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segunda-feira, 28 de março de 2022

Entenda a doença Alopecia

  QUAIS SÃO OS TIPOS DE ALOPECIA EXISTENTES?  


Perder os cabelos pode ser paralisante. Por isso, pesquisadores, industriais e profissionais da saúde, diretamente envolvidos com o atendimento dos pacientes, devem estar sempre em busca de novas alternativas para o tratamento das alopecias.

 

 

Mas, afinal, o que seria esta nomenclatura tão assustadora para alguns e que ainda leva uma série de indivíduos aos consultórios ao redor do mundo? 

Conheça agora o seu conceito, descubra os tipos mais comuns desta patologia e aproveite também para ler outros artigos do nosso site quando terminar este. 

 

O que é a alopecia? 

Alopecia corresponde à redução da densidade capilar em um indivíduo. Ou seja, à perda de cabelo ou pelos em uma parte específica do corpo ou da cabeça, sendo esta última a região mais afetada na maioria dos casos. 

Em geral, quando o paciente busca auxílio de um profissional especializado, a alopecia só consegue se tornar perceptível à observação clínica quando é responsável por comprometer ao menos 25% a 30% da quantidade normal de cabelos que o sujeito possui. 

Dessa maneira, pode-se conjecturar que, ao menos, 1/4 dessa densidade total possa ter sido perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação dessa doença. 

 

Alopecias cicatriciais 

Você sabia que as alopecias podem ser classificadas, conforme a sua reversibilidade, em cicatriciais e não cicatriciais? 

Alopecias cicatriciais são aquelas em que a área acometida não apresenta folículos ou foram destruídos por processos inflamatórios ou agressões importantes, como tração excessiva, queimaduras e cortes. 

Elas costumam ser mais preocupantes e requerem urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível. Sim, isso mesmo que você leu. 

Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, resultando em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região acometida. 

Casos como estes são muito comuns, e este tipo de alopecia está relacionado a: 

– Lúpus eritematoso cutâneo; 

– Líquen plano pilar; 

– Foliculite decalvante;

 –  Alopecia fibrosante frontal.

  

Alopecias não cicatriciais

Alopecias do tipo não cicatricial podem ser acompanhadas de inflamações que são,normalmente, mais brandas. Dessa forma, isso não provoca danos permanentes a quem está lidando com este tipo de problema. 

Elas podem ser tratadas e, por esse motivo, permitem que o acometido mantenha seus cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximo a isso. 

Essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como: 

– Alopecia areata; 

– Eflúvios; 

– Alopecia androgenética. 

 

Você está sofrendo com a alopecia? 

Distúrbios capilares não representam ameaça direta à vida, embora possam ser sinal de uma doença mais séria, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo. 

Ainda assim, é importante ter em mente que eles afetam significativamente a qualidade de vida dos acometidos e, por isso, merecem nossa atenção. Portanto, se você está passando por este problema, busque já a ajuda de um especialista. 

Além disso, se você conhece alguém que também lida com isso, envie este artigo para que o indivíduo possa ter conhecimento.

   

Dr. Ademir C. Leite Jr. – CRM 92.693
https://www.instagram.com/drademircleitejr/?hl=pt-br
http://www.otricologista.com/


Dia Nacional da Saúde e Nutrição

Confira dicas de como ter uma vida mais saudável

 

O Dia Nacional da Saúde e Nutrição é comemorado no dia 31 de março e foi criado em 2004 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A data tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância da saúde e da boa alimentação.

Uma nutrição adequada reflete na qualidade de vida e no bem-estar de qualquer pessoa. A OMS recomenda que os governos formulem diretrizes nacionais sobre alimentação e nutrição, promovendo bons hábitos alimentares, boas condições de saúde e o progresso científico. 

Mas, individualmente, também devemos cuidar da nossa saúde no dia a dia. A data serve como um momento de reflexão e ponto de partida para adotarmos novos hábitos. Por isso, abaixo listamos algumas dicas para te ajudar a ter uma vida mais saudável:

 

  • Opte por uma alimentação natural e equilibrada

Boa parte de nossos problemas de saúde está relacionada à má alimentação. Para viver com mais qualidade, dê sempre preferência a alimentos frescos, integrais e pratos coloridos, que são capazes de oferecer vitaminas e minerais necessários para o nosso corpo. Consuma mais frutas, verduras e legumes no cotidiano, de preferência, orgânicos e naturais, que são livres de agrotóxicos. Evite alimentos processados, produtos industrializados, frituras, açúcares e sódio em excesso.

 

  • Beba bastante água diariamente

Aproximadamente dois terços de nosso corpo são compostos por água. Ela é fundamental para o transporte de nutrientes e oxigênio e auxilia na produção de energia. Além disso, ela ajuda a se sentir mais disposto e faz bem para a voz. Por isso, o consumo ideal para uma pessoa saudável fica entre 1,5 a 2 litros de água por dia.

 

  • Reduza ou evite o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro

O alcoolismo e o tabagismo são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer e diversas outras enfermidades, assim como complicações no pulmão, coração e fígado, em pessoas acima de 60 anos. O excesso de álcool e cigarro interfere na nutrição, já que os elementos presentes podem diminuir a defesa imunológica e, até mesmo, promover um aproveitamento nutricional dos alimentos menor. 

A redução do consumo de álcool e do cigarro melhora a saúde emocional, fortalece a função cardíaca e reduz o risco de doenças crônicas.

 

  • Faça exercícios físicos regulares

A atividade física, quando feita regularmente, ajuda a manter o corpo saudável e ajuda na prevenção de várias doenças. Além disso, controla a pressão arterial, aumenta a força muscular, melhora a qualidade do sono, controla o peso, melhora a qualidade da respiração, melhora a flexibilidade e aumenta a sensação de felicidade e bem-estar. 

Existem vários tipos de exercícios físicos para todos os gostos e que podem ser facilmente inseridos na rotina, então é só escolher o que mais agrada.

 

  • Durma pelo menos 8h por dia

O sono é o momento em que o organismo exerce suas principais funções restauradoras do corpo, como reparo de tecidos, crescimento muscular e síntese de proteínas. Esse é o momento de regular o metabolismo e repor as energias, o que é necessário para manter o corpo e a mente saudáveis. Dormir poucas horas pode aumentar o nível de estresse e promover falta de memória, atenção e concentração. 

Para que a pessoa acorde descansada e com bastante energia, o ideal são entre 6 a 8 horas de sono por dia. 

 

  • Faça exames preventivos e consulte sempre o seu médico

O acompanhamento preventivo da saúde é importante para o envelhecimento com qualidade e longevidade. É fundamental um check up anual capaz de identificar, prevenir e tratar doenças assintomáticas ou com leves sintomas, junto com médicos de confiança. 

Outra forma de prevenir doenças é por meio de testes genéticos, como o meuDNA Saúde, que identifica predisposição genética que pode aumentar o risco ao desenvolvimento de doenças, como câncer de mama, ovário, próstata, colorretal, pele (melanoma) e endométrio, além de doenças como triglicerídeos altos, colesterol alto, doença de Wilson, diabetes monogênica e deficiência de alfa-1-antitripsina. Com ele, é possível pensar em formas de melhorar a saúde e a rotina, antes mesmo de a doença se desenvolver. 

 

  • Dedique tempo para fazer o que gosta

Fazer o que gosta, dedicar tempo a hobbies, socializar, rir, namorar, conhecer novos lugares são algumas das coisas que liberam ocitocina, que é um hormônio que promove bons sentimentos para o corpo, porque reduz a tensão arterial e o estresse e ajuda a regular as emoções. A ocitocina é a chave para a felicidade, melhora a qualidade de vida e o bem-estar físico e emocional.

 


meuDNA Saúde


Chuvas impulsionam casos de dengue e leptospirose

Limpeza com água sanitária é trunfo contra proliferação de doenças

 

Em 2021, o estado do Rio de Janeiro contabilizou 2.879 casos de dengue, 58 registros de zika e 552 casos de chikungunya. Neste início de ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) já alertou para o aumento no número de casos de todas essas doenças -- além da leptospirose, em razão das enchentes. Na opinião do secretário Alexandre Chieppe, com ações aparentemente simples, a população pode reforçar a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e de tantas outras, como leptospirose, febre amarela urbana e variantes de covid-19. 

“Dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa confira todos os possíveis focos do mosquito na sua residência. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas vazias, lixeiras e bandejas de ar-condicionado, diz Chieppe -- ressaltando a importância de se higienizar todos esses recipientes regularmente para evitar que os mosquitos depositem suas larvas. 

Estudo conduzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Basta diluir 10 ml de água sanitária em um litro de água corrente e passar no chão e em superfícies que atraem moscas e mosquitos para acabar com todas as larvas depositadas em 24 horas, evitando sua propagação. 

Para João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, uma das maiores produtoras de hipoclorito de sódio no país, o uso da água sanitária é um importante trunfo na prevenção de doenças que se intensificam com as chuvas de verão -- com destaque para a leptospirose -- e deveria ser amplamente divulgado, principalmente em comunidades com alta densidade populacional -- em que um único mosquito pode fazer várias vítimas. 

“Essa solução de uma tampinha de água sanitária para um litro de água deveria ser utilizada constantemente na limpeza de cozinhas e banheiros, na rega de plantas (já que nessa proporção é inofensiva ao meio ambiente), bancadas, mesas de bar etc. É igualmente importante inspecionar tudo o que pode acumular água nesta época de chuvas intensas, como pneus velhos, terrenos baldios, superfícies desniveladas em quintais, e até piscinas com água parada e não tratada devidamente com cloro”, alerta Freitas. 

Com relação à dengue, dados da organização Médicos Sem Fronteira indicam quatro tipos diferentes da doença. Atualmente, todos circulam no Brasil. Os primeiros sintomas aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave, com febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações. Sinais clínicos que podem indicar dengue hemorrágica incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, desmaios, aumento de tamanho do fígado, sangramento na gengiva e no nariz, além de desconforto respiratório. Tão logo dois ou mais sintomas sejam identificados, e fundamental recorrer a um pronto-atendimento. 

 

Fonte: João César de Freitas - diretor comercial da Katrium Ind. Químicas 



Estudo avança no tratamento do câncer de próstata e amplia sobrevida em estágio metastático

Darolutamida, associada ao tratamento convencional, reduz em 32,5% o risco de morte de pacientes com a doença

 

Contemplando um dos principais desafios da comunidade científica, o Núcleo de Pesquisa Clínica do Hospital São Camilo de São Paulo participou de um estudo com o objetivo de testar um novo medicamento que possibilita o aumento da sobrevida de pacientes com câncer de próstata metastático.

A pesquisa Arasens, patrocinada pela Bayer e publicada no renomado periódico científico internacional New England Journal of Medicine, avaliou a associação da darolutamida, um potente inibidor de receptores androgênicos, ao tratamento convencional de quimioterapia e bloqueio hormonal.

Conforme o co-investigador e coordenador médico do Núcleo, Dr. Felipe Cruz, a substância é objeto de pesquisa há alguns anos. “Estudos anteriores já comprovaram sua eficácia no tratamento de pacientes que tiveram recidiva bioquímica. Agora, estamos animados com os bons resultados no estágio metastático.”

A análise primária foi realizada com 1.306 pacientes com câncer de próstata resistente à castração, sendo que, destes, 86,1% apresentavam metástase no momento do diagnóstico inicial. Segundo o especialista, o estudo revelou uma redução do risco de morte em 32,5% dos pacientes participantes.

Além disso, o medicamento foi associado a benefícios consistentes em relação aos desfechos secundários da doença. “Além de aumentar a sobrevida, a darolutamida melhorou o tempo até a progressão da doença, diminuiu a necessidade do uso de opioides e aumentou o tempo necessário para uso de outros tratamentos, sem ocasionar a piora da qualidade de vida dos pacientes”, destaca Dr. Felipe.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, a cada ano, sejam diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil. Considerado o segundo tipo mais comum entre os brasileiros (depois do câncer de pele não melanoma), a doença é a segunda principal causa de morte por câncer entre os homens, atrás apenas do câncer de pulmão.

O urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Álvaro Bosco explica que, quando o câncer de próstata é resistente à castração, a doença continua progredindo mesmo com a terapia padrão de privação hormonal.

“Uma vez que inserimos a darolutamida no tratamento do paciente com este quadro, ela age impedindo que o hormônio responsável por estimular as células do câncer de próstata seja recebido pelas células do tumor. Dessa forma, retardamos o seu avanço”, comemora.

Os pesquisadores ainda acrescentam que, durante o estudo, não foram registrados efeitos adversos adicionais àqueles que já são comuns no tratamento convencional.


 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Estudo constata maiores taxas de mortalidade em idosos com comprometimento cognitivo durante a pandemia

 

Os resultados de um novo estudo, liderado por pesquisadores da Geisel School of Medicine de Dartmouth e publicado no JAMA Neurology, mostram que taxas de mortalidade mais altas foram associadas à pandemia de Covid-19 entre idosos com comprometimento cognitivo -- especialmente em populações de minorias raciais, étnicas e os que vivem em asilos. 

Em 2020, a Covid-19 alterou abruptamente a prestação de cuidados de saúde e as operações diárias das instituições de longa permanência para idosos (Ilpis) nos EUA. 

"Quando você pensa em populações adultas que estão potencialmente em maior risco de maus resultados quando as coisas mudam drasticamente e abruptamente na área da saúde, os idosos com problemas cognitivos, como a doença de Alzheimer e demências relacionadas, estão no topo ou perto do topo da lista”, diz Lauren Gilstrap, professora assistente do Instituto Dartmouth para Políticas de Saúde e Práticas Clínicas e de Medicina na Escola de Medicina Geisel de Dartmouth, que atuou como principal autora do estudo. 

“Durante a pandemia, as taxas de mortalidade aumentaram na maioria, se não em todos os segmentos da sociedade -- sabíamos disso ao entrar no estudo”, continua ela. “Nossa principal questão era se o aumento da mortalidade entre essas populações mais vulneráveis ​​era proporcional ou desproporcional. 

Os pesquisadores descobriram que a mortalidade foi 24% maior entre indivíduos com déficits cognitivos em 2020, em comparação com 2019, e 14% maior para pessoas sem déficits cognitivos. Entre os residentes de casas de repouso com demência, a mortalidade foi 36% maior em 2020 em comparação com 2019, versus 25% maior para aqueles sem demência. 

Segundo Lauren Gilstrap, no geral, as descobertas também destacam que, como sistema de saúde, realmente temos que pensar nas pessoas com limitações cognitivas de maneira diferente e que são necessárias soluções mais criativas para atender melhor a esse segmento altamente vulnerável da sociedade.


 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Lauren Gilstrap et al, Trends in Mortality Rates Among Medicare Enrollees With Alzheimer Disease and Related Dementias Before and During the Early Phase of the COVID-19 Pandemic, JAMA Neurology (2022). DOI: 10.1001/jamaneurol.2022.0010


Dia da Nutrição: 5 dicas para uma alimentação saudável

Nutricionista cadastrada no GetNinjas elenca práticas para ter refeições mais balanceadas

 

No dia 31 de março é comemorado o Dia Nacional da Saúde e da Nutrição, data que enfatiza a relação entre longevidade e alimentação. Como a mudança de hábitos e a adoção de refeições saudáveis pode ser um grande desafio, sobretudo nas grandes cidades e com a correria do dia a dia a nutricionista Bárbara Ramires, que atende pelo GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do país, elencou cinco dicas que ajudam a implementar uma rotina mais saudável. Confira: 

  • Evite o consumo de fast food, comidas congeladas ou alimentos pré-prontos. “Essas comidas são altamente calóricas e gordurosas e não contém nenhum nutriente, nem vitaminas e tampouco minerais”, explica Bárbara; 
  • Reduza o consumo de sal, açúcar e de carnes processadas; 
  • Nem toda gordura é ruim. Produtos como azeite, óleo de coco e gordura de porco, por exemplo, são opções de gordura boa e ótimas para manter um bom funcionamento dos hormônios e das vitaminas lipossolúveis que são solúveis em gorduras; 
  • Não faça dietas sem acompanhamento. “Não existe a dieta ideal, mas aquela que melhor se adequa à realidade do seu organismo e àquilo que você busca”, orienta a nutricionista. Para não prejudicar a saúde, procure ajuda de um profissional. 
  • Inclua frutas, legumes, verduras, sementes e grãos na sua dieta diária. “Além destes alimentos serem bem mais baratos que os alimentos prontos ou congelados, eles possuem os nutrientes necessários para te ajudar a manter uma alimentação mais saudável e equilibrada”, afirma.  

Pseudotumor cerebral é mais incidente em mulheres jovens e adolescentes com excesso de peso

 Doença possui os mesmos indícios de um câncer no cérebro, mas não há tumor. Sintomas vão de dores de cabeça recorrentes a perda de visão 

 

A hipertensão intracraniana idiopática benigna, mais conhecida como pseudotumor cerebral, é uma doença que ocorre quando há uma maior pressão do sistema de líquidos de dentro do crânio, sem haver um tumor. O principal sintoma é a dor de cabeça frequente, podendo ocorrer náuseas e vômitos. A visão também pode ser afetada, podendo progredir para cegueira. A condição é muito frequente em adolescentes com excesso de peso e em mulheres jovens, atingindo uma taxa de 19 a 21 por 100 mil pessoas deste grupo. A principal condição associada à doença é a obesidade e uma das causas frequentes de pseudotumor cerebral é a trombose venosa cerebral, quando se forma um coágulo em uma veia do cérebro. Medicações como o excesso de vitamina A, tratamento com hormônio do crescimento (GH) e tetraciclina estão associadas à maior incidência da doença.  

Para monitorar o nível de pressão intracraniana, esses pacientes costumam realizar um método invasivo de punção medular que pode causar sequelas e dores permanentes na região lombar. A boa notícia é que uma tecnologia 100% brasileira e pioneira no monitoramento não invasivo de variações de volume/pressão intracraniana, a brain4care, pode auxiliar para que essas punções não sejam necessárias, a depender da situação, além de auxiliar no diagnóstico e decisão de conduta do neurologista.   

Uma pesquisa publicada no final de 2021 no periódico científico Surgical Neurology International realizou o monitoramento com a tecnologia brain4care em uma paciente de 7 anos com a doença e indicou que o método poderia reduzir a necessidade de abordagens invasivas, melhorando os resultados de saúde da paciente. De acordo com Gustavo Frigieri, diretor científico da brain4care e um dos autores do estudo, a expectativa é que essa tecnologia seja um novo sinal vital para a humanidade, se tornando tão comum como medir a pressão arterial nas triagens dos hospitais.   

Outro desfecho positivo se deu com uma adolescente de 17 anos. A jovem tinha uma vida comum até sentir dores de cabeça incapacitantes, chegando a sofrer perda de visão temporária. Após inúmeros procedimentos invasivos e diagnósticos anteriores equivocados de rinite e sinusite, ela foi diagnosticada com pseudotumor cerebral. A tecnologia brain4care foi essencial, em associação com outros exames, para que o neurocirurgião Fernando Gomes Pinto pudesse decidir pela cirurgia no cérebro para inserir uma válvula que drena o líquor dentro do crânio, diminuindo assim a pressão e devolvendo a qualidade de vida à paciente.  

Segundo a adolescente, o fato de não precisar da punção lombar para monitoramento do nível de hipertensão intracraniana já lhe trouxe grande alívio, pois as punções frequentes causaram sequelas e dores permanentes da região lombar. Ela continuará realizando os monitoramentos não invasivos, o que antes do sensor brasileiro, único no mundo, era impossível.  

 

 

brain4care 

  

Referência bibliográfica 

Thomas MD et al. Non-invasive intracranial pressure monitoring in idiopathic intracranial hypertension and lumbar puncture in pediatric patient: Case report. Sirurgical Neurology International, 2021. Disponível em: https://surgicalneurologyint.com/surgicalint-articles/non-invasive-intracranial-pressure-monitoring-in-idiopathic-intracranial-hypertension-and-lumbar-puncture-in-pediatric-patient-case-report/  


Ortopedista pediátrica explica se mochila pode causar escoliose

Pais e cuidadores devem ficar de olho no peso do acessório para não prejudicar a saúde da criança ou adolescente

 

A volta às aulas presenciais ou no sistema híbrido se aproxima e, junto da preocupação com as medidas sanitárias vem uma dúvida constante de pais e cuidadores: a mochila pode causar escoliose? 

Segundo a Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM/SP), não, embora o uso incorreto do acessório possa desencadear outros problemas, como alterações posturais e lesões musculares e articulares que evoluem com dor. 

“As crianças e, principalmente os adolescentes, teimam em usar a mochila em um ombro só, mesmo superpesadas. Com isso, acabam se queixando de dores nos ombros, coluna cervical, torácica e lombar. Como muitas demoram a se queixar de dor, ao sinal da primeira reclamação é interessante consultar um ortopedista pediátrico especializado em coluna para investigar o motivo do desconforto”, orienta. 

A médica lembra que sintomas: dor, dormência, desconforto e formigamento são sinais importantes que precisam ser averiguados. Crianças mais tímidas, segundo a médica, são as que menos tendem a reclamar e por isso cabe aos pais e cuidadores observar o momento em que colocam ou retiram a mochila, já que são momentos em que podem demonstrar dificuldade ou dor. 

O peso da mochila também merece atenção, já que não deve ser superior a 15% do peso da criança. “É importante conversar com a criança para que ela entenda que o bom uso da mochila é importante para a sua saúde”, diz a médica, que cita que é o acessório deve ter alças largas e acolchoadas que devem ser usadas ao mesmo tempo e estarem firmes contra o corpo. 

“A criança deve levar apenas o imprescindível para o dia e, ao pegar a mochila do chão, não deve esquecer de sobrar os joelhos para distribuir melhor a carga”, orienta Dra. Natasha. A criança deve participar da escolha da mochila, que deve seguir algumas regras importantes: 

- Ela deve ser adequada para o tamanho da criança;

- As alças devem ser largas e acolchoadas;

- Duas alças de ombro e outra na cintura;

- Costas acolchoadas;

- Vários compartimentos podem ajudar a distribuir melhor o peso;

- Mochila leve e, quando for possível, com rodinhas.

 

 

Dra. Natasha Vogel - Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil; Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético. Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil; Especialização -- Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil - Título: Ortopedia Pediátrica; Especialização -- Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil - Título: Ortopedia e Traumatologia; Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Hérnias: o que você precisa saber!

Hospital Albert Sabin HAS
Divulgação
O Dr. Carlos de Almeida Obregon, Cirurgião Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Sabin, explica sobre esse distúrbio

 

As hérnias de parede abdominal são defeitos na musculatura do abdômen que permitem a passagem de estruturas, como vísceras e gordura, do interior para a parte subcutânea.

“O problema pode ser de nascença ou adquirido através de questões nutricionais, emagrecimento, obesidade, ou trauma”, explica o Dr. Carlos de Almeida Obegron, Cirurgião Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Sabin (HAS).

O tipo de hérnia mais comum é a inguinal, que consiste na protrusão de parte do intestino ou outro órgão ligado ao abdômen através de uma abertura na parede abdominal na virilha. São mais frequentes em homens e a cirurgia pode ser realizada por dois métodos, ou seja, via aberta ou laparoscópica. A recuperação é muito simples e, geralmente, o paciente recebe alta no mesmo dia ou no posterior.

“A prática de atividades físicas, alimentação saudável, prevenção da obesidade e boas horas de sono ajudam no fortalecimento muscular e, portanto, evitam a formação de hérnias”, diz o Dr. Obregon.

Hábitos como o tabagismo e o alcoolismo também aumentam a fragilidade da musculatura e, consequentemente, devem ser evitados e considerados como ações preventivas.

“Em regiões onde as hérnias são prevalecentes, como o abdômen e virilhas, toda e qualquer mudança percebida, por exemplo o aparecimento de uma protuberância, o indivíduo deve procurar um médico, pois, como em outras doenças, o rápido diagnóstico torna o tratamento mais simples”, finaliza o cirurgião do HAS.

  

Escute o Dr: https://youtu.be/cRdYzgpqP7g

 


HAS: A sua vida tem o nosso cuidado!

Para saber mais

Link vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI 

http://www.hasabin.com.br

https://www.instagram.com/hospital_albertsabin/ 

https://www.linkedin.com/company/hospital-albert-sabin/

https://www.facebook.com/hasabin.lapa 

Endereço: Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP


Março Azul-Marinho: como detectar, prevenir e tratar o câncer colorretal

Oncologista do Hospital IGESP, Dra. Tânia Moredo alerta sobre a detecção dos sintomas e a busca pelo tratamento correto podem impedir o desenvolvimento da doença

 

Parte do calendário da saúde que liga os meses do ano a cores, a campanha Março Azul-Marinho tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e dos cuidados com o câncer colorretal. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a doença atinge 40 mil pessoas por ano no Brasil. Entretanto, uma pesquisa feita em 2021, pela farmacêutica Bayer em parceria com a consultoria IQVIA, com 80 médicos oncologistas e 401 pessoas, evidencia que ainda há muita falta de conhecimento por parte da população sobre essa neoplasia. 

A oncologista do Hospital IGESP, Dra. Tânia Moredo, explica que esse tipo de câncer atinge as células do intestino grosso e pode ser especificado também como câncer de cólon ou de reto. “Essa doença atinge mulheres e homens na mesma proporção, sendo a segunda causa de neoplasia maligna em ambos os grupos no Brasil. Em crianças, é uma doença rara, sendo presente apenas em casos de síndromes hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar, por exemplo”, pontua.

 

Sintomas

No início, a doença pode ser silenciosa e não apresentar sinais. Porém, há casos em que os seguintes sintomas são frequentes, persistentes e sem causa aparente: alteração do hábito intestinal, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes; sensação de nunca estar com o intestino vazio e sempre necessitando evacuar mais; sangramento nas fezes, com sangue vermelho brilhante; fezes muito escuras ou pretas; cólicas ou dor abdominal persistente; fraqueza e fadiga; perda de peso; e anemia.

 

Diagnóstico

O câncer colorretal costuma formar ulceração no intestino que sangra. Esse sangue pode ser detectado em um exame chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes, que pode identificar sangramento no intestino e sugerir uma doença inflamatória ou uma neoplasia maligna. “Entretanto, esse exame não é específico para diagnóstico de câncer de intestino, pois, mesmo durante uma disenteria, pode haver sangue nas fezes”, esclarece. 

Para confirmar a doença, são feitos em conjunto o exame físico, a colonoscopia e a biópsia. Como parte do exame físico, o médico apalpa o abdômen em busca de massas ou órgãos aumentados e, se necessário, realiza o exame de toque retal. Já a colonoscopia é o exame do intestino grosso. “Nesse exame, é usado um instrumento chamado de colonoscópio, que possui o formato de um tubo fino. Com luz, câmera, lentes e pinças, ele é capaz de visualizar a parte interna do intestino, permitindo realizar procedimentos como biópsia e cauterização de lesões”. 

Por fim, a biópsia é o exame definitivo para diagnóstico do câncer colorretal. “Durante esse procedimento, o médico remove um pequeno pedaço do intestino com lesão suspeita e o envia para um laboratório de anatomia patológica, onde o patologista firma o diagnóstico de câncer ou o exclui”, acrescenta a oncologista.

 

Fatores de risco e prevenção

Existem fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Os modificáveis são: tabagismo, obesidade e sobrepeso, inatividade física, dieta pobre em fibra e grãos e com muita gordura, carnes vermelhas e processadas (como salsicha e salame, por exemplo), além de ingestão de bebidas alcoólicas. 

Os não modificáveis são: histórico familiar de câncer colorretal, alguma síndrome genética com predisposição a doença (como Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar), pólipos adenomatosos no intestino, idade acima dos 50 anos (e quanto mais velho, maior o risco) e doença inflamatória intestinal (como retocolite ulcerativa e Doença de Crohn). 

A Dra. Tânia Moredo aponta que “quase sempre o câncer colorretal se inicia com um pequeno pólipo no intestino. Por isso, como medida preventiva é importante realizar a consulta médica periódica”.

 

Tratamento

O planejamento do tratamento depende de quão avançada está a doença. Após o diagnóstico, o médico pede exames complementares para saber o estadiamento da doença. Com isso, o especialista classifica de zero (0) a 4 (IV), sendo zero uma doença inicial e quatro quando está disseminada em outros órgãos. 

Em casos de doença inicial, o tratamento pode ser feito pela remoção cirúrgica do segmento intestinal comprometido e, algumas vezes, com a própria colonoscopia, sem a necessidade de cirurgia. Nos demais estágios, sempre que possível, será realizada a cirurgia. “A quimioterapia será indicada de acordo com critérios mais complexos: algumas vezes para prevenir a volta da doença, e em outros casos para tratar a doença disseminada. No câncer de reto, é frequente o uso da radioterapia, antes ou após a cirurgia, além da quimioterapia”, finaliza a médica do Hospital IGESP.

 

 Hospital IGESP


Dia Mundial da Saúde: rotina saudável é arma para combater quem acha que idade avançada é sinônimo de doença

Dicas de como manter a longevidade, o bem-estar e a autonomia para viver feliz na terceira idade 

 

No dia 7 de abril é comemorado o Dia Mundial da Saúde, tema que ganhou ainda mais relevância recentemente devido à pandemia. Nesta data, é muito importante a conscientização das pessoas sobre os cuidados para manter a saúde e o bem-estar em todas as fases da vida. Com o avanço da tecnologia e a própria medicina, conseguimos viver mais e melhor. Mesmo assim, recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a cogitar classificar este momento mais avançado da idade como doença, mas desistiu dessa classificação.  

“Ainda temos uma constante luta sobre a imagem de uma pessoa de 60 anos. Hoje,  idosos se mantêm ativos, seja porque continuam trabalhando ou porque criaram uma rotina saudável para desfrutar do dia a dia, o que faz com que essa imagem de doença e até mesmo de falta de identidade, sobre o papel na sociedade, se torne até preconceituoso caracterizar a velhice como doença”, conta Márcia Sena,  especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora da Senior Concierge, empresa que tem como proposta garantir um envelhecimento ativo para o idoso, proporcionando qualidade de vida e bem-estar dos familiares. 

Na visão de Márcia, é preciso eliminar esse rótulo e conscientizar as pessoas de que uma rotina saudável faz toda a diferença na longevidade e no bem-estar. Mas como fazer isso? Ela explica que cuidar do sono, da alimentação e praticar atividade física são fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Inclusive, ter amizades também é uma ótima aliada para aliviar o estresse e levar para longe os sintomas de depressão. 

“Diante dessa data tão importante é preciso reforçar essas dicas de saúde que são fundamentais para que as pessoas acima de 60 anos tenham autonomia e possam curtir essa nova fase de uma maneira feliz. Aliás, a autonomia é apontada pela OMS como um dos maiores fatores de felicidade para o ser humano. Portanto, é importante começar o quanto antes para manter-se saudável e ativo na terceira idade” 

 

Saiba mais como ter uma rotina saudável: 

De acordo com a especialista, chamamos de rotina saudável àquela que contém todos os elementos para uma vida com autonomia e bem-estar. A melhor maneira de desenvolver uma rotina saudável é:

- Buscar orientação médica e realizar exames de checkup, para saber se está tudo bem;

- Cuidar do sono, já que ele é fundamental para o bem-estar;

- Cuidar da alimentação. Uma dieta equilibrada favorece a saúde;

- Reservar um tempo para atividades cognitivas, jogos e atividades são fundamentais para manter o cérebro em forma; 

- Dançar, e colorir, por exemplo, são ótimas atividades lúdicas para manter o bom humor e levar para longe os sintomas de depressão; 

- Sociabilizar,  ter amigos e convívio com a família é uma ótima maneira de afastar a solidão e a depressão.


 


Senior Concierge


Dia Mundial do Transtorno Bipolar. Especialista Traz Informações Sobre a Doença.

O aniversário do pintor holandês Vincent Van Gogh, 30 de março, foi a data escolhida no mundo para lembrar de um problema que afeta, segundo a OMS, 140 milhões de pessoas no planeta: O transtorno bipolar. 

  Van Gogh foi diagnosticado como provável portador do transtorno bipolar depois da morte dele. O transtorno bipolar é uma condição de saúde mental que causa mudanças extremas no humor e nos níveis de energia de uma pessoa. Embora todos experimentem altos e baixos em suas vidas, no caso dos portadores desse transtorno há mudanças graves no humor e no comportamento característicos que podem afetar seriamente a vida e o funcionamento diário de uma pessoa. 

 A psicóloga, com pós-graduação em neurociência, e CEO da Eleve Consulting Shana Wajntraub, explica que as pessoas leigas costumam considerar quem tem transtorno bipolar como alguém instável, frágil, louco e grosseiro. “Na verdade são pessoas que têm um transtorno de humor sério que precisa de acompanhamento médico e terapêutico. Esse distúrbio quando não é tratado pode causar sérios danos ao paciente e aos familiares. O transtorno bipolar é um problema que pode ser controlado ao ponto do portador conseguir levar uma vida saudável e equilibrada.” 

Os sintomas comuns de um episódio maníaco incluem três ou mais dos seguintes sintomas: anormalmente otimista, nervoso, aumento da atividade, energia ou agitação, sensação exagerada de bem-estar e autoconfiança que chega a euforia. Diminuição de sono, conversa incomum, devaneios, distração e tomadas de decisões de forma impulsiva. Já os episódios depressivos mais graves incluem: insônia ou hipersonia, choro inexplicável ou incontrolável, fadiga severa, perda de interesse em atividades que a pessoa normalmente gosta, pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.

Segundo a psicóloga, pós-graduada em neurociência, Shana CEO da eleve consulting, a pessoa com transtorno bipolar sabendo que tem essa condição e que vai enfrentar esses picos precisa de um autocuidado redobrado. “A pessoa já enfrenta um quadro com alterações químicas relevantes no cérebro, que podem impactar demasiadamente a percepção, as emoções e o comportamento do indivíduo. Então quanto mais ela entender a condição que lhe afeta, e também se conhecer, tanto ela como as pessoas de seu convívio entenderão mais e saberão como lidar com esses episódios.” conclui Shana.

O objetivo do dia mundial do transtorno bipolar é chamar a atenção para o transtorno de comportamento, na busca de eliminar o estigma social e levar informação à população, educando e sensibilizando para a doença, que representa um desafio significativo para pacientes, profissionais de saúde, familiares e comunidade.

 


Shana Wajntraub é psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM. Palestrou no CBTD em 2020e 2021e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, vivo, Amil, Magazine luiza, Camil..

@shana.eleve


Riscos, físicos e emocionais, provocados por transtornos alimentares


Transtornos alimentares são desordens complexas, causadas e mantidas por diversos fatores sociais, psicológicos e biológicos. Eles figuram entre as patologias psiquiátricas e, nos últimos tempos, vêm apresentando maior crescimento em termos de incidência em toda população, trazendo prejuízos físicos, psíquicos, afetivos e sociais.

 

Com a grande evolução tecnológica essa alteração dos hábitos e dos comportamentos alimentares prejudica a saúde mental e física do indivíduo. Mas, a grande questão é que não se trata apenas de sofrimento do corpo, todo o psiquismo adoece quando um transtorno alimentar é identificado.

 

Vários são os transtornos alimentares, mas alguns são mais incidentes que outros, como por exemplo: a anorexia, uma restrição alimentar severa, que leva a desnutrição e a perda importante do peso. Caracteriza-se pelo medo intenso de se engordar e, através da distorção da imagem corporal, o indivíduo não consegue, de forma alguma, se perceber emagrecida.

 

Também temos a bulimia, quando ocorre a ingestão de grande quantidade de alimento com uma certa frequência, compulsivamente.

 

E ao perder o controle e conscientizar-se deste fato, a pessoa tenta compensar o excesso ingerido através de vômitos auto induzidos, laxantes/diuréticos, jejum ou exercícios em excesso.

 

Já a compulsão é semelhante à bulimia, porém sem a compensação em vômitos.

 

Ainda podemos encontrar mais dois transtornos alimentares frequentes: a Ortorexia e a Vigorexia. O primeiro é a obsessão por alimentos saudáveis, causando prejuízos na interação social e uma restrição alimentar importante.

 

Já o segundo é um tipo de delírio emocional obsessivo pelo ganho de músculos a todo custo. Acompanhado por uma alimentação restrita, muito específica, com intuito de auxiliar no aumento da massa muscular de maneira descontrolada.

 

Porém, apesar de saber que as compulsões estão muito relacionadas à ansiedade e à depressão, é importante destacar que para haver o transtorno alimentar, os episódios devem ser recorrentes e não apenas uma eventualidade.

 

Além disso, um mesmo paciente pode apresentar vários transtornos, uma vez que eles estão interligados. Cabe colocar também que, falando de obesidade, a comida ocupa o lugar da falta, servindo para preencher um vazio, amenizar vácuos inconscientes que nada tem a ver com a comida.

 

Uma necessidade de saciar uma fome desperta por outros gatilhos. Transferindo para a comida todas as emoções não gerenciadas. Essa compreensão das várias faces dos transtornos alimentares, está além do corpo e dos alimentos.

 

Passa por severas distorções da forma como o indivíduo se enxerga, da autoimagem, e da forma como sua mente relaciona-se com o mundo ao redor, ou seja, o espelho corporal que se tem de si mesmo e a fobia por julgamentos alheios.

 

Superar os transtornos alimentares é um desafio constante. O primeiro passo é a pessoa querer se curar, pois, em muitos casos, é possível que outros transtornos psíquicos como: depressão, fobia, pânico, bipolaridade, alteração de humor, ansiedade e outros, estejam associados. Por isso, é importante ter em mente que o trabalho terapêutico não acontece de forma rápida e o tratamento passa por uma abordagem terapêutica multidisciplinar, envolvendo nutricionistas, psicanalistas e psiquiatras.

 

Enfim, os transtornos alimentares são uma condição grave de comportamentos persistentes que afetam de forma negativa a saúde do indivíduo. Gerando emoções desconfortáveis, dificultando o convívio e o desenvolvimento das habilidades sociais, alterando o diálogo saudável entre o que comemos e o nosso corpo.

 

Sendo assim, o mais importante é identificar como está configurada a relação com a alimentação e tomar consciência do tipo de transtorno alimentar que possa estar se manifestando.

 

Afinal, você não é o seu transtorno. Essa clareza emocional auxilia na identificação se essa conexão com os alimentos traz alguma dor ou prejuízo. Se a constatação for afirmativa, é bem possível que exista, um ou mais distúrbios instalados impedindo o equilíbrio físico e mental.

 

 

Dra. Andrea Ladislau  - Psicanalista


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