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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Setembro Vermelho: 8 perguntas e respostas sobre infarto

No mês de conscientização e prevenção das doenças cardiovasculares, o cardiologista Dr. Caio Henrique responde às principais dúvidas sobre o assunto

 

Chamado "Setembro Vermelho", este mês é marcado por uma série de campanhas de prevenção e conscientização a respeito das doenças cardiovasculares. A cada minuto, uma pessoa é vítima de uma condição cardíaca, a primeira causa de morte em todo o mundo. No Brasil, os números chegam a 350 mil mortes por ano. 

Por isso, cuidados com os níveis de colesterol, com a hipertensão, níveis de estresse, glicemia e até sobrepeso são essenciais para controlar e evitar as doenças cardíacas, garantido a saúde cardiovascular. 

Pensando nisso, o Dr. Caio Henrique, cardiologista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, responde às principais dúvidas sobre os infartos. Veja abaixo:

 

1.O que são infartos? 

"O infarto é uma lesão no músculo do coração causada por uma diminuição do suprimento de oxigênio para as células", explica.

 

2.Quais são os tipos de infarto?

Atualmente, tem-se conhecimento de 5 tipos de infarto: 

  • Tipo 1: quando ocorre a ruptura da placa de gordura no interior da artéria.
  • Tipo 2: quando ocorre um desequilíbrio entre a quantidade de oxigênio que o coração precisa e a que realmente chega ao órgão, sem relação com a ruptura da placa de gordura.
  • Tipo 3: associado a morte súbita.
  • Tipo 4: associado ao procedimento de angioplastia pela hemodinâmica.
  • Tipo 5: associado à cirurgia cardíaca.

 

3.Qual a diferença entre infarto e ataque cardíaco?

"Ataque cardíaco é o termo mais popular para a denominação médica 'infarto agudo do miocárdio'", esclarece o Dr. Caio.

 

4.Quais os principais fatores de risco para o infarto?

Dentre os principais fatores de risco, temos a hipertensão, o diabetes, alterações do colesterol, tabagismo e histórico familiar.

 

5.Quais são os principais sintomas do infarto?

"Os sintomas possíveis do infarto são dor no peito, falta de ar, suor frio, palidez, náuseas, vômitos, tontura e desmaio", explica o especialista.

 

6.Como agir diante de uma suspeita de infarto?

Na suspeita de um infarto, a orientação é buscar imediatamente atendimento médico de emergência.

 

7.Qual o tratamento para infarto?

O tratamento dos pacientes de infarto é feito com medicamentos específicos - que variam caso a caso -, e muitos precisam também fazer um procedimento chamado angioplastia com colocação de stent via cateterismo cardíaco para recobrarem a saúde.

 

8.Como se proteger de um infarto?

"A proteção do infarto é feita com o tratamento adequado dos fatores de risco como hipertensão e diabetes, por exemplo", explica. "Além disso, a manutenção de um estilo de vida saudável faz parte da prevenção."

 

DR. CAIO HENRIQUE TORRES SOUSA - CARDIOLOGISTA E ARRITMOLOGISTA

CRM-SP 171474 / RQE 82939


Cinco mentiras sobre Esclerose Múltipla

A falta de conhecimento sobre a doença, dificulta o tratamento e a qualidade de vida de muitas pessoas

 

Ser diagnosticado com uma doença, seja ela qual for, nunca é algo fácil de lidar. São tantas dúvidas, medos e incertezas que muitos pacientes acabam interpretando de forma errônea um diagnóstico como o da Esclerose Múltipla.

Embora tenha em seu nome a palavra “Esclerose”, a doença está além deste significado, isso por que a EM não é demência e nem uma doença de idosos.  A EM é autoimune e afeta em sua maioria pacientes jovens, de 20 a 40 anos, principalmente mulheres. Estima-se que existam mais de 40.000 brasileiros com este diagnóstico, um número ainda subestimado.

Existem três tipos de manifestação da doença, a remitente-recorrente, primariamente progressiva e secundariamente progressiva. Muitas pessoas demoram a procurar um especialista para diagnosticar a doença, já que em muitos casos, os sintomas se confundem com outros problemas de saúde e como em cerca de 85% dos casos, se inicia na forma de surtos, muitos acabam deixando de lado a investigação após o surto.

A causa da Esclerose Múltipla é desconhecida, porém sabe-se que há uma interação entre fatores genéticos e ambientais (como valores baixos de vitamina D, infecção pelo vírus Epstein-Barr, tabagismo e obesidade). Os locais afetados pela doença são o cérebro, a medula espinhal e o nervo óptico. Existem dois mecanismos que explicam a o funcionamento da doença. Um é o inflamatório/desmielinizante (lesões inflamatórias e perda da bainha de mielina. Um material adiposo que reveste nossos neurônios, o que afeta a condução normal de mensagens elétricas) e o outro é degenerativo (perda da própria “fibra nervosa” ou axônio, que é o prolongamento do neurônio, ou mesmo do próprio neurônio como um todo).

Existem diversas dúvidas sobre os indícios da doença em uma pessoa e muitos mitos que permeiam os recém diagnosticados. De acordo com o neurologista especialista em Esclerose Múltipla, o Dr. Mateus Boaventura, as principais perguntas são sobre invalidez, tempo de vida, dificuldades para ter filhos, hereditariedade, entre outras. Por essa razão, o profissional elencou as principais dúvidas acerca da doença.


Vou ficar inválida?

Não. O paciente pode ter uma vida totalmente ativa e produtiva, mesmo com esclerose múltipla. A doença não é atestado de óbito ou de invalidez. Embora não possua cura, a doença tem tratamento controle para ser silenciada. Pelo fato de se manifestar por meio de surtos, é possível que algumas sequelas oriundas do surto permaneçam, como problemas de força ou visão. Por isso é extremamente importante procurar um especialista no primeiro sinal da doença, controlar e tratar.  É completamente possível viver com qualidade de vida e com a doença controlada.


Vou morrer cedo?

Felizmente, quando tratado precocemente e corretamente, a expectativa de vida não é tão diferente da população geral. Outro conceito é que “não se morre pela doença em si”. A Esclerose afeta o sistema nervoso central. As fibras nervosas das células do sistema nervoso estão revestidas por uma bainha chamada mielina, que estimula a comunicação entre o cérebro e corpo.  A esclerose múltipla  destrói a mielina , prejudicando essa comunicação. A doença causa um processo inflamatório responsável pelos surtos,  lesionando as próprias células nervosas, porém, nenhuma das sequelas tem efeito degenerativo ou compromete o funcionamento de algum órgão vital. O que pode ocorrer em pacientes com grandes sequelas e sem mobilidade, são maiores chances de outras doenças como infecções e trombose.


Não vou poder ter filhos?

A esclerose múltipla não afeta a fertilidade. Quando bem planejada e em momentos de controle da doença é completamente possível ter filhos. O Dr Mateus Boaventura relata que teve vários casos de gravidez e conversa sobre este desejo desde a primeira consulta, estimulando que as pacientes concretizem o sonho de ser mãe.


Meus familiares vão ter também?

EM não é uma doença hereditária. O que se sabe é que existe um grau de predisposição genética. Cerca de 2 a 5% dos filhos de pacientes com EM podem desenvolver a doença. Ainda não se sabem as causas exatas do surgimento da doença, porém alguns estudos apontam que existem mais de 200 genes envolvidos no surgimento da doença. Entretanto não existe um único gene suficiente e diretamente responsável pelo desenvolvimento da EM. O que se sabe é que um caso de EM na família pode aumentar a probabilidade de uma nova geração desenvolver a doença, posto que o fator genético é um entre tantas causas do surgimento da doença. 

 

Homens não tem Esclerose Múltipla

Mentira. Cerca de 30% dos diagnósticos são no sexo masculino. Muitos estudos epidemiológicos sugerem que a doença possa ser mais agressiva em homens, podendo evoluir mais frequentemente para formas progressivas. Não se sabe ao certo o porquê, mas fatores genéticos, hormonais, imunológicos e de proporção de tecido adiposo corporal poderiam explicar estas diferenças. Estes fatores levariam a uma maior prevalência em mulheres (por exemplo, influência hormonal em receptores e sinalizadores do sistema imunológico, promovendo autoimunidade), mas por outro poderiam levar a um pior prognóstico em homens (uma das teorias é que os níveis de estrógeno seriam protetores para a proteção neuronal, já após uma agressão). 

É possível sim, viver uma vida com saúde e longevidade com a Esclerose Múltipla. Porém, para isso é extremamente importante o diagnóstico precoce e um tratamento adequado. Dessa forma e com o que se sabe, é importante ficar atento com sintomas neurológicos novos em pessoas jovens, e que persistem por mais de 24 horas. O ideal é, além de procurar por médicos generalistas, visitar o neurologista para relatar todos os sintomas. Afinal, o diagnóstico e tratamento precoces serão decisivos na evolução da doença. 

 

Dr. Mateus Boaventura de Oliveira - Médico Neurologista do HC-FMUSP e Hospital Sirio Libanês. Realizou fellow clínico e pesquisa em Esclerose Múltipla em Barcelona -Cemcat- Hospital Vall d’Hebron. Possui título de especialista pela Academia Brasileira de Neurologia. Atualmente realiza pesquisas científicas e acompanha diversos pacientes com EM. O Dr. Mateus Boaventura ainda mantém canais dedicados à disseminação de informações sobre a EM e outras doenças neurológicas de maneira bastante didática.


É preciso ir ao banheiro todos os dias? Cirurgião do aparelho digestivo responde.

Quando se preocupar com a constipação intestinal


A constipação acomete milhões de brasileiros que pecam com uma deita de baixa quantidade de fibras, pouca ingestão de água e pouca atividade física. Ela é caracterizada quando o individuo passa três dias sem ir ao banheiro ou que sofre com dificuldade na saída das fezes, seja por ressecamento ou necessidade de esforço para evacuar. 

“O ideal é que todos evacuassem todos os dias, o normal é ir ao banheiro uma vez cada três dias e, no máximo, três vezes ao dia”, alerta o especialista. Para Rodrigo, o mais importante é a consistência das fezes que devem ser bem formadas e saírem sem dificuldade. Para que tudo isso aconteça, o tripé da saúde é bem importante: alimentação rica em fibras, hidratação e exercício físico. 

Para entender a importância da atividade física como aliada do intestino, o especialista conta que a cavidade intestinal é formada por músculos, por isso que os exercícios conseguem estimular a região e melhorar o processamento dos alimentos ingeridos. Rodrigo lembra ainda não adianta consumir isso tudo sem ingerir água e não está na conta os líquidos no geral, que é importantíssima, sem a, o intestino não consegue deixar as fezes pastosas, transformando-as em bolinhas duras e muito difíceis de serem eliminadas -- o que pode ainda piorar a situação.

 

Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP.


Fisioterapeuta explica como o celular pode afetar a saúde da coluna

A cabeça pesa em torno de 5 quilos e quando fazemos a flexão do pescoço, este peso pode chegar até 25 quilos devido a esta inclinação

 

Há tempos que o celular deixou de ser apenas um telefone e passou a ser uma ferramenta quase que indispensável para a maioria das pessoas, desde o uso laboral até para o entretenimento. O uso excessivo e de forma inadequada pode trazer problemas para a saúde e especialmente para a coluna cervical (região do pescoço). 

Segundo Cássia Xavier Santos, fisioterapia e coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Santa Marcelina, o uso contínuo leva a sobrecarga das estruturas articulares, por isso, é importante fazer intervalos de 10 minutos a cada 40 ou 50 minutos de uso, para relaxar e alongar a musculatura. “Sempre que possível, usar um apoio para os braços e trazer o celular na altura dos olhos evitando a inclinação do pescoço para frente. A prática de exercícios auxilia na manutenção da força muscular e na mobilidade das articulações fazendo com que os músculos protejam a região acometida. Sem dúvida, o uso desses equipamentos na atualidade é fundamental, porém saber utilizar com moderação pode evitar transtornos indesejáveis”, explica. 

A cabeça pesa em torno de 5 quilos e quando fazemos a flexão do pescoço, este peso pode chegar até 25 quilos devido a esta inclinação. Mas, de acordo com a especialista, essa carga faz com que haja uma pressão maior em estruturas importantes da coluna vertebral, como os discos intervertebrais e uma pressão maior sobre as vértebras, o que pode trazer desde um desconforto na região do pescoço até desgastes dos discos e de outras estruturas, podendo levar a um longo prazo, processos degenerativos (artrose), hérnias de disco entre outras complicações. “Estas lesões podem acarretar dores na região da coluna vertebral, cefaleias de tensão, cervicobraquialgias (dores irradiadas para os membros superiores). Sem dúvida alguma, o pescoço é bastante comprometido com o uso excessivo e inadequado do celular, porém a coluna lombar pode ser afetada pela má postura. Sobretudo, devemos ficar atentos em outras lesões que podem ocorrer nos ombros, punhos e mãos, além de ser prejudicial ao sono. Diante de todas as possíveis complicações que estamos expostos, nos resta agir de forma preventiva”, finaliza.

 

Faculdade Santa Marcelina


Quer engravidar e não consegue? Obstetra orienta sobre hábitos que podem favorecer as tentantes

Foto de Nataliya Vaitkevich
A Dra. Carolina Curci, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, destaca que uma vida mais ativa pode favorecer o processo para engravidar

 

Sonhar e planejar uma gravidez, faz parte da vida de milhares de casais. É um momento esperado e cheio de expectativas, mas embora pareça um assunto comum, existem muitas desinformações que podem frustrar os sonhos de uma nova família.

Para a Dra. Carolina Curci, ginecologista e obstetra, também especialista em reprodução humana, o processo começa de dentro para fora. “É preciso se atentar e mudar hábitos para que o corpo se torne saudável e esteja pronto para essa nova fase”, comenta.

A profissional listou os dois primeiros passos fundamentais que podem favorecer as tentativas de gestação. São eles:


- Alimentação - deve ser levada a sério, os alimentos ajudam no processo da gravidez, como também garantem boa saúde ao bebê e a mãe. Os vegetais, legumes, cereais e frutas devem fazer parte da rotina diária. Alimentos como bebidas com cafeína, ultra processados, alimentos com muito açúcar e carne vermelha em excesso, é importante ter cautela, pois eles podem acabar dificultando a gravidez.


- Exercícios físicos - Existem exercícios físicos que favorecem o processo das tentantes, desde que acompanhado e orientado por um profissional. E o mais importante, sem exagero! Os exercícios mais indicados são: treinamento funcional, pilates, hidroginástica, natação, caminhada, yoga e musculação. Conhecidos como atividades de baixo impacto. “É importante se movimentar, o sedentarismo traz inúmeros problemas físicos e sociais”.

A Dra. Carolina Curci, finaliza, ressaltando que ao decidir engravidar o primeiro e mais importante passo é consultar o ginecologista que acompanha a sua rotina. Ele pedirá uma série de exames, entre eles a reserva ovariana, que informa sobre a quantidade de óvulos disponíveis para a fertilização. “Precisamos ter em mente, que o nosso corpo é como um aquário que precisa de manutenção em diversos períodos, e a fase de tentantes é um ajuste para receber o bem maior que é a gestação. A ansiedade, os negativos podem frustrar, mas jamais desistir do sonho”.

 

Dra. Carolina Curci - atua com Ginecologia, Reprodução Humana e Obstetrícia, formada pela universidade de Marília no Conjunto Hospitalar Mandaqui, cursou Dermatologia Estética na ISMD e Reprodução Humana no Gera/UNIP. Suas especializações sempre foram voltadas a áreas relacionadas à saúde da mulher desde estética ao pré-natal. Hoje é diretora técnica da Clínica Curci, onde atende gestantes de 18 a 55 anos, mulheres tentantes e que buscam acompanhamento ginecológico.


Brasil passa a contar com registros próprios de trombose venosa

Atualmente, comunidade científica e médicos fazem uso de registros estrangeiros da enfermidade; iniciativa da SBTH e Unicamp, com apoio da Fapesp, deve acompanhar casos sob risco elevado ou já com o diagnóstico de doença em adultos com trombose venosa aguda, crianças hospitalizadas e pacientes com câncer ativo

 

Na semana em que o Brasil comemora o Bicentenário da Independência, a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH), o Hemocentro da Faculdade de Medicina da Universidade de Campinas (Unicamp) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) se uniram e anunciam o início oficial do Centro de Doenças Tromboembólicas (CDT) do Hemocentro da Unicamp. O CDT tem como missão estabelecer registros brasileiros de trombose venosa, os primeiros do gênero no País. 

“Atualmente, não dispomos de dados epidemiológicos robustos sobre trombose venosa na população brasileira e muitas das estratégias em relação à política pública são baseadas em dados ‘importados’ de outros países, que têm perfis étnicos e socioeconômicos diferentes. Além disso, com os registros brasileiros de trombose venosa, o País poderá conhecer o custo do tratamento desta doença, o que será um grande avanço sobre o melhor custo-benefício no Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma Joyce M. Annichino, médica hematologista, professora e coordenadora da área clínica e laboratorial de Doenças Tromboembólicas do Hemocentro da Unicamp, vice-presidente da SBTH e uma das especialistas porta-vozes do Dia Mundial de Trombose, no Brasil. 

Para a concretização do projeto, que conta com aportes da Fapesp e da Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp no montante de R 4 milhões ao longo de cinco anos, os três parceiros constituíram uma rede formada por 14 hospitais, instituições de ensino superior e profissionais de saúde de seis municípios paulistas, para desenvolver três grandes registros de trombose venosa, incluindo crianças hospitalizadas, pacientes com câncer e casos agudos da doença. A iniciativa também tem apoio das indústrias farmacêutica e de meias elásticas, de empresas de diagnóstico laboratorial em hemostasia e de uma startup em biomateriais. 

Inicialmente com abrangência no estado de São Paulo, nos municípios de Barretos, Botucatu, Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Paulo, com a observação de mais de 10 mil pacientes, estes parceiros ligados por meio do CDT promoverão o desenvolvimento e acompanhamento de três registros prospectivos observacionais de 1 mil pacientes com trombose venosa aguda, durante 24 meses, em nove hospitais de cinco cidades; 15 mil internações de crianças hospitalizadas sob risco de trombose venosa, ao longo de 12 meses, em dez centros hospitalares de seis municípios; e mil pacientes com câncer, uma condição com elevado risco de trombose venosa, durante um ano, em dez hospitais de seis cidades paulistas. 

Os centros hospitalares participantes do projeto inédito de registros observacionais de trombose venosa no Brasil são o Hospital das Clínicas-Unicamp, o Hemocentro-Unicamp, o CAISM-Unicamp, o Hospital da PUC-Campinas, o Hospital Dr. Domingos Boldrini, todos em Campinas; o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina-Unesp, em Botucatu; o Hospital de Base da Fundação da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto; o Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch-M‘Boi Mirim, o Hospital Municipal da Vila Santa Catarina, o Hospital Santa Marcelina de Itaquera, o Hospital das Clínicas-USP, o Hospital Universitário-Unifesp, todos eles na capital paulista; o Hospital de Amor, em Barretos; e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em Ribeirão Preto. 

Como parte de análise dos dados dos primeiros registros observacionais de trombose venosa no Brasil, o CDT em parceria com a Faculdade de Engenharia Química, utilizando análises de inteligência artificial, pretende desenvolver escores de predição de recorrência de trombose, de síndrome pós-trombótica (SPT) e óbito na trombose venosa profunda (TVP) aguda; escores de predição de tromboembolismo venoso (TEV) e óbito em pacientes com câncer; e escores de predição de TEV em crianças hospitalizadas. 

Segundo a professora-doutora Joyce M. Annichino, o CDT também constituirá um biobanco com amostras biológicas para estudos futuros sobre tromboses, atuará no desenvolvimento conjunto de aplicativos para conduta na TVP, promoverá cursos educacionais para população em geral e pacientes e, para profissionais da saúde, aportará um laboratório de controle de qualidade externa para hemostasia.

 

Sobre o Dia Mundial da Trombose

No dia 13 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor. No entanto, devemos estar em alerta para essa afecção todos os dias. Em âmbito global, a campanha desta efeméride é liderada pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (SITH) e, no Brasil, por entidades médicas, entre as quais se destaca a Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Para saber mais, acesse Link e também o site da SBTH: Link.


Setembro Amarelo: precauções e cuidados precisam ser redobrados depois de efeitos da pandemia

 Freepik
Psicólogo e psiquiatra explicam como a pandemia afetou a saúde mental das pessoas e ajudam a identificar possíveis sinais para ajudar uma pessoa com tendência suicida

 

A pandemia do novo coronavírus impactou e causou prejuízos não apenas nos sistemas de saúde e econômicos, mas, principalmente, provocou efeitos colaterais na saúde mental das pessoas. Não restam dúvidas de que o isolamento e o distanciamento social, adotados como medidas contra o vírus, foram essenciais para conter o avanço da doença em todo mundo. Contudo, eles deixaram sequelas. As pessoas perderam o contato físico umas com as outras, muitas se entregaram à solidão, com isso as taxas de ansiedade e de depressão no país aumentaram. 

E os dados não param por aí. Um estudo realizado pela Fiocruz, em 2022, destaca que na primeira onda da covid-19 os números de suicídio aumentaram em todo o país. De acordo com dados divulgados, em 2019, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano. Isso significa uma média de 38 suicídios por dia. 

No mês em que se promove a conscientização em torno do tema, o Setembro Amarelo, médicos e especialistas apontam como primordial esse olhar atento e cuidadoso para as sequelas psicológicas da pandemia do novo coronavírus.

 

Pós-pandemia 

O número de suicídios aumentou e isso é comum de acontecer em situações extremas, não só como pandemias, mas catástrofes naturais também. A decorrência do próprio isolamento social agrava muito as doenças mentais, porque as pessoas às vezes deixam de procurar os seus médicos e fazer um tratamento que vinha sendo feito ou então deprimem e não buscam tratamento. Além disso, a pandemia em si, os problemas econômicos, as mortes nas famílias, tudo isso é um caldo para os sintomas depressivos e com mais depressão, mais probabilidade de suicídio”, explica Frederico Dib, psiquiatra do Hospital São Francisco, de Brasília. 

Para Fernando Machado, psicólogo do Hospital Anchieta de Brasília, além dos efeitos colaterais da pandemia em si, um fator é determinante nesse processo: a volta à realidade da vida. “Voltar à vida real não é tão simples e nem tão fácil, exige um esforço de cada um. E como sei que estou pronto para fazer esse esforço novamente? Será que estou pronto para lidar com o mundo novamente? São perguntas como essas que fazemos nesse retorno", detalha o profissional. 

De acordo com Fernando, a resposta para elas está no equilíbrio, no respeito ao tempo e ao corpo de cada um. "Cuidar desse processo de pós-pandemia significa voltar aos poucos, voltar à rotina, respeitar a sua saúde mental, respeitar o seu tempo, respeitar o seu movimento", comenta. "É importante ter cuidado com a autocobrança e focar aos poucos no agora, sentir o presente e cuidar da qualidade de vida e da saúde mental para aos poucos ir voltando à normalidade", conclui.
 

Sinais para buscar ajuda 

Conscientizar e prevenir contra o suicídio são tarefas de todos e que não devem ficar restritas ao mês de setembro. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda. O psicólogo Fernando explica que podem existir vários sinais de que uma pessoa quer tirar a própria vida. “Não que seja uma regra absoluta, mas às vezes alguém fala que "do nada" uma pessoa cometeu um suicídio, e a gente sempre fala que não existe "do nada". Podem existir alguns pensamentos, alguns comportamentos e alguns sinais sim que a pessoa pode vir a cometer o suicídio. Assim como não é uma regra, também pode acontecer atos impulsivos. Mas existem alguns sinais, de fala e de comportamento. As pessoas às vezes se abrem para um amigo, que está tudo muito difícil, que ela se sente um fardo, um peso na vida, e às vezes passam uma autoimagem negativa, como de um perdedor, que a vida não faz sentido, que o mundo estaria melhor sem ela. Então, é prestar atenção em algumas falas e ao social que essas pessoas acabam buscando”, afirma. 

Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente. 

“É importante nesse momento pós-pandêmico, que deixa sequelas sociais e econômicas, buscar ajuda. Muitas famílias foram fraturadas ao longo desta pandemia e isso pode provocar um quadro depressivo. A primeira coisa é perceber isso e ir buscar ajuda, porque hoje os tratamentos são eficazes, tanto psicoterapêuticos quanto farmacológicos. A pessoa precisa entender também que não precisa passar por algo tão complexo e difícil sozinha, quanto antes ela buscar ajuda melhor”, finaliza o psiquiatra Frederico Dib.


Depressão é considerada fator de risco para doenças cardiovasculares em mulheres, aponta artigo

Mulheres com depressão tem 30 a 50% mais chances de ter doenças cardiovasculares



A depressão é considerada fator de risco para as doenças cardiovasculares (DCV) em mulheres, indica o artigo Depression and Cardiovascular Disease in Women, do International Journal of Cardiovascular Sciences (IJCS), publicado na edição de julho/agosto do periódico da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O artigo, assinado pela médica Maria Alayde Mendonça Rivera, revela em seu conteúdo dados alarmantes. O risco de doenças cardiovasculares em mulheres com um diagnóstico de depressão ao longo da vida é entre 30% e 50% maior do que em homens, especialmente entre os jovens.

Estudos indicam que alterações hormonais, como a transição menopausal, têm sido associadas com maior risco para o primeiro episódio depressivo. Além disso, a depressão em mulheres na perimenopausa foi associada a uma maior frequência de uma história de transtorno de humor.

O estudo demonstra que evidências científicas indicam a presença de biomarcadores comuns entre depressão e as doenças cardiovasculares. Estes, por sua vez, determinam um pior prognóstico para pacientes com ambas as condições, especialmente entre as mulheres.

Considerando que a depressão é mais prevalente no sexo feminino e que, mulheres deprimidas são mais propensas a terem problemas cardiovasculares do que os homens, um rastreamento sistemático para depressão e seu adequado tratamento em mulheres com suspeita ou confirmação de doenças cardiovasculares é fundamental.

Ainda que não existam estudos clínicos desenhados para avaliar o impacto do tratamento antidepressivo sobre os desfechos cardiovasculares no sexo feminino, o artigo foi citado pela recente Diretriz da Sociedade Interamericana de Cardiologia (SIAC) de doenças cardiovasculares em mulheres, que recomendou a avaliação de rastreamento de depressão em todas as mulheres com sintomas cardiológicos.

A conclusão do documento é que o grau de doença e o prognóstico são mais graves quando a depressão e as DCV estão presentes que quando diagnosticadas isoladamente. Em pacientes com doenças cardiovasculares agudas ou crônicas, especialmente em mulheres, um rastreamento sistemático para depressão deve ser considerado como uma estratégia preventiva de DCV, visando reduzir o risco de eventos futuros. Além disso, ensaios clínicos randomizados para investigar o impacto do tratamento da depressão no desfechos cardiovasculares em homens e mulheres com DCV são urgentemente necessários.

De forma geral, a prevalência de depressão varia de 1% a 17% em diferentes regiões geográficas e sua incidência é 70% maior nas mulheres do que nos homens. Hoje, a doença afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo e duas vezes mais o sexo feminino no intervalo entre a adolescência e à idade adulta. Além desse início precoce, a depressão na mulher tende a ser mais grave.

As doenças cardiovasculares (DCV) e a depressão são doenças crônicas que têm grande impacto sobre morbidade e mortalidade cardiovascular, com evidência de uma relação de mão dupla entre elas, ou seja, a doença mental pode ser um preditor de DCV e o contrário também.

CUIDADOS E ESTILO DE VIDA AJUDAM A TER UM CORAÇÃO SAUDÁVEL

Pequenas atitudes e movimentos no dia a dia

podem fazer diferença na saúde e prevenir surpresas desagradáveis.

 

Doenças cardiovasculares como infarto, insuficiência cardíaca, problemas valvulares, acidente vascular cerebral, distúrbios do ritmo do coração e doença arterial periférica são a principal causa de morte no mundo. Os sintomas mais frequentes costumam ser dor no peito, formigamento nos braços e suor frio, por exemplo, mas outros indicadores que podem passar desapercebidos pelos pacientes, especialmente quando o quadro é inicial. 

Para o Dr. Fernando Reis Menezes, cardiologista da unidade Morumbi do Hospital Leforte, “a primeira manifestação de doença cardiovascular pode ser o infarto agudo do miocárdio. Nesses casos, a maioria dos óbitos ocorre nas primeiras horas de manifestação da doença, sendo 40% a 65% na primeira hora, e 80% nas primeiras 24 horas. Devido a essa evolução rápida e súbita, a ausência de sintomas não é o suficiente para determinar saúde cardiovascular”. 

Por esse motivo, a saúde cardiovascular envolve principalmente o controle de fatores de risco para doença ateromatosa (placas de gorduras nas artérias que obstruem o fluxo e podem causar infarto). Envolve o controle dos níveis de colesterol, triglicérides, hipertensão arterial e diabetes, além do combate à obesidade e sedentarismo, cessação do tabagismo, ações para evitar o estresse crônico e uma análise do histórico de predisposição familiar. 

“A detecção precoce e correção desses fatores podem atenuar ou evitar um evento cardiovascular. Ao contrário de quando falamos de quadros onde a doença já está instalada e apresenta sintomas mais evidentes, como dor no peito, falta de ar, desmaios, palpitação, fadiga, cansaço aos mínimos esforços, inchaço de pernas e mãos”, ressalta do Dr. Fernando. 

Quando o coração de um indivíduo não consegue bombear o sangue necessário para todas as partes do corpo, ele sofre de insuficiência cardíaca. A falta de ar é o principal motivo que leva os pacientes a procurar atendimento médico. 

Independente do quadro de cada paciente, no entanto, a prevenção a estes fatores de risco é fundamental, com uma consulta frequente ao médico e a realização de exames periódicos. Quando for o caso, o especialista pode indicar uma reeducação alimentar e oferecer orientações que levem o indivíduo a ter um estilo de vida mais saudável, com atividade física e mudança de pequenos hábitos, que aliviem o stress. 

“É importante lembrar que a atividade física em pacientes portadores de alguma doença cardiovascular grave sempre deve ser supervisionada por equipe multiprofissional, que envolve não só o cardiologista, mas também especialistas em reabilitação cardíaca”, destaca o especialista do Leforte Morumbi. 

De acordo com o Dr. Fernando, essa rotina saudável e o acompanhamento médico são fundamentais para maior longevidade, com qualidade de vida. “São essas atitudes, a atenção aos sintomas e a prevenção de eventos por meio de exames de rotina que vão nos garantir um envelhecimento saudável, sem contratempos”, conclui o Dr. Fernando.

 

Diretor da Ticket dá dicas para uma alimentação saudável sem gastar muito dinheiro

Planejar as compras e optar por vegetais da época são algumas das recomendações

 

Manter uma alimentação saudável costuma ser sinônimo de gastos elevados em compras nos supermercados. Mas, segundo Jean Castro, Diretor de Rede de Estabelecimentos da Ticket, marca da Edenred Brasil de benefícios ao trabalhador, é possível optar pelo consumo de alimentos benéficos à saúde sem ultrapassar os limites do orçamento. Segundo o executivo, alguns detalhes no momento da compra e do preparo da comida fazem diferença na parte financeira e tudo começa com um bom planejamento. “O consumidor precisa ter em mente o tipo de refeição que ele quer preparar para se alimentar em casa e as quantidades exatas, para evitar o desperdício, por exemplo”, comenta.

Confira algumas dicas de Jean para garantir escolhas saudáveis sem gastar muito dinheiro.


Planeje as refeições

O planejamento prévio das refeições é fundamental para reduzir os gastos com comida. Faça um plano dos pratos da semana e, em função dela, a lista de compras dos ingredientes necessários. Avalie o que já tem em casa e compre apenas o que será utilizado. Manter-se fiel à lista de compras também vai ajudá-lo a não comprar produtos dispensáveis. Não compre mais produtos perecíveis do que aqueles que pretende utilizar.


Não vá às compras com fome

Se estiver com fome ao ir no supermercado, provavelmente você comprará itens por impulso e é possível que isso o leve para as opções menos saudáveis, como bolos, doces, bolachas ou outras comidas processadas. Você não só vai gastar mais dinheiro como vai gastá-lo em alimentos pouco nutritivos.


Ao preparar as refeições em casa, administre o desperdício

Ao preparar a própria comida, você tem mais controle sobre os ingredientes que utiliza e sobre as quantidades que ingere. Dessa forma, consegue garantir o equilíbrio das refeições para você e sua família. Quando houver sobras, tente reaproveitá-las em outras refeições. Isso irá permitir-lhe rentabilizar ainda mais o valor que gastou.


Foque-se em escolhas mais saudáveis

Optar por alimentos saudáveis é válido quando se vai às compras e, também, no consumo de refeições fora do lar. Evite alimentos menos nutritivos, como bolachas, batatas fritas, salgados, refeições pré-confeccionadas (pizzas, lasanhas, hambúrgueres) ou outros alimentos processados, ricos em sal, açúcar ou gorduras saturadas. Estes produtos são compostos por ingredientes pouco saudáveis que devem ser evitados.

Privilegie frutas, legumes, leguminosas, frutos secos e sementes, alimentos integrais, sem açúcares adicionados e ricos em proteína. Em relação às bebidas, opte pela água em detrimento dos refrigerantes.


Experimente outras fontes de proteína

Alimentos ricos em proteína são uma importante fonte de energia para o corpo e o cérebro. Muitas vezes associamos a proteína apenas à carne e ao peixe, mas existem outros alimentos ricos no nutriente com um custo mais baixo. Algumas proteínas de origem vegetal, como a soja, tofu e lentilhas, são igualmente nutritivas, fáceis de preparar e, muitas vezes, mais acessíveis financeiramente.


Compre produtos sazonais

Comprar produtos da época não é apenas mais barato, mas também significa consumir alimentos mais frescos, saborosos e nutritivos. Isso é muito mais positivo para o regime alimentar do que consumir alimentos fora de época, que geralmente não são produzidos por produtores locais e, por isso, percorrem distâncias maiores até chegarem nos supermercados. 

Se tiver oportunidade, faça a sua própria produção em pequenas hortas. Mesmo em um espaço limitado, como uma varanda, é possível ter alguns vasos para o plantio de frutas ou legumes, como tomate, cebola, alho, ervas aromáticas, morangos e outros. Comprar sementes para plantar é bastante acessível e a médio e longo prazos a iniciativa resultará em economia, além de assegurar a qualidade daquilo que está sendo consumido.

“Ter uma alimentação saudável e equilibrada é um elemento-chave para promover a saúde e bem-estar. E as opções mais saudáveis não são necessariamente mais caras. Ao considerar estas dicas, é possível conseguir ter um regime alimentar mais rico e nutritivo dentro do orçamento”, finaliza o Diretor de Rede.

 


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Precisa levar medicamentos no avião? Confira 6 cuidados para que não haja problemas em sua viagem

Médica do Grupo Med+, empresa líder em serviços de urgência e emergência aeroportuária no Brasil, indica como transportar medicamentos em viagens aéreas para que a passagem pelo aeroporto e o trajeto sejam seguros e tranquilos 

 

 

Ao preparar a bagagem para uma viagem de avião, além das roupas, acessórios e sapatos, colocamos na bagagem de mão aqueles itens pessoais que serão utilizados durante o voo. É o caso de medicamentos, que devem estar acessíveis por precaução ou até pela necessidade de dar continuidade a um tratamento habitual. Porém, para transportar esses itens sem gerar problemas durante a viagem ou até mesmo no aeroporto, é preciso estar atento a alguns cuidados e normas sanitárias. 

Para auxiliar os viajantes de plantão, a doutora Moana Barbosa, médica do Grupo Med+ no Aeroporto Internacional de Recife, traz dicas importantes aos passageiros que precisam fazer uso de medicamentos a bordo. 


 

1. Medicamentos habituais: apesar de as aeronaves terem equipamentos e kits de urgência a bordo para situações graves, o passageiro deve levar consigo, na bagagem de mão, os medicamentos que precisa tomar habitualmente. “Tenha em embalagem plástica vedada os medicamentos que precisará tomar durante o voo, pois os equipamentos e kits de socorro disponíveis nas aeronaves são lacrados e usados, exclusivamente, por médicos a bordo em situações especiais. Além disso, esses kits não compõem todos os tipos de medicamentos”, ressalta a médica. 


 

2. Situações especiais: algumas situações de saúde precisam de atenção especial como no caso de diabéticos, epiléticos, dependentes de oxigênio que precisam de medicação e suporte específico. Quem faz uso de insulina, por exemplo, pode acondicionar o item em bolsa térmica na geladeira do avião com a devida identificação. Existem particularidades nas normas de aeroportos e uma delas indica que os passageiros não devem estar em posse de objetos cortantes, como agulhas, facas e alicates de unha. Seringas, medicações controladas e oxigênio podem ser liberados a bordo sob notificação prévia e respeitando as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “Oriento ligar 78h antes da viagem para a companhia aérea para mais informações, pois o oxigênio precisa ser autorizado com, no mínimo, 72h de antecedência, e algumas empresas liberam porte de bagagem de mão específica para esses casos”, exemplifica Moana.


 

3. Receita médica: para que o passageiro transporte a bordo determinadas medicações, precisa estar em posse da receita médica com posologia compatível com a quantidade que carrega e, em casos especiais, com o laudo médico que justifique o seu uso. A receita pode ser manual ou digital e é necessária tanto para medicações despachadas, quanto para bagagem de mão.


 

4. Quantidade:  para diabéticos e pacientes com medicações especiais, a orientação é levar o dobro de insumos necessários para a viagem, evitando contratempos. É necessário que a quantidade em posse esteja de acordo com o que está descrito na receita médica ou no laudo. “Mesmo medicamentos de uso regular precisam estar acompanhados de receita médica e em quantidade compatível com estadia ou duração da viagem. Para medicamentos líquidos, fica liberado em bagagem de mão 100 ml, devendo estar em embalagem original. Volumes maiores passam por inspeção e precisam estar bem justificados em receita ou laudo e compatíveis com tempo de voos, incluindo escalas. E medicações fitoterápicas e manipuladas passam por inspeção diferenciada”, explica a profissional.


 

5. Cartão, Pulseira ou Colar de Identificação: é muito importante que os passageiros com alguma ou condição especial carreguem um tipo de identificação, por exemplo, cartão de necessidades especiais, pulseira médica ou colar de doenças ocultas, com orientações de primeiros socorros, CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) da doença, medicações em uso, alergias e telefones importantes para o caso de emergência. Além disso, é ideal avisar a empresa aérea e a quem esteja lhe acompanhando sobre a existência de condições de saúde e remédios que precisa em situações especiais. “Existem dois formulários médicos, o FREMEC e o MEDIF, para passageiros com problema de saúde e que necessitam de assistências especiais durante o voo. Indico pesquisar sobre eles durante a programação da viagem, assim como quais doenças se enquadram no uso do cartão de girassol que sinaliza a necessidade de suporte durante voos. São coisas simples e que podem fazer a diferença em uma situação de urgência. Essas informações serão cruciais para um atendimento rápido e efetivo do passageiro, caso haja necessidade”, alerta a médica.

 

6. Cuidado extra: o passageiro deve checar se há medicações proibidas no local de destino e ter atenção especial para os analgésicos. “Medicações muito utilizadas no Brasil podem ser proibidas nos Estados Unidos. O porte de alguns analgésicos mais fortes pode até resultar em cadeia na Turquia ou no Japão. Então, é importante fazer uma pesquisa ou ligar para a companhia aérea para tirar dúvidas antes de seguir viagem”, aconselha a doutora Moana Barbosa.

 

  

Grupo Med+

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Dia da Amazônia: como o meio ambiente afeta a saúde humana?

Rodrigo Salvetti, professor do curso de Biologia do CEUNSP, explica como as mudanças ambientais interferem na saúde humana e o que precisa ser feito  

 

Nesta segunda (05/09), comemora-se o Dia da Amazônia, a data tem o objetivo de trazer à tona a atenção da população para uma das maiores reservas naturais do planeta. E nos dias atuais, se faz cada vez mais necessário falar dessa preservação que vem sofrendo inúmeros impactos.

Essas causas e impactos ambientais vêm sendo pautas evidentes na atualidade. Diversas são as mudanças que estão acontecendo com os desmatamentos, devastação de biomas, secas e inundações alternadas, poluição atmosférica, crimes socioambientais, aquecimento global, mudanças climáticas e outros. Mas o que muitos não imaginam é que as mudanças ambientais no planeta podem afetar a saúde humana. 

Segundo Rodrigo Salvetti, professor do curso de Biologia do Centro Universitário N. Senhora do Patrocínio (CEUNSP), as mudanças climáticas estão alterando o modo como os eventos meteorológicos atuam sobre a superfície da Terra. “De maneira simplificada, o aumento de calor na atmosfera, causado pelo lançamento de poluentes, já está afetando os equilíbrios climáticos. Isso significa que as chuvas estão mais irregulares, que as ondas de calor e de frio estão mais intensas, e que existe potencial maior para eventos climáticos extremos, como tornados, furacões, chuvas torrenciais, dentre outros. Ou seja, a vida em geral, e não só dos seres humanos, é afetada por essa condição”. 

Salvetti reforça que essas mudanças afetam a saúde humana de várias maneiras. Com as ondas de calor, o ar mais quente e seco pode desencadear problemas cardíacos e respiratórios. A falta de umidade prejudica a lavoura e o gado, causando escassez alimentar, e os eventos climáticos exacerbados podem causar prejuízos materiais e humanos devido as enchentes, ventanias e deslizamentos de terra. 

“Vale ressaltar que a baixa umidade do ar pode desencadear problemas respiratórios pelo ressecamento das mucosas nasais. O próprio material particulado presente no ar tende a aumentar em períodos de seca, promovendo a proliferação de bactérias e vírus, e a inalação de partículas poluentes que são causadoras de doenças pulmonares. No frio extremo, abaixo de 10 graus, é possível termos doenças associadas a hipotermia, enquanto em temperaturas muito altas são comuns os casos de insolação, desidratação e até problemas cardíacos”, aponta o biólogo.

O docente ressalta ainda que, os impactos ambientais e o desenvolvimento da sociedade vêm refletindo no surgimento de novas doenças, assim como suas disseminações. “Esse avanço tem levado ao aumento expressivo das áreas urbanas e isso tem duas consequências principais: o acúmulo de pessoas em um único lugar gera uma demanda maior de recursos naturais, como água, comida e produtos em geral, além de produzir uma quantidade enorme de resíduos que precisam ser descartados, e a segunda, é que se as áreas urbanas crescem, consequentemente as áreas rurais e de proteção ambiental precisam ser desmatadas e transformadas em espaços urbanos. Esses fatores contribuem para uma maior pressão nos ecossistemas da Terra, que precisam fornecer cada vez mais recursos para o ser humano, provenientes de locais cada vez menores”. 

“O desmatamento e o uso de agrotóxicos fazem com que o homem tenha contato com animais, bactérias e vírus que estavam restritos a natureza e que agora estão cada vez mais próximos das áreas urbanas. Isso propicia o aumento de casos de doenças antes erradicadas ou então desconhecidas. Além disso, o aumento da temperatura média da Terra está causando o degelo das áreas polares, o que pode liberar microrganismos presos no gelo a milhares de anos nas águas e solos, cuja interação com o ser humano é desconhecida”, avalia Rodrigo. 

Por fim, o professor de Biologia do Ceunsp aponta que não tem mais como mudar o cenário dos impactos na sociedade, e que as mudanças climáticas são uma realidade incontornável. “Chegamos, infelizmente, em um ponto sem retorno. O que resta é minimizarmos ao máximo as mudanças climáticas, reduzindo a emissão de gases estufa e o desmatamento, recuperando áreas impactadas para tentarmos, de alguma forma, reduzir o consumo desenfreado de recursos. Não é fácil. Isso tudo passa por questões políticas, econômicas e, principalmente, culturais. É preciso tornar o modo de vida mais sustentável, descobrir e utilizar novas fontes de energia, substituir as formas de consumo por alternativas menos impactantes. É uma lição de casa para esta e as próximas gerações”, finaliza.



Ceunsp

https://www.ceunsp.edu.br/

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