Enfermidade é a principal causa da morte de pacientes com HIV e pode ser identificada a partir do teste IGRA, um exame inovador que permite iniciar o tratamento precoce
Criado em 2017, o Dezembro Vermelho é uma campanha
nacional que visa conscientizar e estabelecer ações de combate à AIDS,
uma doença que se caracteriza pelo comprometimento do sistema imunológico e
todas as defesas do organismo contra infecções. De acordo com dados do
Ministério da Saúde, quase um milhão de pessoas convivem com a doença no
Brasil, número que acende o alerta para o risco de outras enfermidades como a
tuberculose, principal causa da morte dos portadores de HIV.
Altamente contagiosa, a tuberculose é uma doença
infecciosa que em estágios iniciais pode apresentar uma fase latente
(Tuberculose Infecção), ou seja, sem sintomas. Pessoas portadoras de HIV
apresentam quase 30 vezes mais chances desenvolver / reativar a tuberculose
quando comparado a outras que não possuem o vírus de imunodeficiência. No
Brasil, o índice da coinfecção tuberculose – HIV é de quase 10%, segundo o
Ministério da Saúde. Um cenário preocupante, que fez com que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) passasse a recomendar a busca sistemática de casos em
que a tuberculose ainda não manifestou sintomas, em todos os pacientes vivendo
com o HIV.
Atendendo a essa recomendação do órgão mundial,
recentemente o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a disponibilizar um exame
inovador aos portadores da imunodeficiência, conhecido como teste IGRA (ou
ensaio de liberação Interferon-gama), um dos mais precisos para identificar a
tuberculose infecção (ILTB), analisados e indicados, inclusive, pela OMS.
Atualmente, o teste é indicado principalmente para pessoas que compõe o chamado
grupo de risco da tuberculose, como portadores de HIV positivo, pessoas que
recebam tratamento anti-TNF-alfa (medicamentos que impedem a circulação do
TNF-Alfa, uma proteína que quando produzida de forma desregulada pode agravar
algumas doenças auto-imunes) ou imunossupressores.
De acordo com Raphael Oliveira, Gerente de
Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, trata-se de
um exame simples e rápido, realizado com uma pequena amostra de sangue e requer
apenas uma visita ao médico. “Este teste é muito menos afetado pelo
imunocomprometimento do paciente em comparação ao teste tuberculínico e
apresenta resultado seguro, com a precisão de testes laboratoriais. Para os
grupos de risco como os portadores de HIV, um diagnóstico breve e correto pode ajudar
a salvar muitas vidas”, esclarece o executivo da multinacional alemã, que entre
suas soluções apresenta o QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado o exame
referência mais utilizado no mundo e agora disponível no sistema público de
saúde brasileiro.
Adquirida pelo ar, por bactérias espalhadas durante
um espirro, tosse ou fala, a tuberculose é uma doença séria e requer atenção.
Passada a fase latente, o paciente pode apresentar sintomas como tosse crônica,
febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna. Quanto
antes diagnosticada, mais breve e menos agressivo será o tratamento.
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