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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Seconci-SP: mamografia é fundamental para prevenir câncer de mama

Conheça também alguns mitos e verdades sobre este exame

 

Pacientes com câncer de mama podem ter uma sobrevida em 95% dos casos, quando a doença é detectada em seu início. Daí a importância da prevenção, principalmente por meio de mamografia. O alerta é da dra. Nathalia Rodrigues Bettini, mastologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião da campanha Outubro Rosa, de conscientização sobre a doença e de estímulo à realização deste exame.

No Seconci-SP, a mamografia é feita anualmente a partir dos 40 anos de idade, explica a dra. Nathalia. Pacientes de risco, como mulheres com histórico de câncer de mama, e/ou familiar como mãe, irmã ou filha com câncer de mama devem ter seu rastreamento individualizado. As pacientes têm boa aderência ao acompanhamento e comparecem regularmente às consultas e aos exames. Além da mamografia, o Seconci-SP também dispõe de ultrassom e biópsia (de agulha fina).

A mastologista destaca a importância do autoexame periódico, verificando se há alterações nas mamas ou nas axilas. “O autoexame não substitui a mamografia, é apenas para o autoconhecimento das mamas e um alerta para mudanças físicas nelas”.

Além de nódulos, outros sintomas podem ser percebidos: a pele mais avermelhada e a região endurecida, retração de pele da mama ou do mamilo. “Algumas mulheres resistem à mamografia, talvez por medo de descobrir algo e ter de enfrentar o tratamento, ou por falta de informação a respeito. Entretanto, não há nada a temer, ao contrário, a detecção precoce pela mamografia pode levar a tratamento menos agressivo, com grande chance de cura”, reforça a especialista.


Hábitos saudáveis

A dra. Nathalia chama a atenção para os fatores protetores do câncer de mama: além dos exames periódicos, é fundamental ter alimentação saudável, fazer exercícios físicos, evitar tabagismo e ingestão de álcool, dormir pelo menos 8 horas por dia e também amamentação.

Detectado o câncer, o tratamento será realizado em centro oncológico, incluindo cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia, a depender do tipo de câncer, tamanho, se é local ou espalhado pelo corpo.

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), mais de 74 mil novos casos de câncer de mama devem ser registrados em 2024 no país. A doença atinge 64 a cada 100 mil mulheres, é o câncer que mais predomina entre elas.

A maior procura pela mamografia geralmente acontece em outubro, por ocasião da campanha, quando a rede pública de saúde realiza ações de conscientização. Além disso, o SUS dispõe de carretas para a realização da mamografia, mas na rede pública o exame é realizado somente a partir dos 50 anos de idade. A dra. Nathalia defende que a campanha seja ampliada, trabalhando-se mais com os agentes comunitários e médicos de família, para que estimulem as mulheres à realização do exame.

A campanha Outubro Rosa surgiu nos EUA pela Fundação Susan em 1990, com uma corrida para arrecadar recursos aos fundos de pesquisa sobre câncer de mama, e outras nações seguiram esta prática, relata a mastologista. As ganhadoras da corrida recebiam um laço rosa e daí vem o Outubro Rosa. No Brasil, onde a campanha começou em 2002, ela se tornou oficial em 2018, com a Lei 13.733, que traz recomendações como iluminar os edifícios públicos com luz rosa, preparar a enfermagem e estimular a realização dos exames.


Mitos e verdades sobre a mamografia

Algumas informações que circulam sobre a mamografia são falsas, afirma Juliane Barbosa de Freitas, técnica de raio-X da Unidade Central do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). Abaixo, ela separa mitos de verdades sobre este exame.

• “Não preciso fazer mamografia porque não tenho casos de câncer na família”. Falso. Mesmo mulheres sem casos da doença na família devem realizar o exame.

• “Tenho prótese, então não posso fazer mamografia”. Falso. O exame não prejudica nem a paciente nem a prótese.

• “Tenho problema na tireoide, então preciso fazer o exame com um protetor”. Falso. Não há necessidade de colocar o protetor de tireoide, que não é aprovado pelo Conselho Brasileiro de Radiologia e pode atrapalhar o exame, obrigando a paciente a se expor a nova mamografia.

• “A mamografia é dolorida”. Verdadeiro, mas hoje o exame não é tão dolorido como antigamente. Além disso, a dor depende da sensibilidade da paciente, e não do tamanho da mama. A dor da doença é muito maior que a da mamografia, que evita tratamento agressivo da doença se esta for detectada em seu início.

• “A radiação da mamografia provoca câncer”. Falso. A dose de radiação é baixa, em comparação a outros aparelhos de raio-X.

• “Não se deve fazer a mamografia estando menstruada”. Falso. Se necessário, a paciente pode fazer o exame estando menstruada e pode ser que a mama esteja mais sensível.

• “No autoexame não percebi nada, então não preciso fazer mamografia”. Falso. A mamografia detecta microcalcificações que não são perceptíveis no autoexame, principalmente quando a mama é muito densa.

• “Se a mamografia detectar um nódulo, isso significa câncer”. Falso. A maioria dos nódulos detectados são benignos.

• “Homens devem fazer mamografia caso percebam a existência de nódulo”. Verdadeiro. Homens também podem ter esse tipo de câncer, embora isso seja mais raro.

• “Não se pode fazer mamografia com marcapasso ou port-a-cath (cateter totalmente implantado)”. Falso. Pode fazer o exame sim.

• “Paciente amamentando não deve fazer mamografia”. Falso. Pode fazer e continuar amamentando normalmente.

Segundo Juliane, a boa notícia é que a Unidade Central do Seconci-SP vai abrir mais vagas para a realização desse exame, diante da grande demanda.

 

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