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quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Pós-Natal: como aproveitar as sobras da ceia e preparar pratos balanceados na última semana do ano

Nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, ensina a armazenar o que sobrou do cardápio natalino para montar composições menos calóricas e saborosas

 

Natal é também sinônimo de mesa farta e cardápio variado. E, para evitar o desperdício pós-ceia e aproveitar as sobras, a nutricionista do Oba Hortifruti, Renata Guirau, dá dicas de como armazenar o que sobrou da comemoração e compor refeições balanceadas para a última semana de 2022. 

Os alimentos não consumidos na ceia, explica Renata, em geral podem ser ingeridos em até 72 horas se forem armazenados sob refrigeração. Para evitar desperdícios e também a sensação de ter que comer tudo de uma vez para que não estraguem, a dica da nutricionista é congelar os produtos, que, dessa forma, duram até 30 dias. No entanto, Renata lembra que ao serem descongelados, precisam ser consumidos, por isso, ela indica o congelamento em porções menores para que sejam retiradas aos poucos. “E devemos armazenar em recipientes tampados ou sacos e embalagens próprios para alimentos”, alerta.  

Sempre temos sobra de carnes, sejam aves, carne suína ou bovina assadas. Elas podem ser congeladas em porções menores e usadas ao longo da semana ou até do próximo mês, acompanhadas de uma boa salada, legumes refogados e arroz ou algum tubérculo”, orienta a nutricionista.  

As carnes, suínas, bovinas e de aves, se forem desfiadas, podem ser usadas no preparo de escondidinho, fricassé, panqueca e recheio para sanduíches com saladas, como o tradicional sanduíche de pernil desfiado. Outra opção é usar as carnes de aves desfiadas, com legumes picados, para fazer salpicão, arroz de forno e recheio de tortas caseiras, feitas com massa de liquidificador.  

A maionese de legumes deve ser congelada em porções menores e descongelada aos poucos para que tenha maior validade. Já as massas podem ser congeladas ou consumidas ao longo da semana, acompanhadas de carnes e vegetais variados, assim como as farofas. 

Para equilibrar o consumo e não comer calorias em excesso por vários dias, Renata alerta que é importante o reforço dos vegetais nos pratos. São eles que vão ajudar a dar volume na refeição e favorecer a saciedade.

“Metade do prato precisa ser composto por vegetais, entre legumes e verduras variados, crus e cozidos”. 

A dica da nutricionista é preparar legumes assados ou grelhados, temperados com ervas naturais, ou fazer uma salada de folhas, o que acaba sendo um jeito prático de complementar a refeição, compondo com os itens que sobraram da ceia. “Para facilitar, vale a pena comprar legumes, verduras e frutas já higienizados e, muitas vezes, já cortados, que vão economizar tempo na cozinha. Mas é importante se atentar à quantidade na hora da compra para que o alimento seja consumido dentro do prazo de validade”, diz Renata.  

Ela lembra que as frutas, muito usadas para a decoração da mesa na ceia de Natal, frequentemente não são consumidas nessa refeição. Para evitar o desperdício, Renata diz que é importante organizar o consumo ao longo da semana, priorizando as frutas que já estejam cortadas, como o abacaxi e o melão, por exemplo, seguidas pelas mais delicadas, como as cerejas e os pêssegos. “Para quem vai viajar, as frutas também são boas opções de lanches durante os trajetos das viagens”, lembra.  

Renata alerta que se for levar alguma preparação nas viagens, o cuidado com o armazenamento durante o transporte é fundamental. “Bolsas e caixas térmicas com blocos de gel congelados garantem a refrigeração por algumas horas, dependendo da qualidade do recipiente em que armazenamos os alimentos. O ideal é não levar sobras para ambientes como praia e acampamentos, pois o risco de ocorrer mau armazenamento favorece que o alimento estrague com mais facilidade e pode aumentar o risco de intoxicação alimentar”.


Férias: crianças tendem a adquirir mais lesões de cárie durante o período de recesso

A falta de rotina e a má alimentação estão entre as causas


Durante as férias de final de ano, por causa das festas e da falta de rotina, é comum que as crianças comam mais doces, balas e biscoitos. Além disso, algumas atividades rotineiras, entre elas, escovar os dentes e passar fio dental, ficam de lado, o que pode causar futuros problemas bucais, como a doença cárie. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 53% das crianças de até cinco anos têm ou já sofreram com a cárie.  

De acordo com a dentista Ilana Marques, da clínica IGM Odontopediatria, em época de recesso, os pais costumam ser menos rígidos em relação aos hábitos saudáveis . “Normalmente, nas férias as crianças aproveitam para brincar e fazer tudo aquilo que não podem durante o período escolar. Com isso, deixam algumas atividades rotineiras de lado, como por exemplo escovar os dentes e o uso de fio dental”, afirma a especialista.

 

A odontopediatra ainda alerta para os perigos da alimentação desregrada e sobre a importância dos pais usarem a alimentação de forma inteligente. “Em qualquer fase da vida uma alimentação muito cariogênica poderá afetar a saúde bucal e no caso das crianças que ainda não têm um autocuidado tão criterioso, faz com que elas sejam mais afetadas. Por isso, é sempre importante conscientizar e ensinar sobre os alimentos protetores, como pipoca de sal, todos os tipos de castanha e todos os tipos de queijo. É importante também regrar a frequência da ingestão de doces”, garante a profissional.


 

A especialista dá algumas dicas para manter a boca dos pequenos saudável:

 

1-  É importante fazer a escovação após cada refeição, lembrando que o momento mais importante é antes de dormir, pois é quando há uma menor produção de saliva que é um protetor natural. 

 

2 - Os pais podem apostar em maneiras divertidas e prazerosas para a escovação da criança; para os mais resistentes, existem no mercado escovas elétricas que funcionam com

aplicativos que mostram como a pessoa está escovando, dando inclusive reforços positivos bem interessantes! 

 

3- Cuidado com a alimentação! É importante que os pais ofereçam alimentos mais saudáveis e menos cardiogênicos. Existem muitas opções de lanches saudáveis e que as crianças gostam! E quando comerem algum alimento muito doce e pegajoso, lembrar de oferecer um dos alimentos protetores antes de escovar! 

 

4 - Que tal aproveitar o tempo livre do recesso para fazer uma visita ao dentista? A consulta com o profissional estimula as crianças a cuidarem melhor dos dentes e ajuda no fechamento natural dos dentes; Hoje em dia as consultas estão tão lúdicas que a visita ao dentista poderá ser uma real diversão! 

 

5- reforçando mais uma vez que “Sempre que comer um alimento perigoso (doces, sucos, chocolates), é importante ingerir um alimento protetor (castanha, queijos e outros) antes de escovar  os dentes.”!  

  

IGM Odontopediatria 

Ed Life Center, conjunto O, salas 201, 203, 207, 209, 210 e 211 - Asa Norte

Horário de funcionamento: Segunda a sexta, das 8h às 18h; e sábado das 8h às 13h. 

Siga: @igmodontopediatria

Para fazer uma avaliação, é necessário entrar em contato com a clínica para marcar um horário pelos números: (61) 3447-8229 ou (61) 9 9312-2034.



Tecnologia favorece inclusão social de cegos

Dispositivo permite aos cegos ler livros, identificar cédulas e reconhecer pessoas. Entenda.

 

Globalmente 2,2 bilhões de pessoas têm deficiência visual e dessas 39 milhões são cegas. Os dados são da OMS (Organização Mundial da Saúde). De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, no Brasil o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do faz parte, estima que 1,6 milhão brasileiros, ou 0,75% da população seja cega. Nesta parcela 25,3 mil são crianças 

A boa notícia é que uma tecnologia a favor da inclusão social, permite aos cegos recuperar a autonomia. O oftalmologista explica que se trata de um dispositivo acoplado à haste de um óculos. Funciona através de uma microcâmera associada a um sistema de voz que descreve tudo o que a câmera vê. Por isso, quando um livro é colocado na direção dos óculos, imediatamente é identificado e o sistema de voz faz a leitura, Da mesma forma, reconhece o conteúdo da tela do celular ou computador, embalagens de medicamentos ou outros produtos e até cédulas de dinheiro.  “Para quem não enxerga ou pessoas legalmente cegas que têm apenas 10% da visão, é o fim da dependência em atividades corriqueiras do dia a dia”, afirma.  O equipamento também reconhece pessoas. “Primeiro, o usuário toca o dispositivo que emite um som de bip. O interlocutor fala o nome próprio e esta informação é gravada no sistema com outro toque do usuário no dispositivo. A partir daí toda vez que a microcâmera identificar aquela pessoa, o gravador anuncia que está próxima”, pontua.

 

Causas da cegueira e deficiência visual

Queiroz Neto afirma que as doenças oculares que mais causam a perda da visão entre adultos são decorrentes do envelhecimento: catarata, glaucoma e degeneração macular. De acordo com a OMS 80% da cegueira é evitável. O oftalmologista ressalta que a retinopatia diabética e o descolamento de retina frequente em altos míopes são causas crescentes de perda da visão no País. A retinopatia diabética porque o diabetes já atinge 10% dos brasileiros segundo o IBGE. O descolamento de retina porque a alta miopia está crescendo mais que a média mundial segundo a OMS. 

Na infância, destaca, as principais causas da cegueira são as doenças congênitas: catarata, glaucoma e retinoblastoma. “Todas podem ser diagnosticadas logo que o bebê nasce através do “teste do olhinho”, salienta.  O exame é feito com um oftalmoscópio, equipamento semelhante a uma lanterna que joga luz sobre a retina do bebê. Quando a luz é continua, explica, significa que os olhos são saudável. Se for descontínua a criança deve passar por exame mais detalhado para diagnosticar qual é a doença congênita presente e prosseguir com o tratamento.

O oftalmologista ressalta que nem sempre as doenças congênitas dão sinais logo após o nascimento. Por isso, a recomendação é repetir o exame a cada três meses no primeiro ano de vida e a cada seis meses até a idade de 2 anos. 

O especialista diz que a maior causa de deficiência visual no Brasil e no mundo é a falta de óculos. O envelhecimento da população faz a presbiopia ou vista cansada que dificulta a visão de perto a partir dos 40 anos ocupar o primeiro lugar no ranking.  Dos erros de refração: miopia (dificuldade de enxergar à distância), hipermetropia (dificuldade de enxergar próximo), astigmatismo (visão distorcida para perto e longe) a que mais cresce é a miopia por causa do excesso de telas e falta de exposição ao sol.

A correção tanto da presbiopia como dos  erros de refração pode ser feita com óculos, lente de contato ou cirurgia refrativa para quem já atingiu 21 anos.

 

Tratamentos e prevenção

A catarata, opacificação do cristalino decorrente do envelhecimento, responde por 50% da cegueira entre maiores de 60 anos no Brasil. Queiroz Neto afirma que só há um tratamento - a cirurgia que substitui o cristalino, lente interna do olho, pelo implante de uma lente intraocular. “A cirurgia de catarata é rápida, segura e feita com anestesia local. Hoje é um procedimento refrativo que pode eliminar simultaneamente erros de refração e a presbiopia, dependendo da lente implantada no olho. Para adiar o desenvolvimento da doença as principais dicas do oftalmologista são: proteger os olhos com óculos que filtrem 100% da radiação UV emitida pelo sol e evitar o excesso de sal na dieta. Quem tem alta miopia, acima de seis, pode desenvolver catarata precocemente, alerta.

 

O glaucoma, segunda maior causa de perda irreversível da visão, atinge 1,5 milhão de brasileiros e surge sem apresentar sintomas, relata. A estimativa do CBO é de que metade dos portadores não tenha diagnóstico.  É caracterizado pelo aumento da pressão intraocular que gradativamente destrói as células do nervo óptico, parte do olho que conduz as imagens da retina ao cérebro. Geralmente aparece a partir dos 40 anos, é mais frequente em quem tem casos na família, em afrodescendentes e asiáticos. Queiroz Neto conta que a falta de sintomas estimula metade dos portadores a interromper o tratamento que é feito com o uso constante de colírios para controlar a pressão intraocular. A única forma de evitar a perda gradativa do campo visual é usar rigorosamente os colírios. Para alguns casos é indicada a aplicação de laser ou de cirurgia para melhorar o controle da pressão intraocular.

 

A degeneração macular, maior causa de cegueira irreparável atinge 196 milhões de pessoas com 50 anos ou mais no mundo de acordo com a OMS. A doença danifica a mácula, porção central da retina, responsável pela visão de detalhes.  Queiroz Neto afirma que esta alteração pode estar relacionada a problemas na circulação, uso contínuo de medicamentos para doenças crônicas e exposição dos olhos ao sol sem proteção. O tratamento é feito com aplicação de laser e injeções intravítreas de antiangiogênicos, mas até o momento não tem cura. 


O descolamento de retina e a retinopatia diabética   têm os mesmos sintomas:  visão turva, enxergar flashes de luz, muitas moscas volantes diante dos olhos e até a perda súbita da visão. Queiroz Neto alerta que o descolamento de retina é uma emergência médica e o rápido atendimento pode salvar a visão. Pode ocorrer pelo afinamento da retina em altos míopes, traumas, diabetes ou distúrbios inflamatórios. O uso óculos ou lentes de contato que controlam a progressão da miopia, e o tratamento da retinopatia diabética com aplicação regular de injeções intravítreas de antiangiogênicos são os únicos tratamentos preventivos. |Alguns pacientes diabéticos, comenta, falham na continuidade dos antiangiogênicos porque a glicemia está sob controle. A única forma de garantir boa visão até os últimos dias é o tratamento regular, ensina. 

Queiroz Neto finaliza afirmando que a melhor forma de manter a visão é o acompanhamento oftalmológico periódico. Isso porque, no decorrer da vida nossos olhos mudam e a maioria das doenças passam despercebidas no estágio inicial.


Câncer tem aumento de 12% no Brasil: pele, mama e próstata são os mais frequentes, explica especialista

Mestre em Oncologia comenta novos números do Instituto Nacional do Câncer (INCA) que indicam aumento no número de pacientes com câncer no Brasil. Pele, mama e próstata são os mais frequentes 



Brasil terá mais de 2 milhões de novos casos da doença nos próximos 3 anos, diz INCA- “Estes novos dados epidemiológicos são importantes para entendermos o crescimento do câncer em nosso país e montar as estratégias governamentais e de assistência médica para a prevenção e tratamento adequados aos pacientes, além de dimensionar os recursos para o atendimento da população brasileira”, comenta o Ph.D. e mestre em oncologia, Dr. Wesley Pereira Andrade.

O câncer tem desafiado a sociedade moderna mundial com seu aumento progressivo em função da ampliação no número de casos e da longevidade da humanidade – o mal está relacionado ao envelhecimento das populações. Nesse sentido, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), que promove publicações acerca da doença a cada três anos, recentemente divulgou novos dados epidemiológicos, em nível nacional.

Conforme os índices apresentados com expectativas para 2023, houve um aumento global de 12% de todos os cânceres que acometem os brasileiros (625 mil novos casos por ano (em 2020) para 704 mil (em 2023).

A neoplasia mais comum apontada pela pesquisa é o câncer de pele não melanoma (entretanto, este apresenta baixo impacto em mortalidade). Já o segundo com maior incidência é o câncer de mama, considerado o mais importante no Brasil.

“O câncer de mama tinha sua incidência estimada em 66 mil novos casos para 2020. Já para 2023 as estimativas atuais demonstram um número na casa de 73 mil novos casos, aumento de 12%”, comentou o Ph.D. e mestre em oncologia, Dr. Wesley Pereira Andrade, médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

Em terceiro lugar está o câncer de próstata com cerda de 71 mil novos casos, seguido do câncer de intestino com 45 mil novos casos e, por último, o câncer de pulmão com 35 mil novos casos.

“Estes novos dados epidemiológicos são importantes para entendermos o crescimento do câncer em nosso país e defender as estratégias governamentais e de assistência médica para a prevenção e tratamento adequados aos pacientes, além de dimensionar os recursos para o atendimento da população brasileira”, finaliza o médico.



Dr. Wesley Pereira Andrade - médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SMCO). CRM-SP 122593. O oncologista é MD, Ph.D., mestre e doutor em Oncologia, além de mastologista e cirurgião oncologista.
Instagram: @agenciacontatocomunicacao


5 mitos sobre a endometriose

Doença silenciosa afeta milhões de brasileiras e diagnóstico tardio auxilia na propagação de desinformações sobre a doença
 

Uma a cada 10 mulheres entre 25 a 35 anos no Brasil sofre de endometriose, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença consiste em uma inflamação do sistema reprodutor feminino, que acontece quando o endométrio (ou tecido similar), tecido que reveste o útero por dentro, se implanta em vários locais na cavidade abdominal, como ovário, intestino e bexiga.  

De acordo com o Dr. Thiers Soares, ginecologista especialista em cirurgia por vídeo e robótica, muitos casos demoram anos para serem diagnosticados. O atraso médio mundial é de oito anos entre as primeiras queixas e o diagnóstico definitivo.  

A identificação acontece, muitas vezes, a partir de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve. “A demora em diagnosticar os focos da doença pode levar ao estado mais grave do quadro, quando é necessário partir para uma intervenção cirúrgica”, explica o especialista. Mesmo assim, é importante lembrar que a endometriose não tem cura. Ela é uma condição crônica, que deve ter acompanhamento constante.  

Apesar de existir tratamento, a demora no diagnóstico da doença, o início tardio do tratamento, bem como a falta de ampla discussão sobre o tema abrem margem para a propagação de desinformações sobre a endometriose, impactando negativamente a percepção das mulheres sobre a condição e como tratá-la. 

Abaixo, o Dr. Thiers Soares listou cinco dos principais mitos relacionados à doença: 


1- Quem tem endometriose não pode engravidar. 

Mito! Essa afirmação não passa de uma desinformação, já que o tratamento cirúrgico e/ou as terapias de reprodução assistida aumentam a possibilidade de gravidez. Com o tratamento correto para cada caso, é totalmente possível que a paciente tenha uma vida reprodutiva normal.

 

2- Toda mulher que tem endometriose precisa retirar o útero 

Mito! A cirurgia para retirada do útero só é recomendada em casos específicos, quando a paciente já passou por outros tipos de tratamento que não surtiram os efeitos desejados no organismo e quando a própria paciente deseja essa alternativa. De qualquer forma, existem alternativas disponíveis que tornam possível o controle da doença, além de uma vida reprodutiva saudável. E é bom lembrar que a remoção do útero causa mudanças significativas no corpo da mulher, além de não ser possível engravidar futuramente. Por isso, é importante avaliar cada caso e as opções de tratamento disponíveis, bem como os desejos da paciente.
 

3- Toda mulher sente dores muito fortes por conta da endometriose 

Mito! Não necessariamente. A dor forte na região pélvica, durante o período menstrual, é, sim, um sintoma muito comum em pacientes com endometriose, mas isso não significa que ele irá afetar todas as mulheres que tenham a doença. É importante lembrar também que existem casos em que a endometriose é assintomática. Em muitos casos, a paciente só faz o diagnóstico após ter dificuldade para engravidar.
 

4- A endometriose só afeta mulheres entre os 30 e 40 anos de idade 

Mito! Como o diagnóstico da endometriose demora em média oito anos, é comum que muitas mulheres só descubram que têm a doença, de forma tardia, mas é possível fazer diagnóstico, inclusive, em adolescentes.
 

5- A endometriose pode ser prevenida

Mito! A medicina ainda não tem uma resposta sobre qual (is) a (s) causa (s) da doença. Apesar de existirem suspeitas de que a genética tenha sua parte na origem da endometriose, nada foi confirmado até o momento. Portanto, não existem métodos que podem ser adotados para prevenir a doença. Existem práticas comportamentais (dieta, exercício etc.) que podem ser adotadas, junto ao tratamento, para um maior controle da endometriose, proporcionando uma melhor qualidade de vida para a paciente.

 

Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é ginecologista especialista em doenças como Endometriose, Adenomiose e Miomas. Também é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). O especialista é membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Recentemente, o Dr. Thiers Soares foi um dos responsáveis por trazer para o Brasil a técnica de Ablação por Radiofrequência dos Miomas Uterino, um tratamento moderno e eficaz, que causa a destruição térmica de tumores uterinos.


Pessoas portadoras de HIV apresentam quase 30 vezes mais chances desenvolver / reativar a tuberculose, alerta OMS

Enfermidade é a principal causa da morte de pacientes com HIV e pode ser identificada a partir do teste IGRA, um exame inovador que permite iniciar o tratamento precoce

 

Criado em 2017, o Dezembro Vermelho é uma campanha nacional que visa conscientizar e estabelecer ações de combate à AIDS, uma doença que se caracteriza pelo comprometimento do sistema imunológico e todas as defesas do organismo contra infecções. De acordo com dados do Ministério da Saúde, quase um milhão de pessoas convivem com a doença no Brasil, número que acende o alerta para o risco de outras enfermidades como a tuberculose, principal causa da morte dos portadores de HIV.

Altamente contagiosa, a tuberculose é uma doença infecciosa que em estágios iniciais pode apresentar uma fase latente (Tuberculose Infecção), ou seja, sem sintomas. Pessoas portadoras de HIV apresentam quase 30 vezes mais chances desenvolver / reativar a tuberculose quando comparado a outras que não possuem o vírus de imunodeficiência. No Brasil, o índice da coinfecção tuberculose – HIV é de quase 10%, segundo o Ministério da Saúde. Um cenário preocupante, que fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passasse a recomendar a busca sistemática de casos em que a tuberculose ainda não manifestou sintomas, em todos os pacientes vivendo com o HIV.

Atendendo a essa recomendação do órgão mundial, recentemente o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a disponibilizar um exame inovador aos portadores da imunodeficiência, conhecido como teste IGRA (ou ensaio de liberação Interferon-gama), um dos mais precisos para identificar a tuberculose infecção (ILTB), analisados e indicados, inclusive, pela OMS. Atualmente, o teste é indicado principalmente para pessoas que compõe o chamado grupo de risco da tuberculose, como portadores de HIV positivo, pessoas que recebam tratamento anti-TNF-alfa (medicamentos que impedem a circulação do TNF-Alfa, uma proteína que quando produzida de forma desregulada pode agravar algumas doenças auto-imunes) ou imunossupressores.

De acordo com Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, trata-se de um exame simples e rápido, realizado com uma pequena amostra de sangue e requer apenas uma visita ao médico. “Este teste é muito menos afetado pelo imunocomprometimento do paciente em comparação ao teste tuberculínico e apresenta resultado seguro, com a precisão de testes laboratoriais. Para os grupos de risco como os portadores de HIV, um diagnóstico breve e correto pode ajudar a salvar muitas vidas”, esclarece o executivo da multinacional alemã, que entre suas soluções apresenta o QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado o exame referência mais utilizado no mundo e agora disponível no sistema público de saúde brasileiro.

Adquirida pelo ar, por bactérias espalhadas durante um espirro, tosse ou fala, a tuberculose é uma doença séria e requer atenção. Passada a fase latente, o paciente pode apresentar sintomas como tosse crônica, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna. Quanto antes diagnosticada, mais breve e menos agressivo será o tratamento.


Vai correr a São Silvestre? Confira algumas dicas importantes para evitar lesão nos treinos e durante a prova

Lesões nos membros inferiores podem ser evitadas com treinamentos específicos, uso de material apropriado e treinos de musculação, recomendam os ortopedistas do Hospital Santa Catarina - Paulista


No dia 31 de dezembro, acontece a 97ª São Silvestre, corrida de rua mais tradicional do Brasil. Com 15km de distância, a prova contou com mais de 20 mil corredores em 2021. Para 2022, os organizadores esperam mais de 30 mil participantes. Para competir, o atleta precisa estar atento para possíveis lesões e para um treino adequado. 

Segundo o Dr. Fábio Datti, ortopedista do Hospital Santa Catarina -- Paulista, o fato de ser uma prova de 15km exige um tipo de preparo específico. “Existem alguns protocolos de treinamento, tais como: aumentar a quilometragem nas semanas próximas da prova, fazer treino de força e corretivos. O treino adequado não envolve a corrida especificamente, mas musculação para preparar as articulações. O treino de musculação promove uma preparação cardiovascular e libera alguns mediadores anti-inflamatórios, que corroboram para uma melhor qualidade de vida. Ela também é fundamental para prevenção de lesões”, explica. 

As regiões mais afetadas pelas lesões dos atletas são os pés, tornozelos, lombar, coluna e joelho, sendo as mais comuns a tendinite, inflamação na canela, joanete, fascite plantar e cãibra muscular. 

“As principais lesões são as traumáticas e estão relacionadas à escolha inadequada do calçado e à falta de atenção para o condicionamento físico. A falta de preparo físico e de treino de força auxiliam em lesões como distensões musculares e outras contusões”, afirma o ortopedista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

O treinamento prévio e a adaptação dos treinos para cada estágio em que o corredor estiver são passos fundamentais para a identificação e desenvolvimento de uma preparação adequada para uma prova como a São Silvestre. 

“Quanto mais tiver preparado, menor risco de lesão. O indicado é um aumento progressivo a cada duas semanas. No entanto, é sempre importante conhecer como está sua atual situação. Caso seja possível, é interessante o corredor contar com o apoio de um treinador ou de uma assessoria esportiva, para melhorar os treinamentos e prevenir lesões”, diz o Dr. Emerson Garms, coordenador da ortopedia do Hospital Santa Catarina - Paulista.

 

Confira as principais dicas para se preparar para corridas de rua 

· Aumente a quilometragem no decorrer das semanas de preparação

· Faça exercícios de musculação

· Tenha uma alimentação balanceada, especialmente nos dias pré-prova e antes da competição

· Encontre um tênis confortável para o seu pé na hora de correr

· Caso vá correr fantasiado, tente, pelo menos, estar com um calçado confortável e hidrate-se bastante

· Procure uma assessoria esportiva ou busque por planilhas de treinos, que estejam coerentes com seu condicionamento físico atual.


Alimentação x endometriose: quais alimentos evitar durante as festas de fim de ano

A dieta desempenha um papel importante no combate da inflamação e ajuda a equilibrar os níveis de estrogênio. Comidas gordurosas e bebidas alcóolicas são inimigos

 

A endometriose atinge 10% da população feminina em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A doença provoca o crescimento do tecido ao redor do útero, causando dor crônica, inflamação e, em até 50% dos casos, podendo levar a mulher à infertilidade. Por ser um quadro relacionado a um desequilíbrio hormonal, a alimentação tem papel importante no seu controle. Alguns alimentos podem agravar os sintomas, enquanto outros podem amenizá-los e as festas de fim de ano são um período complicado para quem tem o diagnóstico. 

“Evidências científicas comprovam que os alimentos ingeridos e o estilo de vida podem influenciar em uma série de aspectos, inclusive no metabolismo das prostaglandinas, que atuam nos processos inflamatórios do corpo, no ciclo menstrual e na atividade do estrogênio. Assim, uma dieta deficitária e o sedentarismo podem impactar na endometriose”, aponta o ginecologista Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. 

Alimentos ricos em vitamina B e ômega 3 são ideais para reduzir os sintomas e as dores causadas pela doença, de acordo com um estudo publicado pela revista alemã GebFra Science. Já o álcool, a carne vermelha e as gorduras trans demonstraram um efeito amplificador, tanto no inchaço pélvico, quanto na dor crônica acarretados pela endometriose. O que acende um alerta nesta época em que este tipo de comida é mais frequente. 

Em geral, recomenda-se às mulheres diagnosticadas manter uma alimentação balanceada e sem glúten, com ingestão de alimentos ricos em antioxidantes, propriedades anti-inflamatórias e com efeitos positivos no metabolismo de estrogênios e hormônios. 

“Sementes de girassol, nozes e linhaça, legumes como brócolis ou couve-flor, frutas como abacate, limão e mirtilos, e óleos de oliva e prímula são alguns deles. Esses alimentos estão presentes na dieta mediterrânea, que é um bom modelo a ser seguido”, recomenda a nutricionista Julia Beux, que faz a orientação das pacientes na clínica Bellelis. 

Priscila Pinheiro, também responsável pela área de nutrição da clínica, destaca que estar atenta ao que deve ser evitado é fundamental. “Além de consumir alimentos que podem contribuir para o bem-estar, é importante evitar certos tipos de comida. Além das carnes vermelhas, gorduras trans e do álcool, recomendamos evitar alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares refinados, laticínios e cafeína”, alerta a nutricionista. 

Ela também destaca a importância do bom funcionamento do intestino. “Alimentos ricos em fibras podem ser um socorro. Seu corpo se livra do excesso de estrogênio nas fezes. Sem uma evacuação saudável todos os dias, você provavelmente está constipada e seus níveis de estrogênio podem estar muito altos, o que pode ser bastante prejudicial para quem tem endometriose”, finaliza Priscila.

 

PATRICK BELLELIS -- GINECOLOGISTA


Saúde e desempenho dos atletas também dependem da Odontologia do Esporte

Saiba mais sobre a especialidade que contribui para a saúde, desempenho e carreira dos atletas


Em ocasiões como a Copa do Mundo, a saúde dos atletas merece atenção e relevância. Durante os jogos, alguns atletas ganharam destaque por estarem usando protetores faciais durante as partidas. Em geral, eles se machucaram antes da Copa e precisavam estar protegidos com máscaras faciais para entrarem em campo.

Um deles foi o lateral-direito Thomas Meunier, da seleção belga, que jogou o segundo tempo da partida contra o Canadá dias após sofrer uma fratura no osso zigomático, que fica na maçã do rosto. Outro atleta que também entrou em campo “mascarado” foi o ponta esquerda Son Heung-min, destaque da seleção da Coreia do Sul. Ele fraturou a órbita, cavidade em volta do olho esquerdo, e passou por uma cirurgia. Já Ellyes Skhiri, meia da seleção da Tunísia, jogou com a proteção após ter fraturado o malar durante forte choque em disputa de jogo.

Além dos protetores faciais, não é incomum entre os atletas a utilização de outros dispositivos, como protetores bucais. Tais recursos e cuidados são indicados por especialistas.

Os Cirurgiões-Dentistas, assim como os médicos, exercem um papel fundamental para a saúde e desempenho de atletas de qualquer modalidade, tanto que a Odontologia do Esporte é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) desde outubro de 2015.

A Odontologia do Esporte é a área de atuação do Cirurgião-Dentista que inclui segmentos teóricos e práticos da Odontologia, com o objetivo de investigar, prevenir, tratar, reabilitar e compreender a influência das doenças da cavidade bucal no desempenho dos profissionais ou amadores, com a finalidade de melhorar o rendimento esportivo e prevenir lesões, considerando as particularidades fisiológicas dos atletas, a modalidade que praticam e as regras do esporte.

O Cirurgião-Dentista e presidente da Câmara Técnica de Odontologia do Esporte do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dr. Reinaldo Brito e Dias, considera que o reconhecimento da especialidade vem ao encontro da necessidade, cada vez maior, de oferecer saúde, prevenção, proteção e acompanhamento odontológico ao atleta, colaborando, assim, para o seu desempenho esportivo.

“A prática desta nova especialidade carrega a responsabilidade dos cuidados aos atletas na prevenção, proteção, cuidados no doping, acompanhamento e orientação, que muitas vezes é particular e específica de cada modalidade. O Cirurgião-Dentista que se dedicar à Odontologia do Esporte deve estar sempre atualizado quanto às regras das modalidades específicas, determinações anuais da agência controladora de doping (WADA), relação da saúde bucal com a saúde geral do atleta e vice-versa, além de cuidados elementares com a tabela de jogos e convocações”.

O especialista pondera, ainda, que o profissional dedicado ao atendimento do atleta/paciente deve conhecer as particularidades dele, tratá-lo e protegê-lo da melhor forma possível, lembrando que, muitas vezes, não existe somente a saúde do atleta sob nosso cuidado e atenção. “Temos suas conquistas, sua carreira, sua modalidade esportiva e também o país que ele representa”.

 

Saúde e desempenho

Os afastamentos de atletas por tempos longos são comuns e os motivos para isso, após minuciosa investigação, surpreendem, pois, muitas vezes, estão ligados a problemas odontológicos.           

Os episódios de lesões e períodos de recuperação acarretam diversos prejuízos aos atletas, inclusive psicológicos. Dr. Reinaldo explica que o organismo do atleta é uma máquina que deve funcionar com potência máxima, e, para isso, todos os órgãos e tecidos devem estar em pleno funcionamento. Portanto, os profissionais da saúde que cercam esse atleta devem ter consciência de que alguns planos de tratamento e estratégias preventivas precisam ser considerados.

“A cavidade oral possui uma microbiota (conjunto de micro-organismos) particular e bem equilibrada. A partir do momento que existe o desequilíbrio, inicia-se um processo de doença que compromete o bem-estar do indivíduo. Quando nos reportamos ao paciente atleta, o primeiro pensamento que se deve ter em mente é que uma das características que o difere de um paciente comum do dia-a-dia do Cirurgião-Dentista é que, se a corrente sanguínea leva bactérias a longa distância no organismo humano, esse processo ocorre em uma velocidade maior no organismo do atleta, pois ele encontra-se sempre no limite fisiológico”.

Dr. Reinaldo lembra que os atletas possuem um metabolismo muscular mais acelerado. As bactérias orais, por sua vez, têm, cada uma, sua predileção: deslocam-se da cavidade oral, seja dos tecidos periodontais ou de lesões periapicais, para diferentes nichos do organismo humano. Segundo ele, é preciso entender que a cavidade oral e os microrganismos que a colonizam naturalmente podem se apresentar em até 400 espécies diferentes, devendo estar em equilíbrio para manter a microflora e, por conseguinte, a saúde oral. “Deve-se pontuar que problemas de saúde geral podem ter início nas enfermidades bucais e ter em mente o quanto essa situação pode trazer riscos à saúde do atleta e ao seu desempenho. Essa é uma das responsabilidades do Cirurgião-Dentista especialista em Odontologia do Esporte”.

 

Medicação necessária – o que fazer?

Atletas que necessitam de medicação devem estar devidamente documentados e fazer com que essa documentação tramite junto às federações nacionais e internacionais de Direito. Esse documento deve esclarecer que seu estado de saúde sofrerá uma piora significativa caso a substância e/ou método proibido deixe de ser utilizado no decurso do tratamento de uma doença aguda ou crônica, que seu rendimento não será potencializado significativamente pelo seu uso, que não existe alternativa de tratamento terapêutico para o problema de saúde existente e que a necessidade de utilização da substância e/ou método proibido não decorre da utilização anterior de qualquer substância e/ou método proibido pela WADA.

“Como a Odontologia faz uso da prescrição de fármacos, deve estar sempre atenta às normas e regras que conduzem as ações antidoping no mundo e no Brasil. Por esse motivo, Cirurgiões-Dentistas que se dedicam ao atendimento odontológico de atletas devem conhecer as determinações de agências internacional e nacional, cumprindo, desta forma, a relevante missão de preservar a saúde e a integridade do atleta, fundamental para a Odontologia do Esporte e para o conhecimento do profissional que a exerce”.

  

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


6 em cada 10 brasileiros das capitais estão com obesidade ou sobrepeso

Índice aumentou 34,7% nos últimos quinze anos (de 2006 a 2021), segundo levantamento do Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane com base em dados oficiais do Ministério da Saúde


Com chegada das festas de final de ano, o clima festivo toma conta de todos e essas festas são sempre sinônimo de fartura ou mesmo de exagero. Um convite para nos deleitarmos com quitutes e sobremesas típicos da época, pois “quem liga para o peso em dezembro?" dizemos para nós mesmos ou para os outros. Pois é, mas os dados do levantados no Observatório da Atenção Primária à Saúde da Umane com base no Ministério da Saúde mostram que devemos nos preocupar sim! Abaixo, os principais números sobre a Obesidade e sobrepeso nas capitais brasileiras.

  • 57,1% dos moradores das capitais estão com obesidade ou sobrepeso. Os dados são de 2021.
  • Entre os homens, o índice é de 59,9% e entre as mulheres, 54,7%.
  • A faixa etária de 45 a 54 anos é a que tem a maior prevalência do problema: 64%.
  • A incidência do problema também é maior entre aqueles com menos anos de estudo: 63% entre quem estudou de 0 a 8 anos, 55,8% entre quem tem 9 a 11 anos de estudo e 53,7% entre quem estudou mais de 12 anos.
  • Parte da explicação pode estar na má alimentação: 78,2% dos brasileiros das capitais não faz consumo recomendado de frutas e hortaliças. Este índice é ainda maior entre os menos escolarizados. Entre quem estudou de 0 a 8 anos, 82,1% não faz o consumo recomendado de frutas e hortaliças contra 70,7% daqueles que estudaram mais de 12 anos.
  • 8 em cada 10 brasileiros entre 18 e 24 anos não faz o consumo recomendado destes alimentos, faixa etária que menos consome alimentos saudáveis.

Obs. Consumo recomendado de frutas e hortaliças: Consumo de cinco ou mais porções diárias de frutas e hortaliças.


Dilatação do Aneurisma da Aorta Abdominal progride de forma assintomática e pode fazer vítimas fatais

Taxa de mortalidade dos pacientes que chegam vivos aos hospitais varia de 40 a 70%. Se considerarmos os óbitos pré-hospitalares, esse percentual sobe para 90%

 

Quando se trata da manutenção da saúde arterial, o diagnóstico precoce pode ser decisivo para o sucesso de um tratamento e salvar vidas. Qualquer doença considerada grave, ao não ser detectada cedo, pode trazer consequências fatais, como é o caso do Aneurisma da Aorta Abdominal (AAA). Essa condição evolui de forma assintomática e, por muitas vezes, só vem a ser descoberta quando não há mais a possibilidade de reverter o quadro.

A Aorta, principal e maior artéria do corpo humano, é a responsável por transportar o sangue do coração para todas as partes do corpo. Ela se ramifica em diversas outras artérias, passando pelo peito, abdômen e membros inferiores. Nos casos do Aneurisma da Aorta Abdominal, a artéria localizada no abdômen sofre uma dilatação de, no mínimo, 50% do seu diâmetro natural. Para a maioria dos pacientes adultos, a dilatação acima de três centímetros já é considerada aneurismática.

Ao longo do tempo essa dilatação vai se enfraquecendo até que se rompe, e esse processo pode levar a pessoa ao óbito. “A ruptura de um AAA, quando não tratada em tempo hábil, é fatal. A taxa de mortalidade dos pacientes que chegam vivos aos hospitais varia de 40 a 70%. Se considerarmos os óbitos pré-hospitalares, esse percentual sobe para 90%. A maioria dos óbitos ocorre em decorrência de complicações pós-operatórias motivadas pelo choque hemorrágico e sua consequente resposta inflamatória sistêmica”, explica o cirurgião vascular e membro da Comissão de Aneurismas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Alexandre Maiera Anacleto.

A periculosidade desta condição se dá por sua evolução silenciosa, com poucas manifestações – sendo elas dores abdominais ou lombares, hipotensão (pressão baixa), choque, isquemia de membro (falta de fornecimento sanguíneo) e febre – ou praticamente assintomática.  “O diagnóstico pode ser feito ocasionalmente por meio de um exame de imagem para diagnosticar outra patologia, como ultrassom, ressonância magnética e tomografia do abdômen ou da coluna lombar”, esclarece o Dr. Anacleto. Ainda de acordo com o profissional, a probabilidade de se identificar a doença com exames físicos é bem baixa, de 30 a 40% das vezes, assim como as chances de outros sinais se manifestarem. “O aparecimento de outros sintomas relacionados ao AAA, como embolia periférica, compressão de estruturas adjacentes e trombose do aneurisma, é raro”, declara.

Os casos de AAA costumam ser mais frequentes em homens acima dos 60 anos, com uma incidência anual de 6,5 pacientes masculinos a cada mil habitantes. Nas mulheres ocorrem mais tardiamente, mas, em média, as artérias se rompem com diâmetros 10 mm menores do que em pacientes masculinos. Segundo o Dr. Anacleto, estima-se que em São Paulo, de 1,8% a 3% das pessoas com 50 anos ou mais tenham aneurisma da aorta abdominal. No subgrupo de homens com 60 anos ou mais, a prevalência está entre 4,3% e 8%.

O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Um tabagista possui sete vezes mais chances do que um não fumante de desenvolver o AAA, e o tempo de exposição ao fumo aumenta essa probabilidade, mais do que o número de cigarros consumidos. Outros fatores como a hipertensão arterial, a obesidade e o colesterol alto contribuem para a evolução da doença.

Ao receber o diagnóstico de aneurisma, é necessário ter acompanhamento clínico e realizar, anualmente ou semestralmente, o exame de Eco Doppler para observar a sua progressão. Se a dilatação ultrapassar os níveis considerados estáveis - 5,0 cm para pacientes de baixo risco cirúrgico, e 5,5 cm para os que possuem risco moderado - o médico deve avaliar se é necessário um tratamento cirúrgico tradicional ou endovascular. “Cada técnica tem suas vantagens e desvantagens, sendo necessário discuti-las com seu cirurgião vascular para ver qual é a melhor para cada paciente”, pontua o Dr. Alexandre.

“O Aneurisma da Aorta Abdominal é uma das principais causas de mortalidade cardiovascular. Não é incomum que a primeira manifestação da doença seja a ruptura, que está associada a altíssimos índices de mortalidade. Por isso, é muito importante que toda a população com mais de 60 anos, sobretudo aqueles que possuem fatores de risco para a doença aterosclerótica como a hipertensão, tabagismo, dislipidemias, obesidade e o sedentarismo, procure um cirurgião vascular para uma consulta médica e, eventualmente, realizar um Eco Doppler Vascular. Isso é válido também para todos aqueles que possuem histórico familiar”, declara o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi. 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
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Viagem de férias: alertas para alergias ocultas e as de Verão

Especialista chama atenção para 3 alergias: alimentar, à ferroada de insetos e dermatites

 

Seja na estrada ou numa viagem de avião, é preciso que crianças, adultos e idosos tenham certos cuidados quando o assunto é alergia. “Sabe aqueles amendoins servidos durante o serviço de bordo de um avião? Eles podem desencadear uma alergia alimentar em pessoas sensibilizadas”, alerta o Dr. Clóvis Galvão, médico alergista e imunologista da USP. Isso porque o amendoim faz parte dos oito alimentos mais alergênicos – os demais são: leite, ovo, soja, trigo, castanhas, peixes e frutos do mar.

 

Mesmo quem nunca teve alergia a um alimento que sempre consumiu, pode vir a ter a alergia alimentar. O médico ressalta também que, durante as férias, o consumo de peixes e frutos do mar para quem decide viajar para praia também pode representar um perigo. “Sintomas cutâneos, gastrointestinais, respiratórios e cardiovasculares fazem parte dos sintomas da alergia alimentar. A anafilaxia é o pior desfecho, portanto, ao menor sinal de alergia é preciso buscar atendimento médico”.

 

Outra causa de alergia comum no Verão são as ferroadas de insetos. O médico chama atenção especialmente às formigas, vespas e abelhas, pois as reações alérgicas ao veneno destes insetos podem ser fatais. “Lesões que provocam coceira, mesmo fora do local da ferroada, além do inchaço de pálpebras, lábios e orelha, falta de ar e tosse indicam a necessidade de avaliação médica, pois são os sinais de uma possível anafilaxia”, explica Dr. Clóvis, que também é diretor da Clínica Croce centro de vacinação e infusão com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia, Reumatologia e Endocrinologia.

 

E além das alergias acima, é preciso ter atenção com os cosméticos como protetor solar, hidratantes, maquiagens etc, e com as tatuagens de henna (muito comuns no Verão). Esses produtos podem conter substâncias responsáveis por causar as dermatites de contato, caracterizadas por sintomas cutâneos como vermelhidão, descamação, bolhas, coceira intensa, sensação de queimadura.

 

“O recomendado é procurar produtos dermatologicamente testados e/ou com selo da Anvisa, guardá-los em lugar protegido de luz e calor e nunca compartilhar itens pessoais, como maquiagem. Chamo atenção para essas tatuagens de henna, pois elas podem conter substâncias causadoras de alergias, principalmente para as crianças. No caso de qualquer sintoma, é importante falar com um alergista e imunologista”, finaliza Dr. Clóvis. 



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