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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Desvendando a incontinência urinária durante a gestação

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Descubra por que a incontinência urinária é frequente durante a gravidez e como enfrentá-la de forma eficaz 

 

A incontinência urinária durante a gestação é uma condição comum que afeta cerca de 40% das mulheres grávidas, de acordo com estudos da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Embora essa situação seja desconfortável, é importante ressaltar que, na maioria dos casos, é um fenômeno temporário, gerado por mudanças naturais no corpo da mulher ao longo da gravidez. 

Durante a gestação, o corpo da mulher passa por grandes mudanças em seu organismo, especialmente nas regiões abdominal e pélvica. O aumento do útero para acomodar o bebê acaba fazendo pressão sobre a bexiga, o que pode dificultar o controle urinário. Além disso, os músculos do assoalho pélvico, responsáveis por sustentar os órgãos dessa região, podem enfraquecer ao longo da gravidez, aumentando o risco de incontinência urinária. 

As mudanças hormonais também desempenham um papel relevante no desenvolvimento da incontinência urinária. O aumento da produção de progesterona, um hormônio essencial para manter a gravidez, pode relaxar os músculos do corpo, incluindo os músculos da bexiga, o que dificulta o controle da urina. 

Esse relaxamento muscular é necessário para permitir o crescimento do útero e o desenvolvimento do bebê, porém pode trazer efeitos colaterais, como a perda involuntária de urina. Segundo Aline Penido, professora de Fisioterapia do Centro Universitário Newton Paiva, “Apesar de ser muito comum as gestantes desenvolverem essa condição de saúde, não é normal perder urina em nenhuma fase da vida da mulher, incluindo o período gestacional”. 

Outro fator que pode ocasionar essa situação é o ganho de peso natural durante a gestação. À medida que a gestante ganha peso, a pressão sobre a bexiga e sobre os músculos pélvicos aumenta, o que pode intensificar as chances de incontinência. Mulheres que ganham mais peso durante a gravidez podem ter um risco maior de desenvolver o problema, especialmente se já possuírem predisposição ou histórico de fraqueza do assoalho pélvico. 

Para prevenir ou minimizar os sintomas durante a gestação, exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico são essenciais. “Esses exercícios ajudam a fortalecer os músculos responsáveis pelo controle urinário e podem ser realizados muitas vezes em casa”, destaca a especialista. Além disso, manter uma postura adequada e evitar o excesso de peso podem aliviar a pressão sobre a bexiga e diminuir os episódios de incontinência. 

Em casos em que a incontinência urinária se torna mais intensa ou persistente, o acompanhamento de um fisioterapeuta especializado em saúde pélvica pode ser uma boa opção, já que ele oferece técnicas específicas para melhorar o controle urinário, fortalecer os músculos do assoalho pélvico e ensinar a gestante a lidar com os sintomas de forma mais confortável. 

“É importante lembrar que, para a maioria das mulheres, a incontinência urinária associada à gestação desaparece após o parto, quando os níveis hormonais voltam ao normal e a pressão sobre a bexiga diminui”, finaliza Aline.

 

Centro Universitário Newton Paiva


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