Tão incrível quanto preocupante, é exatamente isso
que aponta o estudo da Universidade Newcastle, na Austrália, que mostra como os
microplásticos entram de variadas formas em nosso organismo. Além disso, indica
que o ser humano pode estar ingerindo, em média, cinco gramas destes
microplásticos por semana, o equivalente a comer um cartão de crédito a cada
sete dias.
A descoberta mostra que além dos danos ao meio
ambiente, o plástico também causa danos à nossa saúde. Portanto, a chamada pela
sustentabilidade nunca foi tão necessária.
É preciso acelerar urgentemente as formas de
reciclagem de materiais e, cada vez mais, mesmo com a complexidade da logística
reversa, desenvolver e buscar materiais de origem renováveis, como por exemplo,
produtos à base de polpa de madeira.
Já existem ótimas iniciativas no mundo. Na Suécia e
na Finlândia, berço mundial da indústria de papel e celulose já possível
encontrar excelentes ações para reaproveitamento de materiais não-renováveis e,
principalmente, como estão surgindo novos produtos com base renovável, evitando
o uso excessivo do plástico e o substituindo por produtos não nocivos ao meio
ambiente.
Sem querer acirrar a briga entre o plástico e o
papel, o objetivo aqui é propor uma reflexão sobre como essas duas indústrias
juntas podem melhorar o mundo. Os movimentos por lá são realmente motivadores
e, na prática, começam pelo consumidor, que está muito mais atento à origem dos
produtos que consome e o impacto que eles geram no nosso ambiente. É cultural e
essa é a chave para a mudança no nosso consumo.
No comércio da região, é possível observar uma boa
quantidade de produtos com características biodegradáveis ou ainda com a
preocupação da sua pegada de carbono deixada. Há várias iniciativas ligadas ao
bioplástico ou produtos com fibras renováveis da natureza e manejadas de forma
correta.
Algumas startups já estão com essa mentalidade e
criando inovações nesse segmento. Embalagens 100% biodegradáveis e resistentes
à umidade, calor e odor e o melhor: com preços competitivos, algo bastante
desafiador para essa categoria de produto.
Mudar a chave para esta questão pode nos ajudar a realizar melhores escolhas para o bem da humanidade. Saber optar por produtos compostáveis, reciclados ou biodegradáveis, aprender mais sobre cada um desses tipos de produtos, como podemos, individualmente, ter mais consciência sobre o impacto de nossas ações é um bom exercício para começar a fazer sua parte.
Rafael
Gibini - CEO da Melhoramentos, tem como principal missão redefinir a estratégia
de crescimento da companhia no mercado, além de abrir novas frentes de
negócios. É responsável por um time de mais de 500 profissionais
diretos/indiretos, além de unidades de negócios que envolvem indústria, editora
e áreas imobiliárias no Interior de SP e sul de Minas Gerais.
Melhoramentos
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