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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Aumento das contas digitais faz subir também número de golpes

Crédito: Envato
Estudo aponta que 20% das contas criadas na América Latina são falsas


Segundo pesquisa da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), os canais digitais tiveram um aumento de 90% de contas abertas em 2019, em relação ao ano anterior. Com a pandemia, o isolamento social e o surgimento de múltiplas fintechs, o número de contas digitais no Brasil chegou a 82 milhões em julho de 2021. Isso demonstra que o consumidor deseja mais agilidade na hora de pagar as contas, fazer transferências e compras on-line, quer atendimentos personalizados e menos custos na hora de utilizar esses serviços.

Com isso, as fintechs têm percebido que no continente há grandes oportunidades para os serviços financeiros de todos os tipos, muitas vezes inexplorados. Mas por que na América Latina? Um fator determinante é a população volumosa que vivem nos países que compõem o continente, mais de 952 milhões de pessoas em 35 países.

Contudo, da mesma forma que aumentam os números de clientes, aumentam os riscos e volume de pessoas tentando aplicar golpes. Um estudo realizado pela Andressen Horowitz (a16z), apontou que 20% das contas criadas na América Latina são falsas, índice que supera o nível global. O estudo também trouxe outro dado alarmante: as fraudes com cartões de créditos cresceram na região, com o Brasil ficando apenas atrás do México em números de tentativas de crimes financeiros.

Para o superintendente de Engenharia de Produtos da Tecnobank, Isaac Ferreira, os criminosos estão cada vez mais espertos e diversificando as formas de aplicar os golpes. “Muitos deles ligam se passando por funcionários de banco, clonam o WhatsApp e pedem dinheiro para familiares, mandam boletos falsos, entre outros”, enumera. Ele também deixa algumas dicas de como evitar essas situações.“O WhatsApp tem a função de verificação em duas etapas, dessa forma o golpista não consegue clonar o número. Evitar passar códigos recebidos através de SMS também ajuda a prevenir", alerta.

Para evitar cair em golpes durante a pandemia, Ferreira indica algumas medidas.

  • Em caso de dúvida sobre a veracidade de uma mensagem ou conteúdo, interrompa a operação e entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Consumidor da empresa em questão.
  • Não clique em links de mensagens que ofereçam brindes, prêmios, benefícios ou atualização de seus dados cadastrais nas instituições financeiras.
  • Não coloque nome, CPF, endereço e número de cartões se não for na página de pagamento de uma empresa conhecida.
  • Nunca entregue seu cartão a outra pessoa. Os bancos nunca enviam funcionários para recolher cartões. Nem mesmo envie pelos Correios ou outras formas.
  • Gere um cartão virtual para compras na internet. Trata-se de um mecanismo para garantir maior segurança nas operações on-line, pois o cartão virtual é válido por um período de tempo ou para uma única operação.
  • Também existe cartão virtual para compras recorrentes, sendo assim, aquele cartão fica associado a uma loja e a um valor mensal, ou seja, qualquer transação diferente desse valor ou em outra loja, é negada automaticamente.

 


Tecnobank - empresa brasileira de tecnologia para negócios, que desenvolve soluções agregadas que geram segurança e agilidade aos processos eletrônicos dos segmentos bancário, financeiro e de veículos.


O que a pandemia nos ensinou sobre liderança e inteligência emocional?

Desde o início da pandemia, tivemos que nos reinventar. Como pessoas e profissionais. A liderança é um suporte fundamental em uma crise global sanitária, social e econômica. Ela se torna um pilar de sustentação para que as decisões e transformações sejam ágeis, estratégicas e sistêmicas, com foco na resolução dos três pontos da crise atual. 

Ao longo deste cenário, que ainda se arrasta, veio à tona a questão: como liderar pessoas que estão vulneráveis, ansiosas e com a sensação da perda de controle sobre o futuro? Passei a dar minha resposta com outra pergunta: o que você fez para se adequar ao momento atual e lidar com tantas incertezas? A razão de devolver a resposta com esta questão é fazer refletir sobre o que foi desconsiderado nos últimos tempos.

 

O que vivemos hoje é fruto de um modelo de liderança praticado há muito tempo. Uma liderança voltada para interesses imediatos e com uma total cegueira metódica. Deixa-se de lado o fato de que ninguém faz nada sozinho e que, se existe um líder, é porque há uma equipe por trás. 

 

Quando aprofundamos a conversa sobre valores e competências para formar uma liderança de qualidade, os clichês se repetem com argumentos vazios, prevalecendo o ambiente nocivo de competição, onde despeito, arrogância, inveja e desmotivação drenam a produtividade.

 

Isso mostra uma carência de um modelo pautado em cultura, metas, métricas, mensuração e sucessão, além de características essenciais, como saber lidar com gente, ser diligente, carismático e ter o dom de inspirar as pessoas. A colaboração, por exemplo, se tornou uma competência de grande valor e destaque na pandemia.

 

A empresa precisa enxergar cada colaborador como parte de uma grande engrenagem. Desde o estagiário ao presidente, cada um tem a sua importância. Se não houver envolvimento, irá comprometer toda essa engrenagem.

 

Quando se cria o hábito de envolver a equipe em decisões estratégicas, a cumplicidade passa a ser um processo natural, fazendo com que os colaboradores se sintam parte de cada resultado.

 

A conclusão é que a genialidade, da forma como o mundo corporativo vem propagando, é paradoxal ao modelo de uma liderança plural e visionária. Um formato atrasado, que classifica as pessoas, desconsiderando suas singularidades e as oportunidades de explorar suas diferenças a favor da empresa.

 

A pandemia e suas consequências no universo dos negócios mostraram a necessidade de adotar uma maior flexibilidade para avaliar habilidades, novos talentos, repensar e aprender a se desapegar de valores que já estão ultrapassados.

 

Vale lembrar que o sucesso de uma empresa, especialmente em crises como a atual, não é mérito de uma única pessoa, mas da junção de várias competências que estejam no mesmo nível de comprometimento com o negócio.

 

 

 

Dra. Cristiane Romano - Mestre e Doutora em Ciências e Expressividade pela USP, especialista em Oratória, também pela USP, e pós-graduada em Gestão e Estratégia de Marketing pela PUC/MG.


A maioria dos jovens desconhece o ensino médio profissionalizante (técnico)

O estágio é alternativa para a manutenção de jovens no mercado e o incentivo à educação

 

A preparação do jovem é uma base fundamental para a jornada profissional. Contudo, infelizmente, a maioria deles desconhece o ensino técnico, conforme pesquisa encomendada pelo Itaú Educação e Trabalho e pela Fundação Roberto Marinho, realizada pelo Plano CDE. Isso é preocupante! 

 

A situação fica ainda mais delicada, pois mais da metade da população acima dos 25 anos não concluiu sequer o segundo grau, de acordo com a Pnad Contínua 2019. Isso afeta, inclusive, a competitividade do Brasil, pois aumenta a desigualdade social e, por consequência, também não conseguem seguir uma carreira proveitosa.

 

Os menores também se preocupam com esse cenário. Para 83% deles, se tivessem ciência antes sobre o ensino médio profissionalizante, poderia ajudá-los a conseguir uma vaga de estágio ou aprendizagem, por exemplo, e para 56%, esse nível de conhecimento facilitaria o ingresso em uma universidade. Dessa forma, essa moçada teria menor chance de ficar desempregada. 

 

Nesse sentido, as salas de aula são de extrema importância, mas temos também a prática, como o estágio. Nossos estudantes querem trabalhar e as empresas também são importantes instrumentos de educação e precisam se conscientizar disso. Além do mais, é possível atuar quem está regularmente matriculado no nível médio, técnico, superior ou nos dois anos finais do ciclo fundamental do EJA (Educação de Jovens e Adultos).


 

Vantagens da modalidade

 

No entanto, ainda hoje, muitas organizações e até os próprios acadêmicos têm dúvidas sobre os benefícios da modalidade. Então, vamos lá: para começar, o ato educativo escolar supervisionado possui alguns incentivos e direitos diferentes da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

 

Trata-se de um tempo de treino e experiência corporativa e, assim, não gera vínculo empregatício. Logo, os direitos e aportes fiscais são outros. Afinal, o modelo foi criado para inserir a juventude no mercado de trabalho e colocarem em prática os saberes adquiridos no ambiente escolar.

 

Sendo assim, para impulsionar a contratação, as corporações ficam livres de pagar encargos trabalhistas, tais como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 13º salário e eventual multa rescisória. Por outro lado, também é proveitoso para o estagiário, pois sua carga horária laboral não pode ultrapassar seis horas diárias e 30h semanais e não lhe é permitido fazer hora extra. Além disso, ele recebe a bolsa-auxílio, o auxílio-transporte (no caso de deslocamento), seguro de vida obrigatório.

 

Portanto, é favorável para todas as partes envolvidas. Afinal, tanto as entidades adquirem novos talentos, quanto os alunos a tão sonhada experiência. Então, investir no ato educativo é a principal maneira de preservar a garotada ativa. Isso porque quando mantemos um brasileiro na sala, estamos não só dando oportunidade de aprender, mas a possibilidade de estagiar. Com isso, ele garante uma renda para subsidiar uma faculdade e um passaporte garantido para desbravar o mundo corporativo. 

 

 

Carlos Henrique Mencaci é presidente da Abres – Associação Brasileira de Estágios

 

A importância do networking e as novas conexões para o protagonismo feminino

Durante os mais de 30 anos da minha carreira, conheci muitos profissionais, das mais diversas áreas e segmentos do mercado.

E sem dúvida alguma, posso afirmar que construir relacionamentos baseados em confiança é uma das estratégias mais assertivas para o sucesso na trajetória profissional. Principalmente quando você está verdadeiramente disposto a colaborar e aberto para receber apoio.

A jornada começa quando conhecemos diversas pessoas que se tornam parceiros de trabalho, de projetos, nos inspiram, motivam e até, em determinado momento, passam a aprender conosco.

A maneira como construímos nossos relacionamentos faz toda a diferença. Afinal, estando no mundo corporativo ou não, estamos sempre falando de pessoas.

São as pessoas que dão alma às empresas e formam a sua cultura. São as pessoas que negociam umas com as outras e influenciam a tomada de decisão. Nada acontece de forma tranquila no mundo dos negócios, ou mesmo numa família, se não há um bom relacionamento entre os que convivem naquele ambiente.

E se um bom relacionamento é fundamental para que as coisas aconteçam de forma equilibrada, seja no trabalho, seja na vida pessoal, a mulher tem papel preponderante nesse equilíbrio, dado o protagonismo que ela vem assumindo no mundo ao longo dos anos.

Fazer networking serve para construir e estreitar relacionamentos com pessoas ou grupos que tenham algo em comum. Como a mesma área profissional, a mesma causa, projetos semelhantes, mesmos objetivos, contudo, estão em diferentes posições no mercado. 

E quanto maior e mais qualificada for a sua rede de contatos, mais networking e mais oportunidades. E a internet facilitou as coisas.

Já dizia a máxima: “Quem não é visto, não é lembrado”, então além de criar conexões é importante se manter presente na sua rede de relacionamentos.

Antes de ter à mão as redes sociais, era bem mais difícil e custoso manter o relacionamento constante com todas as pessoas da nossa rede. Hoje, esse processo é facilitado e ampliado com os benefícios que a tecnologia nos oferece, já que praticamente todas as pessoas estão conectadas à internet.

Trocar mensagens, felicitar pelo aniversário e conquistas, chamar para uma conversa rápida ou mesmo um bate-papo via vídeo, é muito mais simples e possível. Aliás, o que teria sido de nós nessa pandemia, sem esses recursos?

E mesmo que não haja nenhum contato como estes que acabei de mencionar, só de estar presente nas redes sociais compartilhando informação, já te mantém ativo e presente.

Para ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela The Adler Group revelou que 85% das oportunidades de trabalho são preenchidas por meio de indicações da rede de contatos.

Por isso sempre enfatizo que são inúmeros os benefícios de investir e cultivar uma rede profissional. Aumenta a chance de conhecer pessoas interessantes, oportunidades de crescimento profissional, expansão do conhecimento e visão de mundo, suporte para esclarecer dúvidas, construção de boa reputação no mercado, maior destaque na área de atuação, visibilidade diante de lideranças, potenciais clientes e parceiros, além de possibilitar benchmarking com profissionais experientes e ainda te mantém bem-informado sobre as tendências do mercado.

Esteja sempre ativo e presente demonstrando interesse genuíno pelas pessoas. Não vale procurar só quando precisa de algo, é sempre bom ter em mente aquela máxima que diz “seja interessante e não interesseiro”.

Mantenha sua rede sempre atualizada sobre o que está acontecendo com você, assim as pessoas poderão te acionar, para te oferecerem oportunidades que condizem com o momento que está vivendo. Se mostre sempre colaborativo e disposto a ajudar, isso é fundamental para que sua rede faça o mesmo por você.

Participar de eventos, dos mais variados, seja do seu mercado ou mesmo de algo diferente, para ampliar a visão de mundo e possibilitar novas conexões com redes diferentes das quais já faz parte.

 


Edna Vasselo Goldoni - fundadora e presidente do Instituto Vasselo Goldoni, CEO da Vasselo Goldoni Desenvolvimento, HR Influencer 2021 – 1º lugar no Brasil; membro honorário e vitalício da All Ladies League Global Network (Soul Sister), única mulher indicada ao Prêmio TOP OF MIND Profissional de Vendas, sendo finalista em três Edições; representou o Brasil no Congresso Mundial da ONU Mulheres em 2016.


Planejamento de carreira em quatro passos

Neste texto quero auxiliar você no seu processo de desenvolvimento, de planejamento de carreira, afinal de contas, eu sou mentora e esse é o papel de um bom mentor: auxiliar, orientar, trazer direcionamento e clareza a partir de seu tema de especialidade. Portanto, quero mostrar como os profissionais podem se desenvolver e atingir os resultados desejados.

Logo, trago um tema para começarmos este debate de uma forma muito produtiva, já que vou apresentar os quatro passos de maneira simplificada para auxiliar você no seu planejamento de carreira. 

Nós estamos vivendo um momento muito instável e, então, minha primeira sugestão é analisar os cenários interno e externo. Uma ferramenta que costumo utilizar na mentoria dos meus clientes é a análise SWOT, para que seja possível avaliar possibilidades no mundo do trabalho instável que enfrentamos, tanto nacional quanto internacionalmente. Nessa análise são considerados alguns fatores como, por exemplo, o quanto as decisões e as interferências econômicas, políticas e sociais vão influenciar no desenvolvimento das suas oportunidades de crescimento na carreira. 

Assim, é preciso aprender a desenvolver autonomia e independência para planejar a carreira pensando realmente no bem-estar e nos benefícios que esse planejamento pode trazer no médio e no longo prazo. 

O primeiro passo para planejar é dedicar um tempo semanalmente, porque é necessário ter um tempo de qualidade exclusivo para focar em tarefas importantes, como desenvolver competências técnicas ou emocionais. No entanto, também é fundamental fortalecer potencialidades, a fim de amplificar o desenvolvimento e conquistar destaque na empresa, no mundo do trabalho e apresentar qualificações para que as pessoas possam perceber melhor quem somos, atribuindo a nós o devido valor.

Portanto, reserve um tempo para realizar uma autoavaliação e identificar quais forças necessita desenvolver e quais fragilidades precisa minimizar. Um exemplo é aprender aquele idioma que ainda não está do jeito que você gostaria ou sobre um software que você precisa no seu dia a dia. Por fim, faça um mapeamento sobre o que você pode utilizar em seu favor e o que ainda precisa melhorar.

O segundo passo é trazer todas essas aplicações para o seu cotidiano, ou seja, transformar essas forças ou fragilidades em tarefas práticas para dentro da sua rotina, a fim de conseguir aplicar efetivamente essas mudanças. Um exemplo é a leitura de um livro, uma atividade física, pode ser até escrever, pois algumas pessoas editam blog ou desenvolvem conteúdos e, até participam de clubes de leitura on-line. Coloque intenção e energia no que é importante para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, e invista em tarefas que possam auxiliar em seu crescimento direto. 

Para o terceiro passo precisamos pensar de uma maneira mais ampla como iniciar um planejamento a curto, médio e longo prazos por meio de várias ferramentas que você pode utilizar para gerar resultados. Na mentoria eu já apliquei o 5W2H, que são as perguntas norteadoras (What? When? Who? Where? Why? How? e How much? Em português: O que? Quando? Quem? Onde? Por que? Como? e Quanto?) para apoiar a estruturação do seu trabalho. 

Além dessa ferramenta, outra metodologia que funciona muito bem para planejar presente e futuro é o modelo das Metas Smart, que se baseia no detalhamento de um objetivo a fim de torná-lo específico, mensurável, atingível, relevante e temporal. Esse modelo auxilia a desenhar um escopo de planejamento funcional, prático e monitorável. 

E, por fim, o quarto passo é a escolha de um hábito para você fazer uma mudança efetiva na sua vida. Pode ser o hábito de dormir ou de acordar mais cedo, ou o ato de fazer uma meditação ou uma atividade física, de beber mais água, de fazer leituras diárias de um livro, enfim, você precisa definir um hábito para mudar por ordem de prioridade e benefícios possíveis para sua vida. A ideia é não querer iniciar uma mudança radical de vida e rotina. 

Seu corpo e mente precisam ser reprogramados para uma nova realidade e isso só vai acontecer com paciência, disciplina e consistência. Permanecer firme em seus objetivos faz parte do plano de fazer dar certo. Esses são os quatro passos que eu considero básicos para quem deseja planejar uma carreira de sucesso, respeitando seu tempo e seus limites. 

 

 

Marcela Brito - Mentora de Carreiras e Marcas Pessoais Globais. É cofundadora e sócia da Iventys Educação Corporativa. Líder das Formações em Mentoria da Global Mentoring Group na América Latina. Mestre em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal de Brasília, Especialista em Gestão de Negócios pela Uninter e Estrategista em Personal Branding pela Personal Branding Academy. Desde 2009 edita o blog www.marcelabrito.com, é gestora de conteúdo do Projeto Moyoeno Lusofonando e autora de livros sobre carreira e interculturalidade. Em 2020 foi eleita Mentora do Ano pela Global Mentoring Group e lançou o Podcast Trilhas. É casada há 9 anos com Victor Brito e mãe de Elisa, de 8 anos.

 

Cuidados que o servidor público deve ter em relação à LGPD

Com a crescente onda digital, os dados pessoais ficam cada vez mais expostos. Até pouco tempo, a coleta e o tratamento de dados eram feitos sem qualquer critério. 

Tendo isso em vista, foi criada a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para resguardar dados pessoais de pessoas físicas.

 

Neste artigo, vou abordar os impactos da LGPD no setor público e como a LGPD deve ser observada pelo servidor público no desempenho de suas funções.

 

Como funciona a LGPD? 

A LGPD tem como principal finalidade a proteção do uso indevido dos dados pessoais. Sabemos que, atualmente, os dados são obtidos, vendidos ou compartilhados e aplicados em algoritmos sem que os usuários se deem conta.

 

Por isso, a LGPD institui que os dados obtidos só podem ser utilizados ou compartilhados com a expressa autorização do titular.

 

Além disso, a LGPD também prevê que a concordância do titular deve ser para a utilização daqueles dados com o fim específico pretendido.

 

A pessoa ou empresa que quiser utilizar esses dados também deve deixar claras suas responsabilidades e deveres. 

 

A LGPD também criou um órgão, a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), sendo a responsável por fiscalizar o cumprimento da lei, resguardando e protegendo as diretrizes por ela instituídas.

 

Essa proteção é de suma importância, principalmente em relação aos dados sensíveis, já que não são poucos os casos de vazamento não consentido de dados pessoais, até mesmo em eleições.


 

Aplicação da LGPD no serviço público

 

A utilização e manuseio de dados não se restringe apenas ao setor privado. Ao contrário, é cada vez mais claro que a Administração Pública também realiza tratamento de dados.

 

É possível estabelecer um paralelo entre a LGPD e o direito público.

Sistemas como dos tribunais eleitorais, receitas federais, sistemas judiciais e, até mesmo, banco de dados de escolas fazem o armazenamento e tratamento de dados dos usuários.

 

Ao mesmo tempo em que a LGPD institui como dever o respeito à privacidade, inviolabilidade da intimidade e da honra e imagem, a Administração Pública deve conciliar esses deveres com o dever de transparência e publicidade que lhe são inerentes.

 

O maior desafio imposto pela LGPD aos gestores públicos é conciliar essas duas premissas, que podem ser visualizadas facilmente entre a Lei de Acesso à Informação e a Lei Geral de Proteção de Dados.

Entretanto, isso não significa que ambas as leis sejam antagônicas, ao contrário, é perfeitamente possível a sua conciliação.

 

Basicamente, cabe ao gestor público promover a instituição de políticas públicas, bem como investimentos em tecnologias e capacitação dos servidores, para terem capacidade técnica de cumprirem com as premissas legais. 


 

O que muda para o servidor público com a LGPD?

 

A LGPD no setor público apresenta um grande impacto e muda bastante o cotidiano do servidor público.

 

Considerando que a LGPD também determina a proteção de dados no setor público, quando for necessário utilizar dados pessoais, o titular deve expressar o seu consentimento de forma prévia.

 

Por isso, a LGPD na administração pública impõe ao servidor o dever de obter o consentimento do titular dos dados e, também, comprometer-se a utilizá-los apenas para aquele fim específico.

 

É importante ressaltar que, caso não cumpra com essas obrigações, o servidor pode ser responsabilizado em um processo administrativo disciplinar em caso de ação ou omissão que prejudique a proteção de dados pessoais no setor público.

Dessa forma, o servidor público deve ter bastante cuidado ao realizar operações de transferência de dados pessoais no setor público, resguardando os direitos dos titulares.

 

É notável o papel dos servidores públicos na correta aplicação da LGPD no setor público. Afinal, eles são os principais responsáveis por garantir a proteção de dados pessoais no setor público.

 

Como o servidor público deve se adaptar a LGPD? 

Os impactos da LGPD no setor público influenciam de maneira mais evidente os servidores públicos.

 

Além de serem titulares de dados pessoais armazenados pela administração pública, também são responsáveis por coletar e tratar, bem como promover transferência de dados pessoais no setor público.

 

Por isso, o servidor público tem dupla função na observância do fiel cumprimento da LGPD na administração pública. Primeiramente, resguardar os seus próprios dados, bem como a sua correta utilização pelos gestores públicos.

 

A segunda, não menos importante, é observar o fiel cumprimento da LGPD pela Administração Pública quando precisar coletar e tratar dados pessoais de terceiros.

 

Os servidores públicos são o principal elo entre a LGPD e a Administração Pública.

 

Portanto, devem se manter atualizados acerca das boas práticas no tratamento de dados pessoais, realizando cursos de capacitação, bem como observando o cumprimento da lei no desempenho das funções.


 

Dicas de adaptação para servidores públicos em relação à LGPD 

Observando os impactos da LGPD no setor público, o servidor público precisa adotar novas práticas ao coletar e tratar dados pessoais.

Separamos algumas dicas que podem ser aplicadas no desempenho do serviço público, com o objetivo de facilitar a convivência harmoniosa entre os princípios da LGPD e a Administração Pública. São elas: 

  • apenas solicitar informações e dados pessoais quando realmente necessários, evitando coletar informações que não sejam utilizadas;
  • não utilize blocos de papéis para anotar dados pessoais e, também, não anotá-los em papéis avulsos. Sempre utilize os formulários e cadastros específicos para cada fim;
  • observar o sigilo de dados sensíveis, como telefone, e-mail, endereço, entre outros;
  • ao realizar atendimentos, observe e dê cumprimento ao respectivo manual de atendimento, descartando os registros e dados desnecessários ao finalizar cada atendimento.

Além disso, é importante que o servidor público se mantenha sempre atualizado, realizando cursos de formação sempre que disponibilizados, assim como buscar por conta própria materiais de qualificação.

 

Conclusão

A LGPD é um importante mecanismo de proteção de dados pessoais no atual cenário vivenciado pela sociedade, em que a tecnologia facilita cada vez mais a coleta e tratamento de dados pessoais.

 

Essa lei não é aplicável apenas em âmbito privado, pois a administração pública também deve observar e resguardar seus princípios quando tratar dados pessoais.

 

Por isso, deve haver uma afinada relação entre a LGPD e o servidor público, devendo buscar sempre se manter atualizado acerca das diretrizes.

 

Além disso, observar o cumprimento dos princípios instituídos pela LGPD ao tratar dados pessoais.

 

 


Agnaldo Bastos - advogado, atuante no Direito Administrativo, especialista em causas envolvendo concursos públicos e servidores públicos e sócio-proprietário do escritório Agnaldo Bastos Advocacia Especializada

 

Especialista em cibersegurança dá dicas para não cair em golpes nessa Black Friday


Você sabia que 30% de todas as vendas no varejo ocorrem entre a Black Friday e o dia de Natal? E como a Black Friday é essa semana e as compras on-line estão cada vez mais populares, Vitor Gasparini, especialista da Trend Micro, empresa líder mundial em soluções de cibersegurança, ensina algumas dicas para os consumidores não serem vítimas de golpes na temporada de compras do final do ano.

Um dos pontos mais importantes, segundo Gasparini, é conhecer um pouco das artimanhas utilizadas pelos cibercriminosos. O phishing é a preferida deles e consiste no lançamento de uma isca para roubar dados e informações do consumidor e até para extorquir a vítima ou seus contatos. Essa isca pode ser enviada num e-mail, em mensagem de texto via celular, estar num perfil falso montado na rede social ou numa página fake de e-commerce, que até parece daquela marca que você costuma comprar sempre.

Os sites seguros, segundo o especialista, além do cadeado têm o endereço iniciado por “https”, o que significa que possuem certificação digital e oferecem todas as garantias aos consumidores. O ideal, ao se deparar com alguma promoção que desperte interesse, é pesquisar a loja nos mecanismos de busca para verificar se ela realmente existe e analisar a forma como o endereço é descrito. “Busque o cadastro da empresa pelo CNPJ, cheque a URL do site e se decidir pagar com boleto, analise o remetente para ter certeza de que o documento realmente veio da loja que você está comprando”, recomenda o consultor.

Confira, abaixo, as principais características dos sites falsificados:

  • Oferecem uma grande variedade de produtos para atrair compradores;
  • Apresentam preços muito abaixo dos praticados no mercado;
  • Costumam usar domínios (URLs) de nível superior como .TOP e .SHOP (.COM também é comum);
  • Usam logotipos e imagens roubadas de sites reais;
  • Geralmente apresentam erros gramaticais e inconsistências nas declarações;
  • Os botões de mídia social não funcionam ou direcionam para contas que não existem ou foram excluídas;
  • Utilizam a engenharia social para atrair o consumidor e capturar seus dados ou obter vantagem financeira.

Alguns dos principais cuidados recomendados pelo especialista da Trend Micro para realizar suas compras de forma segura:

  • Não use redes de wi-fi públicas para realizar compras on-line;
  • Evite salvar seus dados pessoais e financeiros em lojas virtuais;
  • Dê preferência ao uso de desktop para realizar suas compras;
  • Mantenha o antivírus sempre atualizado;
  • Utilize senhas fortes (maiúscula, minúscula, carácter especial e números não sequenciais) e sem padrão pré-determinado para cada e-commerce; e nunca reaproveite a senha usada para acessar seu e-mail;
  • Fuja de cupons promocionais: eles são outro tipo comum de isca preparada pelos criminosos.

“Desconfie de tudo, analise cada mensagem que você recebe, e não clique em qualquer link que passa na sua timeline ou chega no seu e-mail”, aconselha o consultor da Trend Micro. “Também é preciso atenção em anúncios publicados nas redes sociais, principalmente em promoções com preços muito abaixo do mercado”, alerta Vitor Gasparini.




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Até o fim do mês, donos de pequenos negócios podem contar com apoio gratuito na mediação de conflitos

Empresários envolvidos em questões no valor de até R$ 20 mil podem realizar o processo rapidamente pela internet e sem custos 

 

Os donos de pequenos negócios que desejam solucionar conflitos sem acionar a Justiça podem contar com o serviço online e gratuito da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE), que integra a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB). Até o final deste mês, o Sebrae, em parceria com a CACB, realiza uma campanha nacional de mediação para atender, com maior rapidez e sem custos, empresários de todo o país que estejam envolvidos em questões no valor de até R$ 20 mil. Para isso, basta acessar a plataforma online no endereço eletrônico: https://cacb.org.br/cbmae-online/ e seguir o passo a passo das orientações.

Com os impactos da pandemia muitas micro e pequenas empresas ainda enfrentam dificuldades para honrar os compromissos financeiros, enquanto os consumidores também sofrem com o peso da inflação e com a alta dos juros. Em Rio Branco, no estado do Acre, o sócio administrador da imobiliária Arras Imóveis, Jurilande Filho, recorreu à mediação online para resolver conflitos relacionados aos contratos de locação realizados pela empresa. Diante da crise, muitos inquilinos ficaram inadimplentes e a mediação é a solução encontrada pela imobiliária para resolver os problemas de forma mais simples, amigável e rápida. Ele conta que, pela primeira vez, utilizou a plataforma online da CBMAE e sem nenhum custo para a empresa.  

“Foi um processo muito dinâmico e tranquilo pela internet que permitiu que rapidamente resolvêssemos a questão. Primeiro participamos de uma reunião prévia com as partes para entender a situação e, no mesmo dia, foi marcado um encontro para a conciliação poucos dias depois”, explicou o empresário. 

Dados divulgados recentemente pela Serasa Experience apontaram que as micro e pequenas empresas (MPE) lideram os pedidos de recuperação judicial no Brasil. Dos 60 pedidos em outubro, deste ano, 32 foram solicitados pelos pequenos negócios; 22 por médias empresas e apenas seis por grandes empresas.  O setor de serviços é o que mais apresenta pedidos de recuperação. O número de solicitações manteve-se estável em comparação com setembro, mas a expectativa é que deve aumentar no início do ano após o período mais favorável do final do ano para os negócios. 

De acordo com o Sebrae, a mediação pode ser uma alternativa viável para os pequenos negócios, com segurança e menos onerosa do que buscar a judicialização, mesmo que em juizados de pequenas causas. “Queremos que as micro e pequenas empresas conheçam a mediação porque, além de ser um processo legalizado com força jurídica, apresenta métodos mais ágeis, rápidos sem perder a eficiência, pois alcança sucesso em 80% dos casos”, ressaltou o presidente do Sebrae, Carlos Melles.


Instituto Butantan inicia projeto de testagem para diagnóstico da Covid-19 em pessoas assintomáticas em São Paulo

A partir desta quinta-feira (25), sete pontos da capital paulista receberão tendas para teste do tipo RT-PCR em pessoas que não apresentem sintomas de infecção pelo coronavírus


O Instituto Butantan, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, inicia nesta quinta-feira (25) uma ação de testagem para diagnóstico da Covid-19 em pessoas assintomáticas. Tendas para coleta e cadastro de interessados serão instaladas em sete pontos da capital paulista para realização do exame do tipo RT-PCR, capaz de detectar a presença do vírus SARS-CoV-2 mesmo em pessoas que não apresentem sintomas de infecção. A ação ocorrerá até o dia 17 de dezembro e podem participar maiores de 18 anos. 

“O objetivo desta ação é testar pessoas que não estejam sentindo nenhum sintoma da Covid-19, para que possamos identificar os casos assintomáticos e, assim, isolá-los para que não sejam um risco aos outros. Com as análises também vamos entender se o vírus está circulando de forma silenciosa no atual momento da pandemia”, explica Maria Carolina Sabbaga, uma das coordenadoras da Rede de Alerta das Variantes e da Rede de Laboratórios para Diagnóstico do Coronavírus SARS-CoV-2 do Instituto Butantan. 

A análise das amostras coletadas serão encaminhadas aos laboratórios do Instituto Butantan para verificar a existência do vírus causador da Covid-19. A expectativa é que o resultado seja emitido e disponibilizado aos participantes em até 24h após a coleta. As amostras detectadas como positivas para o vírus seguirão para uma segunda etapa, nesse caso o sequenciamento genômico, com o objetivo de saber qual a variante do coronavírus em questão. 

Os interessados podem procurar um dos postos de testagem listados abaixo, das 9h às 16h, de segunda-feira à sexta-feira. O participante receberá orientações sobre o projeto e deverá responder um questionário, além de informar dados cadastrais como nome e meios de contatos. Após a coleta de amostras da garganta e do nariz, a pessoa será liberada para retomar as atividades do dia. Em até 24h o participante receberá o resultado do seu exame no e-mail ou telefone informado no cadastro. Em casos positivos, o participante pode se isolar e buscar atendimento médico, caso necessário. 

 

Locais:

Aeroporto de Congonhas 

Largo Treze (Santo Amaro)

UBS Dr. Manoel Saldiva Neto (Brás)

Metrô Faria Lima (Pinheiros)

Terminal Rodoviário Tietê (Santana)

Mercado Municipal de São Paulo (Centro)

Mercado Municipal de São Miguel Paulista (Zona Leste)


3 tendências de comportamento do consumidor para acompanhar

Quando analisamos a alta competitividade do mercado, é fácil perceber que para uma empresa fixar-se entre os grandes players da sua categoria, é necessário encontrar um algum meio de ganhar mais visibilidade e atrair consumidores. 

Esta é uma habilidade comercial que deixou de ser apenas um diferencial e se tornou algo de primeira necessidade para que as empresas continuem a se destacar entre os concorrentes.

 Para conseguir o tão almejado destaque, é fundamental saber quais são os fatores que influenciam o comportamento do consumidor e, a partir dessas informações valiosas, analisar o que leva o shopper a comprar um produto. 

Por isso, Cleison Dará, analista de marketing da Gofind, empresa de inteligência de dados que digitaliza o estoque do varejo de forma rápida e fácil, listou as novidades e tendências sobre o comportamento do consumidor para empresas criarem novas estratégias. Confira:

 

1. Consumo consciente

 

Já faz algum tempo que o consumo consciente tornou-se uma megatendência em ascensão no mundo todo, fazendo com que consumidores optem por marcas com responsabilidade social e ambiental.

 

Ser uma marca preocupada com estas questões, que age e promove a responsabilidade socioambiental, traz diversos benefícios para a saúde da marca e para a comunidade. Muito mais do que aparentar ser uma empresa consciente, é preciso agir de forma coerente com o discurso, evitando maiores decepções e desgaste da imagem.

 

Nos próximos anos, as empresas que provarem seu compromisso com o bem-estar humano e a sustentabilidade terão mais chances de conquistar o público.

 

2. Valores sociais

 

Os novos consumidores buscam mais do que a experiência de consumo, eles buscam fortes conexões com seus valores. Ou seja, buscam consumir de marcas que compartilhem da sua visão de mundo.

 

Marcas que possuem produtos e serviços voltados para o consumidor LGBTQIA+, itens acessíveis para pessoas com deficiência, marcas que promovem ações sociais, programas de desenvolvimento social e empregabilidade, que facilitam a denúncia contra agressores e acolhimento às vítimas.

 

Estes valores intrínsecos ou trabalhados de forma consciente, agregam valor e geram fortes conexões entre marcas e consumidores.

 

3. Atendimento digital e humanizado

 

Apesar de parecerem conceitos opostos, o consumidor busca, cada vez mais, maior comodidade e fortes conexões com marcas e produtos. Desta forma, torna-se indispensável, sobretudo na realidade causada pela pandemia, oferecer um atendimento 100% digital, sem contato físico e cada vez mais cômodo para o público.

 

Contudo, consumidores não gostam de perder a conexão humana durante o atendimento e precisam ter a segurança de que as suas necessidades serão atendidas com empatia e compreensão. Esta é a maior e mais complexa tendência para os próximos anos, tornar a tecnologia cada vez mais automatizada e eficiente, sem perder o diferencial humano no atendimento.

 

Portanto, é essencial que as empresas compreendam esses novos comportamentos para adequarem a sua atuação ao novo perfil do consumidor. Assim, fica mais fácil criar novas estratégias que tragam mais resultados para o negócio. 

 

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