território do país, a densidade é de 4,5 habitantes/km². Já na região mais populosa, a Sudeste, a média é de 91,8 habitantes por quilômetro quadrado”, relatou o órgão.

A densidade domiciliar, que é representada pela relação entre moradores nos domicílios particulares permanentes ocupados e o número de domicílios particulares permanentes ocupados, recuou 18,7% no período censitário de 2022, índice mais acentuado que os 13,5% notificados entre os censos 2000 e 2010, passando de 3,3, em 2010, para 2,8, em 2022.

A maior densidade domiciliar (3,3 moradores por domicílio) foi registrada na Região Norte, enquanto a Sul foi a menor (2,6 moradores por domicílio). No contexto estadual, as médias oscilam entre 2,5, no Rio Grande do Sul, e 3,6, nos estados do Amazonas e Amapá.

“Apenas sete estados têm média de moradores por domicílio maior ou igual a 3: os já citados Amazonas e Amapá, Roraima, Pará, Maranhão, Acre e Piauí”, informou o IBGE.

Ao todo, foram aplicados 62.388.143 de questionários básicos, o que representou 88,9%. Nesse questionário havia 26 quesitos e o tempo de aplicação era de seis minutos. Já o ampliado levava 16 minutos e tinha 77 questões. Nesse modelo foram 7.772.064, ou 11,1%.

 

Agência Brasil


Justiça proíbe punição a médicos que divulgam suas pós-graduações

Decisão considera ilegal resolução do CFM que proíbe médicos de informarem suas pós-graduações a pacientes


Uma decisão da Justiça Federal de Brasília trouxe alívio a um grupo de médicos que estava proibido de divulgar suas especializações obtidas em cursos de pós-graduação lato sensu credenciados pelo Ministério da Educação (MEC). A decisão da juíza Adverci Rates Mendes de Abreu afirma que restringir os profissionais de dar publicidade a essas especializações, através de Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), "não encontra amparo no ordenamento jurídico”. “A decisão da Justiça Federal reconhece que a ação do Conselho contraria princípios constitucionais e a lei federal que rege o exercício legal da Medicina e garante aos associados que integram a 6ª Ação Civil Pública o direito de dar publicidade às suas especializações sem sofrer qualquer retaliação por parte do CFM”, afirma o advogado da Associação Brasileira de Médicos com Expertise em Pós-Graduação (Abramepo), Bruno Reis de Figueiredo, que representa os médicos na ação.


Entenda a disputa

Resoluções do CFM proíbem os médicos de informar aos pacientes as especializações que fizeram em entidades credenciadas pelo MEC. O Conselho só autoriza a divulgação de especialidades obtidas por meio da Residência Médica ou por meio de provas de títulos. O médico que faz cursos de pós-graduação organizados por sociedades privadas vinculadas à Associação Médica Brasileira (AMB) tem o acesso facilitado à prova. “É uma resolução ilegal que dá a uma entidade privada e não ao MEC, a maior autoridade em educação do país, o poder de definir quem pode ou não ser especialista. Essa proibição tem o claro objetivo de promover uma reserva de mercado e causa uma série de prejuízos tanto aos usuários do SUS, que sofrem com a falta de especialistas, quanto usuários de planos de saúde, que pagam cada vez mais caro por causa do restrito número de especialistas”, afirma o presidente da Abramepo, Eduardo Costa Teixeira.


Segundo a Justiça, resolução que proíbe divulgação é ilegal


Direitos constitucionais


Na decisão, a magistrada afirma que as resoluções do CFM contrariam o art. 5º, XIII, da Constituição Federal, que estabelece a liberdade de exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão. “Também a Carta Magna aponta o Trabalho e a Educação como direito social de todos cujo o Estado tem o dever de promover visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 6º c/c art. 205 da CF/88). Assim, a questão apresentada estabelece uma ligação estreita com a garantia de direitos constitucionais que asseguram o exercício do trabalho, em particular da Medicina”, diz trecho da decisão.


O que diz a lei que rege o exercício da Medicina

A Lei federal nº 3.268/57 dispõe, em seu artigo 17, que os médicos poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou especialidades, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados ou cartas no MEC e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina. “O absurdo dessas resoluções do CFM é ter cursos de pós-graduação vinculados ao MEC de universidade federais, de institutos e hospitais de competência técnica incontestáveis, e com carga horária e conteúdo similar ao dessas residências médicas ou mesmo dos cursos vendidos pelas entidades privadas ligadas à AMB, que não garantem ao médico o direito de ter o título de especialista. Essa distorção precisa ser revista com uma ação mais contundente do MEC para definir regras para o setor de pós-graduação médica porque ano a ano o número de vagas de residência cai e o Brasil sofre com a baixa disponibilidade de especialistas”, afirma o presidente da Abramepo.

A juíza reafirma que cabe ao MEC, “e não aos conselhos Federal ou Regionais de Medicina, estabelecer critérios para a validade dos cursos de pós-graduação lato sensu, o qual deverá aferir se foram cumpridas, estritamente, as grades curriculares mínimas, previamente estabelecidas, para o fim de aferir a capacidade técnica do pretendente ao exercício da profissão de médico. Exsurge daí que, ao exercer o seu poder de polícia, o Conselho Federal de Medicina não pode inovar para fins de criar exigências ao arrepio da lei, em total dissonância com os valores da segurança jurídica e da certeza do direito”, afirma na decisão.


Enem 2023: especialista avalia possíveis temas de redação com base no cotidiano do país

Saúde e comportamento são as principais abordagens apontadas pelo autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, Thiago Braga

 

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das principais avaliações educacionais do Brasil e a redação tem um papel fundamental nessa prova. A cada ano, milhões de estudantes se preparam para abordar temas atuais, relevantes e desafiadores, buscando expressar suas ideias de forma clara e coerente. Com a aproximação do Enem 2023, é natural que surja a curiosidade sobre os possíveis temas de redação.

 

O autor de Língua Portuguesa do Sistema de Ensino pH, Thiago Braga, selecionou três possíveis temáticas que podem ser propostas na prova deste ano. Confira!

 

Tema 1: Obesidade 

O primeiro tema apontado pelo especialista é a obesidade como questão de saúde pública no Brasil. Dados do Ministério da Saúde, obtidos em um levantamento inédito, apontam que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil. 

“Sabemos que a obesidade está ligada a doenças cardiovasculares e a uma série de transtornos, como diabetes, que exigem posteriormente um tratamento. Grande parte da população brasileira faz esse tratamento no SUS e isso gera custos importantes e relevantes para o sistema público de saúde brasileiro”, explica Thiago. “Vale destacar também que é uma questão social, porque você tem faixas de pessoas mais pobres que consomem alimentos mais baratos ultraprocessados e que geram maior carga calórica”, completa.


 

Tema 2: Evasão escolar no Brasil

 

O segundo tema é a questão da evasão escolar no Brasil. Tema que tem sido bastante discutido no âmbito da educação.

 

Um estudo inédito, realizado pelo Ipec para a UNICEF, revela que 2 milhões de meninas e meninos de 11 a 19 anos que ainda não haviam terminado a educação básica deixaram a escola no Brasil. Eles representam 11% do total da amostra pesquisada. O estudo confirma a crise profunda da Educação no Brasil. De acordo com a OCDE, 35,9% dos jovens brasileiros não estudam nem trabalham - a "geração nem-nem" -, e isso coloca o Brasil em segundo lugar no mundo, atrás só da África do Sul, segundo Braga.

 

“Essa abordagem tem um recorte social, claramente, já que há classes menos abastadas saindo da escola por dificuldade de aprendizagem, falta de motivação ou de políticas públicas que incentivem a permanência na escola. Além do trabalho infantil e da necessidade urgente de renda, de ajudar a família”, diz o autor.


 

Tema 3: Violência física e sexual contra crianças e adolescente

 

Outro tema muito importante é a violência física e sexual contra crianças e adolescentes. Esse tema pode avançar pelo campo da violência doméstica e da criação. “Há um dado do Disque 100 bastante assustador que afirma que 80% das violências sofridas por crianças e adolescentes no Brasil são domésticas e cometidas por familiares. Essa pesquisa fala de violência no geral, podendo ser física ou sexual”, complementa Thiago Braga.

 

Em março de 2023, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lançou um programa de prevenção contra a violência sexual. É um assunto que o governo atual está abordando com bastante cuidado e atenção. Isso indica a possibilidade de ele aparecer como tema do Enem.

 

“Seria interessante apresentar o quão relevante é esse tema para ser discutido por jovens no ENEM, pela sociedade como um todo, por ser um tema bastante amplo. Ele pode passar pelo aspecto da criação, os pais que são violentos na criação, pais que exploram a criança no cotidiano, pais que exploram sexualmente seus filhos, pais que abusam dos seus filhos. Ou seja, é um tema que pode se descortinar em alguns recortes”, finaliza o especialista.

 


Sistema de Ensino pH
www.sistemadeensinoph.com.br


Economia circular: como a tecnologia pode promover a prática

 Muito se fala sobre a economia circular, mas o que isso significa? Em resumo, é um modelo econômico baseado na ideia de reduzir o desperdício e maximizar o uso de recursos naturais, mantendo os materiais em uso pelo maior tempo possível, por meio de processos de reutilização, reparo, reciclagem e regeneração. Tudo isso traz uma série de impactos positivos na sociedade, incluindo produtos inovadores e mais duradouros, redução da dependência de recursos naturais finitos, minimização do impacto ambiental e criação de novas oportunidades de negócios e empregos.  

Parece muito fora da nossa realidade? Pois o Uber, a Grover, a AirBnb e tantas outras empresas já são parte desse movimento. Por meio da tecnologia, do poder de rede e de novas alternativas para os varejistas tradicionais entrarem nas graças da geração Z, essas empresas aproveitam da conexão entre as pessoas para propiciar o que é mais crítico para os consumidores de menos de 30 anos de idade: uma experiência diferente.

 

Ao invés de apostar na economia linear, que, com sua lógica industrial, produz freneticamente uma série de produtos que ficarão obsoletos em pouco tempo, os jovens vêm buscando, cada vez mais, os benefícios gerados pelos bens de consumo, sem necessariamente se importar para a sua propriedade. Afinal, qual é a vantagem de ter algo se você vai ter que comprar a próxima versão daqui a seis meses? 

É evidente que existem vantagens no modelo tradicional, especialmente quando falamos de escalabilidade e adoção, mas os tombos do varejo neste ano já nos indicam que não dá para a conta fechar tão facilmente com tantos intermediários entre a solução e o consumidor.

A sustentabilidade e a conexão não vêm somente como algo aspiracional, mas como um próximo passo necessário para que a economia siga saudável mundo afora. Afinal, as assinaturas já não são uma tendência, mas, sim, uma realidade, como diria o brasileiro Thales Teixeira,  professor da Universidade de Harvard nos Estados Unidos.

Falando desses dois países, é interessante notar que o potencial imediato da economia circular é maior em terras tupiniquins do que no país do tio Sam, já que uma das grandes vantagens das soluções circulares é propiciar preços mais baixos que as soluções tradicionais (pense em comprar vários dvds x assinar a Netflix, por exemplo), o que é muito mais poderoso em uma economia com menor poder aquisitivo. 

Embora tenhamos capacidade para estar entre os líderes deste tipo de economia, ainda há muito a ser feito. Os primeiros passos já foram dados. Agora vamos observar qual será a reação da tradicional economia linear que, com certeza, não ficará tranquila em caminhar linearmente até o esquecimento.

 

Pedro Sant'Anna - formado em Direito pela PUC. Atualmente, é COO da Allu, maior plataforma de assinatura de iPhones e acessórios Apple.


DETRAN-SP LEVA BAFÔMETRO PARA CONSCIENTIZAR PÚBLICO DO SP GASTRONOMIA

A equipe do Departamento Estadual de Trânsito paulista vai também promover a campanha de férias do meio do ano para incentivar e conscientizar o público a respeitar as leis de trânsito 



O maior evento de gastronomia do país, o SP Gastronomia, acontece em São Paulo de 29 de junho a 2 de julho, no Parque Villa Lobos, na capital paulista, e traz, além de restaurantes icônicos e aulas com grandes chefs, um estande institucional do Detran-SP de 6 metros, com totem de atendimento do Poupatempo para agendamento de serviços relacionados à habilitação e à documentação dos veículos. Além disso, será realizada ação volante de teste de bafômetro durante o evento, sem caráter punitivo, apenas para orientação do público presente.

O objetivo do Detran-SP é aproveitar ainda essa grande oportunidade para promover a campanha educativa de férias do meio do ano, incentivando os participantes do evento à conscientização progressiva sobre a relevância do respeito às leis de trânsito. O estande contará com materiais informativos, como panfletos e exibição da campanha, abordando dicas para segurança no trânsito no período de férias. Além disso, os colaboradores da autarquia distribuirão flyers com dicas de viagem segura.

A equipe Detran estará disponível para esclarecer dúvidas sobre questões e prestação de serviços relacionadas ao trânsito, como habilitação, documentação veicular, infrações e educação no trânsito durante os dias evento.



Acidentes nas estradas do Estado durante as férias de julho

Os acidentes sem vítimas fatais nas rodovias estaduais durante as férias de julho vêm crescendo, conforme dados do Infosiga. Entre 2019 e 2022, o aumento foi de 20%. Neste período, o número saltou de 1.994 para 2.405 casos. Ao se comparar os dados do ano passado com os de 2020 (1.794 ocorrências), o crescimento foi ainda maior, 34%.

Os óbitos nas rodovias estaduais em julho também apresentaram crescimento nos últimos anos. Segundo o Infosiga, 208 mortes foram registradas em julho de 2022. O aumento foi de 16% em relação a 2020 (178 casos) e 13% em relação a 2021. No entanto, na comparação com 2019, ano anterior à pandemia, os dados de óbitos de 2022 foram 0,9 % menores. Em julho de 2019, 210 mortes no trânsito foram contabilizadas nas rodovias estaduais.


Imagem do folheto que será distribuído durante o SP Gastronomia

Campanha de férias 2023 do Detran-SP

Com o mote “No trânsito, dê férias para a morte”, a nova campanha educativa do Detran-SP busca conscientizar motoristas e passageiros que pegarão a estrada durante as férias a respeitarem as leis de trânsito e serem mais gentis.

As peças usam o humor para enfatizarem a importância de ações que podem parecer corriqueiras - como usar o cinto de segurança também no banco de trás, guardar o celular enquanto estiver dirigindo e evitar a soma de álcool e direção - mas que são condutas indispensáveis, as únicas capazes de colocar “a morte de férias” especialmente nos períodos com maior movimento, tanto nas estradas quanto nos municípios visitados por turistas.

A campanha será veiculada em rádios, TV, internet e terá peças em mobiliário urbano, como relógios e pontos de ônibus, além de placas em estradas com maior movimentação nas férias.



Foco constante na conscientização

Desde fevereiro, o Governo de São Paulo por meio da nova gestão do Detran-SP, promove campanhas de comunicação com o intuito de conscientização para a diminuição de acidentes, seja no trânsito das cidades como nas estradas. No Carnaval, o mote adotado foi “Palavras mentem. Números, não”, para o slogan “Neste Carnaval, não dê desculpas. Se beber, nem pense em dirigir”. As peças demonstravam que não cabem desculpas esfarrapadas para justificar o injustificável, como a direção combinada ao álcool, pois ninguém está imune a tragédias.

Já em maio, o foco da campanha sobre o Maio Amarelo foi “No trânsito, respeite a sua vida e a dos outros”, com o intuito de refletir diante de relatos reais de quem teve sua trajetória impactada por acidentes.

Desde o Carnaval de 2013, o Detran-SP também contribui para o cumprimento da Lei Seca, conhecida como Tolerância Zera, coibindo casos de embriaguez ao volante por meio do Programa Operação Direção Segura Integrada (ODSI), fiscalizações realizadas em parceria com as polícias Militar, Civil e Técnico-Científica, focadas na redução e prevenção dos acidentes causados pelo consumo de bebida alcoólica combinado com direção. Nesses 10 anos de ODSI, foram mais de meio milhão de veículos (564.476) fiscalizados, em 2.147 operações pelo programa. Ao longo de 2022, aconteceram 382 ODSIs no Estado, com a participação de 2.143 profissionais do Detran. E, 2023, de janeiro a maio aconteceram 177 operações, com 75.109 veículos fiscalizados. Na série histórica da ODSI, fica evidente a importância das fiscalizações: em 2013, foram 52 ações realizadas em todo o estado, com 9,85% das abordagens resultando em infrações. Já no ano passado, quando os números saltaram para 382 operações, houve redução pela metade das infrações registradas: 4,88% do total de abordagens.

As campanhas de comunicação, assim como as fiscalizações de ODSI do Detran-SP, têm demonstrado impacto positivo nos indicadores de óbitos em função de acidentes de trânsito no Estado. Segundo dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e pelo Detran-SP, em abril deste ano foi registrada redução de 17% nas mortes no trânsito, em comparação ao mesmo mês do ano passado. Em maio deste ano, na comparação com maio de 2022, a redução foi de 11%.



10 Dicas para curtir as férias de julho com segurança e respeito ao trânsito

Pensando na campanha, o Detran-SP lista dez dicas e orientações importantes para que todos curtam esse período de descanso de uma maneira tranquila e sem esquecer da segurança viária. Confira as dicas:



1 – Bebida e direção não combinam

O álcool reduz os reflexos e a capacidade de reação do motorista, podendo gerar acidentes. Dirigir exige máxima atenção, portanto, lembramos que a mistura de bebida e direção não combina. Além disso, motoristas flagrados embriagados ou que se recusam ao teste do bafômetro recebem multa de quase R$ 3 mil e respondem a processo de suspensão da CNH. Quem apresenta mais de 0,34 miligramas de álcool por litro expelido no sangue, além das autuações e processo administrativo, responde também na Justiça por crime de trânsito.



2 – Segurança na estrada

O veículo só pode transportar até a capacidade máxima de passageiros permitida pelo manual. Todos os ocupantes devem usar o cinto de segurança ou, em caso de crianças, o sistema de retenção equivalente.



3 – Atenção aos limites de velocidade

As estradas trazem diferentes limites de velocidade segundo o seu traçado viário. É extremamente importante que os condutores de veículos estejam atentos à sinalização das pistas. Além disso, dirigir acima do limite máximo permitido pode aumentar o risco de envolvimento em acidentes, por vezes graves, e gerar multas. Mantenha uma distância segura do veículo da frente para evitar colisões. Não se esqueça que dirigir em rodovia é diferente do que dirigir em cidade. Uma distração pode ser fatal.



4 – Descanso é essencial!

O descanso antes da viagem é fundamental para que o motorista faça uma viagem tranquila e segura, principalmente em trechos de longa distância. Uma noite de sono bem dormida faz com que o motorista esteja atento durante todo o trajeto.



5 – Documentos em dia e celular carregado

O motorista deve portar habilitação dentro da validade ou, no máximo, vencida há menos de 30 dias. Lembrando que a nova legislação definiu um cronograma completo para CNHs que tiveram vencimento entre 1/3/2020 e 31/12/22. Já o veículo precisa estar com o licenciamento em dia; a falta dele é uma infração gravíssima, que pode acarretar uma série de problemas para o proprietário, como apreensão do veículo, multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira. Ambos os documentos estão disponíveis de forma digital; portanto, não se esqueça de deixar o celular devidamente carregado, caso seja abordado em alguma fiscalização. Mas não faça uso do aparelho enquanto dirige.



6 – Celular longe do volante

Só é possível usar o telefone celular quando o veículo estiver estacionado e o motor desligado. Ele pode ser utilizado na função GPS, desde que o aparelho seja fixado no para-brisa ou no painel dianteiro. Quando estiver ao volante, não faça selfie, foto ou vídeo da paisagem. Segundos de distração são suficientes para o envolvimento em um acidente de trânsito. Na estrada, isso pode ser fatal.



7 – Cinto e cadeirinha sempre!

O cinto de segurança é item indispensável para o motorista e para todos os passageiros. O condutor ou passageiros não devem retirá-lo nem mesmo em casos de engarrafamento ou quando o sinal estiver vermelho. Crianças com idade inferior a 10 anos ou que não tenham 1,45m de altura deverão, obrigatoriamente, ser transportadas no banco traseiro, utilizando o cinto de segurança e equipamento de retenção apropriado.



8 – Capacete sim, viseira também, revisão idem

Motociclistas costumam reclamar do capacete na época do verão, porém, temperaturas mais elevadas não devem ser motivo para andar sem o equipamento ou com a viseira levantada, pois o item protege a visão contra pedras e insetos, por exemplo, que podem atingir o olho do motociclista. As mesmas regras valem para os passageiros das motos. Vale lembrar que crianças menores de dez anos ou que não tenham condições de se cuidar não podem trafegar nas garupas das motos. Além disso, faça a revisão da sua moto antes de viajar, conferindo pneus, óleo, freios, lanternas e faróis.



9 - Chinelo só fora do veículo

O clima de férias é um convite para dar um descanso aos pés dos tênis e sapatos do dia a dia, mas, ao dirigir durante uma viagem, nada de usar calçados que não se firmem nos pés ou que comprometam a utilização dos pedais, como chinelos, sandálias e tamancos – e podem render multas no caso de fiscalizações. Nessa situação, o melhor é dirigir descalço.



10 - Chuva

Em caso de chuva na hora de pegar estrada, a velocidade deve ser reduzida, os faróis deverão permanecer acesos e a distância de segurança entre os veículos precisará aumentar.



Reclamações Constitucionais ameaçam tornar nulas as decisões da Justiça Trabalhista

Suprema Corte confirma tendência de cassar julgamentos em instâncias inferiores baseados em provas de terceirização e pejotização fraudulentas


 

No dia 20 de junho, o Ministro Luís Roberto Barroso acatou o pedido de Reclamação Constitucional feito por um escritório de advocacia contra decisão tomada pela 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Desta forma, o vínculo empregatício do reclamante, que havia sido reconhecido pela justiça trabalhista, acabou sendo negado pela Suprema Corte. 


Este foi apenas o caso mais recente de uma tendência que vem se consolidando nos últimos meses e causando preocupação no meio jurídico, pela possibilidade de tornar nulo todo o processo desenvolvido nas instâncias inferiores para julgar casos deste tipo. Há pouco mais de um mês o Supremo teve entendimento similar em uma ação que julgava o vínculo de emprego de um médico com um grupo hospitalar. 


O advogado Gabriel Henrique Santoro, do escritório Juveniz Jr Rolim e Ferraz Advogados, explica que a Reclamação Constitucional é uma medida processual que a Constituição colocou à disposição das partes para garantir a supremacia das decisões do STF em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário. Com este instrumento, sempre que uma decisão do Supremo esteja sendo afrontada pelos tribunais inferiores, o STF pode cassar essa decisão de uma forma rápida e imediata. 


De acordo com Santoro, a preocupação do meio jurídico trabalhista é que o Supremo vem aceitando Reclamações Constitucionais para cassar decisões dos Tribunais Regionais do Trabalho ou do Tribunal Superior do Trabalho que declararam vínculo de emprego em casos de suposta terceirização ilícita e pejotização fraudulenta. Segundo ele, o argumento é que o STF já teria decidido no passado que é lícita a terceirização no Brasil, assim como a pejotização, que é quando um trabalhador abre uma PJ para prestar serviços para outros. Então, por este entendimento, os tribunais do trabalho não poderiam declarar vínculo de emprego nessas hipóteses, porque os ministros do STF já decidiram que essas relações de trabalho são permitidas no país. 


“O problema é que a Reclamação Constitucional não permite que as partes produzam provas. Então, como que o Supremo pode cassar uma decisão tomada a respeito de pejotização ou terceirização sem analisar se, de fato, houve alguma fraude naquela situação?” pergunta.


O advogado menciona uma situação hipotética na qual uma empresa exija que todos os seus empregados abram uma PJ para que sejam contratados. Desta forma, toda a equipe que anteriormente era formada por empregados típicos, ou seja; possuindo subordinação, pessoalidade, não tendo eventualidade e mantendo remuneração fixa, agora passa a ser obrigada a abrir uma PJ. 


Na visão de Santoro essa hipótese seria claramente uma pejotização ilegal, porque desvirtua o objetivo da PJ e possibilita ao empregador se livrar de todos os encargos trabalhistas: “Caberia, portanto, à Justiça do Trabalho impedir essa prática tomando por base o princípio da primazia da realidade e o artigo nono da CLT, que dispõe que todos os atos que visam a fraudar a CLT são nulos de pleno direito”. 


Santoro adverte, entretanto, que se o vínculo de emprego dos trabalhadores desta empresa imaginária fosse reconhecido pelo juiz do trabalho, bastaria que os advogados apelassem para a Reclamação Constitucional para obter êxito na causa, passando por cima de toda a estrutura judiciária trabalhista: “Por isso que essas decisões proferidas em sede de Reclamação Constitucional, onde não se permite analisar provas, são muito perigosas.” 


Parte da comunidade jurídica trabalhista vem discutindo que, ainda que o STF tenha autorizado a prestação de serviços por meio de PJ e tenha liberado a terceirização de todas as atividades da empresa, faz-se necessário ressalvar o fato de que sempre que houver fraude nessas relações é preciso respeitar o apontamento das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, “sob o risco de que ela deixe de ter relevância e os princípios trabalhistas sejam jogados de lado”, conclui.



Falta de líderes: a causa dos nossos problemas

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Em um cenário dominado pela desigualdade, individualidade, conflitos generalizados ao redor do mundo, pobreza e outras mazelas, apresento-lhes agora o que, na minha visão, trouxe-nos até esse modelo falido de organização mundial. E não tenho dúvidas: o principal fator de degradação da humanidade está intimamente relacionado com a maneira com a qual governos, empresas e a sociedade vêm atuando quando, soberbamente, optaram por transformar os seres humanos em mero meio de produção e não um fim em si mesmo.

O dinheiro virou um bem, produto, algo a ser produzido independente de gerar benefícios para a sociedade. Vou até um pouquinho mais longe. Independente de gerarmos dinheiro pelo dinheiro, o próprio acréscimo do PIB também já não reflete, há tempos, aumento na qualidade de vida. O que nos sugere buscar urgentemente novos mecanismos mais eficazes para medir o desenvolvimento humano.

Mas, de volta ao nosso tema central, pergunte-lhes: por que, se dinheiro não tem vontade própria, chegamos a essa situação, fora de qualquer propósito, surreal, de degradação humana e ambiental? A resposta é simples. Em decorrência do maior problema que temos atravessado nas últimas décadas: a falta de líderes. Pela falência no processo de preparação de novas lideranças, capazes de juntar pessoas em torno de objetivos comuns, de colocar os seres humanos em primeiro lugar.

Líderes que valorizem o ser humano, não o poder, e tenham a destreza de propor e negociar novas formas viáveis de existência humana, catalisando os diferentes anseios das pessoas e endereçando-os com suas devidas especificidades. E que, ao respeitarem a diversidade humana, tenham a capacidade de extrair o melhor de cada um.

Um verdadeiro governante, um verdadeiro líder acorda, todos os dias, perguntando-se: estou fazendo tudo o que eu posso para melhorar a vida das pessoas? Minhas ações estão preservando o planeta? Estou tornando a população dependente de esmolas ou agindo para torná-la autossustentável? O que eu preciso aprimorar, em mim, para que possa melhorar a vida do meu semelhante?

No mínimo, necessitamos de lideranças que mantenham a integridade, o discurso e a prática coerentes, capazes de ouvir, de serem humildes, de reconhecerem seus próprios erros e corrigirem os caminhos, quando necessário.

A verdade, nesse caso, é uma só: se deixarmos tudo como está, se seguirmos com esse modelo existencial, centrado no dinheiro, precisaremos dedicar um esforço infinitamente maior, do que hoje precisamos, para formar líderes que ajudem a transicionar o atual modelo de sobrevivência para um modelo digno de existência. Líderes: sem eles, continuaremos sem esperança. Com eles, criaremos um novo mundo.


Henrique Medeiros - especialista em gestão e psicanalista, autor do livro “Células Sociais Caórdicas – O Caminho Para Um Novo Mundo”

 

Líderes multiplicadores: impulsionando o crescimento com a valorização de talentos

 Para Tatiany Melecchi, CEO e fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, apostar nesse tipo de abordagem é fundamental para extrair o máximo de equipes e profissionais


Na busca por otimizar o potencial de uma equipe e promover o crescimento individual, líderes eficazes tornam-se verdadeiros multiplicadores para extrair o melhor das pessoas ao seu redor. Esses gestores compreendem que o verdadeiro sucesso não está apenas em liderar com autoridade, mas em criar um ambiente que inspire, desafie e desenvolva o talento de cada membro da equipe. 

Ao aproveitar o conceito de multiplicadores, os líderes podem identificar talentos ocultos, promovendo uma cultura de aprendizado contínuo, delegando responsabilidades, fornecendo feedback construtivo e incentivando a colaboração. Assim, é possível criar um ciclo virtuoso, permitindo que os talentos floresçam e impulsionem o crescimento organizacional.

De acordo com Tatiany Melecchi, autora da ATD Sales Enablement Community of Practice e CEO Fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, alguns líderes têm a capacidade de amplificar a inteligência, habilidades e talentos de suas equipes, enquanto outros as diminuem. “Esses gestores sabem aproveitar as virtudes dos colaboradores ao seu redor para alcançar resultados extraordinários, criando um ambiente no qual as pessoas se sentem seguras, valorizadas e motivadas a contribuírem com o seu melhor. Líderes multiplicadores são habilidosos em estimular a geração de ideias, desafiar suposições e estabelecer expectativas elevadas para seus times”, revela.

A especialista acredita que existem alguns princípios seguidos pelos multiplicadores. “Eles atraem pessoas talentosas para suas equipes e as posicionam onde podem contribuir da melhor forma possível, reconhecendo e valorizando o potencial único de cada indivíduo. Além disso, os multiplicadores criam um ambiente de trabalho onde todos se sentem capacitados e encorajados a pensar e agir de forma independente, oferecendo autonomia e espaço para que as pessoas assumam responsabilidades e tomem decisões”, relata.

Tatiany descreve líderes multiplicadores como desafiadores, estimuladores de debates e verdadeiros investidores. “Estabelecer desafios significativos para suas equipes os incentiva a ultrapassar seus limites e alcançar o máximo potencial, inspirando pessoas a superarem obstáculos e buscarem a excelência. Também costumam envolver seus times em discussões ricas e construtivas, estimulando a diversidade de ideias e perspectivas. Além disso, os multiplicadores investem no crescimento e desenvolvimento, oferecendo suporte, orientação e recursos para capacitar profissionais. São gestores que acreditam no potencial das pessoas e as encorajam a assumir desafios e expandir suas habilidades”, pontua.

Por outro lado, existem os líderes "diminuidores", que reprimem a inteligência e as competências das pessoas ao seu redor. “Eles podem dominar as conversas, adotar uma postura de microgerenciamento ou deixar de criar oportunidades para o crescimento e desenvolvimento das equipes. Os diminuidores tendem a se concentrar mais em sua própria experiência e controle, ao invés de aproveitar os talentos ao seu redor. Normalmente, acumulam recursos e não permitem que as pessoas alcancem seu pleno potencial, criando um ambiente tenso e opressivo, o que prejudica a criatividade e a inovação. Líderes com essas características acreditam que sabem tudo, ignorando as ideias e contribuições de seus times. Com isso, tomam decisões abruptas e centralizadas, sem considerar o impacto em toda a organização”, alerta a CEO.

Para a especialista, esse tipo de comportamento é prejudicial para uma organização. “A busca para obter resultados controlando excessivamente cada aspecto do trabalho da equipe irá inibir a autonomia e a iniciativa dos membros. Reconhecer esses comportamentos negativos é o primeiro passo para evitá-los e promover uma liderança mais eficaz e inspiradora. Ao adotar uma postura oposta a esses princípios, os líderes podem se tornar multiplicadores, ampliando as capacidades e os resultados de seus talentos”, finaliza.

 



Tatiany Melecchi - mestre em Marketing pela Massey University, Nova Zelândia, a primeira brasileira certificada como Professional in Talent Development pela ATD (Association for Talent and Development) nos EUA, Coach ACC pela ICF pela International Coach Federation e Facilitadora Internacional Certificada pela LTEN (Life Sciences Trainers & Educators Network) nos EUA e facilitadora Internacional certificada em Neurociência da Gestão da Mudança pela 7th Mind, Inc nos EUA. Top performer em Vendas na indústria farmacêutica no Brasil e Nova Zelândia, Tatiany Melecchi reúne mais de 20 anos de experiência nas áreas de vendas, marketing e treinamento e desenvolvimento de times comerciais em empresas globais com resultados expressivos no Brasil, Nova Zelândia e Estados Unidos. Atualmente é autora da ATD Sales Enablement Community of Practice e CEO Fundadora da Consultoria Transforma People & Performance, onde dedica a sua carreira à pesquisa e desenvolvimento de metodologias e soluções inovadoras de aprendizagem. que visam facilitar a transferência do aprendizado para prática nas organizações e consequentemente maximizar a performance e resultados.
https://www.linkedin.com/in/tatianymelecchi/ e https://www.transformaconsultoria.com.br/


Empreendedor explica como ter sucesso no marketing digital

Djônatan Leão ressalta a importância de manter constância e focar no próprio desenvolvimento


Como ter sucesso no cada vez mais concorrido mercado de marketing digital? Para Djônatan Leão, empreendedor e sócio fundador da Meta Smart Group LLC, empresa de ensino digital com mais de 52 mil alunos e mais de R$ 15 milhões faturados em menos de 12 meses pela plataforma de cursos on-line Hotmart, a receita é, especialmente, ter constância. “Muitos acabam desistindo por falta de informação e disciplina, mas é preciso manter a frequência nos estudos e aplicar. Esse é o primeiro ponto”, sugere.

De acordo com Djônatan, o mercado digital segue em constante crescimento no Brasil e no mundo, e são tantas as áreas de atuação que é necessário também entender em qual área se quer atuar. “O marketing digital é muito amplo. Existem diversos segmentos e para ter sucesso, o empreendedor deve focar na área que escolher. Por exemplo, existem as áreas de prestação de serviços, publisher, drop shipping etc. Eu diria que minha melhor dica é entender em qual área a pessoa quer atuar e manter a constância nos estudos e aplicações”, indica.

Segundo o especialista, que acumula anos de experiência no mercado digital e já ajudou milhares de pessoas a alcançarem a independência financeira no segmento de marketing de afiliados, outro ponto importante é focar no próprio desenvolvimento, sem ficar olhando para o que outras pessoas estão fazendo. “Olhe para si, para o que quer e mantenha a disciplina, aprendendo cada vez mais sobre a área em que deseja atuar e colocando o aprendizado em prática”, aconselha.  

Desde que fundou a Meta Smart Group, Leão e sua equipe já ajudaram pessoas a evoluírem em sua carreira profissional por meio do marketing e do empreendedorismo. Vivendo há três anos nos Estados Unidos, ele conquistou sua liberdade financeira e geográfica graças ao Marketing Digital Internacional.

Confira três dicas de Djônatan Leão para conquistar sucesso no Marketing Digital:

  • Defina a sua área de atuação e estude o máximo que puder sobre ela: O Marketing Digital é extremamente amplo e é possível focar em áreas diversas, como marketing de influência, marketing de performance, marketing de conteúdo, etc.
  • Mantenha a constância nos estudos e aplicações práticas: A constância é fundamental no Marketing Digital porque ajuda a construir e fortalecer a marca, amplia a possibilidade de geração de leads e vendas, permite a avaliação de resultados e o apontamento de melhorias, entre outros pontos.
  • Foque em si mesmo e em seus objetivos. Não fique olhando para o que os outros estão fazendo: Isso permite ganhar clareza na mensagem que se quer transmitir, além de ganhos na autenticidade e melhor direcionamento das estratégias. 


Djônatan Leão - sócio fundador da Meta Smart Group LLC nos EUA, empresa pioneira, com mais de 52 mil alunos de mais de 50 países e mais de 15 milhões faturados em menos de 12 meses, contemplando o marco de conquistas da empresa Hotmart líder do segmento. Empreendendo desde 2012, já teve negócios em diferentes áreas, inclusive a esportiva. Já foi até mesmo atleta de MMA profissional. Há três anos nos Estados Unidos, Djônatan conquistou sua liberdade financeira e geográfica graças ao Marketing Digital Internacional. É criador do treinamento Meta Dólar, possui mais de 150 mil seguidores em seu instagram e é verificado desde 2020 pela plataforma. Diariamente, ele ajuda pessoas a evoluírem na sua carreira profissional e através do marketing e do empreendedorismo. Para mais informações, acesse https://metasmartgroup.com


Apostas esportivas: mercado em ascensão

O recente anúncio do governo federal da possível criação de uma nova secretaria para o setor de apostas online dá uma dimensão precisa do que o segmento representa hoje no mercado brasileiro. A pasta comandada por Fernando Haddad anunciou que pretende que essa nova secretaria cuide da questão de arrecadação de comércio digital e das apostas online, indicando o potencial do mercado de apostas esportivas no Brasil e dando sinais de que a tributação do setor de apostas online deve se tornar realidade em breve a partir do lançamento de uma medida provisória (MP) para esse setor, legislando sobre a entrada em vigor imediata das novas normas.

De acordo com o texto da MP das apostas esportivas, a taxação deve ficar em torno de 16% da receita de empresas do setor. Além disso, a medida provisória também contará com ações tanto de controle quanto de prevenção de esquemas fraudulentos no esporte, como a identificação dos apostadores, o que beneficiará muito as empresas que hoje operam no País.

Número publicados recentemente na imprensa nacional, especificamente no site Aposta Hub1, indicam que o mercado brasileiro de apostas movimentou R$7 bilhões em 2020, e estima-se que em 2023 alcance a marca de R$12 bilhões. Outro site, o Gente2, afirma que entre 2018 e 2020, o setor cresceu de R$ 2 bilhões para R$ 7 bilhões. Além disso, o Brasil possui uma grande população de fãs de esportes, especialmente de futebol, e uma forte cultura de uso da internet, o que favorece o potencial do mercado, indicando claramente a necessidade de regulamentação do setor.

Outro dado significativo, que indica o potencial de mercado do setor no Brasil foi a recente pesquisa divulgada pelo jornal Meio e Mensagem mostrando a ampliação da presença das casas de apostas entre os grandes anunciantes do Brasil. As casas de apostas tiveram um aumento no investimento publicitário. O ranking Agências & Anunciantes divulgado no último mês de maio apontou 12 empresas do segmento figurando entre os 300 maiores anunciantes do Brasil, sendo que a publicação, elaborada anualmente por Meio & Mensagem com dados da Kantar Ibope Media, reflete os investimentos em compra de mídia feitos em 2022.

Ainda de acordo com o veículo, quatro anos e meio antes, em 2018 – ano em que foi legalizada a presença dessas empresas no Brasil – o mesmo ranking trazia apenas uma empresa do segmento entre os 300 maiores anunciantes.

Todos esses dados indicam a real e efetiva necessidade de regulamentação do setor. Espera-se inclusive que o texto da medida provisória que regulamenta o setor seja publicado até o final de junho, ajudando o governo inclusive na sua necessidade arrecadatória para poder cumprir as metas fiscais prometidas.

 

Marcelo Vazão - consultor especializado em sites de apostas esportivas

 

El Niño gera incertezas para a safra de grãos 2023/24

Chuvas excessivas no Sul do Brasil podem atrapalhar as operações de semeadura e exigir replantios, enquanto há a probabilidade de incidência de secas severas em outras regiões


Agências meteorológicas confirmaram o início do El Niño, um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento das águas do oceano no Pacífico, que traz mudanças significativas para os padrões climáticos globais. De acordo com o Centro Americano de Previsão do Climática (CPC-NOAA), o El Niño pode persistir até março de 2024 e a probabilidade de que tenha forte intensidade é de 56%.

A incidência do El Niño nas regiões agrícolas do Brasil traz potenciais riscos e desafios para os agricultores. O El Niño ocasiona padrões irregulares de chuvas e aumento na intensidade e frequência de eventos climáticos extremos, como secas, tempestades e enchentes, geadas e chuvas de granizo. Geralmente, o El Niño provoca secas prolongadas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, enquanto ocasiona volumes de chuvas acima da médias nas regiões Sudeste e Sul do país.

Essas variações climáticas podem ter impactos diretos e negativos na safra de grãos 2023/24. “O El Niño pode causar problemas já no início da safra, em meados de setembro a outubro. Entre as preocupações, é possível que as chuvas mais frequentes e com volumes acima da média na região Sul dificultem as operações de semeadura e provoquem a necessidade de replantios de áreas. Já no Centro-Oeste, algumas áreas podem registrar restrição hídrica e redução das taxas de germinação da soja, comprometendo o potencial produtivo”, alerta Fabio Damasceno, diretor de agronegócios da seguradora FF Seguros.

Reconhecendo os potenciais riscos associados ao El Niño, torna-se crucial que os agricultores adotem medidas para proteger lavouras e mitigar perdas. Uma importante recomendação é a contratação de seguro agrícola. A FF Seguros disponibiliza o Seguro Multirrisco Grãos, com coberturas contra ocorrências de chuvas excessivas, geadas, chuvas de granizo, secas, ventos frios, raios, incêndios, trombas d'água e ventos fortes.

O seguro agrícola funciona como uma rede de segurança financeira para os agricultores, oferecendo proteção contra perdas causadas por condições climáticas adversas. “O seguro é fundamental para ter estabilidade. Quando há sinistro, o produtor é indenizado, consegue se recuperar financeiramente e reinvestir em suas operações, garantindo a continuidade do negócio agrícola”, diz Damasceno.

A capacidade do setor agrícola de se adaptar e prosperar diante da variabilidade climática é essencial para garantir a segurança alimentar. E, com a confirmação do El Niño, a importância do seguro agrícola torna-se ainda mais evidente já que, além de proteger os investimentos dos agricultores, o seguro contribui para a resiliência e sustentabilidade do agronegócio no longo prazo. “As catástrofes estão se tornando mais frequentes e precisamos atuar com cautela. Desenvolvemos estudos para relacionar os possíveis impactos de cada evento climático nas culturas, em determinados períodos do ano, fases de desenvolvimento da planta e região com o objetivo de melhorar o nosso atendimento aos produtores”, conta Damasceno.

A seguradora prevê uma retomada do crescimento do seguro agrícola. Na safra de grãos 2022/23, esse produto da FF Seguros respondeu por R$ 22.900 milhões em prêmios. Para a safra 2023/24, as operações de seguro agrícola da FF Seguros devem totalizar R$ 60 milhões de prêmios. “Apesar da previsão de crescimento, ainda vivenciamos um clima de incertezas e o mercado tem capacidade de oferta de resseguro e seguro limitada, então nós e os nossos parceiros precisaremos ter ainda mais resiliência”, analisa Damasceno.

 

Alerta vermelho: Aplicativos bancários se tornam alvos preferenciais de ataques virtuais!

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Elas são parte fundamental do funcionamento das movimentações financeiras e podem representar vulnerabilidades para ataques cibernéticos


É certo que cada vez mais a internet é utilizada em várias atividades diárias, e entre as facilidades que a tecnologia nos traz, os serviços bancários via aplicativos estão entre os mais acessados. Em janeiro, foram 15,488 milhões de downloads de aplicativos bancários, segundo o Bank of America, com base em dados da Sensor Tower, sendo o Nubank (2,862 milhões), C6 Bank (1,544 milhão), Inter (1,512 milhão), PicPay (1,501 milhão) e Mercado Pago (1,266 milhão) os mais baixados. Nos bancos tradicionais, foram 7,375 milhões no mesmo período: da Caixa (1,290 milhão), Caixa Tem (1,528 milhão), Bradesco (1,291 milhão), Itaú Unibanco (1,155 milhão), Santander Brasil (1,112 milhão) e Banco do Brasil (999 mil).

“Por trás dos aplicativos usados para acessar os bancos existem muitas informações confidenciais e por isso a ação dos cibercriminosos pode ir além da invasão para roubo. Caso eles acessem dados pessoais, podem inclusive sequestrá-los e exigir pagamento por eles, além de uma série de outras complicações, em especial para empresas”, explica Ubiratan Menezes, executivo de Soluções para Cibersegurança da VIVA Security, empresa especializada em desenvolver soluções para segurança.

Ele explica que para que as tecnologias de diferentes instituições financeiras conversem entre si, ou seja, para que possam, por exemplo, mandar dinheiro de uma instituição para outra, são utilizadas APIs para essa comunicação, compartilhando informações pessoais dos usuários, entre outros dados. Chamadas de Open Banking, elas permitem a outros desenvolvedores (empresas em geral) a criação de aplicações e serviços para uma instituição financeira. E é aí que mora o perigo. Qualquer vulnerabilidade em uma dessas interfaces de programação pode levar ao vazamento de milhões de dados pessoais, gerando prejuízos imensuráveis.

Os invasores que visam APIs de serviços financeiros são normalmente motivados por objetivos variados. Entre eles está, objetivamente, o controle de conta, ao direcionar as APIs de autenticação para locais de controle dos criminosos, permitindo que os invasores assumam as contas dos clientes e drenem fundos.

Além das maneiras mais tradicionais utilizadas como vetores de ataque iniciais pelos criminosos – phishing, engenharia social e outras táticas que “ludibriam” os usuários para extrair informações de acesso ou obter acesso a dispositivos –, agora os atacantes encontram nas APIs portas de entrada para realizar os ataques, muito mais silenciosos e que ocorrem por dias, semanas ou meses sem serem detectados pelas soluções tradicionais.

Por isso tudo, soluções direcionadas à proteção de APIs se tornam fundamentais para as instituições financeiras. “Um dos desafios para os defensores é saber onde as APIs expõem dados confidenciais ou onde possuem fragilidades que podem ser meticulosamente exploradas”, ressalta Ubiratan Menezes. Esses ataques são superespecializados e realizados por atacantes que aprendem e usam a própria lógica do código das aplicações – por isso não são detectados por soluções tradicionais como WAFs e Gateways de APIs, entre outros.

A boa notícia é que já existe no mercado uma tecnologia que, diferente de todas as demais, monitora o tráfego de forma abrangente, contínua e cria uma base de contexto na linha do tempo, trata-se do SALT. O que o diferencia é a sua capacidade de analisar o tráfego de APIs ao longo de dias, semanas e até meses, aplicando escala de nuvem e algoritmos maduros ao tráfego da API.

Ele procura um padrão de atividade suspeita, consolida as atividades em uma única linha do tempo do invasor e reduz os falsos positivos, eliminando 96% dos falsos alertas.

Mais ainda: de forma 100% automática, 100% em nuvem, sem agentes, sem configurações ou necessidade de mudança de infraestruturas ou aplicações, traz visibilidade sobre quais APIs estão em uso, identifica e classifica quais dados estão sendo expostos, quais falhas de lógicas estão presentes por design e interrompe os ataques ou envia as descobertas para os times de segurança e desenvolvimento.

O SALT é uma verdadeira revolução no modelo de proteção e por isso vem sendo sucesso como motor de segurança de iniciativas como Open Banking e agora também para o Open Insurance. “Nossos clientes estão muito satisfeitos com os resultados”, reforça o executivo de Soluções para Cibersegurança.


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